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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 141 DE 02 DE JUNHO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 141 |02 de junho de 2022


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Junho começa com queda nos preços da arroba

Em SP, valor da arroba fica abaixo dos R$ 300, segundo a Scot Consultoria


A IHS Markit detectou quedas generalizadas na arroba do boi gordo nesta quarta-feira, motivadas pelo maior desequilíbrio entre oferta e demanda no mercado físico. “Foi observado uma maior ocorrência de oferta de animais terminados no Mato Grosso, o que resultou em recuos nos preços em todas as praças acompanhadas no Estado”, relata a IHS. Dados apurados pela Scot Consultoria na quarta-feira mostram desvalorizações diárias nas praças do Sudoeste do Mato Grosso e também no Estado de São Paulo. No MT, os compradores, sem ímpeto nas negociações, reduziram o preço pago pela arroba do boi gordo em R$ 3 e das fêmeas em R$ 1 no comparativo com o dia anterior, informa a Scot. Dessa maneira, o boi, vaca e novilha são negociados na região por, respectivamente, R$ 275/@, R$ 255/@ e R$ 262/@ (preços brutos e a prazo). Nas praças do interior de São Paulo, segundo os dados da Scot, os frigoríficos seguem comprando de maneira cadenciada, frente ao alongamento das escalas de abate. Assim, no comparativo diário, também houve queda de R$ 3/@ no preço do boi gordo paulista, agora cotado em R$ 299/@ (no prazo, valor bruto), informa a Scot. Por sua vez, os preços da vaca e da novilha gordas ficaram estáveis no mercado de São Paulo, em R$ 272/@ e R$ 292/@, respectivamente (valores brutos e a prazo). A referência para o boi-China continua em torno de R$ 305/@ no mercado paulista. Levantamento da IHS mostra que, no Centro-Oeste do País, as escalas de abate das indústrias permanecem elevadas, com volumes que já atendem até meados de junho. No Sudeste, sobretudo nas indústrias paulistas, as escalas já avançam além do dia 20 de junho e as operações de compra de gado seguem paralisadas diante da forte volatilidade nos preços locais, acrescenta a IHS. No mercado atacadista de carne bovina, observa a IHS, não há grandes expectativas para um reaquecimento das vendas nos próximos dias. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 310/@ (prazo) vaca a R$ 270/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 282/@ (prazo) vaca a R$ 265/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 272/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca R$ 265/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 330/@ (à vista) vaca a R$ 300/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 260/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Suínos: junho começa com queda nas cotações do animal vivo no PR E RS

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 95,00/R$ 105,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 7,80 o quilo/R$ 8,20 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (31 de maio), houve alta de 1,53% em Minas Gerais, chegando em R$ 5,97/kg, e de 0,23% em Santa Catarina, atingindo R$ 4,38/kg. As quedas foram registradas no Paraná, na ordem de 2,02%, alcançando R$ 4,36/kg, baixa de 1,97% no Rio Grande do Sul, valendo R$ 4,49/kg, e de 0,37% em São Paulo, fechando em R$ 5,42/kg.

Cepea/Esalq


ABPA: Suspensão de tarifas de importação da Coreia do Sul pode impulsionar exportações de suínos

Grande fornecedor de carne de frango, o Brasil pode expandir sua presença no mercado sul-coreano com carne suína


As exportações brasileiras de carne suína poderão ser beneficiadas pelas cotas de importação com tarifa zero anunciadas esta semana pelo Governo da Coreia do Sul para a importação de carne suína, segundo avaliação da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A Coreia do Sul, um dos principais destinos das exportações brasileiras de carne de frango e um dos maiores importadores globais de carne suína, deverá liberar a partir de junho cota de 50 mil toneladas sem tarifa de importação. A cota é aberta para todos os países que detém plantas habilitadas para exportar para o mercado sul-coreano, incluindo o Brasil. Atualmente, apenas unidades produtoras do estado de Santa Catarina (que até pouco tempo era a única unidade federativa reconhecida como livre de aftosa sem vacinação) estão habilitadas a embarcar carne suína para o país asiático. Espera-se que logo os estados como o Paraná e o Rio Grande do Sul também sejam reconhecidos pelos sul-coreanos, na esteira do reconhecimento destes estados como livres de aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH, sigla em inglês). De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, a medida poderá impactar positivamente os embarques de carne suína do Brasil para o país asiático. “Dado o contexto internacional e a crescente presença brasileira no país asiático, especialmente após a ação de imagem e promoção realizada no ano passado pela ABPA em conjunto com a ApexBrasil e a Embaixada Brasileira em Seul, é esperado que as exportações brasileiras sejam influenciadas por esta oportunidade aberta aos exportadores habilitados. A cota é uma oportunidade para gerar divisas importantes para o setor produtivo, que enfrenta grandes dificuldades neste momento”, analisa Santin. Entre janeiro e abril, a Coreia do Sul importou 2,6 mil toneladas, volume 85,5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. As vendas para o mercado geraram receita de US$ 7,2 milhões nos quatro primeiros meses deste ano, número 133% maior que o realizado no mesmo período de 2021.

ABPA


Vietnã desenvolve 'primeira vacina do mundo' contra a peste suína africana para uso comercial

O Vietnã disse na quarta-feira que desenvolveu com sucesso uma vacina para administrar a porcos para combater a peste suína africana, com o objetivo de se tornar o primeiro país a produzi-la comercialmente e exportá-la


A peste suína africana foi detectada pela primeira vez no Vietnã em fevereiro de 2019 e forçou o país a abater cerca de 20% de seu rebanho de suínos no ano passado. Originou-se na África antes de se espalhar para a Europa e a Ásia e matou centenas de milhões de porcos em todo o mundo. "Este é um marco da indústria veterinária", disse o vice-ministro da Agricultura, Phung Duc Tien, em comunicado. “Com a imunidade durando seis meses, a vacina será um escudo para a indústria de criação de suínos e a produção de suínos em todo o mundo”. A vacina está em desenvolvimento desde novembro de 2019 em parceria com especialistas dos Estados Unidos, com cinco ensaios clínicos realizados. Sua segurança e eficácia foram confirmadas pelo Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura dos EUA, disse Tien. "Este sucesso abre grandes expectativas e o espaço para exportar a vacina contra a peste suína africana produzida no Vietnã é enorme", acrescentou Tien. Ele não forneceu um prazo para quando a vacina poderia ser exportada ou uma estimativa da capacidade de produção do Vietnã. Embora o surto de peste suína tenha diminuído no Vietnã, permitindo que os agricultores reconstruam rebanhos de suínos, o vírus ainda está prejudicando fazendas em alguns países.

REUTERS


Crise na suinocultura já afeta cadeia produtiva e tende a se agravar, aponta Associação Paranaense de Suinocultores

Chico Dalcastel revela sua preocupação quanto aos custos de produção da suinocultura, que estão muito acima dos preços praticados pelo mercado, numa conta que não fecha e causa prejuízos inestimáveis para os produtores.


Para o médico veterinário, empresário e suinocultor Francisco “Chico” Dalcastel, “se nada ocorrer de mudanças ao longo dos próximos sessenta dias, as coisas ficarão muito mais complicadas, não só para os produtores paranaenses, como de outros estados também”, comenta, salientando que os custos do milho e farelo, componentes da ração, estão muito altos, enquanto o preço da carne suína está com valores baixos por demais. Dalcastel tem os seus negócios em Toledo, maior produtor de suínos do Brasil, com 1,2 milhão de animais, de acordo com a o último levantamento da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do IBGE. Para Chico, a suinocultura vive historicamente várias crises, mas nenhuma comparada com o momento atual, em que o produtor tem em média R$ 200 de prejuízo por animal. “Isso causa reflexos em toda a cadeia produtiva e para a economia em geral. Já acontece na loja, com a queda nas vendas de produtos, além de observarmos o crescimento da inadimplência”, diz. Para o médico veterinário e empreendedor, os governos em todos os níveis precisam agir em auxílio dos produtores. Essa ação, segundo ele, passa por questões tributárias em auxílio ao setor neste momento de grave crise, como também de atitudes no sentido de se limitar a produção para que não haja tanto excedente no mercado, que é um dos fatores que compõem o quadro atual. “Hoje, ocorrem aumentos dos plantéis sem critérios, é tudo muito fácil, mas chega uma hora que tudo isso extrapola, contribuindo para o quadro de crise. Deveria haver limites de produção, como acontece em outros países, levando em conta as áreas disponíveis para a destinação dos dejetos e os locais de venda da produção excedente”, opina. Dalcastel vislumbra consequências catastróficas em não havendo mudanças do quadro atual, começando pela diminuição de matrizes, do consumo de milho e farelo, até o encerramento de atividades por muitos produtores. O resultado seria um efeito em cadeia, com prejuízos inestimáveis para os municípios, especialmente no Oeste paranaense onde a suinocultura tem um peso muito forte na arrecadação de receitas. E extrapola a cadeia produtiva, gerando perdas consideráveis também para o comércio.

Associação Paranaense de Suinocultores


FRANGOS


Mercado do frango com preços estáveis

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado ficou estável em R$ 6,75/kg, assim como o frango na granja, valendo R$ 6,00/kg

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, em Santa Catarina, a ave não mudou de preço, valendo R$ 4,18/kg, assim como no Paraná, custando R$ 5,56/kg.

Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (31), não houve mudança nos preços da ave congelada nem da resfriada, custando, respectivamente, R$ 7,67/kg e R$ 7,68/kg.

Cepea/Esalq


CARNES


Falta de fiscais pode prejudicar exportações de aves e suínos no Paraná

O alerta é da delegacia sindical dos auditores fiscais federais agropecuários do Paraná


A delegacia sindical dos auditores fiscais federais agropecuários do Paraná disse que o Estado corre o risco de reduzir a exportação de aves e suínos por falta de servidores na linha de frente das plantas de abate e na verificação dos procedimentos de embarques externos. Estimativa da delegacia aponta a necessidade de contratação de pelo menos mais 30 auditores fiscais federais agropecuários no serviço de inspeção para atender à expansão das atividades das empresas, como o aumento de turnos e de dias de abate, e o início das atividades de novas companhias. Os auditores estão em operação-padrão em todo o país desde dezembro. Na semana passada, o sindicato nacional da categoria (Anffa Sindical) aprovou um indicativo de greve. O tema preocupa as empresas do agronegócio. O tema foi debatido na quarta-feira por integrantes do Fórum ProBrasil, que reúne associações como ABPA, com o ministro da Agricultura, Marcos Montes. Maior exportador de aves e segundo no ranking de exportações de suínos do país, o Paraná tem 55 estabelecimentos de abate fiscalizados de forma permanente e 210 estabelecimentos de produtos de origem animal, avaliados periodicamente. Só no mês passado, as exportações do Estado chegaram a US$ 1,9 bilhão. "Sem contar duas movimentadas regiões de fronteira, em Foz do Iguaçu e Guaíra, que demandam ainda mais controle, atenção e cuidado por parte dos servidores", diz a delegada estadual sindical no Paraná, Marcia Nonnemacher Santos. Em abril, o Estado abateu mais de 54 milhões de aves e 685 mil suínos abatidos sob inspeção federal. "É um trabalho fundamental que vêm se acumulando com excesso horas extras e banco de horas, que na maioria dos casos não podem ser convertidas em folgas pela carência de servidores", completou a delegada.

VALOR ECONÔMICO


EMPRESAS


Sucesso na venda direta ao consumidor leva frigorífico RPF a digitalizar operação no varejo

Após experiência bem sucedida na venda direta ao consumidor pela internet, RPF Group agora quer digitalizar vendas no varejo

A experiência da venda direta da indústria ao consumidor pela internet fez com que o frigorífico RPF Group se planeje para expandir o mesmo atendimento no fornecimento ao varejo, em especial os pequenos comerciantes. Pelo aplicativo e pelo WhatsApp, o quarto maior produtor de carne suína no Paraná e detentor da marca Rainha Alimentos vende cortes congelados e produtos defumados para Londrina e região. O grupo de Ibiporã, no Norte do estado, com plantas em outras regiões do Paraná, começou a venda on-line para o consumidor no fim de 2021, ainda na esteira das restrições sanitárias que limitavam a mobilidade das pessoas. De lá para cá, o volume dessas vendas tem crescido na média de 40% ao mês. Sem experiência no varejo direto e nem na venda on-line, a indústria teve de fazer adaptações, como disponibilizar produtos por unidade, além de recalcular o controle de estoques. A RPF também teve de lançar produtos em quantidades fracionadas, como o bacon em cubos de 500 gramas e o bacon de pernil em tabletes de 400 gramas. "No início, o mais interessante foi a procura dos próprios colaboradores em comprar pela internet, já que antes não conseguiam adquirir nossos produtos diretamente e por isso tinham de ir até os supermercados. Depois, registramos a compra e recompra dos consumidores, que voltaram com elogios tanto à qualidade do produto entregue, quanto à forma de apresentação, na embalagem, na sacola. Houve elogio até na questão de o produto chegar na casa das pessoas ainda congelado, bem conservado”, explica o gestor de marketing do grupo, Diego Aguiar. Além de adaptações na produção e logística, a RPF também expandiu o marketing para atingir o consumidor na venda direta. Foram traçadas estratégias não só nas mídias tradicionais, como também no ambiente digital, com participação inclusive de influenciadores. "O intuito foi reforçar o entendimento de que a carne suína é uma alternativa real para o dia a dia. E a união desses fatores se consolidou com o canal digital de vendas, pois tivemos um número considerável de pedidos em curto espaço de tempo e o processo de recompra", enfatiza Aguiar. Com o embalo das vendas pelo aplicativo, o frigorífico decidiu expandir as vendas para o WhatsApp em março também para Londrina e cidades vizinhas. Por esse canal, o consumidor acessa a loja virtual com os produtos disponíveis e preços. O grupo também decidiu investir em promoções especiais pelo WhatsApp e liberar frete grátis nas compras de até R$ 30 nessa plataforma. Essa experiência na venda direta ao consumidor pela internet motivou a RPF a expandir seus canais e modelos de comercialização. O objetivo é criar um canal exclusivo de vendas para o varejo, em especial o pequeno. "A integração de um modelo digital de atendimento não significa substituir modelo ou redução de custos, mas o fortalecimento de nossos canais de relacionamento com o cliente, visto que eles estão cada vez mais conectados e comprando online, o que não é diferente no segmento de proteína animal", reforça o gestor de marketing.

GAZETA DO POVO


INTERNACIONAL


Fantasma da febre aftosa paira sobre a pecuária de corte da Austrália

Paira sobre a bovinocultura de corte da Austrália, uma das gigantes mundiais no setor de exportação, o fantasma da febre aftosa, doença que, caso atinja o rebanho australiano, resultará em sérios prejuízos econômicos para toda a cadeia da carne local.


A enorme preocupação da Austrália em relação à febre aftosa é demostrada pelo portal australiano Beef Central, que nos últimos dias publicou vários textos sobre o perigo iminente de contaminação do rebanho local devido aos registros recentes de casos da doença na Indonésia. “Precisamos estar atentos e ter todos os nossos protocolos em vigor. Há muito trabalho a ser feito, tanto em nível nacional, como nas fazendas – todos precisarão ter um plano em prática se o pior acontecer”, alertou John McKillop, presidente do Conselho Consultivo da Carne Vermelha (RMAC, na sigla em inglês). Segundo ele, a cadeia da carne deve pleitear imediatamente ao governo australiano a liberação de fundos financeiros possíveis de serem ativados em 24 horas. “Caso contrário, (o ingresso de febre aftosa no país) custará bilhões de dólares à economia australiana”, reforçou McKillop, acrescentando: “Não queremos sentar e esperar até que a doença chegue antes de fazer algo a respeito”. Além da febre aftosa, os agentes australianos relatam preocupação sobre o registro de uma outra doença presente no rebanho indonésio: o LSDV, ou vírus da dermatite nodular. Segundo relatos do analista Simon Quilty, da australiana Global AgriTrends, faz um mês que a febre aftosa foi descoberta na Indonésia, após o suposto comércio ilegal de gado (provavelmente envolvendo búfalos importados). Simon Quilty pediu a proibição de viagens de turismo australiano para a Indonésia por pelo menos seis meses, devido à “resposta lenta do governo local em relação à atual crise sanitária, à falta de vacinas e ao movimento descontrolado de gado”. “Temos um problema à nossa porta sobre o qual precisamos pensar, não apenas enfiar a cabeça na areia”, disse Quilty. De acordo com o analista, se a febre aftosa atingir o rebanho da Austrália, todos os mercados abertos para a carne australiana fecharão as portas da noite para o dia. “Estamos confiantes de que a Coreia do Sul nos baniria por no mínimo três anos e a China nos baniria da noite para o dia”, disse ele, segundo reportagem da Beef Central. Quilty disse ainda que o governo indonésio demorou a relatar a presença da febre aftosa e que não estava ocorrendo um abate em massa do rebanho bovino do país. “A realidade é que levará de 8 a 12 meses para superar a febre aftosa, enquanto o LSDV continuará a se espalhar por toda a Indonésia, provavelmente chegando em regiões como Timor Leste e Papua Nova Guiné”, afirma o analista, que completa: “Até que a Indonésia vacine totalmente seu rebanho, nenhum de nós pode ficar tranquilo”. Os suprimentos de vacinas para ambas as doenças são escassos em todo o mundo, com a cepa de febre aftosa na Indonésia identificada recentemente como IND2001, com um período de incubação de 2 a 14 dias. Nesta semana, a indústria de carne bovina da Indonésia anunciou um sistema de bloqueio nas propriedades para impedir a circulação de animais.

Beef CENTRAL


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Tuberculose e brucelose bovinas são novo desafio para sanidade do Paraná

Com o reconhecimento do Estado como área livre de febre aftosa sem vacinação, desafio agora é avançar no combate a brucelose e tuberculose bovinas


As duas doenças são causadas por bactérias e seu controle exige a adoção de Boas Práticas Agropecuárias (BPA). Somente em prejuízos financeiros diretos, com o abate de animais infectados, estima-se mais de R$ 8 milhões por ano no Paraná. Atualmente, o responsável pelo Programa Nacional de Controle a Brucelose e Tuberculose da superintendência do Paraná do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Diego Leonardo Rodrigues, desenvolve uma pesquisa na Nova Zelândia, analisando justamente os dados de ocorrência das duas doenças no Estado. Para ele, é fundamental continuar em um caminho de avanços como o que ocorreu com a aftosa. “Temos que aproveitar essa estrutura, posta, montada, qualificada, para enfrentar outras doenças, como a brucelose e a tuberculose bovinas”, sinaliza o especialista. Em um apanhado geral do desenvolvimento do combate a brucelose e tuberculose, Rodrigues analisa que um fator-chave para avanços registrados nos últimos anos foi o lançamento do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), instituído em 2001, que criou a noção da importância de combater as doenças. “Para uma parte do setor, menos qualificado, é fundamental saber das formas de controle, das boas práticas a serem seguidas e trazer efetivamente o assunto para a pauta. Isso envolve, em um primeiro em nível, ações governamentais e, na sequência, o setor privado”, aponta. Um segundo passo, segundo Rodrigues, foi a ampliação na cobertura vacinal contra a brucelose (a tuberculose não conta com vacina). A imunização é obrigatória para fêmeas dos três aos oito meses de idade. Um dos desafios nesse sentido é o fato de que nascem bezerras todos os dias no Estado, o que dificulta uma campanha de vacinação com data de início e término, como ocorria com a febre aftosa na época em que se vacinava o gado paranaense. No início do PNCEBT, a cobertura vacinal não chegava a 3%, índice que saltou para quase 75% no período pré-pandemia do coronavírus. “O desenvolvimento da cobertura vacinal é uma das respostas mais significativas do programa”, avalia o gerente de saúde animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Rafael Gonçalves Dias. “Temos o apoio de veterinários da iniciativa privada e autônomos no dia a dia, na constatação das duas doenças. No caso da brucelose, a principal ferramenta que temos disponível é a vacinação. O ideal é alcançarmos um índice entre 80% a 90% por 10 anos para ter erradicação da doença. Hoje, podemos dizer que estamos em uma fase de controle”, completa. Um terceiro aspecto importante do PNCEBT envolve o avanço na vigilância em si, com a testagem de animais no rebanho paranaense. Esse processo começou com o teste do gado que transitava pelo Estado, além dos usados em reprodução e/ou eventos. “Recentemente, o Paraná adotou uma postura mais abrangente, em termos de testar rebanhos em brucelose e tuberculose nas propriedades”, conta Rodrigues.

FAEP


Primeiro mês de atualização cadastral de rebanhos tem 37% das propriedades regularizadas

A campanha de atualização cadastral do rebanho paranaense completa um mês com 37,1% das propriedades já registradas


O período começou em 1º de maio e se estende até 30 de junho. Após essa data, o trânsito dos animais fora da propriedade ficará proibido, devido à impossibilidade de se retirar a Guia de Trânsito Animal (GTA), e o produtor poderá ser multado. Meta é recadastrar 100% dos rebanhos no Estado. A atualização é fundamental para que a vigilância sanitária saiba onde estão os animais e como eles se movimentam no Estado, ajudando a garantir a manutenção do status internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação. O Estado optou por não impor custo ao produtor com a colocação de brinco para identificar cada animal, exige que uma vez ao ano os produtores declarem seus rebanhos. A atualização é obrigatória para todas as espécies de animais de produção existentes na propriedade (bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho-da-seda). Os produtores podem fazer o procedimento de forma online pelo site da Adapar ou em uma das unidades locais da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, sindicatos rurais ou Escritório de Atendimento das prefeituras. Segundo o balanço parcial (30/05/2022), o único município com 100% de cadastro é São Manoel do Paraná, com 122 propriedades. Na sequência estão Iguatu, com 80,9%, Pontal do Paraná (78,3%) e Paraíso do Norte (76,6%). Os três últimos são: Sertaneja, com 10,4%, Almirante Tamandaré, com 6,4%, e Lapa, com apenas 3,5%. No caso das regionais, a dianteira está com Toledo, onde 47,7% das propriedades já estão com seus rebanhos cadastrados. É seguida de Paranavaí, com 44,4%. O menor percentual está na região de União da Vitória, com 24,4% de atualização, e Curitiba, com 25%.

Agência Estadual de Notícias


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar à vista fecha em alta de 1,10%, a R$4,8065

Uma nova rodada de fortalecimento global do dólar pegou em cheio o mercado de câmbio brasileiro na quarta-feira, e a moeda norte-americana fechou em alta de mais de 1%, acima de 4,80 reais, num começo de junho nada auspicioso para divisas emergentes em meio a renovados temores inflacionários e de juros mais altos pelo mundo


O dólar à vista subiu 1,10%, a 4,8065 reais. É o maior patamar em uma semana e a mais forte valorização diária desde 9 de maio (+1,62%). A cotação firmou alta na parte da tarde, quando o sentimento de risco global piorou, mas pela manhã chegou a marcar queda de 0,66%, a 4,7227 reais. Nas operações vespertinas, chegou a saltar 1,29%, a 4,8154 reais. O real amargou o terceiro pior desempenho entre as principais moedas globais nesta sessão, melhor apenas que rublo russo e iene japonês

REUTERS


Ibovespa zera ganhos e fecha quase estável

O Ibovespa fechou quase estável na quarta-feira, com a fraqueza em Wall Street contrabalançando o avanço da Vale, na esteira da alta do preço do minério de ferro


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,01%, a 111.359,94 pontos. O volume financeiro somou 24 bilhões de reais. O fôlego no pregão foi contido pelas bolsas em Nova York, após dados dos Estados Unidos, particularmente sobre a indústria, corroborarem as preocupações com o ritmo de aperto monetário da economia norte-americana. "Esses dados mostraram economia forte e alimentaram preocupações de que o Fed precisará ser mais agressivo para desacelerar o aumento de preços", afirmou o analista da Terra Investimentos Régis Chinchila. Em Wall St., o S&P 500 caiu 0,75%, depois que um dado mostrou que a atividade industrial dos EUA acelerou em maio, com a demanda por bens ainda forte, apesar do aumento dos preços. O BTG Pactual afirmou que o aperto monetário nos EUA não ajudará as ações de mercados emergentes de forma geral, e as ações brasileiras em particular. Mas vê o Brasil relativamente bem posicionado no atual ambiente geopolítico desafiador.

REUTERS


IPC-S desacelera alta a 0,50% em maio com arrefecimento generalizado, mostra FGV

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou a alta a 0,50% em maio, sobre 1,08% no mês anterior, de acordo com dados divulgados na quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV), com várias classes de despesa mostrando decréscimo em suas taxas de variação


Apesar do arrefecimento visto no mês passado, o índice geral ainda acumula alta de 10,28% nos últimos 12 meses. Entre os destaques do mês, o grupo Alimentação desacelerou a alta para 0,45% em maio, contra taxa de 1,58% registrada em abril. Os Transportes também avançaram a ritmo mais moderado no mês passado, de 1,02%, frente a 2,13% anteriormente. Já o grupo Habitação aprofundou as perdas, registrando baixa de 1,37% em maio, ante queda de 0,69% vista no mês anterior. Outras classes de despesa também apresentaram decréscimo em sua taxa de variação, como Vestuário, Saúde e Cuidados Pessoais e Comunicação, embora o arrefecimento tenha sido menos expressivo que o dos grupos anteriores.

REUTERS


Confiança dos empresários sobe pelo terceiro mês seguido, diz FGV

Índice avançou 2,9 pontos de abril para maio


O Índice de Confiança Empresarial (ICE), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 2,9 pontos de abril para maio deste ano. Essa foi a terceira alta consecutiva do indicador, que atingiu 97,4 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos, o maior nível desde outubro de 2021 (100,4 pontos). O ICE consolida os índices de confiança de empresários brasileiros de quatro setores pesquisados pela FGV: indústria, construção, serviços e comércio. O Índice da Situação Atual, que mede a percepção sobre o presente, subiu 2,4 pontos e atingiu 98,1 pontos. O Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, atingiu o mesmo patamar, após avançar 3,7 pontos. Entre os quatro setores, o melhor resultado do ICE na passagem de abril para maio foi registrado pelo comércio, que teve alta de 7,4 pontos. Apesar disso, o segmento ainda tem a menor confiança: 93,3 pontos. Com alta de 2,3 pontos de abril para maio, a indústria continua com a maior confiança (99,7 pontos). Os serviços subiram 2,1 pontos e chegaram a 98,3 pontos. A construção foi o único setor com queda de abril para maio (-1,4 ponto) e chegou a 96,3 pontos.

REUTERS


Setor público tem superavit primário de R$ 38,9 bilhões em abril

O setor público consolidado registrou superávit primário de R$ 38,9 bilhões em abril, informou nesta terça-feira (31/05) o Banco Central. Nos últimos 12 meses, as contas públicas apresentam resultado positivo de R$ 137,4 bilhões, o equivalente a 1,52% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país)


O setor público consolidado é composto por governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência), estados, municípios e empresas estatais (exceto Petrobras, Eletrobras e bancos públicos). Desses, apenas as empresas estatais apresentaram déficit em abril, de R$ 1,040 bilhão. O governo central apresentou superávit R$ 29,638 bilhões em abril, enquanto o resultado dos governos regionais no mês foi positivo em R$ 10,278 bilhões, segundo o relatório de estatísticas fiscais do BC. Nos quatro primeiros meses do ano, o superávit primário acumulado é de R$ 148,493 bilhões. No mesmo período de 2021, o superávit se encontrava em R$ 75,841 bilhões. O resultado primário é aquele que contabiliza receitas e gastos do setor público, excluindo o pagamento dos juros da dívida pública. Caso os juros sejam incluídos na conta, o chamado resultado nominal, em abril foi registrado um déficit de R$ 41,024 bilhões.

A cifra é resultado da diferença entre o superávit primário e o dinheiro gasto com o pagamento de juros pelo setor público em abril, que chegou a R$ 79,900 bilhões. No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em abril, o déficit nominal encontrava-se em R$ 352,042 bilhões, ou o equivalente a 3,9% do PIB, uma alta de 0,75 ponto percentual em relação ao registrado em março. A dívida líquida do setor público atingiu 57,9% do PIB em abril (R$ 5,2 trilhões). O resultado ficou 0,3 ponto percentual abaixo do registrado no mês anterior. Segundo o BC, houve ganhos com a desvalorização cambial e do crescimento do PIB nominal. Já a dívida bruta do governo geral (que inclui todos os débitos do governo federal, da Previdência e governos estaduais e municipais) atingiu o patamar de 78,3% do PIB (R$ 7,1 trilhões) em abril.

Agência Brasil


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