Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 2 | nº 154 |22 de junho de 2022
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: escala de abate mais curta faz arroba subir em várias praças pecuárias
Na terça-feira, a IHS Markit identificou alguns reajustes na arroba de boiadas gordas
“Com a oferta enxuta de gado gordo, as indústrias brasileiras lançam propostas de compras por valores acima dos patamares vigentes, de modo a garantir volumes de animais suficientes para preencher as suas programações de abate”, disse a IHS. Na região Centro-Sul, diz a consultoria, a disponibilidade de animais terminados segue bastante restrita, limitando fortemente o avanço das escalas de abate, mesmo após reajustes positivos nos preços da arroba. “A oferta de boiada terminada em pasto já está praticamente exaurida e os poucos lotes de animais comprados são oriundos de confinamento”, observa a IHS. Porém, apesar de existir alguma oferta de boiada terminada no cocho, no geral os frigoríficos sabem que, este ano, o primeiro giro do confinamento foi praticamente inviabilizado pelos altos custos dos componentes utilizados na ração, sobretudo o milho. Tal fator tem contribuído para o fortalecimento nos preços da arroba, que tendem a subir ainda mais nos próximos meses, puxados pelo avanço do período seco e, consequentemente, pela baixa oferta de animais terminados a pasto. A IHS Markit observou avanços de preços do boi gordo em distintas regiões do País, o que reforça a tendência de um movimento de alta generalizado. A oferta enxuta de animais terminados e ritmo forte das exportações fortaleceram as cotações da arroba nas praças paulistas; macho subiu R$ 3/@, para R$ 306/@, segundo a Scot Consultoria. Com as escalas mais curtas, os frigoríficos de São Paulo abriram a terça-feira (21/6) ofertando R$ 3/@ a mais para todas as categorias destinadas ao abate, informou a Scot Consultoria. A referência para o boi gordo subiu para R$ 306/@, enquanto a vaca e novilha gordas são negociadas por R$ 278/@ R$ 299/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). Bovinos com até quatro dentes, destinados ao mercado chinês, estão valendo R$ 320/@ em São Paulo, acrescentou a Scot. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 280/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 320/@ (prazo) vaca a R$ 270/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 300/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 300/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 285/@ (prazo) vaca a R$ 265/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 285/@ (prazo) vaca a R$ 265/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 282/@ (à vista) vaca a R$ 263/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 280/@ (à vista) vaca a R$ 263/@ (à vista); GO- Goiânia: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca R$ 265/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 330/@ (à vista) vaca a R$ 300/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 265/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 280/@ (à vista) vaca a R$ 265/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 255/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista).
PORTAL DBO
Exportações de Carne bovina in natura: Média diária avança 22,2% na terceira semana de junho/22
A média diária embarcada teve aumento de 10,96%, frente à semana anterior que estava em 7,3 mil toneladas
A Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério da Economia, informou que o volume exportado atingiu 97,9 mil toneladas até a terceira semana de junho/22. No mesmo mês do ano passado, o volume exportado alcançou 140,3 mil toneladas em 21 dias úteis. O valor negociado para o produto até a terceira semana de junho ficou em US$ 670,247 milhões. A média diária ficou em US$ 55,8 milhões, alta de 61,3%, frente ao mês de junho do ano passado, que ficou em US$ 34,6 milhões. Os preços médios até terceira semana de junho ficaram em US$ 6.843 por tonelada, alta de 32,10% frente a junho de 2021, com preços médios de US$ 5.181 por tonelada.
AGÊNCIA SAFRAS
SUÍNOS
Suínos: altas generalizadas na terça-feira
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF aumentou 2,40%/3,79%, chegando em R$ 128,00/R$ 137,00, enquanto a carcaça especial subiu 3,09%/1,98%, custando R$ 10,00 o quilo/R$ 10,30 o quilo
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (20), o preço ficou estável somente em Minas Gerais, valendo R$ 7,26/kg. Houve aumento de 4,07% no Rio Grande do Sul, chegando em R$ 6,13/kg, avanço de 3,87% no Paraná, atingindo R$ 6,17/kg, valorização de 2,21% em Santa Catarina, subindo para R$ 6,02/kg, e de 1,74% em São Paulo, fechando em R$ 7,00/kg.
Cepea/Esalq
Exportações de carne suína melhoram na 3ª semana de junho
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura até a terceira semana de junho (12 dias úteis) teve melhora em relação à semana anterior, principalmente no faturamento por média diária
Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, houve certa melhora, mas ainda segue abaixo dos registros do ano passado. "A grande questão foi a mudança de rota que a China teve em relação à produção e importação de carne suína". Iglesias ressalta o exemplo da habilitação de plantas processadoras de carne suína para o Canadá: “país é um grande produtor de carne suína, não é muito forte nas importações, e não é isso que vai fazer a diferença, mas o caminho é diversificar", disse ele. A receita de carne suína, US$ 137.980, representa 54,18% do montante obtido em todo junho de 2021, com US$ 254.642. No volume embarcado, as 56.684 toneladas são 58% do total exportado em junho do ano passado, quantia de 97.655 toneladas. A receita por média diária neste mês foi de US$ 11.4 milhões valor 5,2% menor do que junho de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve alta de 10,43%. Em toneladas por média diária, 4.723 toneledas, houve leve alta de 1,6% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Quando comparado a semana anterior, incremento de 9,2%. No preço pago por tonelada, US$ 2.434 ele é 6,6% inferior ao praticado em junho passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa leve aumento de 1,09%
AGÊNCIA SAFRAS
FRANGOS
Mercado do frango estável
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado teve recuo de 0,40%, valendo R$ 7,52/kg, assim como o frango na granja, custando R$ 6,00/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, em Santa Catarina, a ave não mudou de preço, assim como no Paraná, custando R$ 5,56/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (20), tanto a ave congelada quanto a resfriada mantiveram os mesmos valores, custando, ambas, R$ 7,63/kg.
Cepea/Esalq
Frango exportado em 12 dias úteis de junho alcança 93% do faturamento total de junho/21
Volume movimentado está em quase 70% do total registrado no mesmo mês do ano passado
De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne de aves in natura até a terceira semana de junho (12 dias úteis) atingiu mais de 93% do total arrecadado em junho de 2021. Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as exportações seguem muito bem, após ter chegado à casa das 400 mil toneladas embarcadas em maio. "Há muita demanda pelo frango brasileiro no mercado internacional, com os casos de influenza aviária no hemisfério norte. Há também um aumento do preço médio da exportação e isso faz uma diferença muito grande", disse. A receita de US$ 546,2 milhões, representa 93,2% sobre o montante obtido em todo junho de 2021, que foi de US$ 585,6 milhões. No volume embarcado, as 249.821 toneladas são 68,8% do total exportado em junho do ano passado, com 362.946 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 45,5 milhões valor 63,2% maior que o registrado junho de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve aumento de 4,3%. Em toneladas por média diária, foram 20.818 toneledas, crescimento de 20,5% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Em relação à semana anterior, leve alta de 1,2%. No preço pago por tonelada, US$ 2.186 neste junho, ele é 35,5% superior ao praticado em junho passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa avanço de 3%.
AGÊNCIA SAFRAS
CARNES
Custos de produção de suínos caem em maio; produzir frango ficou mais caro
Os custos de produção de frangos de corte e de suínos tiveram comportamentos diferentes em maio segundo os estudos publicados pela CIAS, a Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa (embrapa.br/suinos-e-aves/cias)
Enquanto o ICPFrango subiu 0,69% no mês de maio em relação a abril, fechando em 434,86 pontos, o ICPSuíno caiu 2,07% no mesmo período, chegando aos 419,68 pontos, menor valor do ano. O aumento no ICPFrango foi influenciado principalmente pelo custo de aquisição dos pintinhos de um dia, que subiu 1,29% e representou 14,2% do custo total de produção. O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná, produzido em aviário tipo climatizado em pressão positiva, aumentou R$ 0,04 em maio com relação a abril, chegando aos R$ 5,62. De janeiro até maio, o ICPFrango acumula alta de 7,76%. Já no ICPSuíno, a baixa foi causada principalmente pela influência dos gastos com nutrição (-2,11%), apesar dos aumentos com transporte (+0,23%). O custo total de produção por quilo de suíno vivo produzido em sistema tipo ciclo completo em Santa Catarina caiu R$ 0,15 no mês, chegando aos R$ 7,34. Agora, nos primeiros cinco meses do ano, o ICPSuíno acumula 4,79% de alta. Estão disponíveis no site da CIAS os últimos números referentes aos custos de produção mundiais de suínos, fornecidos pela rede InterPIG, da qual a Embrapa representa o Brasil. Os resultados podem ser consultados no menu custos > custos em outros país (InterPIG), diretamente no link embrapa.br/suinos-e-aves/cias/custos/suinos/interpig ou no Comunicado Técnico número 588, disponível em ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/233412/1/COT588.pdf.
Embrapa Suínos e Aves
EMPRESAS
Mais dois frigoríficos de SC obtêm aval para exportar carne suína ao Canadá
Desde a semana passada, cinco plantas do Estado receberam autorização para vender ao mercado canadense
Mais dois frigoríficos de Santa Catarina receberam aval do Canadá para exportar carne suína ao país, segundo informe do Ministério da Agricultura brasileiro à Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Depois das três plantas do Estado habilitadas na última semana, as unidades da Pamplona Alimentos em Presidente Getúlio e da Cooperativa Central Aurora em Joaçaba obtiveram autorização para vender aos canadenses. A abertura do mercado canadense à carne suína brasileira ocorreu em março deste ano. O Canadá é o terceiro maior exportador mundial da proteína - os embarques somaram 1,5 milhão de toneladas em 2021 -, mas também um importante importador. No ano passado, as importações canadenses foram de cerca de 250 mil toneladas. Em nota, o presidente da ABPA, Ricardo Santin, disse esperar que as habilitações aumentem a capilaridade dos embarques de produtos de valor agregado maior. “Ao mesmo tempo, há expectativa de que as vendas para o Canadá contribuam para reduzir a forte pressão sobre os produtores, que enfrentam custos de produção em patamares históricos”, diz.
VALOR ECONÔMICO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Deral aponta queda na produtividade do milho nas primeiras lavouras colhidas no Paraná
Efeitos da cigarrinha e severidade dos enfezamentos estão tirando produtividade da safrinha. Geadas também preocupam
A Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou, por meio do Departamento de Economia Rural (Deral), seu o relatório de plantio e das principais safras do estado. O relatório semanal apontou que 3% das lavouras de segunda safra já foram colhidas no estado. Enquanto isso, 44% da área está em maturação, 54% em frutificação e 2% seguem em floração. As regiões mais adiantadas com a colheita são Irati (100%), Ponta Grossa (10%), Guarapuava (5%), Cascavel, Francisco Beltrão e Toledo (4%), Maringá (3%), Campo Mourão e Pato Branco (2%), Laranjeiras do Sul e Pitanga (1%). Do lado da qualidade dessas áreas, os técnicos do Departamento classificaram 75% das lavouras como em boas condições, 20% em médias e apenas 5% em ruins. As regionais com mais informações de lavouras em condições ruins são Francisco Beltrão e Laranjeiras do Sul (20%), Cascavel (11%), Pato Branco e Toledo (10%), Umuarama (5%) e Campo Mourão (3%). Os técnicos do Deral destacam que as primeiras áreas colhidas na região Sul do estado estão mostrando os efeitos da cigarrinha, com produtividades abaixo do esperado. Nas regiões Oeste e Centro-Oeste, as geadas podem ter tirado 10% da produtividade, além das perdas provocadas pela severidade dos enfezamentos. Já na região Norte, os trabalhos de colheita ainda estão se iniciando brevemente, com as lavouras ainda em fase de enchimento de grãos com desenvolvimento mais lento devido ao clima mais frio.
SEAB-PR
Nova Ferroeste: governo apresenta edital de leilão para consulta pública
O governo do Paraná apresentou na terça-feira (21) o edital do leilão da Nova Ferroeste para consulta pública. O documento ficará aberto para contribuições, de ordem legal, de 27 de junho a 15 de julho. A partir daí, o governo estima em 30 dias o lançamento da versão definitiva do edital, quando o empreendimento poderá ser levado a leilão na Bolsa de Valores do Brasil, a B3, em São Paulo. O lance mínimo foi fixado em R$ 110 milhões
A previsão é que o leilão aconteça entre setembro e outubro desse ano. Antes do leilão, é preciso a liberação da licença prévia do empreendimento, já solicitada ao Ibama. Quem vencer terá que construir a ferrovia em toda a sua extensão e assumir a operação de todo o trecho por 99 anos. Há expectativas por grupos estrangeiros interessados em investir no empreendimento. O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) estimou o valor total de investimento em R$ 35,8 bilhões. O valor refere-se à construção de toda a estrada, incluindo os ramais, e a compra de material rodante (locomotivas e vagões). Após o leilão e a assinatura do contrato, o investidor tem prazo de sete anos para a elaboração do projeto de engenharia e a execução do primeiro trecho, que liga Cascavel a Paranaguá. Não há um prazo definido para a construção dos demais trechos. Vai depender da capacidade financeira do investidor e da demanda de carga. Quando concluída, a Nova Ferroeste será o segundo maior corredor de exportação de grãos e contêineres do país, ficando atrás em capacidade apenas da malha paulista. A expectativa é que a ferrovia represente uma redução de 28% no custo logístico para o transporte das cargas do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, comparado com o modelo atual, concentrado no modal rodoviário. O modelo jurídico escolhido para o leilão é o de cessão onerosa dos cinco contratos. Cada contrato refere-se a um trecho. Um dos trechos - Guarapuava (PR) a Dourados (MS) – será no modelo de concessão, por já existir um contrato de concessão da década de 1980. Os demais serão em regime de autorização: Dourados (MS) a Maracaju (MS); Cascavel (PR) a Foz do Iguaçu (PR); Cascavel (PR) a Chapecó (SC); e Guarapuava (PR) a Paranaguá (PR). Dentro do novo projeto, o trecho em operação hoje será modernizado. Além disso, a centenária estrada de ferro que liga Curitiba ao porto de Paranaguá, construída há 120 anos por Dom Pedro II, passará a ser usada apenas para o turismo, com o transporte de passageiros. Para o transporte de carga, a Nova Ferroeste prevê um novo traçado, menos sinuoso e com pista dupla (uma para descida da Serra, outra para subida), agilizando o transporte. Com isso, a Nova Ferroeste também vai tirar o transporte de cargas de Curitiba, fazendo o desvio por Balsa Nova, na região metropolitana.
GAZETA DO POVO
A 8 dias do fim do prazo, Adapar intensifica campanha de atualização do rebanho
Para marcar a reta final da Campanha de Atualização do Rebanho, que termina em 30 de junho, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) realizou um webinário na terça-feira (21/06), com o objetivo de estimular principalmente as regiões com os menores índices de adesão e esclarecer dúvidas.
A campanha de atualização foi criada para substituir a campanha de vacinação contra febre aftosa no Paraná, já que o Estado recebeu, em maio do ano passado, o certificado internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Com a atualização, a Adapar pode reunir informações consistentes para qualificar o trabalho de vigilância. A atualização é exigida para todas as espécies animais existentes na propriedade (bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos e caprinos). A partir de 1º de julho, as propriedades que não estiverem atualizadas no cadastro da Adapar ficam impedidas de retirar GTA (Guia de Trânsito Animal). No webinário, foram apresentados os índices de atualização em todo o Estado. Os números mais recentes mostram que 58,4% das propriedades rurais tiveram seus rebanhos atualizados. Em relação aos núcleos regionais, a pior situação é a dos municípios na região de Curitiba, com 41,7% de atualização até agora. A seguir vem a região de União da Vitória, com 42,9%, e Irati, com 51,4%. Os melhores percentuais estão nas regiões de Toledo, com 76,3%, Paranavaí, 69,1%, e Umuarama, com 66,7%. “A atualização não é apenas uma obrigação dos produtores, mas o cumprimento de uma função social com a saúde animal e com a agropecuária paranaense”, reforçou a médica veterinária responsável pela sanidade agropecuária no IDR-Paraná, Mariana Müller. Os produtores rurais podem fazer a atualização pelo site da Adapar, em uma das Unidades Locais da Adapar, Sindicatos Rurais ou Escritório de Atendimento do município (prefeituras), e também por meio do aplicativo Paraná Agro, explica o médico veterinário da Agência e responsável pelo Programa de Sanidade dos Suínos, João Humberto Teotônio de Castro. “É uma ferramenta que vem ajudar na nossa reta final. Essa certificação representa muito para o agro do Paraná e precisamos mantê-la”, explicou.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar recua ante real com clima global mais ameno e após ata do Copom
O dólar fechou em queda contra o real na terça-feira, pausando um rali recente e acompanhando uma melhora no apetite global por risco, sentindo ainda a pressão de sinalização do Banco Central do Brasil de que vai manter os juros elevados por período prolongado
O dólar à vista recuou 0,67%, a 5,1533 reais na venda. Na B3, às 17:10 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,80%, a 5,1685 reais. As ações globais tiveram forte recuperação em relação a tombos recentes nesta sessão, com os principais índices de Wall St subindo mais de 2%, o que explica parte do desempenho positivo do real, disse à Reuters Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital, citando "inclinação visível a ativos de risco". Ele também apontou a movimentação desta terça-feira como um ajuste "natural" do dólar após uma valorização recente da moeda, que fechou o pregão de segunda-feira no maior valor em mais de quatro meses, de 5,1878 reais. O mercado doméstico também repercutiu nesta terça-feira a ata da última reunião de política monetária do Banco Central, divulgada pela manhã, em que a autarquia indicou necessidade de manter a taxa básica de juros em nível elevado por período prolongado para levar a inflação a patamar próximo à meta fiscal em 2023. No documento, o Comitê de Política Monetária (Copom) reforçou que pretende promover novo aumento igual ou menor que 0,50 ponto percentual na Selic --atualmente em 13,25%-- em agosto. Chances implícitas em contratos de DI já indicam um ajuste de 0,50 ponto na Selic no próximo encontro do Copom como mais provável que uma alta mais moderada, de 0,25 ponto, com os mercados vendo chances de 59% e 41%, respectivamente, para cada cenário. No ano, o dólar acumula queda de 7,5% contra a moeda brasileira, mas está quase 12% acima da mínima para encerramento de 2022, de 4,6075 reais, atingida no início de abril. Bergallo, da FB, disse acreditar que "poderíamos estar com o dólar abaixo de 5 reais não fossem as circunstâncias negativas do cenário doméstico". Entre os pontos de cautela ele citou a ofensiva do governo contra a Petrobras --que viu um terceiro presidente-executivo pedir demissão em meio ao cenário de insatisfação do Executivo com a política de preços da estatal-- e o cenário fiscal "cada vez mais preocupante", conforme a gestão de Jair Bolsonaro busca abrir mão de receitas tributárias numa tentativa de reduzir os preços dos combustíveis. "Até que ponto o governo vai sacrificar a austeridade fiscal a favor de sua reeleição?", disse Bergallo.
REUTERS
Ibovespa fecha em baixa com riscos locais minando impulso externo
O Ibovespa fechou com queda discreta na terça-feira, sem fôlego para acompanhar a trajetória positiva de Wall St e enfraquecido por preocupações com riscos domésticos. Banco do Brasil caiu mais de 4%.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,17%, a 99.684,50 pontos. O volume financeiro na bolsa somou 22,7 bilhões de reais. Na visão do especialista em renda variável da Blue3 Victor Hugo Israel, a bolsa está refletindo ruídos políticos, que acabam afetado particularmente papéis de estatais, como de BB e Petrobras, mas também adicionam volatilidade a outras ações. "É um risco bem doméstico", afirmou, chamando a atenção para a trajetória positiva nos pregões nos Estados Unidos e Europa. Em Nova York, o S&P 500 subiu 2,4%. Um dos principais focos de atenção está voltado para a Petrobras, com escalada da pressão política sobre a companhia, após reajuste dos combustíveis na semana passada e renúncia de presidente na véspera. As diretrizes do programa de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - que lidera pesquisas sobre a corrida presidencial - também repercutiam, uma vez que defendem a revogação do teto de gastos e a não privatização de estatais. O plano petista divulgado nesta sessão também fala em "transição" da atual política de preços dos combustíveis da Petrobras e fortalecimento de bancos públicos para fomentar o desenvolvimento econômico e social e a oferta de crédito. Xavier ainda chamou a atenção para a sinalização do Banco Central de que está disposto a manter os juros elevado por mais tempo para a inflação convergir para "ao redor" das metas inflacionárias no horizonte relevante. Na ata da reunião da semana passada, quando elevou a Selic a 13,25%, o BC também reforçou que pretende fazer novo ajuste igual ou menor que 0,5 ponto percentual em agosto. "Tanto os ruídos políticos de curto prazo como os fatores macroeconômicos explicam esta performance relativamente adversa" na bolsa paulista nesta tarde, afirmou o economista.
REUTERS
Custo alto pressiona, e PIB do agro recua no 1º tri de 2022
O PIB do agronegócio brasileiro, calculado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), alcançou recordes sucessivos em 2020 e em 2021. Já em 2022, o PIB do setor iniciou o ano com decréscimo, de 0,8% no primeiro trimestre
Segundo pesquisadores do Cepea, a queda, que foi registrada tanto no ramo agrícola (-0,75%) quanto no pecuário (-0,96%), esteve atrelada, em grande medida, à forte alta dos custos com insumos na agropecuária e também na agroindústria. Entre os segmentos do agronegócio, apenas o de insumos cresceu no primeiro trimestre (9,61%). Pesquisadores do Cepea indicam que esse desempenho foi impulsionado sobretudo pelas valorizações dos insumos agrícolas, como fertilizantes, defensivos e máquinas – o que se reflete na pressão de custos sobre a agricultura. Dentro da porteira, na agricultura, a queda do PIB (-4,22%) no trimestre se deve à intensa elevação dos custos com fertilizantes, defensivos, combustíveis, sementes e outros. A queda só não foi mais intensa porque também se estima crescimento do faturamento agrícola no ano, reflexo da expansão esperada das safras, com destaque para milho e café, e da alta dos preços reais dos produtos agrícolas, sobretudo do café, a madeira, o tomate, a mandioca, a cana e o algodão. Já no segmento primário pecuário, o PIB cresceu 1,18% no trimestre – isso porque, espera-se leve alta do faturamento anual, e os custos apresentaram uma leve queda frente ao primeiro trimestre de 2021, devido ao patamar expressivamente elevado alcançado naquele período. A estagnação do faturamento pecuário, por sua vez, decorre dos movimentos divergentes entre as atividades que o compõe: os preços subiram na comparação trimestral para bovinos, aves de corte, ovos e leite, mais caíram expressivamente para suínos; já a produção aumentou para bovinos e aves, mas reduziu para leite, ovos e suínos. O PIB do segmento agroindustrial do agronegócio também teve queda modesta, de 0,43% no primeiro trimestre de 2022, com reduções para as agroindústrias de bases agrícola (0,1%) e pecuária (1,89%). Assim como dentro da porteira, a queda do PIB refletiu o aumento dos custos industriais a taxa superior à do crescimento esperado para o faturamento. Além dos maiores preços das matérias-primas agropecuárias, outros custos também subiram, como os de energia e logísticos, ao passo que a ainda enfraquecida demanda doméstica dificulta o repasse desses custos aos preços ao consumidor. Por fim, o PIB dos agrosserviços também recuou, 1,51%, devido à dinâmica dos segmentos a montante. Considerando-se esse desempenho e o comportamento do PIB brasileiro no período, estima-se que a participação do setor na economia fique em por volta de 26,24% em 2022, pouco abaixo dos 27,6% registrados em 2021.
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