Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 2 | nº 196 |19 de agosto de 2022
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo já é negociado abaixo de R$ 300/@ no mercado paulista
Na comparação com os preços de quarta-feira (17/8), a arroba do animal terminado registrou desvalorização de R$ 5/@ nesta quinta-feira, para R$ 295/@, informa a Scot Consultoria
“Com escalas de abate já fechadas para este mês e a lentidão do consumo doméstico de carne bovina, os frigoríficos paulistas abriram as compras pressionando as cotações”, ressalta a Scot.
Segundo a Scot, a vaca gorda agora vale R$ 274/@, uma baixa diária de R$ 4/@, enquanto a novilha gorda é vendida por R$ 290/@, retração diária de R$ 2/@, acrescentou a Scot. O boi-China é negociado por R$ 305/@ no mercado paulista. “Existem tentativas de compra abaixo dessa referência, porém com baixa efetividade nas negociações”, relatam os analistas da Scot. Ao longo desta semana, em São Paulo, a cotação do boi, seja destinado ao mercado interno ou para exportação, caiu R$ 5/@, informa o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria. Segundo ele, três fatores explicam o movimento de queda da arroba em pleno primeiro de entressafra de boiada terminada a pasto, a saber: 1) O alongamento de escalas com uma maior participação de contratos a termo no primeiro giro de confinamento; 2) O anúncio de férias em unidades compradoras que atendem ao mercado interno na última semana, sob alegação de dificuldade no escoamento dos estoques de carne; 3) Um aumento na oferta de fêmeas no primeiro semestre (dados apurados pelo IBGE). Segundo o analista Felipe Fabbri, da Scot, no curto prazo, a expectativa é de pressão baixista, porém, diz ele, “enxergar mais adiante um cenário menos pressionado no mercado do boi não é utopia, uma vez que há a expectativa de menor oferta no segundo giro, ante o desempenho observado em 2021”. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 265@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 30o/@ (prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 280/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 280/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 275/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca R$ 260/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 321/@ (à vista) vaca a R$ 297/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 265/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 284/@ (prazo) vaca a R$ 280/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 263/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 260/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista).
PORTAL DBO
SUÍNOS
Mercado de suínos com poucas alterações
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 141,00/R$ 145,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 10,50/R$ 10,90 o quilo
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (17), houve aumento de 0,45% em Santa Catarina, chegando a R$ 6,65, e de 0,44% no Paraná, atingindo R$ 6,80/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais (R$ 7,95/kg), no Rio Grande do Sul (R$ 6,48/kg), e em São Paulo (R$ 7,58/kg).
Cepea/Esalq
Suinocultura independente: preços mantêm tendência de elevação
Paraná fechou a semana com alta nos preços
Na quinta-feira (18) os preços da suinocultura independente apresentaram comportamentos variados nas principais praças produtoras do país. No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 11/08/2022 a 17/08/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta 4,07%, fechando a semana em R$ 6,79/kg. "Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 6,69/kg", informou. O preço em São Paulo na quinta-feira ficou estável em R$ 7,73/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). Ainda segundo a associação, nota-se uma redução no peso de até 10% dos animais encaminhados para abate. No mercado mineiro, o preço caiu de R$ 8,00/kg vivo para R$ 7,80/kg vivo com acordo entre suinocultores e frigoríficos, conforme dados da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Em Santa Catarina, segundo dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o preço do animal vivo ficou estável R$ 6,94/kg vivo. "Mantivemos o preço, com grande dificuldade. Os próprios produtores relataram as tentativas dos frigoríficos em puxar para baixo os valores, mas entende-se que o mercado só está piorando, porque apesar de ter mantido o preço do suíno, o milho subiu R$ 2,00 aqui em Santa Catarina”, disse a ACCS
AGROLINK
Suínos/Cepea: Competitividade da carne suína frente às substitutas diminui em agosto
Enquanto a média de preços da carne suína registra forte elevação nesta parcial de agosto, as carnes bovina e de frango se desvalorizaram. Esse movimento, por sua vez, tem resultado em perda de competitividade da proteína suinícola frente às concorrentes
Segundo pesquisadores do Cepea, os preços da carne suína negociada no atacado da Grande São Paulo iniciaram agosto em forte alta, devido às demandas interna e externa aquecidas. No caso da carne de frango, o menor consumo interno, em razão do alto patamar dos preços, e a maior oferta – devido à retração das exportações em julho, em especial das vendas à China – pressionaram as cotações. Para a proteína bovina, a combinação do baixo poder de compra da população e dos preços elevados da carne segue limitando as vendas no mercado interno, enfraquecendo as cotações. Dessa forma, a carcaça especial suína está 2,52 Reais/kg mais cara que o frango inteiro neste mês (até o dia 16), expressivo aumento de 18,8% frente à diferença registrada em julho. Com relação à carcaça casada bovina, a diferença está em 9,98 Reais/kg, recuo de 7,4% frente à observada no mês anterior. Assim, com o preço médio da carne suína se distanciando do valor do frango e se aproximando do da carne bovina, sua competitividade frente a essas concorrentes diminui.
Cepea
Abatedouro modular para suínos e ovinos é entregue na Bahia
Nesta semana, a Embrapa e a Engmaq estiverem presentes no evento de inauguração de abatedouros modulares para suínos e ovinos em Bonito (BA). O investimento é do empresário Ednaldo Freire, dono da Fazenda Santa Isabel
Segundo a nota da Embrapa, o abatedouro segue todas as regras da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e está adequado ao atendimento das necessidades da propriedade, que espera abater em um mês cerca de 400 a 500 animais. O engenheiro-mecânico Daniel Galhart, da Engmaq, explicou que, para a instalação do frigorífico na Fazenda Santa Isabel, foi utilizada a tecnologia similar aos abatedouros com inspeção federal e atende a questões sanitárias e de processo exigidas para abate legal no Brasil. Durante a semana passada, Galhart acompanhou a equipe que atuará no abatedouro, ajustando o equipamento para pleno funcionamento. A tecnologia de abatedouro modular é desenvolvida em parceria com a Embrapa desde 2015 e já há equipamentos instalados em outros estados, como Minas Gerais, Santa Catarina e Ceará.
Embrapa Suínos e Aves
Haiti e República Dominicana recebem apoio no combate à peste suína africana
FAO apoiará 30.000 produtores no Haiti e na República Dominicana no combate à peste suína africana
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) apoiará 30.000 produtores no Haiti e na República Dominicana para controlar e erradicar a peste suína africana (PSA), uma doença viral que afeta suínos domésticos e selvagens. Esse apoio é possível graças ao financiamento de US$ 4,7 milhões fornecido pelo Escritório de Assistência Humanitária da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID na sigla em inglês). “Queremos ajudar com treinamento e apoio veterinário aos pequenos produtores do Haiti e da República Dominicana, protegendo seus meios de subsistência, além de fortalecer a preparação dos países da região diante desta doença”, explicou Andrés González, Pecuarista. Os recursos também permitirão o desenvolvimento de um plano de prevenção para que os países da América Latina e do Caribe estejam preparados para possíveis surtos de peste suína africana. Os fundos permitirão mais assistência técnica, treinamento, serviços veterinários e campanhas de informação que a FAO vem promovendo desde que a peste suína africana foi detectada pela primeira vez na América, após o surto ocorrido na República Dominicana em julho de 2021. Com fundos da USAID, a FAO buscará fortalecer a comunicação de risco, com uma estratégia de conscientização e comunicação focada nas necessidades do setor privado de suínos no Haiti e na República Dominicana. Além disso, fornecerá suporte técnico para a gestão do atual surto de peste suína, por meio de melhorias nas medidas de biossegurança na cadeia de valor da suinocultura no Haiti. Serão também implementadas ações no terreno, através do desenvolvimento de competências nos serviços veterinários nacionais, e da formação de técnicos para favorecer as ações de monitorização e avaliação dos planos de erradicação e controlo. Por fim, o trabalho contempla a elaboração de um plano regional para mitigar a possível disseminação da peste suína para outros países da região da América Latina e Caribe.
SUINOCULTURA INDUSTRIAL
FRANGOS
Quinta-feira com preços estáveis para o frango
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 6,10/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 1,59%, custando R$ 7,45/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,25/kg, nem no Paraná, valendo R$ 5,48/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (17), tanto a ave congelada quanto a resfriada tiveram alta de 0,12%, custando, respectivamente, R$ 8,11/kg e R$ 8,13/kg.
Cepea/Esalq
CARNES
Custos de produção de suínos sobem em julho; ICPFrango volta a cair
Os custos de produção de suínos subiram em julho segundo os estudos publicados pela CIAS, a Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa (embrapa.br/suinos-e-aves/cias). O ICPSuíno, subiu 2,82% em relação a junho, fechando em 431,75 pontos. Já o ICPFrango voltou a cair, desta vez 0,36%, fechando julho em 421,99 pontos
Segundo o analista da área de sócio economia da Embrapa Suínos e Aves, Ari Jarbas Sandi, os custos de suínos se elevaram porque foram feitas duas modificações, sendo uma relativa à migração do preço do transporte de alimentos do item “transportes” para o item “alimentação” (antes se considerava estes itens de despesas à parte um do outro, sendo que no item transportes estavam incluídas as despesas com o translado de dejetos, animais e alimentos) e a outra pela atualização do valor dos investimentos imobilizados em edificações e equipamentos, os quais impactaram os custos fixos (depreciação e custo do capital). “Os valores que a Embrapa utilizava, mesmo sendo corrigidos mensalmente pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna/IGP-DI/FGV, ficaram defasados no período pós-pandemia. Deste modo, o valor dos investimentos sofreu ajustes de acordo com o que o mercado pratica na atualidade. Isso impactou os custos fixos de produção de suínos do mês de julho em relação a junho de 2022. Já em relação à realocação das despesas com o transporte de alimentos para as despesas com a alimentação, isso não alterou os custos variáveis. Embora, aparentemente, o custo com a alimentação tenha aumentado, os custos com o transporte diminuíram justamente em detrimento desta alteração, permanecendo em transportes apenas as despesas relativas ao translado de dejetos e animais”, diz o analista da Embrapa. Assim, o custo total de produção por quilo de suíno vivo produzido em sistema tipo ciclo completo em Santa Catarina passou de R$ 7,34 em junho para R$ 7,55 em julho. Nos primeiros seis meses do ano, o ICPSuíno acumula 7,80% de alta e, nos últimos 12 meses, 6,24%. A alteração no valor dos investimentos não foi exclusividade da suinocultura. Houve alterações também no valor dos investimentos imobilizados para a produção de frangos de corte. Mas, o impacto nos custos totais de produção foi de menor proporção quando comparado à atividade suinícola. Assim, mesmo com a atualização dos valores investidos em aviários para a produção de frangos de corte, o ICPFrango de julho foi menor em relação ao de junho (-0,36%). Essa deflação no índice de custo de produção de frangos foi influenciada principalmente pela diminuição nas despesas com a alimentação das aves, cuja variação foi de -1,86%. O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná, produzido em aviário tipo climatizado em pressão positiva, reduziu R$ 0,02 em julho com relação a junho, chegando aos R$ 5,45. De janeiro até julho, o ICPFrango acumula alta de 4,58% e, nos últimos 12 meses, uma variação de 5,29%.
EMBRAPA SUÍNOS E AVES
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Exportações do Paraná acumulam alta de 14% em 2022
Mas as importações cresceram 35%, de janeiro a julho deste ano, gerando saldo negativo de US$ 112 milhões na balança comercial do estado
Uma representação menor da China na pauta de exportações do Paraná e uma participação maior e mais diversificada de outros países pode explicar o resultado das exportações do estado este ano, conforme informações da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Economia (Secex). De janeiro a julho, as vendas externas do Paraná somaram US$ 12,6 bilhões, crescimento acumulado de 14% na comparação com o mesmo período de 2021. Já as importações superaram os US$ 12,7 bilhões, alta de 35% em relação ao mesmo intervalo do ano passado, resultando num déficit da balança comercial do estado em torno de US$ 112 milhões. A corrente de comércio, que é a soma das importações e das exportações ficou em US$ 25,4 bilhões, valor 24% acima do registrado no acumulado de janeiro a julho do ano anterior. A China continua sendo o principal cliente do Paraná, mas houve queda de 29% no valor comercializado este ano. “Em 2021, 32% dos produtos vendidos pelo estado para fora do país tinham como principal destino o país asiático. Este ano, representam 20% do total comercializado pelo estado para o exterior. A China ainda é um parceiro relevante, mas nota-se uma redução importante nos valores exportados. Uma dependência menor deste mercado e uma ampliação de negociações com outros países”, avalia o economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Evânio Felippe. Em 2022, houve incremento de 19% nas exportações para os Estados Unidos (que representam 8,3% da pauta), de 25% para a Argentina (5,4% da pauta), de 297% para a Índia (3,4% da pauta) e de 38% para o México (3,3% da pauta). “O crescimento considerável para a Índia se deve especialmente às vendas de óleo de soja, que somaram R$ 378 milhões”, justifica. A China também é o principal fornecedor de produtos para o Paraná este ano, com crescimento de 55% em valores importados e peso de 25% na pauta do estado. Estados Unidos (70%), Alemanha (8,2%), Paraguai (5%) e Rússia (109%) foram outros países com elevação nos valores importados em 2022. A alta expressiva nas importações da Rússia se deve principalmente à compra de insumos e fertilizantes para o agronegócio. Em julho, as exportações paranaenses foram de US$ 2,0038 bilhões, valor 6,4% inferior ao registrado em junho. Mas 4,3% acima do de julho do ano passado. As importações chegaram a US$ 2,0452 bilhões, 2,4% maior que a do mês anterior e superando em 34% as verificadas no mesmo mês de 2021. Assim, o saldo da balança comercial em julho ficou negativa em US$ 41,4 milhões. Os produtos mais vendidos foram soja, responsável por 30,2% da pauta total do estado; carnes (18,5%), madeira (7,6%), material de transporte (7,2%) e açúcares e derivados (3,9%). Os setores da indústria que mais exportaram foram alimentos (37%), madeireiro (8%), automotivo (7,8%) e celulose e papel (7,2%). Mais de 95% das importações do Paraná em julho estão concentradas na indústria de transformação. As atividades que mais impactaram no resultado foram fabricação de produtos químicos (40%), petróleo e derivados (13,5%), automotivo (8,8%) e máquinas e equipamentos (8,5%). Entre os itens que o Paraná mais comprou de fora estão produtos químicos (42% da pauta total), petróleo e derivados (14%), material de transporte (9%), produtos mecânicos (7,7%) e material elétrico e eletrônico (5,2%).
FIEP
Crédito rural: mais de R$33 bilhões foram disponibilizados no primeiro mês do plano safra 2022/23
Em julho, primeiro mês do Plano Safra 2022/23, a contratação de crédito rural superou a cifra de R$ 33 bilhões, segundo o levantamento realizado pela Gerência de Desenvolvimento Técnico da Ocepar (Getec), com base nos dados do Banco Central do Brasil
O valor total disponibilizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa) para o atual ciclo foi de R$ 340,8 bilhões. Vale destacar que a maior parte dos recursos usados para contratação teve origem na poupança rural (55%); recursos obrigatórios (20%); recursos com taxas livres (16%); fundos constitucionais (6%) e BNDES equalizável (3%). Ainda de acordo com a Getec, no primeiro mês do novo Plano Safra, as cooperativas brasileiras captaram R$ 2,4 bilhões, sendo a maior parte destinados apenas para à industrialização e custeio, nesta ordem de importância. Já as cooperativas paranaenses captaram R$ 0,90 bilhões, representando, no Plano Safra, mais de 40% dos recursos captados pelas cooperativas nacionais, destacando-se os segmentos de industrialização e custeio. “Essa captação de recursos poderia ser ainda maior se existisse uma disponibilidade orçamentária em instituições financeiras que as cooperativas já possuem relações e se as taxas de juros fossem mais atrativas. Entretanto, apesar das adversidades impostas pelo cenário econômico, as cooperativas paranaenses acreditam que a agregação de valor seja o fator diferencial para expandir mercado e suas margens de lucros, consequentemente”, afirma o analista de Desenvolvimento Técnico da área de mercado da Getec, Salatiel Turra. Verifica-se também que a captação total de recurso na política do crédito rural, em julho da safra 2022/23, apresentou um forte crescimento em relação ao mesmo período do ano passado. “Contudo, dado o aumento do custo de produção provocado pelo cenário econômico, o volume captado até o momento é relevante. Porém, poderia ser maior se as taxas de juros fossem menores”, destaca Turra.
OCEPAR
Terminal de Cargas de Paranaguá investe em tecnologia LTE na movimentação de cargas
A TCP - empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá - investiu R$ 1 milhão para ser o primeiro porto no Brasil licenciado a utilizar a tecnologia LTE, padrão de comunicação logística com troca de dados
Estabelecer conexões seguras e estáveis para grandes operações logísticas ainda é um desafio no país. E isso faz da TCP pioneira no ramo ao investir em uma rede móvel privada. A TCP desenvolverá aplicativos mais inteligentes de produção, enriquecendo a qualidade do serviço. Três estações de rádio base da Sunwave foram instaladas no terminal no primeiro trimestre. "O projeto LTE faz parte do plano de arquitetura de alta disponibilidade da infraestrutura, sendo necessário para atender o grande volume de movimentações que o terminal realiza. Nosso objetivo é fazer com que a TCP ofereça o melhor e mais tecnológico sistema de contêineres da indústria", afirma Walter Maria Júnior, gerente de TI da TCP. A tecnologia LTE (Long Term Evolution - em português, "Evolução a Longo Prazo") foi implementada adicionalmente à rede Wi-Fi. A TCP manterá ambas em produção para maior disponibilidade operacional. Ela permite tráfego de dados em velocidades superiores e maior eficiência de espectro.
GAZETA DO POVO
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha quase estável, a R$5,1715
A cotação no mercado à vista registrou variação positiva de 0,06%, a 5,1715 reais. Um fluxo mais robusto no mercado à vista em dia de volume menor em contratos de dólar futuro da B3 zerou quase toda a alta do dólar de mais cedo
A clearing de câmbio da B3 registrava ao fim da tarde quase 2 bilhões de dólares em liquidação de operações de câmbio para dois dias (D+2), giro comparável ao visto no fim de junho. Já no mercado futuro, pouco mais de 228 mil contratos haviam trocado de mãos, 12% abaixo da média de um mês. De forma geral, o mercado seguiu volátil e tentando decifrar os sinais da política monetária norte-americana, os riscos de desaceleração mais forte na China e em que medida o elevado juro no Brasil pode barrar posições especulativas de venda no real. "Não vemos muita assimetria (no preço da moeda), enquanto durar essa onda de otimismo lá fora... isso limita a depreciação do real, e estamos de olho no mercado internacional para eventualmente alterar posição", disse Marcos Mollica, gestor do Opportunity Total, principal fundo multimercado da Opportunity Asset. O fundo gerido por Mollica está zerado em posições estruturais em câmbio, com o ativo negociado apenas de forma tática (no curtíssimo prazo). Segundo ele, no Brasil o período eleitoral é evento para o qual tradicionalmente tem-se pouco hedge, o que força uma redução da exposição dos fundos ao mercado brasileiro. Em abordagens cíclicas táticas (dia) e cíclicas estratégicas (semana), o Morgan Stanley diz que o dólar está em "bear market" (tendência de baixa) contra o real. Mas a aposta secular, que considera períodos de mês, é de "bull market" para o dólar, ou seja, de uma cotação em alta. Considerando três cenários, mesmo no mais otimista para o real o dólar não cairia abaixo de 5,20 reais --portanto, estaria acima da cotação atual. No cenário-base, a taxa de câmbio estaria em 5,35 reais. No panorama mais forte para o dólar, a moeda bateria 5,70 reais.
REUTERS
Ibovespa fecha no azul com ajuda de Petrobras
O Ibovespa assegurou um leve sinal positivo no fechamento da quinta-feira, apoiado no avanço das ações da Petrobras, em meio a movimentos de realização de lucros
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,09%, a 113.812,87 pontos. A sessão marcou a quinta alta seguida. Em agosto, até o momento, o Ibovespa recuou em apenas duas sessões (dias 1 e 11), com a alta acumulada no mês superando 10%, em parte, refletindo expectativa de que o ciclo de alta da Selic acabou ou está perto disso. O superintendente da Necton/BTG Pactual, Marco Tulli, também chamou a atenção para a entrada de estrangeiros na bolsa em agosto como um componente que deve manter a tendência positiva para as ações brasileiras, mesmo que as altas sejam "tímidas". O Brasil, segundo ele, ainda está "melhor na foto" do que outros emergentes, como Rússia e China, para atrair fluxo de capital externo. De acordo com dados da B3, as entradas de capital externo no mercado secundário de ações brasileiro superavam as saídas em 11,9 bilhões de reais em agosto. O analista da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, também destacou as compras de estrangeiros como fator para o rali, mas observa que há uma pressão para correção, que já vem ocorrendo em papéis com menor representatividade no Ibovespa. Ele também chamou atenção para o fato do ritmo da alta de juros nos EUA ainda estar em aberto. "Tem um medo bastante grande de que os EUA enfrentem uma recessão no curto prazo, que o Fed tenha que ser mais duro dada a inflação persistente."
REUTERS
IPPA/Cepea: IPPA se mantém estável em julho
Em julho, o IPPA/CEPEA (Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários), em termos nominais, se manteve praticamente estável frente ao de junho (-0,1%)
O resultado esteve atrelado ao contrabalanceamento das variações dos Índices de grupos de alimentos. Por um lado, o IPPA-Grãos e o IPPA-Cana-Café recuaram, respectivamente, 4,1% e 0,5%; por outro, verificaram-se avanços no IPPA-Pecuária e IPPA-Hortifrutícolas, de 4,6% e 19,3%, respectivamente. O resultado observado para o IPPA-Pecuária se deveu à alta dos preços nominais do leite, do suíno vivo e do boi gordo. No caso do leite, que acumula valorizações consecutivas desde o início deste ano, o resultado se atribui à menor oferta no campo. Para os suínos, o baixo poder de compra da população impulsionou a demanda por animais vivos pelos frigoríficos. No caso do boi gordo, apesar da elevação dos preços da arroba em relação a junho, pesquisadores do Cepea apontam que, na comparação anual parcial (de janeiro a julho), os valores estão inferiores aos de 2021, devido à baixa procura pela carne pela população brasileira. Quanto aos hortifrutícolas, o resultado para o grupo se deve às elevações nos preços nominais da banana e da uva. Em ambos os casos, estão atreladas às baixas ofertas das frutas. Em relação ao IPPA-Grãos, o resultado advém das quedas observadas para o algodão em pluma, milho em grão, soja e trigo. Em relação ao IPPA-Cana-Café, verificaram-se quedas nos preços de ambos os produtos que compõem este grupo. Na mesma comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais, calculado e divulgado pela FGV, registrou queda de 0,52% – logo, de junho para julho, os preços agropecuários subiram frente aos industriais da economia.
Cepea
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