Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 293 |16 de janeiro de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Preço do boi gordo paulista recua R$ 10/@ na semana e fica em R$ 270/@, no prazo. No Paraná também houve queda
No Paraná, Noroeste, na sexta-feira, o menor ímpeto de compra por parte das indústrias e a oferta de gado terminado relativamente alta, levou a quedas de R$2,00/@, R$3,00/@ e R$5,00/@ de boi, vaca e novilha gordos, respectivamente
“Após a paradeira de início de ano, as indústrias frigoríficas de São Paulo voltaram à ativa, derretendo a cotação da arroba paulista”, relatou a engenheira agrônoma Jéssica Olivier, analista de mercado da Scot Consultoria. Ao longo desta semana, o boi gordo de São Paulo recuou R$ 10/@ na praça paulista, enquanto vaca e novilha gordas sofreram retração de R$ 6/@ e R$ 7/@, respectivamente. A cotação para o boi gordo paulista terminou a semana em R$ 270/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 261/@ e R$ 265/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), de acordo com os dados da Scot. O “boi-China” está cotado em R$ 275/@ no mercado de São Paulo (preço bruto e a prazo). Segundo Jéssica, em janeiro, tradicionalmente a demanda pela carne bovina é mais retraído, o que contribui para o viés baixista na arroba. “Em paralelo ao baixo consumo, os estoques de carne bovina nas indústrias brasileiras seguem aumentando, enquanto as escalas de abate seguem confortáveis”, observa a analista. Além disso, continua Jéssica, “a pressão negativa no preço pago pela tonelada exportada perdura neste começo de janeiro, fator que também reflete no preço pago pela arroba”. Atualmente, o preço da tonelada de carne embarcada, em torno de US$ 4.880, está 6,7% menor este ano, quando comparado ao preço médio pago em janeiro/22.
Na avaliação da analista da Scot, no curto prazo, os preços da arroba devem seguir pressionados, por causa da entrada do período de menor consumo de carne, devido ao esgotamento dos salários recebidos no início do mês, além do incremento de bovinos terminados a pasto. Já há relatos de boa oferta de “bois de capim” em algumas praças do País, informa Jéssica. Na sexta-feira, observou-se queda nos preços da arroba também nas praças do Goiás, informou a IHS Markit. Houve queda na arroba do boi gordo em Goiânia, de R$ 276 para R$ 266, na praça do Rio Verde/Sul, de R$ 276 para R$ 263. Segundo a IHS, nas praças do Mato Grosso do Sul, por exemplo, os preços referenciais para arroba do boi gordo permanecem inalterados desde o início do ano, com forte queda de braço entre a cadeia de produção e a indústria. Em alguns pontos do MS, relata a consultoria, muitos produtores relutam em efetivar vendas abaixo do valor médio da arroba, atualmente em R$ 260/@. “No Norte do País, região mais afetada pelo arrefecimento significativo do consumo doméstico de carne bovina, o boi gordo teve forte baixa de R$ 20/@ na praça de TO-Araguaína, recuando de R$ 266/@ para R$ 246/@”, informa a IHS. Na praça de Maringá-PR, os preços da arroba do boi paranaense, cederam de R$ 275/@ para R$ 271/@, segundo a IHS. No mercado atacadista, não há registros de evolução no quadro de procura e reposição por parte da cadeia de distribuição e varejo. Para esta semana, a sazonalidade aponta para um arrefecimento ainda mais significativo no consumo interno de carne bovina. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 271/@ (à vista) vaca a R$ 256/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 281/@ (prazo) vaca a R$ 269/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 246/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 243/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 253/@ (prazo) vaca a R$ 238/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 251/@ (prazo) vaca a R$ 241/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 249/@ (à vista) vaca a R$ 229/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 249/@ (à vista) vaca a R$ 234/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 266/@ (prazo) vaca R$ 246/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 240/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 236/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 261/@ (prazo) vaca a R$ 251/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 236/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 251/@ (à vista) vaca a R$ 246/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 217/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 251/@ (à vista) vaca a R$ 241/@ (à vista).
PORTAL DBO
SUÍNOS
Suínos: sexta-feira com quedas generalizadas
Segundo o Cepea/Esalq, após a intensa valorização do animal vivo e da carne em dezembro de 2022, os preços do suíno no mercado independente vêm registrando forte queda na segunda semana de janeiro
A enfraquecida demanda doméstica por carne suína tem pressionado as cotações do vivo e da proteína em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 123,00/R$ 127,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 9,30/R$ 9,80 o quilo. Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (12), houve recuo de 2,46% em Santa Catarina, atingindo R$ 6,35/kg, e de R$ 0,42% em são Paulo, baixando para R$ 7,09/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Ferais (R$ 6,96/kg), Paraná (R$ 6,45/kg), e no Rio Grande do Sul (R$ 6,44/kg).
Cepea/Esalq
FRANGOS
Sexta-feira fecha com queda de mais de 5% do frango congelado ou resfriado em SP
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,90/kg, assim como o frango no atacado, custando R$ 6,05/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, não houve mudança de preço, com valor inalterado de R$ 3,02/kg, assim como no Paraná, custando R$ 5,03/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (12), a ave congelada baixou 5,71%, atingindo R$ 6,94/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 5,62%, fechando em R$ 7,05/kg.
Cepea/Esalq
Frango/Cepea: Demanda continua baixa, e preços caem
A demanda doméstica por carne de frango segue enfraquecida – vale lembrar que esse movimento tem sido observado desde o final de dezembro. Quilo do animal congelado no atacado paulista acumula queda de 8,8% em janeiro
Quilo do animal congelado no atacado paulista acumula queda de 8,8% em janeiro. O atual cenário, segundo pesquisadores do Cepea, está atrelado ao menor poder de compra da população, por conta das despesas extras neste início de ano, o que tem pressionado as cotações da maioria dos produtos avícolas. De acordo com os colaboradores consultados pelo Cepea, além da baixa procura do consumidor final pela proteína, a redução dos valores do produto no mercado interno praticada por grandes players do mercado reforçou a pressão. A fraqueza da demanda tem pressionado o preço da carne de frango desde o fim de dezembro, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. O quilo do animal congelado no atacado paulista acumula queda de 8,8% em janeiro, tendo chegado ontem (12/1) a R$ 6,94. Segundo os pesquisadores do Cepea, as despesas extras das famílias neste início de ano têm reduzido o poder de compra da população. Além disso, afirmam, a decisão de reduzir os preços do produto no mercado interno tomada por grandes empresas do segmento reforçou a pressão sobre as cotações.
Cepea
CARNES
China deve importar mais carne bovina e suína em 2023; frango deve ter recuo, diz USDA
Apesar dos desafios da atual onda de casos por COVID-19 na China, as previsões de importação de carne bovina e suína pelo gigante asiático em 2023 são revisadas para cima e agora têm previsão de alta em comparação ao ano anterior. No entanto, frango as importações de carne estão previstas marginalmente mais baixas
As informações estão no relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) sobre mercados e comércio global de proteínas suinícola, bovina e de aves. As revisões para cima das previsões de importação de carne vermelha pela China são parcialmente motivadas pelas estimativas maiores para 2022, pois os embarques do quarto trimestre foram mais fortes do que o esperado. Para 2023, segundo o USDA, se projeta uma recuperação econômica, bem como a retomada antecipada dos atendimentos das redes hoteleiras, restaurante e institucional, que apoiam a expansão do consumo e das importações de carne vermelha. Apesar de uma revisão positiva para a produção de carne suína da China em 2023 a partir da previsão de outubro, a oferta doméstica está praticamente inalterada em relação ao ano passado e é improvável que atendam totalmente ao consumo em recuperação, informa o USDA. As importações de carne bovina devem crescer em 2023, mas o ritmo dos embarques vai desacelerar, pois os importadores têm produtos nos estoques que precisam entrar no mercado antes de investir em compras adicionais. As importações de carne de frango da China são revisadas para níveis pré pandêmicos. Os preços mais baixos da carne suína devem reduzir a demanda do consumidor por carne de frango. A expectativa de produção global de carne bovina para 2023, conforma relatório do USDA, está praticamente inalterada em relação à previsão de outubro em 59,2 milhões de toneladas. Os preços globais da carcaça bovina esfriaram na entrada de 2023 - exceto para os Estados Unidos. No entanto, os preços das carcaças entre principais exportadores ainda são relativamente altos quando em comparação com os níveis pré-pandêmicos, sugerindo suprimentos limitados e demanda firme dos principais mercados. As exportações globais de carne bovina para 2023 estão praticamente inalteradas em 12,2 milhões toneladas. O USDA ainda prevê que a Austrália e o Brasil ganhem participação de mercado devido à menor oferta exportável nos Estados Unidos, Uruguai e Argentina. As importações dos EUA também aumentam com a queda na produção de carne bovina. A produção global de carne suína para 2023 é revisada em 3% a mais em relação à previsão de outubro para 114,0 milhões toneladas em função da elevação da produção na China. As previsões de produção permanecem praticamente inalteradas para outros países. As exportações globais de carne suína para 2023 estão previstas para serem 2% maiores do que a previsão de outubro, chegando a 10,7 milhões de toneladas, já que as exportações da União Europeia, do Brasil e dos Estados Unidos aumentaram devido à demanda mais forte do que o previsto dos principais mercados da Ásia. Prevê-se que as importações das Filipinas sejam mais altas, já que as tarifas de importação reduzidas de carne suína estão estendidas até 2023. O USDA estima que a produção global de carne de frango para 2023 está praticamente inalterada em relação à previsão divulgada em outubro passado, avaliada em 102,9 milhões de toneladas, uma vez que as revisões para cima no Reino Unido, Tailândia e México compensaram uma queda para o Brasil. As exportações globais de carne de frango para 2023 são revisadas 1% abaixo da previsão de outubro para 14,0 milhões de toneladas. A demanda mais fraca da China, União Europeia, África do Sul e Reino Unido afetará principalmente o Brasil, o principal exportador mundial.
USDA
INTERNACIONAL
México autoriza importação de carne bovina da Argentina
O governo argentino informou na sexta-feira (13/1) que o México autorizou a entrada de carne bovina de 22 frigoríficos do país sul-americano, tradicional exportador do alimento
Segundo um comunicado da Secretaria da Agricultura da Argentina, a partir de sexta-feira já estão reunidas as condições “para começar a exportar para o México, concluindo assim as negociações iniciadas em 2010, fortemente promovidas pelos presidentes Alberto Fernández e Andrés Manuel López Obrador”. O governo argentino indicou que o mercado mexicano estava aberto à importação de carne bovina desossada e maturada. "O México é um parceiro estratégico da Argentina e a abertura desse novo mercado gera novas oportunidades", afirmou a Secretaria. Segundo os últimos dados oficiais do setor, entre janeiro e novembro, a Argentina exportou 825.386 toneladas de carne bovina, das quais 76,5% foram destinadas ao mercado chinês.
REUTERS
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Paraná teve a maior alta industrial do Brasil em novembro de 2022, aponta IBGE
Enquanto a média nacional foi de queda de 0,1%, crescimento do setor no Estado teve um crescimento de 8,5% comparado ao mês anterior. Na comparação com novembro de 2021, porém, segundo o IBGE, o Paraná teve uma das reduções mais significativas: (-9,8%) junto com Pará e Espírito Santo
O setor industrial paranaense cresceu 8,5% em novembro de 2022 em relação ao mês anterior. O crescimento do Paraná foi o maior entre todos os 15 locais pesquisados, cuja média nacional teve um recuo de 0,1% no período, de acordo com dados divulgados na sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Espírito Santo (7,6%), Mato Grosso (3,8%) e São Paulo (3,1%) foram os outros estados que influenciaram positivamente os dados nacionais. Novembro também foi o mês com maior taxa de crescimento da indústria estadual em 2022 na variação mensal. Até então, os maiores aumentos haviam ocorrido em maio, com alta de 3,4%, fevereiro, 1,1%, e março, 0,6%. Segundo o IBGE, o Paraná teve a segunda maior influência no resultado nacional (atrás apenas de São Paulo, cujo parque industrial é maior) devido ao bom desempenho do setor de derivados do petróleo. Essa elevação da produção industrial acontece após cinco meses de resultados mais fracos no Estado. Outros setores tiveram desempenho destacado em novembro. É o caso da fabricação de bebidas, cuja alta foi de 9,8% em novembro de 2022 em relação ao mesmo mês do ano anterior, seguida por celulose, papel e produtos de papel (7,8%), produtos de metal (6,5%) e produtos alimentícios (3,5%). A produção de bebidas também teve um forte crescimento no acumulado de 2022, com uma alta de 21% quando comparado ao mesmo período de 2021. Neste mesmo recorte, os índices estaduais também foram positivos para a fabricação de celulose, papel e produtos de papel (4,2%), produtos de borracha e material plástico (2,2%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (1,4%). Quando a análise é feita com base no comparativo entre os últimos 12 meses (dezembro de 2021 a novembro de 2022) e o mesmo período anterior (dezembro de 2020 a novembro de 2021), altamente impactado pela pandemia, a maior alta continua sendo da produção de bebidas (19,7%). Depois, aparecem com índice positivo celulose e papel (3,8%), veículos (3,6%), e produtos de borracha e plástico (0,8%).
AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha quase estável e tem 2ª semana seguida de queda frente ao real
O dólar fechou próximo do zero a zero ante o real nesta sexta-feira, ao passo que agentes financeiros ainda avaliam o pacote de medidas econômicas anunciado pelo governo e repercutem expectativa de uma alta menor nas taxas de juros norte-americanas
O dólar à vista subiu 0,14%, a 5,1074 reais na venda. A moeda acumulou sua segunda semana seguida de queda, de 2,46%. Na tranche externa, o real se beneficiou nas últimas duas sessões da consolidação de apostas de uma alta de 0,25 ponto percentual nos juros pelo Federal Reserve (Fed) na próxima reunião. A elevação representaria uma nova redução no ritmo de aperto monetário pela instituição, o que tende a enfraquecer a moeda norte-americana. "A mudança de postura pelo Fed foi ficando mais forte durante a semana, o CPI (dado de inflação nos EUA) ajudou bastante, especificamente", disse Luca Mercadante, economista da Rio Bravo, à Reuters. O dólar operava próximo à estabilidade contra uma cesta de moedas no exterior. "Não é um excelente humor externo (na sessão), mas tem trazido uma tranquilidade para o mercado internacional", disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso. Localmente, o pacote de medidas anunciado pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, segue no radar dos agentes financeiros. Entre os analistas, as percepções foram, em geral, positivas, mas com ressalvas. O plano, que inclui reduções de débitos tributários e reoneração de combustíveis, pode levar a ajuste de até 242,7 bilhões de reais nas contas em 2023. O ministro, em uma projeção mais cautelosa, apontou que o resultado primário do governo central de 2023 deve ficar em déficit de 0,5% a 1% do PIB. Mercadante, da Rio Bravo, disse que qualquer anúncio neste sentido é positivo, diante do cenário esperado anteriormente pelo mercado com relação à dívida. No entanto, para ele, parte das medidas não é concreta e tem foco apenas no curto prazo. "O plano visa reduzir percepção de risco de curto prazo, para depois discutir perspectiva mais longa com uma nova regra fiscal".
REUTERS
Ibovespa fecha em queda, mas tem semana positiva
O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira, com BRF entre as maiores baixas, mas assegurou uma performance positiva no acumulado da semana, endossada por compras de estrangeiros, chegando a flertar com os 113 mil pontos
Investidores tiveram uma miríade de eventos na cena brasileira para repercutir nos últimos pregões, desde os ataques às sedes dos Três Poderes, passando por anúncio de medidas econômicas pelo governo e descoberta de inconsistências contábeis de 20 bilhões de reais na Americanas. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,72%, a 111.049,35 pontos na sessão, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro somava 18,9 bilhões de reais. Na semana, porém, o Ibovespa subiu 1,91%, acumulando alta de 1,2% até o momento em 2023.
REUTERS
Produção agroindustrial cresceu 3% em novembro
Desempenho aponta que o indicador calculado pelo FGV Agro encerrou 2022 com avanço de 1,4%
Em novembro, o Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) registrou variação positiva de 3,4% em relação a novembro de 2021, acumulando alta de 1,3% nos primeiros 11 meses de 2022. Com isso, a expectativa é que o resultado de todo o ano passado, que será divulgado em fevereiro, seja um avanço de 1,4%. “Esse crescimento será derivado de uma expansão de 2,9% no segmento de produtos alimentícios e bebidas e de uma leve queda, de 0,1%, no de produtos não-alimentícios”. Em novembro, o segmento de produtos alimentícios e bebidas subiu 7,9% em comparação com o mesmo mês de 2021, puxado pelos produtos de origem vegetal (21,9%), e o de não-alimentícios caiu 1,2%. O cálculo do PIMAgro baseia-se em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI), da FGV. O FGV Agro destacou que, em relação a outubro, o PIMAgro subiu, 0,7%, depois de seis meses consecutivos de quedas de um mês a outro. “Em novembro, o desempenho da agroindústria foi notadamente beneficiado pelo aquecimento do mercado de trabalho, bem como pela redução dos custos de produção”, avalia o centro. Mesmo assim, a alta foi garantida exclusivamente pelo grupo de produtos alimentícios e bebidas (2,1%), uma vez que houve retração de 1% no de não-alimentícios — que só não foi maior por causa do desempenho positivo das áreas de biocombustíveis (que segue em recuperação após patinar nos primeiros anos da pandemia) e de insumos agropecuários.
VALOR ECONÔMICO
IBGE: produção industrial recua em seis dos 15 locais pesquisados em novembro
Do lado das altas, Paraná e Espírito Santo se destacaram com aumentos de 8,5% e 7,6%, respectivamente, na produção industrial
O primeiro mostrou a maior variação e a segunda maior influência no resultado nacional, devido ao bom desempenho do setor de derivados do petróleo. Essa elevação da produção industrial acontece após cinco meses de resultados negativos, quando obteve perda acumulada de 16,3%. O Espírito Santo, segundo colocado em variação e com a quarta maior influência, também vem de cinco resultados negativos, com uma perda acumulada de 20,6%. O setor extrativo foi o principal responsável pelos números da indústria capixaba. Na passagem de outubro para novembro, a produção industrial recuou em seis dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM). No resultado geral, a indústria do país teve variação de -0,1% no mesmo período. As maiores quedas foram registradas pelo Pará (-5,2%) e por Pernambuco (-2,0%). Os dados foram divulgados na sexta-feira (13/01) pelo IBGE.
Responsável pela segunda maior influência negativa, com uma queda de 0,9%, o Rio de Janeiro também teve o setor extrativo exercendo um dos maiores impactos negativos, além do setor de derivados do petróleo. “No mês de outubro, a indústria fluminense atingiu um crescimento de 0,9%, ou seja, a taxa de novembro também eliminou esse resultado positivo. No caso do Rio Grande do Sul, que teve queda de 1,3%, a maior influência foi dos setores de produtos de metal e de outros produtos químicos”, complementa Bernardo. Com a maior concentração industrial do país, São Paulo teve a maior influência no resultado nacional (3,1%, sexta maior variação). É a segunda taxa positiva seguida do estado, alcançando um ganho acumulado de 3,8% nesses dois meses. Além disso, é o índice mais alto obtido por São Paulo desde março de 2022, quando registrou 5,0%. “O setor de veículos, um dos principais da indústria paulista, foi determinante para o resultado”, afirma Bernardo. Ceará (4,3%), Mato Grosso (3,8%), Bahia (3,5%), Minas Gerais (2,2%), Santa Catarina (0,3%) e Amazonas (0,1%) mostraram os demais resultados positivos neste mês. Na comparação com novembro de 2021, o setor industrial mostrou crescimento de 0,9% em novembro de 2022, com cinco dos quinze locais pesquisados apontando resultados positivos. São Paulo (7,3%) e Rio de Janeiro (6,0%) assinalaram as expansões mais acentuadas, impulsionadas, principalmente, pelo comportamento positivo observado nos setores de produtos alimentícios (açúcar cristal e VHP, bombons e chocolates em barras, sucos concentrados de laranja e carnes de bovinos congeladas), veículos automotores, reboques e carrocerias (caminhão-trator para reboques e semirreboques, autopeças, automóveis e chassis com motor para ônibus ou caminhões) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, álcool etílico e naftas para petroquímica), no primeiro local; e de indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (medicamentos) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleos combustíveis e gasolina automotiva), no segundo. Minas Gerais (4,7%), Goiás (4,2%) e Amazonas (1,8%) também registraram taxas positivas mais elevadas do que a média nacional (0,9%). Já as reduções mais significativas foram registradas no Pará (-16,5%), no Espírito Santo (-12,2%) e no Paraná (-9,8%). Isso ocorreu, principalmente, devido ao comportamento negativo vindo das atividades de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto ou beneficiados), no primeiro local; de indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo, minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e gás natural), produtos de minerais não metálicos (granito talhado ou serrado – inclusive chapas para pias) e celulose, papel e produtos de papel (celulose), no segundo; e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, gasolina automotiva e óleos combustíveis), produtos de madeira (madeira compensada, painéis de partículas de madeira, madeira densificada (MDF) e madeira serrada, aplainada ou polida) e máquinas e equipamentos (máquinas para colheita, tratores agrícolas e máquinas para o setor têxtil), no terceiro. Ceará (-8,9%), Santa Catarina (-7,9%), Região Nordeste (-7,4%), Mato Grosso (-6,5%), Bahia (-4,3%), Pernambuco (-4,2%) e Rio Grande do Sul (-3,0%) foram os outros resultados negativos do mês na comparação interanual.
Agência IBGE de Notícias
POWERED BY
EDITORA ECOCIDADE LTDA
041 3289 7122
Comments