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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 231 DE 10 DE OUTUBRO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 231 |10 de outubro de 2022



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Aumento na arroba do boi gordo destinado ao mercado interno

De acordo com apuração da Scot, ao longo desta semana, houve aumento na arroba do boi gordo destinado ao mercado interno nas praças paulistas, entre várias outras regiões do País


Aparentemente, os preços do boi gordo atingiram o fundo do poço neste período atípico de entressafra. Essa é a opinião do zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria. Ele aponta alguns fatores que indicam a possibilidade de um movimento de alta na arroba bovina ainda nos últimos três meses do ano. “Com uma menor oferta de boiada terminada de primeiro giro (quadro que irá perdurar até a entrada da segunda rodada de confinamento), abre-se espaço para incrementos nos preços ofertados pela ponta compradora”, observa Fabbri. Segundo ele, as indústrias frigoríficas que trabalham voltadas ao mercado interno têm operado com escalas de abate mais curtas, como estratégia em meio ao escoamento (da carne bovina) fragilizado. “Com isso, nos últimos dias, os frigoríficos passaram a enfrentar dificuldade para encontrar bovinos terminados”. Os compradores que atendem ao mercado externo continuam com suas escalas de abate relativamente confortáveis e os bovinos “indo para o gancho” foram, em sua maioria, contratados previamente com preços acima da referência atual, informa o analista da Scot. O “boi China” paulista está negociado em R$ 290/@ (preço bruto e a prazo) no mercado físico. Na sexta-feira, segundo os dados apurados pela Scot, houve alta de R$ 2/@ na cotação do boi gordo “comum” (sem prêmio-exportação) negociado no mercado de São Paulo. O boi gordo está cotado em R$ 285/@, a vaca gorda em R$ 267/@ e a novilha gorda em R$ 277/@ (preços brutos e a prazo). No entanto, continua o analista, a chegada de gado oriundo da segunda rodada de confinamento pode “folgar” a ponta compradora, limitando a eventual movimentação de alta na arroba do boi gordo. “Se a demanda doméstica ganhar corpo nos últimos meses do ano, em meio à expectativa positiva para as exportações, há espaço para firmeza nas cotações do boi gordo”, afirma Fabbri. Na sexta-feira, 7 de outubro, o volume de negócios no mercado físico do boi gordo foi esparso, apurou a consultoria IHS Markit. “Muitas unidades frigoríficas optaram por sair das compras de gado nesta sexta-feira, sobretudo aquelas que já conseguiram fechar as escalas de abate para o final da próxima semana”, informa a IHS. Houve repiques de negócios que chegaram a permitir formação de preços mais firmes, embora a morosidade dos negócios limite avanços mais significativos. No Mato Grosso, informa a IHS, algumas plantas frigoríficas tiveram que operar com preços mais firmes para avançar com as suas escalas de abate. Na B3, os preços dos contratos futuros do boi gordo ainda estiveram pressionados de forma negativa no decorrer da semana. No mercado atacadista, as cotações dos principais cortes bovinos continuaram inalterados nesta sexta-feira. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 281/@ (à vista) vaca a R$ 256/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 298/@ (prazo) vaca a R$ 272/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 253/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 245/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 258/@ (à vista) vaca a R$ 243/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 259/@ (à vista) vaca a R$ 245/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 263/@ (prazo) vaca R$ 250/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 291/@ (à vista) vaca a R$ 258/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 258/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 267/@ (prazo) vaca a R$ 2561/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 255/@ (à vista) vaca a R$ 239/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista)

PORTAL DBO


SUÍNOS


Mercado de suínos com alta de 1,21% para o animal vivo em SP

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 122,00/R$ 128,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 9,20/kg/R$ 9,60/kg

Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (6), foi registrado queda somente em Santa Catarina, na ordem de 0,16%, baixando para R$ 6,23/kg. Houve alta de 1,21% em São Paulo, alcançando R$ 6,70/kg, e de 0,30% em Minas Gerais, atingindo R$ 6,78/kg. Ficaram estáveis os preços no Paraná (R$ 6,39/kg), e no Rio Grande do Sul (R$ 6,42/kg).

Cepea/Esalq


Aumento de R$ 0,19 no preço do quilo do suíno no Rio Grande do Sul

A Pesquisa Semanal da Cotação do Suíno, milho e farelo de soja no RS apontou aumento de 19 centavos no preço pago ao suinocultor independente pelo quilo do suíno vivo; a cotação é de R$6,85 nesta sexta-feira (7). O levantamento é realizado pela Associação de Criadores de Suínos do RS – ACSURS.


O custo médio da saca de 60 quilos de milho ficou em R$ 90,75. Já o preço da tonelada do farelo de soja é de R$ 2.725,00 e da casquinha de soja é de R$ 1.550,00, ambos para pagamento à vista, preço da indústria (FOB). O preço médio na integração apontado pela pesquisa é de R$ 5,22. As cooperativas e agroindústrias apresentaram as seguintes cotações: Aurora/Cooperalfa R$ 5,40 (base suíno gordo) e R$ 5,50 (leitão 6 a 23 quilos), vigentes desde 17/08; Cooperativa Languiru R$ 5,40, vigente desde 26/08; Cooperativa Majestade R$ 5,40, vigente desde 17/08; Dália Alimentos/Cosuel R$ 5,40, vigente desde 1º/09; Alibem R$ 4,20 (base suíno creche e terminação) e R$ 5,50 (leitão), vigentes desde 22/08; BRF R$ 5,20, vigente desde 10/08; Estrela Alimentos R$ 4,40 (base creche e terminação) e R$ 5,45 (leitão), vigentes desde 19/08; JBS R$ 5,10, vigente desde 23/05; e Pamplona R$ 5,40 (base terminação) e R$ 5,50 (base suíno leitão), vigentes desde 17/08.

ACSURS


FRANGOS


Frango vivo em Santa Catarina sobe 13,95%

De acordo com análise do Cepea/Esalq, os preços da carne de frango estão subindo no mercado brasileiro neste começo de outubro na maioria das regiões acompanhadas pelo órgão


Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,50/kg, enquanto o frango no atacado subiu 0,81%, cotado em R$ 7,48/kg. Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina o preço subiu 13,95%, alcançando R$ 4,82/kg, enquanto no Paraná houve queda de 1,51%, baixando para R$ 5,23/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (6), a ave congelada cedeu 0,12%, custando R$ 8,10/kg, e o frango resfriado baixou 0,25%, fechando em R$ 8,07/kg.

Cepea/Esalq


Frango/Cepea: Valores da carne estão em alta neste começo de mês

Os preços da carne de frango estão subindo no mercado brasileiro neste começo de outubro na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea


Segundo colaboradores consultados pelo Cepea, o movimento de valorização se deve ao típico período de aumento nas vendas, tendo em vista a aproximação da entrada de massa salarial de boa parte da população. No front externo, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Cepea, os embarques brasileiros de carne de frango somaram 399,7 mil toneladas em setembro, queda de 9% frente ao mês anterior. Apesar disso, de janeiro a setembro, o volume escoado soma 3,7 milhões de toneladas, elevação de 5,7% frente à quantidade exportada nos nove primeiros meses de 2021.

Cepea


EMPRESAS


Avançam as obras da nova esmagadora de soja da C. Vale em Palotina (PR)

Com investimentos de mais de R$ 650 milhões, planta deverá ser inaugurada em novembro de 2023


Uma das maiores cooperativas do agro brasileiro, a C. Vale, que atua no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraguai, informou que a nova esmagadora de soja que está construindo em Palotina (PR), onde fica sua sede, deverá ser inaugurada em novembro do ano que vem. Segundo a C. Vale, a drenagem e a terraplanagem da área de 12 hectares que a planta vai ocupar no parque industrial do grupo no município paranaense já foram concluídas, e a pavimentação das vias de acesso à unidade foram antecipadas para facilitar o tráfego de caminhões com material de construção e equipamentos. Os investimentos na fábrica deverão superar R$ 650 milhões, em parte financiados com recursos obtidos junto ao BNDES e ao BRDE. A capacidade de processamento ficará entre 2,5 mil e 3 mil toneladas de soja por dia. “A esmagadora vai processar o grão e fornecer farelo e óleo de soja para que a C. Vale produza rações para frangos, suínos, peixes e bovinos de seus integrados. Com isso, a cooperativa se tornará autossuficiente nessas duas matérias-primas”, informou o grupo, em nota. A C. Vale encerrou 2021 com receita de R$ 17,4 bilhões, 42,2% mais que em 2020.

VALOR ECONÔMICO


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Portos de Paranaguá e Antonina registram alta de 5% nas exportações em 2022

O embarque de cargas pelos portos de Paranaguá e Antonina teve alta de 5%, tanto no volume mensal quanto no acumulado dos nove meses do ano. Das 44.635.622 toneladas movimentadas, de janeiro a setembro, 61,6% foram de exportação: 27.484.079 toneladas, contra cerca de 25 milhões em 2021. No mês passado, o volume de produtos movimentados somou 3.033.720 toneladas, contra 2,8 milhões em setembro do ano passado


“Também na movimentação mensal, as exportações representam mais da metade de tudo o que passa pelos portos do Paraná, quase 63,5%”, comenta o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. Ele detalha que nesse sentido do comércio internacional, partindo dos portos paranaenses, os maiores aumentos ocorreram nos embarques de milho, farelo e óleo de soja e carga geral. “Neste último, principalmente nas cargas em contêineres e de celulose, direta nos porões dos navios”, completa. No total, a exportação de granéis sólidos somou 19.161.762 toneladas embarcadas neste ano. O volume é 2% superior ao registrado no mesmo período em 2021, com 18.712.846 toneladas. No segmento, o milho alcançou o maior aumento: 425%. Enquanto no ano passado, de janeiro a setembro, foram carregadas 653.247 toneladas do cereal pelo Porto de Paranaguá, em 2022 o volume subiu para 3.430.418 toneladas. As exportações de farelo de soja cresceram 11% – 4.347.550 toneladas nos primeiros nove meses de 2022 e 3.916.242 toneladas no mesmo período do ano passado. “Com os volumes de soja e açúcar a granel exportados em queda, neste ano, foram o milho e o farelo que puxaram para cima as exportações do segmento”, comenta Garcia. Entre os granéis líquidos de exportação, o destaque está no volume de óleo de soja carregado pelos portos paranaenses. Neste ano, 1.234.412 toneladas dos produtos foram exportadas, volume 42% superior às 872.281 toneladas embarcadas em 2021. De carga geral, as exportações em contêineres tiveram alta de 7% e as de celulose (breakbulk), 16%. De TEUs (unidades específicas dos contêineres), foram carregados 503.120 neste ano, até setembro e, em 2021, 469.564 TEUs. O volume de celulose chegou a 630.355 toneladas embarcadas nos últimos nove meses, com 545.400 toneladas no ano passado, no mesmo período. Considerando os dois sentidos do comércio exterior, o volume movimentado pelos portos de Paranaguá e Antonina, neste ano, é praticamente o mesmo contabilizado em 2021 (44.461.024 toneladas). Por segmento, as importações e exportações totalizaram 27.810.596 toneladas de Granéis Sólidos (-1% em relação ao volume movimentado no ano passado); 10.440.962 toneladas de Carga Geral (+2%); e 6.384.064 toneladas de Granéis Líquidos (+6%).

Agência Estadual de Notícias


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar tem leve alta após dado de emprego dos EUA, mas marca maior perda semanal em mais de 2 meses

O dólar subiu ligeiramente frente ao real na sexta-feira, na esteira de dados de emprego dos Estados Unidos, mas acumulou baixa de mais de 3% na semana, sua pior em mais de dois meses


A moeda norte-americana à vista teve variação positiva de 0,07%, a 5,2140 reais. O vaivém foi resultado de um "payroll", como é conhecido o relatório de emprego norte-americano. A maior economia do mundo abriu 263 mil vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, disse o Departamento do Trabalho dos EUA, enquanto a taxa de desemprego caiu para 3,5%. "A divulgação do payroll deste mês indicou que, apesar de o dado ter mais uma vez superado a expectativa de mercado, o volume de novas vagas no mercado de trabalho norte americano vem perdendo força, com o resultado deste mês ficando bem abaixo da média de 2022, que é de 420 mil vagas", comentou Matheus Pizzani, economista da CM Capital. Também chamou a atenção uma desaceleração no avanço anual dos salários da população norte-americana a 5,0%, de 5,2% em agosto. "Esse dado demonstra que a probabilidade de a atual variação dos salários levar a uma espiral inflacionária nos EUA permanece baixa", escreveu o analista do Banco Inter Vitor Martins Carvalho. "O crescimento dos postos de trabalho deve demandar a manutenção da política monetária em terreno estritamente positivo por parte do Fed", conforme o banco central tenta frear a economia para reduzir a inflação, disse Pizzani, da CM Capital. Na esteira do relatório de emprego, operadores de futuros vinculados à taxa básica de juros do Federal Reserve elevaram as apostas de que o banco central realizará um quarto aumento consecutivo de 0,75 ponto percentual nos custos dos empréstimos no mês que vem, o que elevaria seu aperto total desde março deste ano para 3,75 pontos. Nesse contexto, a tendência num curto prazo é de valorização do dólar em relação ao real, embora tenha reconhecido que a moeda local pode ter as perdas limitadas por fatores domésticos. O dólar caiu 3,34% em relação ao real sobre o fechamento da última sexta-feira, seu maior tombo semanal desde a queda de 5,91% registrada no período de 25 a 29 de julho passado. Investidores também se tranquilizaram após a formação de um Congresso significativamente alinhado a pautas conservadoras e liberais, que, na visão dos mercados, poderia evitar o avanço de eventuais agendas econômicas muito custosas sob o próximo governo, seja este de Lula ou de Bolsonaro. Na B3, às 17:10 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,23%, a 5,2360 reais.

REUTERS


Ibovespa quebra série de altas e recua

Wall Street endossou o ajuste na bolsa paulista, mais uma vez fechando em baixa, com dados de emprego corroborando as apostas de que o Federal Reserve seguirá com a campanha de aumento da taxa de juros que muitos investidores temem que leve a economia dos Estados Unidos a uma recessão


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,01%, a 116.375,25 pontos. O volume financeiro somou 32,5 bilhões de reais. Na semana, o Ibovespa valorizou-se 5,76%, em desempenho que reflete principalmente a alta de 5,54% na segunda-feira, quando reagiu ao resultado do primeiro turno das eleições no Brasil, com disputa mais apertada do que o esperado na corrida presidencial e uma composição de centro-direita no Congresso. As primeiras pesquisas divulgadas durante a semana, incluindo Datafolha na sexta-feira, continuaram apontando favoritismo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL) para o segundo turno, no dia 30. Em Nova York, o S&P 500 caiu 2,8%. O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou a criação de 263 mil vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, abaixo das 315 mil de agosto, mas acima do esperado, enquanto o desemprego caiu a 3,5%. Para Raone Costa, economista-chefe da gestora Alphatree, os dados são uma evidência de que o mercado de trabalho norte-americano está começando a esfriar, mas é algo ainda muito incipiente, e as contratações ainda estão em um patamar forte. "Acredito que seja um dado que não define nada para o Fed", afirmou, referindo-se ao banco central dos EUA. Na visão dele, o principal componente para a próxima decisão é o índice de preços ao consumidor (CPI). O dado de setembro sairá no próximo dia 13. Os números, na visão de Felipe Sichel, sócio e economista-chefe do Banco Modal, reforçam sua projeção de alta do juro dos EUA em pelo menos 1,25 ponto percentual até o final do ano. O dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,23%, a 5,2360 reais.

REUTERS


Vendas no varejo do Brasil recuam pela 3ª vez em agosto e batem nível mais baixo do ano

O varejo brasileiro registrou em agosto a terceira queda seguida nas vendas e bateu o menor patamar do ano, ainda patinando em meio a um cenário de inflação e juros elevados


Em agosto, as vendas do setor contraíram 0,1% na comparação com o mês anterior, de acordo com os dados divulgados na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi ligeiramente melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 0,2%, mas levou as vendas a acumularem perdas de 2,5% nos três meses seguidos de taxas negativas. O setor só não registrou o quarto mês seguido de perdas porque o IBGE revisou para cima o resultado de maio, passando de uma perda de 0,5% para avanço de 0,2%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, entretanto, as vendas mostraram desempenho melhor do que a expectativa de estabilidade ao crescerem 1,6%. O desempenho do setor varejista brasileiro vem patinando nos últimos meses em um cenário de aperto do crédito e cautela com a inflação. Embora o IPCA tenha registrado em agosto o segundo mês de queda dos preços ao consumidor, isso se deveu principalmente ao impacto do recuo dos custos dos combustíveis. Embora o resultado de agosto tenha posicionado o comércio no menor patamar do ano, o volume de vendas ainda está 1,1% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, mas 5,2% abaixo do ponto mais alto da série, em outubro de 2020. “O comércio está numa trajetória de declínio", afirmou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. "A trajetória ... depois da pandemia ainda é bem volátil”. “Essa perda de fôlego do comércio pode ser justificada pelo impacto da inflação, mesmo com ela menor e com quedas em julho e agosto. A inflação cedeu, mas ainda reduz o poder de compra e o ímpeto por consumo", completou. Entre as oito atividades pesquisadas, três tiveram retração: Artigos farmacêuticos, de 0,3%; Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, de 1,4%; e artigos de uso pessoal e doméstico, de 1,2% --as duas últimas, de acordo com Santos, têm ganhado relevância na análise dos resultados devido aos desempenhos negativos nos últimos meses. O gerente da pesquisa destacou ainda que o avanço de 0,2% nas vendas de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo funcionou como um "fator âncora" para o resultado do mês, segurando o resultado total perto de zero, uma vez que pesa cerca de 50% no índice global. Já a atividade de Combustíveis e lubrificantes apontou crescimento de 3,6%, após alta de 12,6% em julho. “Como a queda do IPCA (em agosto) foi concentrada nos combustíveis, isso ajudou a reduzir a perda do varejo”, disse Santos. O comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, teve queda de 0,6%. Isso mesmo com o avanço de 4,8% no mês de Veículos, motos, parte e peças. Materiais de construção apresentaram retração de 0,8% nas vendas. “A atividade caiu 4,5% de maio para junho e 2,7% de junho para julho, então, o resultado de agosto ainda não é suficiente para retomar o patamar anterior a esses dois meses de queda”, disse Santos, explicando que esse resultado reflete uma queda nos preços dos veículos. O desempenho do varejo no país acompanha o da produção industrial, que em agosto voltou a registrar queda, de 0,6%, ainda com dificuldades de deslanchar e retomar o patamar pré-pandemia.

REUTERS


Índice global de preços dos alimentos cai pelo 6º mês em setembro, diz FAO

O índice global de preços de alimentos apurado pela agência das Nações Unidas (FAO) caiu pelo sexto mês consecutivo em setembro, recuando das máximas de todos os tempos registradas no início deste ano, quando foi impulsionado pela guerra na Ucrânia


A Organização para Agricultura e Alimentação (FAO) disse na sexta-feira que seu índice de preços, que acompanha as commodities alimentares mais negociadas globalmente, teve média de 136,3 pontos no mês passado, ante 137,9 revisados em agosto. O número de agosto foi anteriormente colocado em 138,0. O índice caiu de um recorde de 159,7 em março. A leitura de setembro foi, no entanto, 5,5% superior à do ano anterior. A queda mais recente foi impulsionada por uma redução mensal de 6,6% nos preços do óleo vegetal, com o aumento da oferta e os preços mais baixos do petróleo contribuindo para o declínio. Os preços do açúcar, laticínios e carnes caíram menos de um ponto percentual. Por outro lado, o índice de preços de cereais da FAO subiu 1,5% no mês a mês em setembro, com os preços do trigo subindo 2,2% devido a preocupações com as condições de safras secas na Argentina e nos Estados Unidos, fortes exportações da UE e maior incerteza sobre o acesso ao Mar Negro pelos portos ucranianos. Os preços do arroz subiram 2,2%, em parte devido a preocupações com o impacto das recentes inundações graves no Paquistão. A FAO separadamente reduziu sua previsão para a produção global de cereais em 2022 para 2,768 bilhões de toneladas, de 2,774 bilhões de toneladas anteriores. Isso é 1,7% abaixo da produção estimada para 2021. Espera-se que o consumo mundial de cereais em 2022/23 ultrapasse a produção em 2,784 milhões de toneladas, levando a uma queda projetada de 1,6% nos estoques globais em comparação com 2021/22, para 848 milhões de toneladas. Isso representaria uma relação estoque-uso de 29,7%, abaixo dos 31,0% em 2021/22, mas ainda relativamente alto historicamente, disse a FAO.

REUTERS


Crédito desembolsado pelo Plano Safra supera R$ 115 bilhões, diz Mapa

Do total, R$ 80,26 bilhões foram para operações de custeio, aumento de 55%

O volume de crédito rural desembolsado nos três primeiros meses do atual Plano Safra (julho a setembro) totalizou R$ 115,96 bilhões, representando um aumento de 23% em relação a igual período da safra passada (R$ 94,54 bilhões). Do total, R$ 80,26 bilhões foram liberados para operações de custeio (aumento de 55%), R$ 23,09 bilhões para investimento, R$ 6,99 bilhões para comercialização e R$ 5,62 bilhões para industrialização. O diretor do Departamento de Política de Financiamento ao Setor Agropecuário do Mapa, Wilson Vaz de Araújo, destacou, entre os recursos a taxas controladas, o aumento de 52% dos financiamentos concedidos ao amparo da poupança rural. Entre os recursos livres, o destaque fica para a fonte LCA, com aumento de 164%, indicando a sua crescente contribuição para o crédito rural, respondendo por 28% (R$ 32,39 bilhões) do total das contratações neste início de safra. Do total de recursos controlados, foram aplicados R$ 72,44 bilhões, correspondendo a 38%. Em relação aos recursos livres, num total programado de R$ 145,18 bilhões, foram aplicados R$ 43,52 bilhões, o que corresponde a 30%. Os valores são provisórios e foram extraídos, no dia 5 deste mês, do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), que registra as operações de crédito informadas pelas instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural. Dependendo da data da consulta no sistema, podem ser observadas variações nos valores. Onze instituições financeiras receberam recursos equalizáveis: Banco do Brasil; Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. - Banrisul; Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais - Bdmg; Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - Bndes; Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - Brde; Caixa Econômica Federal - Caixa; Credialiança Cooperativa de Crédito Rural - Credialiança; Credicoamo Crédito Rural Cooperativo - Credicoamo; Confederação Nacional das Cooperativas Centrais de Crédito e Economia - Cresol; Banco Cooperativo Sicoob S.A. - Sicoob; e Banco Cooperativo Sicredi S.A. - Sicredi. Após os remanejamentos de recursos realizados em agosto, o Plano Safra 2022/2023 conta com R$ 336,51 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional até junho do próximo ano. Desse total, R$ 251,63 bilhões são destinados ao custeio e comercialização. Outros R$ 84,89 bilhões são para investimentos. A programação de recursos com juros controlados soma R$ 191,34 bilhões e com juros livres R$ 145,18 bilhões. O montante de recursos equalizados soma R$ 111,44 bilhões na atual safra.

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