Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 286 |05 de janeiro de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: preços da arroba indicando eventual tendência de baixa
Na quarta-feira (4/1), o mercado brasileiro do boi gordo manteve o ritmo lento de negociações, situação que deve se estender ao longo dos próximos dias, relata IHS Markit
Segundo apurou a Scot Consultoria, em São Paulo, o mercado começa a ensaiar os primeiros recuos na cotação do boi gordo. “Alguns frigoríficos paulistas ainda estão em recesso e, com a demanda (pela carne bovina) mais comedida para janeiro, as indústrias têm pressionado mais os preços da arroba”, ressalta a Scot. A cotação para o boi gordo ainda segue estável nas praças do interior de São Paulo, em R$ 280/@, enquanto os preços da vaca e da novilha gordas estão em R$ 267/@ e R$ 272/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China” está cotado em R$ 285/@ (preço bruto e a prazo). De acordo com a IHS Markit, os preços referenciais apontaram para recuos nas praças do Paraná, onde as indústrias locais realizam compras cadenciadas e esparsas, informa consultoria. O menor apetite comprador conduziu os preços do boi gordo de R$ 281/@ para R$ 276/@ na região de Maringá. Em Rondônia, o menor apetite comprador das indústrias também resultaram na primeira queda da arroba local em 2023. A IHS Markit captou retração de R$ 241/@ para R$ 236/@ na praça de Cacoal. “Vale ressaltar que o boi rondoniense permanece com a arroba mais barata no Brasil”, informa a IHS. Segundo a consultoria, neste momento, há volumes de chuvas satisfatórias em boa parte das regiões pecuárias, com destaques para São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. “Os bons índices pluviométricos nessas regiões devem favorecer a preservação de massa verde nas pastagens, abrindo a possibilidade de retenção de animais por parte dos pecuaristas”, relata a IHS. Porém, no Sul da Bahia, as chuvas intensas estão provocando atrasos nos embarques de animais, devido aos entraves logísticos. No mercado atacadista, a procura por reposições permanece lenta e abaixo da regularidade. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 276/@ (à vista) vaca a R$ 256/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 286/@ (prazo) vaca a R$ 269/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 253/@ (prazo) vaca a R$ 238/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 241/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 249/@ (à vista) vaca a R$ 229/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 249/@ (à vista) vaca a R$ 234/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 276/@ (prazo) vaca R$ 261/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 256/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 261/@ (à vista) vaca a R$ 246/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 217/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 261/@ (à vista) vaca a R$ 256/@ (à vista).
PORTAL DBO
SUÍNOS
Suínos: recuo nos preços se intensificam. Queda de 3,09% nO PR
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 138,00/R$ 143,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 11,30/R$ 10,70 o quilo
Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (3), houve baixa de 2,30% em Minas Gerais, atingindo R$ 7,64/kg, recuo de 3,09% no Paraná, alcançando R$ 6,91/kg, desvalorização de 0,72%, custando R$ 6,93/kg, retração de 1,26% em Santa Catarina, com preço de R$ 7,06/kg, e de 2,14% em São Paulo, fechando em R$ 7,78/kg.
Cepea/Esalq
Peru efetiva abertura de mercado para carne suína do Brasil
As autoridades sanitárias do Peru aprovaram na última semana de 2022 o primeiro estabelecimento brasileiro para a exportação de carne suína ao país andino
A autorização é o passo final para o início das vendas do produto brasileiro para o Peru, que já havia aberto as suas portas para o setor do Brasil com a definição em 2021 de um Certificado Sanitário Internacional (CSI). A habilitação para as exportações ao país sul-americano é efetivada após a conclusão do processo de habilitação individual dos estabelecimentos - no caso da unidade produtora habilitada, localizada no Acre (estado limítrofe com o Peru), foi concluído após longa negociação entre os dois países. “Este é um importante passo para a internacionalização da região Norte no fornecimento de produtos suinícolas, graças ao forte empenho do Ministério da Agricultura, em especial de sua adidância, e da Embaixada Brasileira em Lima. É esperado que o fluxo de comércio se inicie já neste primeiro semestre de 2023 e o Brasil deverá atuar de maneira complementar e respeitando a produção local", avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
ABPA
FRANGOS
Frango fecha a quarta-feira estável ou com tímidas quedas
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,00/kg, enquanto a ave no atacado recuou 1,54%, chegando em R$ 6,40/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná não houve mudança de preço, custando R$ 5,13/kg, assim como Santa Catarina, com valor inalterado de R$ 3,02/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (3), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado tiveram recuo de 0,39%, valendo, respectivamente, R$ 7,58/kg e R$ 7,65/kg.
Cepea/Esalq
Rabobank projeta boas condições para o frango no 1º tri de 2023
A proximidade do Brasil com países com casos de gripe aviária é ponto de atenção, mas surtos da doença na Europa e Ásia representam oportunidade de ampliação nas exportações
O panorama para a maioria dos mercados, de acordo com análise divulgada pelo Rabobank, é positivo, com demanda forte e oferta de produto limitada. Entretanto, o contexto está mudando. Uma desaceleração econômica deve impactar o setor, e a inflação ainda em cena exerce pressão negativa no poder de compra do consumidor, que passa a ser mais condicionado a escolher no momento da compra o que é mais barato e em estabelecimentos que vendem a preços menores. Consequentemente, conforme os analistas do banco, isso acaba provocando demanda por carne de frango e ovos; cortes mais em conta. Soma-se a este fator os desafios operacionais que devem ser enfrentados pelos produtores, como os altos custos com as rações e os gastos com energia, além do custo e oferta de mão-de-obra e surtos de influenza aviária. Ainda que na perspectiva do Rabobank os preços do milho e da soja, ingredientes essenciais na formulação da ração das aves, cedam, os valores devem permanecer em patamares elevados. Para além disso, devido a estoques relativamente menores, demanda incerta de mercado, mudanças geopolíticas e potenciais disrupções na cadeia fornecedora, os preços das rações devem enfrentar um cenário de volatilidade. No caso do mercado do frango brasileiro, mesmo com um recuo de 18% nos embarques para a China, o balanço do ano de 2022 ainda deve ser de exportações recorde, com crescimento nas vendas para outros países, principalmente da Ásia e Oriente Médio. Apesar disso, fica como ponto de atenção os casos de influenza aviária altamente patogênica detectados na América do Sul, em países como Chile, Colômbia, Equador, México, Peru, Venezuela e, mais recentemente, Panamá. Medidas de contenção contra a chegada do vírus no Brasil já estão sendo reforçadas pelas autoridades na área de Defesa Animal. Por outro lado, justamente os surtos de gripe aviária, também na Europa e na Ásia, podem dar mais oportunidades ao Brasil para ampliar as exportações de carne de frango.
Rabobank
França notifica mais seis ocorrências de cepa da gripe aviária
Em comunicado divulgado na quarta, foram confirmados 259 focos da doença
Desde 11 de novembro, as autoridades francesas colocaram o país em 'alerta máximo' para o risco de contaminação Freepik. O Ministério da Agricultura da França confirmou a ocorrência de mais seis casos de uma cepa altamente patogênica de gripe aviária (HPAI), que tem sido responsável por surtos da doença no país. Em comunicado divulgado na quarta-feira (4/1), foram confirmados 259 focos até a última terça-feira (3/1). A contagem pelo governo começou em 1º de agosto do ano passado e até o fim de dezembro de 2022 haviam sido registradas 250 notificações. Desde 11 de novembro, as autoridades francesas colocaram o país em "alerta máximo" para o risco de contaminação por HPAI no território metropolitano. Segundo nota publicada no site oficial do ministério, políticas de controle e prevenção são tomadas sempre que um surto é detectado. Entre as ações, está o abate de animais e a definição de zonas de proteção e isolamento em torno do vírus para reduzir a densidade de casos. O consumo de carne, fígado e ovos - assim como qualquer produto alimentar feito de aves - não apresenta risco para os humanos.
ESTADÃO CONTEÚDO
MEIO AMBIENTE
Marina Silva anuncia Secretaria para Controle do Desmatamento
Em discurso na quarta (4/1), Ministra enfatizou que haverá transversalidade de temas ambientais com, pelo menos, 17 ministérios
Marina Silva tomou posse no Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima (MMA) na tarde da quarta-feira (4/1), em Brasília. Em seu discurso, ela enfatizou que haverá transversalidade de temas ambientais com, pelo menos, 17 ministérios. Entre as novidades anunciadas para a pasta, ela falou na criação da Secretaria Extraordinária de Combate ao Desmatamento e Ordenamento Territorial. “Quando alcançarmos a meta do desmatamento zero, não precisa ter mais a secretaria”, disse ao se posicionar também a favor da reforma agrária, com destinação de áreas para unidades de conservação, terras indígenas e produção sustentável. Segundo ela, a meta do Brasil é recuperar 12 milhões de hectares de área degradada, cujo potencial estimado é de gerar 260 mil empregos. “Não vamos nos tornar agricultura de baixo carbono da noite para o dia, nem fazer a transição energética da noite para o dia. Não é mágica. Vamos precisar de parcerias”, reforçou. Apesar de ponderar que haverá desafios na interlocução com outras pastas, a ministra afirmou que conta com o comando do presidente Lula para uma política transversal efetiva. Neste sentido, ela enfatizou a criação do Conselho sobre Mudança do Clima, que será comandado pelo próprio presidente da República com participação de todos os ministérios. “Estamos propondo o redesenho do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima, instância destinada a concatenar as decisões do Conselho [sobre mudança do clima] em políticas formuladas pelos diferentes ministérios”, anunciou. Como prioridade do MMA, ela declarou a recriação da Secretaria Nacional de Mudança do Clima, que inclui um Departamento de Política para Oceano e Gestão Costeira. Também afirmou que até março será formalizada a Autoridade Nacional de Segurança Climática. Embora não tenha detalhado qual a tarefa de cada órgão, Marina deixou claro que o objetivo é “produzir subsídios para implementação da Política Nacional do Clima e regulamentar as metas setoriais para mitigação e resiliência às mudanças do clima”. Também está no escopo do novo MMA a Secretaria de Bioeconomia e Recursos Genéticos. Neste momento, Marina fez menção ao Ministro Carlos Fávaro, com quem diz que irá “trabalhar conjuntamente”. “O papel da nova secretaria é, em conjunto com os outros órgãos, estimular a bioeconomia que valorize nossa sociobiodiversidade. Temos expectativa que possamos fazer jus ao compromisso de tirar o Brasil do mapa da fome”, falou. “Muitos têm dito ‘como será o conflito do ministro Carlos Fávaro, da Agricultura, com a ministra Marina Silva e o ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário. E posso adiantar a vocês que todos se surpreenderão porque estamos todos do mesmo lado. Queremos e vamos ter a produção agrícola mais sustentável do mundo”, afirmou Fávaro. Durante sua fala, a Ministra também anunciou João Paulo Capobianco como Secretário-Executivo do Ministério. Ele assumiu o mesmo cargo na primeira passagem de Marina à frente da pasta, entre 2003 e 2008. Atualmente, o biólogo e ambientalista preside o Instituto Democracia e Sustentabilidade.
GLOBO RURAL
EMPRESAS
BRF tem novo vice-presidente de Operações Industriais e Logística
A BRF anunciou na terça-feira (03) que seu Conselho de Administração elegeu Artemio Listoni como novo diretor vice-presidente de Operações Industriais e Logística da companhia
Listoni assumiu o cargo antes ocupado pelo atual diretor vice-presidente de Cadeia de Suprimentos, Vinícius Guimarães Barbosa. A área de Compras da companhia passará a responder para o presidente global do grupo, Miguel de Souza Gularte. Listoni terá mandato vigente de 3 de janeiro de 2023 até 3 de maio de 2024, em mandato unificado com os demais membros da diretoria que foram eleitos em 4 de maio de 2022. O executivo iniciou sua carreira na antiga Sadia Alimentos, onde ficou de 1981 até 1995. Em 2006, ele retornou à BRF, onde ficou até 2008. Mais recentemente, Listoni ocupava o cargo de diretor de Operações da América do Sul da Marfrig Global Foods. Segundo a BRF, Listoni também possui vasta experiência em operações industriais de empresas de proteína animal.
CARNETEC
Black Rock aumenta sua participação no capital da BRF para 5,3%
Gestora americana comprou 54,4 milhões de ações ordinárias e 2,7 milhões de recibos de ações da companhia brasileira
A americana BlackRock, maior gestora de recursos do mundo, aumentou sua participação no capital da BRF, informou ontem (4/1) a companhia brasileira. A BRF é dona das marcas Sadia e Perdigão e a gestora comprou 54,4 milhões de ações ordinárias e 2,7 milhões de American Depositary Receipts (ADRs) da controladora das marcas Sadia e Perdigão. Agora, a BlackRock tem 5,279% do total de ações ordinárias da companhia. Além disso, ela detém 669.857 instrumentos financeiros derivativos referenciados em ações ordinárias com liquidação financeira, um volume que equivale a 0,061% do total de ações ordinárias. Há exatos 11 meses, a participação da gestora americana na BRF havia caído para 3,95%, uma mudança que foi resultado do aumento de capital social da empresa brasileira. No início do ano passado, a BRF fez uma oferta subsequente de ações ("follow-on"), com a qual levantou R$ 5,4 bilhões para aumentar seu capital. Do valor total da operação que a empresa fez naquele momento, R$ 500 milhões destinaram-se ao capital social da BRF e R$ 4,9 bilhões à formação de reserva de capital mediante a emissão de 270 milhões de novas ações.
VALOR ECONÔMICO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Censo do IBGE aponta crescimento populacional em 62% dos municípios paranaenses
De acordo com dados preliminares do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no final do ano passado, 247 municípios paranaenses tiveram um aumento populacional em relação ao último levantamento, concluído em 2010. Destes, 35 apresentaram um crescimento superior a 10 mil habitantes, enquanto 129 tiveram um acréscimo acima de mil pessoas.
Em números absolutos, os maiores crescimentos ocorreram em Curitiba, com quase 125 mil novos habitantes, seguida por Maringá (97 mil), Fazenda Rio Grande (86 mil), Londrina (81 mil), Ponta Grossa (80 mil), Cascavel (64 mil), São José dos Pinhais (64 mil), Araucária (47 mil) Sarandi (43 mil) e Piraquara (38 mil). Nos últimos 12 anos, segundo o IBGE, o número de pessoas que residem em todo o Paraná passou e 10,4 milhões para 11,8 milhões, um acréscimo de 1,4 milhão de moradores, o que fez com que a população paranaense passasse de 5,47% em 2010 para 5,70% dos 207,8 milhões de brasileiros em 2022. O Paraná também aumentou a sua participação em relação à população do Sul do Brasil, de 38,12% para 38,57%. O aumento da população paranaense foi de 11,7% nesse período, superando o índice nacional de 8,19%. Com as mudanças, o Estado conta agora com 22 cidades com mais de 100 mil habitantes. Há ainda 69 municípios que possuem entre 20 mil e 100 mil moradores e 105 com 10 mil a 20 mil residentes. As maiores localidades estão concentradas na Região Metropolitana de Curitiba, Norte e Oeste do Paraná. Na outra ponta, os menores municípios do Estado são Guaporema, com 2.186 habitantes, Iguatu (2.142), Uniflor (2.136), São Manoel do Paraná (2.132), Santo Antônio do Paraíso (2.122), Miraselva (1.965), Esperança Nova (1.845), Santa Inês (1.744), Nova Aliança do Ivaí (1.315) e Jardim Olinda, a menor cidade do Paraná, com 1.280 residentes. As informações foram calculadas com base nos dados publicadas pelo IBGE a partir dos questionários respondidos pela população até 25 de dezembro. Além do caráter informativo e uma fonte para definição de prioridades de políticas públicas pelos governos municipais, estaduais e a União, os dados do Censo são utilizados para calcular a distribuição dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar se estabiliza com leve alta de 0,01%
O dólar teve pouca alteração frente ao real nesta quarta-feira, refletindo ajustes de posições após salto recente da moeda e reações positivas de investidores a acenos do novo governo a manutenção de reformas estruturais promovidas em gestões anteriores e da política de preços da Petrobras
A divisa norte-americana à vista fechou com variação de 0,01%, a 5,4523 reais na venda. Segundo Anilson Moretti, Chefe de câmbio da HCI Invest, boa parte desse movimento refletiu ajustes de posições, depois de o dólar ter saltado quase 3,3% nos dois primeiros dias úteis da presidência de Luiz Inácio Lula da Silva. "Hoje a gente está vendo uma correção depois desses dias turbulentos", avaliou o especialista. Segundo investidores, deu suporte à estabilização do real nesta quarta-feira a declaração do ministro da Casa Civil, Rui Costa, de que não há nenhuma proposta sendo pensada nesse momento para revisão de reformas, incluindo a previdenciária. Além de Costa, o Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que se reuniu mais cedo nesta quarta com Lula, também repetiu a negativa em relação à Previdência. Também colaborou para a melhora da disposição do mercado doméstico na quarta-feira a declaração do senador Jean Paul Prates (PT-RN), indicado pelo novo governo para o comandar a estatal, de que não haverá intervenção nos preços dos combustíveis. Suas falas impulsionaram as ações da Petrobras, que por sua vez elevaram o Ibovespa. "A gente ainda vai ter fortes emoções até sexta-feira. Lula falou que vai acabar com o teto de gastos; isso para (atrair) o investimento estrangeiro é um tiro no pé", disse ele. O comportamento do dólar no mercado doméstico foi pouco afetado pela divulgação, mais cedo, da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, uma vez que as pautas locais têm dominado os holofotes. O documento mostrou que todas as autoridades presentes na reunião de política monetária de 13 a 14 de dezembro concordaram que o banco central dos Estados Unidos deveria diminuir o ritmo de seus aumentos agressivos da taxa básica de juros, permitindo que o custo do crédito continue a ser elevado para controlar a inflação, mas de maneira gradual para limitar riscos ao crescimento econômico. Na esteira da ata, o dólar reduziu suas perdas no exterior frente a uma cesta de moedas fortes, uma vez que o tom da comunicação foi visto como duro por parte dos mercados.
REUTERS/VALOR ECONÔMICO
Ibovespa fecha em alta com Petrobras em destaque
O Ibovespa fechou em alta na quarta-feira, em uma trégua após um começo de ano mais negativo, com Petrobras entre os principais suportes após o senador Jean Paul Prates, indicado pela União para presidir a companhia, afirmar que não irá desvincular preços de combustíveis de valores internacionais
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,12%, a 105.334,46 pontos. O volume financeiro somou 25,6 bilhões de reais. A alta ocorre após o Ibovespa acumular queda de 5% nos dois primeiros pregões de 2023, em meio a receios com o novo governo do país, com viés mais intervencionista e estatizante, além de dúvidas em relação à dinâmica da dívida pública nos próximos anos e temores sobre eventual revogação de leis e reformas. As preocupações continuam presentes, embora nesta sessão o governo tenha buscado acalmar os ânimos, principalmente quanto às especulações acerca das reformas. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, garantiu na quarta-feira que o governo não está avaliando revisão de reformas anteriores, incluindo a da Previdência, um dia após o ministro da Previdência, Carlos Lupi, criticar duramente a reforma previdenciária e sinalizar que pretende discutir mudanças. Pela própria composição do Ibovespa, ajudou bastante o comportamento da Petrobras após a sinalização, pelo futuro presidente da companhia, de que não haverá qualquer mudança no método de precificação dos combustíveis e desvinculação dos preços externos. Também foi bem recebido pelo mercado o desmentido de que qualquer reversão da reforma da Previdência esteja sendo avaliada pelo novo governo. No exterior, o norte-americano S&P 500 encerrou em alta na esteira da divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, que mostrou as autoridades do banco central norte-americano focadas em controlar a inflação, mesmo depois de concordarem em desacelerar o ritmo de aumentos da taxa de juros. O documento mostrou que todas as autoridades presentes na reunião de política monetária do Fed de 13 a 14 de dezembro concordaram que o BC dos EUA deveria diminuir o ritmo de seus aumentos agressivos da taxa básica de juros.
REUTERS
Impostos pagos por brasileiros em 2022 passam de R$ 2,8 trilhões
Os impostos pagos pelos contribuintes brasileiros em todo o país em 2022 totalizaram R$ 2.890.489.835.290,32, de acordo com o Impostômetro, painel instalado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) na região central da capital paulista
Em 2021, o mesmo painel registrou aproximadamente R$ 2,6 trilhões, aumento de 11,5% de um ano para o outro.O montante é a soma do valor arrecadado pelos governos federal, estadual e municipal incluindo taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária. “O avanço em 2022 aconteceu pela maior arrecadação de tributos federais, apesar das desonerações promovidas pelo governo, como foi o caso dos combustíveis, energia elétrica e telecomunicações. E ainda tivemos inflação em níveis elevados, o que encarece produtos e serviços”, disse o economista do Instituto Gastão Vidigal da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa.
AGÊNCIA BRASIL
Preços na saída das fábricas caem 0,54%, revela pesquisa
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou deflação (queda de preços) de 0,54% em novembro. Em outubro, a deflação havia sido de 0,86%. Já em novembro de 2021, o indicador acusou inflação de 1,46%.
Os dados foram divulgados ontem (4), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador, que registra a variação de preços de produtos na saída das fábricas, acumula inflação de 4,47% de janeiro a novembro de 2022 e 4,39% em 12 meses. Quinze das 24 atividades industriais pesquisadas tiveram deflação em novembro, com destaque para outros químicos (-4,41%) e alimentos (-0,70%). Nove ramos da indústria tiveram alta de preços. Os maiores impactos vieram dos veículos (0,55%) e do refino e biocombustíveis (1,01%). Das quatro grandes categorias econômicas da indústria, duas tiveram inflação: bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (0,47%) e os bens de consumo duráveis (0,41%). A deflação do IPP em novembro foi influenciada pelos bens intermediários, ou seja, os insumos industrializados usados no setor produtivo (-0,86%) e os bens de consumo semi e não duráveis (-0,32%).
AGÊNCIA BRASIL
Setor de serviços do Brasil registra em dezembro crescimento mais fraco em 19 meses, mostra PMI
A atividade de serviços do Brasil encerrou 2022 com o menor ritmo de expansão em 19 meses e cortes de emprego em meio a distrações políticas e fechamentos por conta da Copa do Mundo de futebol, mostrou na quarta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês)
O levantamento da S&P Global mostrou que o índice PMI de Serviços caiu a 51,0 em dezembro, de 51,6 em novembro, mas ainda acima da marca de 50 que separa crescimento de contração, com algumas empresas indicando parcerias bem sucedidas, conquista de novos clientes e resiliência da demanda. "O desempenho do setor de serviços do Brasil decepcionou no final de 2022, especialmente considerando que começou o ano com força", disse a diretora associada de economia da S&P Markit, Pollyanna De Lima, destacando que o setor dá sinais mistos para 2023. Apesar de as questões políticas e de a Copa do Mundo terem pressionado o crescimento, os fornecedores de serviços ainda sinalizaram aceleração do crescimento de novos negócios em relação à mínima de um ano e meio vista em novembro. A confiança em relação aos próximos 12 meses também melhorou em dezembro depois de atingir o menor nível em 13 meses em novembro, ficando acima da média da série. As empresas projetam que uma maior clareza em relação às políticas públicas, inflação contida, oportunidades de investimento e resiliência da demanda levarão a níveis de produção mais altos este ano. Apesar disso, os empresários reduziram o número de funcionários pela primeira vez em 19 meses, em meio a esforços de reestruturação e cortes de custos, além da incerteza política.
As empresas também indicaram novo aumento nos gastos operacionais devido à força do dólar, pressões salariais, custos de empréstimos elevados e preços mais altos de alguns materiais, e esses aumentos continuaram a ser transferidos para os clientes. No entanto, a inflação dos preços cobrados foi a mais baixa em três meses em dezembro. Enquanto a atividade de serviços permaneceu em crescimento, a indústria brasileira terminou 2022 com contração, levando o PMI Composto do país a registrar a segunda queda consecutiva do setor privado, caindo de 49,8 em novembro a 49,1 em dezembro.
REUTERS
Fluxo cambial fica positivo em US$ 9,574 bi em 2022, informa Banco Central
Conta comercial foi responsável pela entrada de US$ 34,288 bilhões no ano, enquanto a conta financeira anotou saída de US$ 24,714 bilhões
O Banco Central informou que o fluxo cambial anotou entrada líquida de US$ 9,574 bilhões em 2022. A conta comercial foi responsável pela entrada de US$ 34,288 bilhões no ano, enquanto a conta financeira anotou saída de US$ 24,714 bilhões. No acumulado do mês de dezembro, o fluxo cambial ficou negativo em US$ 12,482 bilhões. Já o fluxo financeiro anotou saída líquida de US$ 12,029 bilhões, enquanto o fluxo comercial registrou saída de US$ 453 milhões. Na semana entre os dias 26 e 30 de dezembro, o fluxo cambial foi negativo em US$ 4,215 bilhões. A conta comercial foi responsável pela entrada líquida de US$ 1,058 bilhão na semana passada, enquanto a conta financeira anotou saída de US$ 5,274 bilhões.
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