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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 291 DE 12 DE JANEIRO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 291 |12 de janeiro de 2023


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: pressão de baixa continua forte

Com o menor ímpeto de compra por parte das indústrias frigoríficas e a oferta de gado terminado relativamente confortável, os preços do boi gordo recuaram R$ 3/@ no mercado de São Paulo na quarta-feira, 11 de janeiro, informou a Scot Consultoria


Com isso, o macho “comum”, destinado ao mercado interno paulista, está valendo R$ 274/@, no prazo, preço bruto. De acordo com os dados apurados pela Scot, as cotações da vaca e da novilha gordas também sofreram baixa diária de R$ 3/@, e agora são negociadas por R$ 261 e R$ 269/@, respectivamente, em São Paulo (preços brutos e a prazo). A referência do bovino destinado à exportação o “boi-China”, também caiu na quarta-feira, para R$ 280/@ (preço bruto e a prazo, mercado paulista), o que significou uma baixa diária de R$ 5/@. Segundo dados levantados pela IHS Markit, considerando todas as principais praças pecuárias do País, a quarta-feira registrou um mercado com baixa liquidez, com o retorno gradativo das negociações dando espaço para um ambiente de forte queda de braço entre pecuaristas e frigoríficos nas precificações da arroba do boi gordo. “Apesar do ambiente frouxo, sem muitos apontamentos de preços referenciais, a pressão de baixa ainda é persistente, porém limitada diante das condições de retenção de animais em algumas regiões do País”, observam os analistas das IHS. De acordo com a IHS, o consumo doméstico da proteína continua represado, embora os preços dos cortes tenham registrado recuos no atacado. Neste sentido, acrescenta a consultoria, as escalas de abate das indústrias brasileiras não registram grandes avanços neste atual momento. Do lado de dentro das porteiras, informa a IHS, algumas regiões desfrutam de um período oportuno para a retenção de animais nas propriedades devido aos volumes satisfatórios de chuvas que cobre a faixa central do País. A IHS observa que ainda há muitas unidades paralisadas no momento (em fase de manutenção). “Elas devem retomar as atividades a partir da segunda quinzena de janeiro”, prevê a consultoria. No mercado atacadista, as movimentações de procura para reposição na cadeia de distribuição e varejo permanecem morosas, com fraca demanda, na mesma toada observada nos primeiros dias da semana. “Há uma perspectiva para reação nos preços dos cortes do dianteiro, já que a sazonalidade do período é indicativa para uma alta no consumo de carnes com cortes menos nobres (devido ao menor poder aquisitivo da população nesta época do ano, período de pagamento excessivo de impostos). Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 271/@ (à vista) vaca a R$ 256/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 283/@ (prazo) vaca a R$ 269/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 253/@ (prazo) vaca a R$ 238/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 241/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 249/@ (à vista) vaca a R$ 229/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 249/@ (à vista) vaca a R$ 234/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 276/@ (prazo) vaca R$ 261/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 236/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca a R$ 256/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 261/@ (à vista) vaca a R$ 246/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 217/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 251/@ (à vista) vaca a R$ 241/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Suíno vivo recua: baixa foi de 3,84% em SC e de 1,23% no PR

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 123,00/R$ 127,00, enquanto a carcaça especial cedeu, pelo menos, 1,04%, valendo R$ 9,50/R$ 10,00 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (10), houve recuo de 2,80% em Minas Gerais, atingindo R$ 6,95/kg, baixa de 1,23% no Paraná, custando R$ 6,45/kg, retração de 3,29% no Rio Grande do Sul, com preço de R$ 6,47/kg, queda de 3,84% em Santa Catarina, descendo para R$ 6,51/kg, e de 0,14% em São Paulo, fechando em R$ 7,16/kg.

Cepea/Esalq


FRANGOS


Frango fecha a quarta-feira com variações tímidas

Apesar de os preços virem "patinando", segundo análise do Cepea, as perspectivas para o mercado brasileiro de avicultura de corte são positivas para 2023. Agentes consultados pelo Cepea estão otimistas, fundamentados nas possibilidades de que os embarques da carne sigam elevados e de demanda doméstica aquecida


Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,00/kg, enquanto a ave no atacado aumentou 0,50%, chegando em R$ 6,03/kg. Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, não houve mudança de preço, com valor inalterado de R$ 3,02/kg, assim como no Paraná, custando R$ 5,03/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (10), a ave congelada teve queda de 0,54%, baixando para R$ 7,36/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,53%, fechando em R$ 7,49/kg.

Cepea/Esalq


Gripe aviária no mundo deve impulsionar demanda por frango do Brasil em 2023, diz ABPA

Após recordes de volume e receita das exportações de frango no ano passado, o Brasil deve continuar a ver demanda externa aquecida pela carne em 2023 devido aos avanços da gripe aviária pelo mundo, que tendem a reduzir a oferta do produto no mercado global, disse a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) na terça-feira


“A Influenza Aviária está muito pesada nos Estados Unidos, Europa com muitos casos… Japão também tem sido muito afetado”, disse à Reuters o Presidente da ABPA, Ricardo Santin. O Ministério da Agricultura japonês informou na terça-feira que o país planeja abater mais de 10 milhões de frangos por causa da disseminação da gripe aviária, um recorde para o pico da temporada de infecções que vai de outubro a maio. O Brasil nunca registrou casos da doença, disse a ABPA, o que contribuiu para ganho de competitividade frente aos concorrentes com problemas sanitários. Ele ainda acredita que o aumento de custos de produção na Europa com itens como energia e grãos, em função da guerra entre Ucrânia e Rússia, também deve contribuir para que os países europeus busquem a carne fora do continente. A produção e exportação de carnes de frango e suína do Brasil crescerão em 2023, conforme previsão da ABPA divulgada em dezembro. As exportações brasileiras de carne de frango totalizaram 4,822 milhões de toneladas em 2022, considerando produtos in natura e processados, recorde histórico e que supera em 4,6% o total exportado em 2021, segundo dados da associação. A receita obtida com as exportações alcançou 9,762 bilhões de dólares, outro resultado histórico, com alta de 27,4% ante 2021, com ajuda adicional de preços mais altos, relatou a ABPA, que representa empresas como a BRF e JBS. “A reconfiguração do mercado internacional de proteína animal, marcado pelos efeitos do conflito no Leste Europeu, do aumento dos custos de produção na União Europeia e do quadro sanitário da avicultura nos cinco continentes, está entre os fatores determinantes para os recordes registrados…”, disse Santin em nota. “Neste contexto, o Brasil… deve sustentar os mesmos patamares de exportações em 2023”, acrescentou ele. As exportações de carne de frango alcançaram 386,3 mil toneladas em dezembro –considerando produtos in natura e processados–, volume 6% menor que o registrado no último mês de 2021. Contudo, houve aumento de 9,2% na receita de exportações de carne de frango em dezembro, chegando a 785,2 milhões de dólares.

ABPA


EMPRESAS


Big Boi suspende abates no Paraná e demite 800 pessoas

Com aumento dos preços do boi, unidade vinha operando no vermelho desde meados do ano passado


O frigorífico Big Boi suspendeu temporariamente os abates em sua unidade localizada em Paiçandu, no noroeste do Paraná, confirmaram fontes consultadas pelo Valor. A empresa demitiu cerca de 800 funcionários. Procurada, a companhia negou a paralisação. “É fake news, estamos operando normalmente”, disse uma funcionária. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico do município, no entanto, confirmou a informação. Um membro da diretoria do frigorífico teria explicado que a suspensão das atividades é, a princípio, temporária. “Parece que vão operar apenas como distribuidora, com um número menor de colaboradores, para não desativarem a planta totalmente. Tem a ver com instabilidade econômica e a necessidade de se fazer melhorias”, afirmou um interlocutor na Pasta. Na cidade e também entre integrantes do segmento, comenta-se que a unidade paranaense da Big Boi vinha operando no vermelho desde meados do ano passado. O aperto deveu-se à tentativa da empresa de competir por matéria-prima com frigoríficos de outros Estados, que aumentaram o valor que oferecem pelos animais para garantir suprimentos. Paiçandu fica a pouco mais de 100 quilômetros do Estado de São Paulo, que concentra a maior parte dos frigoríficos habilitados para exportar à China. O Big Boi não tem habilitação para vender diretamente aos chineses, apenas para o território autônomo de Hong Kong. Segundo Pedro Gonçalves, analista da Scot Consultoria, o preço médio (para exportação e também mercado interno) da arroba do boi é hoje de R$ 278 no noroeste do Paraná e de R$ 273 em São Paulo. Um ano atrás, as posições estavam invertidas: a arroba era mais cara em São Paulo (R$ 330) do que no noroeste paranaense (R$ 318). A paralisação dos abates na unidade do Big Boi no município de Paiçandu é quase a crônica de uma morte anunciada, diz o pecuarista Ricardo Rezende, ex-diretor da Sociedade Rural do Paraná (SRP). Ele não tem conhecimento sobre a situação específica da empresa, mas lembra que as dificuldades alegadas são comuns a outras companhias do ramo no Estado, que viram a oferta de gado cair depois que o Paraná passou a ser considerado área livre de febre aftosa sem vacinação, em 2021. Até o Estado conquistar esse status, parte da oferta de animais aos frigoríficos paranaenses para abate saía de Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, que são área livre de aftosa com vacinação - e, por isso, os animais desses Estados não podem mais entrar no Paraná. Ao mesmo tempo, muitos pecuaristas paranaenses que mantinham o gado nos Estados vizinhos nos períodos de cria e recria precisaram reduzir suas atividades por falta de terras disponíveis, o que também fez o rebanho do Paraná diminuir. “É difícil precisar, mas acredito que essa queda tenha sido de 10% a 15%”, afirma Rezende. “E não vejo possibilidade de reversão desse quadro. A disputa por terras no Paraná é muito acirrada. A tendência é que o Estado, que já não é autossuficiente em carne bovina há mais de dez anos, compre animais de outros lugares cada vez mais”. O próprio Big Boi conta com dois frigoríficos em Mato Grosso do Sul, que estão operando normalmente, e deverá seguir abastecendo o Paraná. Segundo a fonte da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, a companhia disse aos representantes da prefeitura que vai analisar o comportamento do mercado nos próximos 90 dias para só então decidir seus próximos passos. “Caso a situação seja favorável, voltarão a contratar”, afirmou. A fonte relatou que o Big Boi tem grande peso na geração de empregos e recolhimento de impostos na cidade. “A notícia nos preocupa porque as políticas públicas municipais podem sofrer com a queda da arrecadação”, disse. Com capacidade de abater 700 animais por dia, a planta é a terceira maior do Estado.

VALOR ECONÔMICO


Ações da Minerva avançam mais de 4% e papéis da BRF caem 7%

Setor de frigoríficos exibe algumas das maiores oscilações do dia, tanto na ponta positiva, como na ponta negativa do índice


Na sessão da quarta-feira, as ações do setor de frigoríficos exibiam algumas das maiores oscilações do dia, tanto na ponta positiva, como na ponta negativa do índice. Um relatório divulgado pelo J.P. Morgan deu diretrizes diferentes para as empresas do segmento à frente. "Estamos atualizando nossas preferências no setor, em movimento desencadeado por uma deterioração mais rápida e profunda do que o esperado das margens de proteína dos EUA, combinada com uma oportunidade interessante de negociar a reabertura chinesa por meio do setor", diz o relatório. Assim, a casa rebaixou a recomendação de JBS ON (recuava 3,58%, preço-alvo ao fim de 2023 foi de R$ 54 para R$ 26) para neutra e manteve Marfrig ON (caía 1,75%, preço-alvo recuou de R$ 17,5 para R$ 10) e BRF ON (perdia 7,06%, preço-alvo piorou de R$ 15 para R$ 10) no mesmo território, enquanto Minerva ON (avançava 4,54%, preço-alvo subiu de R$ 15 para R$ 17) foi elevada para 'overweight'. "Nosso upgrade de Minerva é baseado em: a China responde por cerca de 40% das receitas da empresa, a maior exposição ao país entre os pares; os preços de exportação da carne bovina brasileira caíram 27% em relação aos picos de 2022 e devem reacelerar sazonalmente com a reabertura da China e o reabastecimento após o Ano Novo Chinês, provavelmente encerrando a tendência de vários meses de contração das margens de exportação; prevê-se que as margens Ebitda consolidadas da companhia se expandam."

VALOR ECONÔMICO


MEIO AMBIENTE


Mudança do clima é maior risco no agro, diz pesquisa

Trabalho da consultoria EY aponta que 47% dos executivos e investidores do setor consultados poderiam reconsiderar seus aportes com base em riscos climáticos


Uma pesquisa da consultoria EY com executivos e investidores de empresas do agro de Brasil, Argentina e Chile mostrou que, para eles, as mudanças climáticas e seus impactos de curto e longo prazos são o principal risco para os negócios de suas empresas. O estudo elencou os dez principais riscos e oportunidades que estão no radar. De acordo com o levantamento, 47% dos executivos e investidores consultados poderiam reconsiderar seus aportes com base em riscos climáticos. E, para 82% dos consultados, as mudanças climáticas representam um “alto” risco para seus negócios. A EY dividiu os riscos ao agronegócio associados às mudanças climáticas em seis tipos, com pesos distintos. Diferentemente do que muitas lideranças setoriais sustentam, o risco reputacional é um dos menores, respondendo por 12% dos riscos relacionados ao problema. O maior risco é o “agudo”. Nessa lista estão mudanças abruptas nas chuvas e nas temperaturas e clima extremo, como secas e tempestades. Segundo a pesquisa, os riscos políticos e jurídicos são 19% do risco total. Estão nesse grupo obrigações de divulgação reforçada de emissões de gases de efeito estufa, exposição a litígios, aumento do preço das emissões e mandatos ou regulamentações de produtos já existentes. No mesmo nível (19%) estão os riscos tecnológicos, que envolvem os custos de transição para um modelo de produção e serviços com menos emissões, e os investimentos malsucedidos com novas tecnologias. As dificuldades de acessar mercados representam 15% dos riscos relacionados às mudanças climáticas. Elas incluem a mudança do comportamento do consumidor, o aumento dos custos de matérias-primas com maior pegada de carbono e as incertezas nos sinais de mercado. Já os riscos reputacionais são 15% dos riscos relacionados às mudanças climáticas, assim como os riscos crônicos (15%), que envolvem mudanças de longo prazo nos níveis médios de precipitação e temperatura, na perda de biodiversidade e na elevação no nível do mar. Depois das mudanças climáticas, os entrevistados das empresas do agro entendem que o segundo maior risco são gargalos na infraestrutura, com rodovias inadequadas, concentração no modal rodoviário e limitação de capacidade estática. O terceiro aspecto mais citado é uma oportunidade: a agricultura de baixo carbono. Os entrevistados citaram ainda, pela ordem, questões relacionadas a aumento da produtividade, gestão de custos e gestão de ativos; restrições ao uso de agroquímicos e defensivos; ética, compliance e controle; intervenções governamentais, mudanças regulatórias e reformas; escassez de mão de obra qualificada e implementação de cultura ágil e inovadora; rentabilidade financeira, gestão de volatilidade de moedas e margens; e, por fim, profissionalização e evolução do modelo de governança e sucessão.

VALOR ECONÔMICO


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Inadimplência cresce 5,63% no PARANÁ

Levantamento da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap) e SPC Brasil mostra que o número de inadimplentes cresceu 5,63% em dezembro de 2022, em relação ao mesmo mês de 2021, no Paraná


O documento traz, também, informações sobre a inadimplência em todo o Brasil e nas 12 regiões paranaenses. O endividamento no mês ficou abaixo da média da região Sul (7,47%) e abaixo da média nacional (8,79%). Na passagem de novembro para dezembro, o número de devedores do Paraná caiu 0,52%. Na região Sul, na mesma base de comparação, a variação foi de -0,11%. O levantamento mostra que o número de devedores com participação mais expressiva foi o da faixa de 30 a 39 anos (25,16%). A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 50,13% mulheres e 49,87% homens. Em dezembro de 2022, cada consumidor negativado do estado devia, em média, R$ 4.471,16 na soma de todas as dívidas. Os dados ainda mostram que 28,71% dos consumidores do estado tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 42,85% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000. O tempo médio de atraso dos devedores negativados do Paraná é igual a 26,8 meses, sendo que 33,77% dos devedores possuem tempo de inadimplência entre 1 e 3 anos. Em dezembro de 2022, cada consumidor inadimplente no Paraná tinha em média 2,176 dívidas em atraso. O número ficou abaixo da média da região Sul (2,189 dívidas por pessoa inadimplente) e acima da média nacional registrada no mês (2,001 dívidas para cada pessoa inadimplente).

Faciap/spc Brasil


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar recua com acenos do governo ao fiscal e repreensão a ataques em Brasília

O dólar firmou perdas na parte da tarde e encerrou esta quarta-feira abaixo dos 5,20 reais, com investidores reagindo bem a acenos da ala econômica do governo à responsabilidade fiscal e ainda repercutindo a resposta forte das autoridades brasileiras a ataques antidemocráticos em Brasília


No mercado à vista, o dólar caiu 0,40%, a 5,1813 reais na venda, renovando mínima para encerramento desde 23 de dezembro (5,1655), depois de na véspera já ter recuado mais de 1%. A moeda, que trocou de sinal várias vezes ao longo da manhã, começou registrar perdas mais acentuadas por volta de 14h30 da tarde, pouco depois do anúncio pela Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, de que o economista Gustavo Guimarães, que foi secretário do ex-ministro Paulo Guedes no Ministério da Economia, será seu número 2 na pasta. Além disso, Tebet disse na quarta-feira que o Planejamento será a "pasta dos 'nãos'", que barrará medidas do governo que violem a Lei de Responsabilidade Fiscal. "O mercado recebeu super bem essa informação, foi responsável por essa queda do dólar na parte da tarde", disse à Reuters Alexandre Viotto, head de banking da EQI Investimentos. "Mas a gente vai monitorar para ver até que ponto a ala econômica do governo tem autonomia para poder tocar essa parte sem ingerência da parte política, como do presidente (Lula)", ponderou Viotto. Para além do anúncio de Tebet, "algo que ajudou bastante nessa melhora do preço dos ativos brasileiros, por incrível que pareça, foi o que aconteceu no final de semana em Brasília", disse o especialista, argumentando que a forte reação das instituições democráticas brasileiras aos ataques bolsonaristas às sedes dos Três Poderes no domingo ajudou a consolidar entre os investidores estrangeiros a percepção de "um nível de governança muito bom" no Brasil. Soma-se a isso o grande diferencial de juros entre Brasil e outras economias, completou Viotto. No exterior, o índice do dólar contra uma cesta de moedas rondava a estabilidade, com investidores à espera da divulgação, na quinta-feira, de dados de inflação norte-americanos. A expectativa no mercado é de que os números mostrarão desaceleração no aumento dos preços, o que alimentaria apostas num abrandamento do ciclo de aperto monetário do Federal Reserve. "O cenário global tem sido menos desfavorável para o real, já que os preços das commodities permanecem praticamente estáveis ​​e o dólar, mais fraco", disse o Citi em relatório na quarta-feira.

REUTERS


Ibovespa retoma os 112 mil pontos antes de dados dos EUA e na expectativa de medidas econômicas

Índice emplacou sexta alta consecutiva acompanhando bom humor externo e com investidores locais atentos ao cenário político em Brasília


O Ibovespa alcançou hoje seu sexto pregão consecutivo de alta, acompanhando o bom humor dos agentes internacionais na véspera da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano de dezembro e com investidores locais se mantendo atentos ao cenário político em Brasília. O setor de energia liderou os ganhos da sessão, com rumores de que a cobrança dos impostos federais sobre a gasolina e o etanol pode retornar a partir de março. No fim da sessão, o referencial local registrou ganhos de 1,53%, aos 112.517 pontos, voltando a um patamar registrado pela última vez em 14 de novembro de 2022. O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 21,27 bilhões no Ibovespa e R$ 26,62 bilhões na B3. Em Nova York, os principais índices acionários encerraram o dia em alta. O S&P 500 avançou 1,28%, aos 3.969 pontos, o Dow Jones fechou com valorização de 0,80%, aos 33.973 pontos, e o Nasdaq subiu 1,76%, aos 10.931 pontos. Em novo pregão sem gatilhos específicos, o Ibovespa acompanhou o bom humor de investidores globais, na medida em que o mercado espera por dados benignos de inflação no CPI de dezembro (que será divulgado amanhã) e ignora os discursos ainda duros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) sobre o tema. Localmente, agentes econômicos seguiram aguardando o anúncio de um pacote econômico pelo Ministério da Fazenda, que deve ocorrer amanhã ou sexta-feira e já havia ajudado a animar o mercado no pregão de ontem. Ocorreu ainda a apresentação de parte da equipe do ministério do Planejamento pela ministra Simone Tebet (MDB) e o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). "O mercado brasileiro tem apresentado bom desempenho nas últimas sessões, apesar do aumento do risco político. Sentimento melhorou, em menos por enquanto, graças ao movimento rápido para restaurar a ordem, incluindo as prisões de manifestantes e medidas para lidar com agentes que falharam em reprimir os tumultos. O apoio político do ex-presidente Bolsonaro recuou após os acontecimentos, tanto internamente como no exterior, sugerindo que as tensões serão contidas, pelo menos no curto prazo", diz Andres Abadia, economista-chefe para América Latina da Pantheon Macroeconomics.

VALOR ECONÔMICO


Vendas no varejo do Brasil caem mais que o esperado em novembro após 3 meses de altas

As vendas varejistas do Brasil interromperam três mês de ganhos e registraram queda em novembro diante da pressão da inflação sobre os preços dos combustíveis e sem impulso da Black Friday


Em novembro as vendas no varejo recuaram 0,6% sobre o mês anterior, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados na quarta-feira, leitura mais fraca para o mês desde 2015. O resultado foi pior do que a expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 0,3%, e deixa o setor 3,6% abaixo do maior nível da série, de novembro de 2020, mas ainda 2,6% acima do patamar pré-pandemia. Na comparação o mesmo mês do ano anterior, as vendas subiram 1,5%, contra expectativa de 1,9%, e acumulam em 2022 até novembro avanço de 1,1%. O varejo não deve ganhar forte tração à frente uma vez que o impacto positivo de estímulos fiscais e mercado de trabalho aquecido são compensados pelos juros altos e inflação pressionada. "Os números divulgados hoje reforçam a tendência de que a economia brasileira está andando de lado, efeito dos juros altos no Brasil e da desaceleração da atividade econômica global como um todo", avaliou Claudia Moreno, economista do C6 Bank, calculando um resultado do PIB em torno de zero no quarto trimestre. Entre as oito atividades pesquisadas, seis tiveram perdas em novembro, com destaque para as quedas no volume de vendas de 5,4% de Combustíveis e lubrificantes e de 3,4% de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação. “Novembro foi o primeiro mês em que os preços dos combustíveis voltaram a crescer após uma sequência de deflação que se iniciou em julho do ano passado", explicou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. Santos disse ainda que a Black Friday, no fim de novembro, não teve grandes impactos positivos para o comércio varejista, o que foi evidenciado pela contração no volume de vendas de equipamentos e material de escritório depois de dois meses de forte crescimento. "As condições macroeconômicas, como a falta de crescimento de crédito, a alta dos juros, a estabilidade do valor do Auxílio Brasil e a volta da inflação, acabam impactando a renda das famílias e diminuem o consumo”, disse Santos. O volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, também caiu 0,6% sobre o mês anterior. O desempenho do varejo no país ficou em linha com a da produção industrial, que em novembro caiu 0,1%.

REUTERS


Fluxo cambial fica negativo em US$ 977 milhões na semana de 6de janeiro, diz BC


O Banco Central informou nesta quarta-feira (11) que o fluxo cambial anotou saída líquida de US$ 977 milhões entre os dias 2 e 6 de janeiro. A conta comercial foi responsável pela entrada líquida de US$ 1,703 bilhão na semana passada, enquanto a conta financeira anotou saída de US$ 2,680 bilhões. Os valores representam tanto o acumulado mensal quanto o anual.

VALOR ECONÔMICO


Campos destaca inércia para justificar estouro da meta

Pelo segundo ano seguido, BC divulga carta para explicar o que aconteceu


A inércia do ano anterior, que mede o quanto a inflação passada afeta os preços correntes, foi o principal motivo apresentado pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, para o descumprimento da meta oficial pelo segundo ano seguido. Em carta aberta, endereçada ao Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e divulgada na terça-feira para se justificar, ele reiterou que as últimas projeções do BC apontam para novo estouro do teto em 2023. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terminou 2022 em 5,79%, acima da meta de 3,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais e para menos. Para que não precisasse se justificar, o indicador deveria ficar em, no máximo, 5%. Em 2021, por sua vez, a inflação acumulou alta de 10,06%, e, segundo carta aberta divulgada ontem, afetou tanto os preços livres quanto os administrados no ano passado. “No caso dos preços livres, a inflação passada significa pressão corrente de custos, advinda tanto de outros preços de bens e serviços utilizados como insumos, quanto de mecanismos inerciais informais de indexação salarial. Por exemplo, os reajustes nas negociações salariais tenderam a acompanhar o movimento da inflação passada, embora com variações inferiores à inflação em boa parte do ano”, argumentou o documento. Nos preços administrados, o BC destacou “arranjos institucionais” que vinculam o reajuste dos preços à inflação passada, como planos de saúde e medicamentos. “Ressalta-se ainda que houve aumento da inflação ao longo da maior parte de 2021, o que potencializou o efeito inercial sobre o ano seguinte.” Além disso, Campos citou outros fatores, como a elevação dos preços de commodities, em especial do petróleo após a guerra da Ucrânia, desequilíbrios entre demanda e oferta de insumos e gargalos nas cadeias produtivas globais, além de choques climáticos, que afetaram alimentos, e a retomada do setor de serviços e do emprego, “impulsionada pelo acentuado declínio da quantidade de casos de covid-19 e consequente aumento da mobilidade”. A autoridade monetária salientou que serviços é o grupo que apresenta a maior sensibilidade em relação à inflação passada e que o mercado de trabalho “apresentou resultados robustos em 2022”. Por outro lado, o texto frisou que “vários fatores agiram no sentido contrário”, contribuindo para diminuir o desvio em relação à meta, como a redução na tributação sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações; a bandeira de energia elétrica; a apreciação cambial; e o hiato do produto, que mede a ociosidade da economia, negativo. “Nesse sentido, ressalta-se o papel do aperto da política monetária para a contenção da inflação. A política monetária, que, em 2021 já havia passado do estímulo extraordinariamente elevado para o território contracionista, avançou substancialmente no terreno contracionista em 2022”, disse. BC publicou a decomposição da inflação do ano passado, que desviou 2,29 pontos percentuais do centro da meta. A inércia respondeu por 2,74 pontos, “demais fatores”, que incluem diversos tipos de choques, contribuiu com 2,22, expectativas, com 1,02, e inflação importada (commodities e câmbio), com 0,11. Já o hiato do produto teve contribuição negativa de 0,45 ponto, a bandeira de energia, de 1,02, e medidas tributárias, de 2,33. O documento também chamou atenção para a taxa de juros real, que permanece em 7,8% no primeiro trimestre de 2023 e deve atingir 6,9% ao final de 2023, 5,2% em 2024 e 4,7% em 2025. “Nessa métrica, o aumento da taxa de juros real ex-ante neste ciclo é o maior ocorrido durante o regime de metas para a inflação”, diz. O BC espera inflação de 5% em 2023, de 3% em 2024 e 2,8% em 2025. “As projeções condicionais do BC são de que a inflação acumulada em quatro trimestres prossiga a trajetória de queda ao longo de 2023, terminando o ano em patamar inferior ao de 2022.”

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