Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 1 | nº 37| 03 de janeiro de 2022
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: mercado encerrou 2021 com preços da arroba em alto patamar
No último dia útil do ano, o boi-China foi cotado em até R$ 340/@ nas praças do interior paulista, enquanto os poucos negócios envolvendo o abastecimento do mercado interno giram em R$ 320-35/@, segundo dados das consultorias do setor
Na quinta-feira, 30 de dezembro, o volume de novos negócios foi praticamente nulo no mercado brasileiro do boi gordo, mas os preços da arroba continuaram firmes, estacionados em patamares altos, informam as consultorias do setor pecuário. Segundo dados da Scot Consultoria, nas praças de São Paulo, o boi gordo segue cotado em R$ 322/@, enquanto a vaca e a novilha prontas para abater são negociadas em R$ 302/@ e R$ 317/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). Negócios envolvendo o chamado boi-China (abatidos mais jovens, com até 30 meses de idade) são fechados em R$ 340/@, acrescenta a Scot.
Na avaliação da IHS Markit, três principais fatores explicam os preços firmes da arroba bovina: a enorme escassez de oferta de boiadas gordas, o aumento do consumo doméstico de carne bovina (estimulado pelas festividades de final de ano) e o avanço das exportações da proteína (estimuladas pelo retorno das vendas ao mercado chinês). No atacado, os preços dos principais cortes bovinos encerram o ano estáveis, reflexo da equalização entre oferta e demanda. Quando se iniciou o primeiro dia útil do ano de 2021 (04 de janeiro), o equivalente carcaça tinha como referência o valor de R$ 268,43/@, informa a IHS. Apesar das limitações geradas pelo mercado interno, ainda assim, no dia 30 de dezembro, o valor de referência para o equivalente carcaça está em R$ 304,04/@, o que significa um aumento anual de 13,3%, calcula a consultoria. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 320/@ (à vista) vaca a R$ 300/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 317/@ (prazo) vaca R$ 305/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 308/@ (à vista) vaca a R$ 295/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 317/@ (prazo) vaca a R$ 300/@ (prazo); SP-Noroeste: boi a R$ 335/@ (prazo) vaca a R$ 312/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 330/@ (à vista) vaca a R$ 312/@ (à vista); TO-Araguaína: boi a R$ 296/@ (prazo) vaca a R$ 288/@ (prazo).
PORTAL DBO
Carne bovina: volume de exportações deve recuar 10,5% em 2021, mas receita será recorde
Quantidade embarcada pelo Brasil deve alcançar 1,54 milhão de toneladas, enquanto o faturamento totalizará US$ 7,89 bilhões, prevê a consultoria Agrifatto
As exportações brasileiras de carne bovina devem recuar 10,5% em 2021, em relação ao volume embarcado em 2020, para 1,54 milhão de toneladas, prevê a Agrifatto (São Paulo, SP) em análise divulgada em 29 de dezembro. “A queda anual de desempenho é justificada principalmente pela ausência de compras chinesas no período de 4 de setembro a 15 de dezembro”, dizem os analistas da consultoria. No entanto, em termos de receita, os embarques de carne bovina devem registrar o montante de US$ 7,89 bilhões, o maior valor da história, estima a Agrifatto. Tal resultado, continua a consultoria, é atribuído à valorização anual de 16,13% no preço médio da proteína bovina, que fechará o ano acima dos US$ 5.000/t pela primeira vez desde 2011. “O fato é que as exportações brasileiras de carne bovina terão um bom resultado em 2021, mas poderia ter sido bem melhor”, observam os analistas. Até setembro/21, o total exportado pelo Brasil era de 1,27 milhão de toneladas, volume 1,48% superior ao mesmo período de 2020. “Ninguém duvidava quando se apontava que o ano seria de recorde para as exportações de carne bovina, até que dois casos atípicos de EEB (doença conhecida como “mal da vaca louca”) fizeram com que alguns dos nossos principais importadores fechassem as portas para a proteína bovina brasileira”, relembra a Agrifatto.
PORTAL DBO
Bradesco ainda tenta apagar incêndio provocado por postagem contra carne
Sindicatos rurais, associações e pecuaristas cancelam contas no banco
A postagem em uma rede social do Bradesco, na semana passada, do vídeo em que influenciadoras incentivam a redução do consumo de carne continua gerando duras críticas do setor pecuário brasileiro, mesmo após o banco ter tirado a peça do ar em menos de quatro horas e divulgado uma carta aberta em que se desculpa e diz que "ações administrativas internas severas" foram adotadas, como já informou o Valor. "Nos últimos dias lamentavelmente vimos uma posição descabida de influenciadores digitais em relação ao consumo de carne de origem animal, associada à nossa marca. Importante dizer que tal posição não representa a visão desta casa em relação ao consumo de proteína animal. Pelo contrário. O Bradesco acredita e promove direta e indiretamente a pecuária brasileira e por conseguinte amplifica o consumo de carne de origem animal", escreveu a instituição. Ainda assim, há casos de sindicatos rurais, empresas do ramo, associações e produtores que cancelaram suas contas no Bradesco, enquanto pecuaristas já divulgaram na internet que vão promover na próxima segunda-feira churrascos em frente a agências do banco em algumas cidades do interior do país. "O Bradesco respeita a decisão de todos e há décadas é o maior banco privado do agronegócio. Foram a Pecplan e a Fundação Bradesco, com o apoio de seus técnicos, que implantaram e capacitaram milhares de agropecuaristas a fazer inseminação artificial, ajudando a agropecuária a chegar ao atual e reconhecido nível de excelência mundial", lembrou a instituição em nota enviada ao Valor. A reportagem apurou que a equipe técnica do banco tem se desdobrado para conversar com dezenas de lideranças do agronegócio desde a divulgação do vídeo, no dia 23. O Presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Júnior, ligou para a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para salientar que a publicação foi um erro operacional, fruto de uma falha no processo de aprovação das mídias, mas que a posição do banco de apoiar a pecuária nacional não mudou. O Bradesco ampliou em 40% a carteira de agronegócio em 2021 e fechou o ano com R$ 42 bilhões. A meta para 2022 é alcançar R$ 50 bilhões. Uma fonte afirmou que o evento está “incomodando demais” a instituição.
VALOR ECONÔMICO
Consumo de carne recua na pandemia
Segundo pesquisadores da Embrapa, nível é o menor em 25 anos. Dados da Conab apontam que o consumo per capital de carne bovina ficará em 26,5 quilos por habitante em 2021; em 2006, houve um pico de 42,8 quilos
O consumo de carne bovina entre os brasileiros caiu significativamente desde o início da pandemia e chegou a 26,5 quilos por habitante em 2021. Trata-se do menor volume em 25 anos e, em relação a 2006, quando houve um pico de 42,8 quilos por habitante, o recuo é de quase 40%. Os dados, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foram destacados e usados como referência por pesquisadores do Centro de Inteligência da Carne Bovina (CiCarne), da Embrapa Gado de Corte. O pesquisador Guilherme Malafaia e seus colegas Sérgio de Medeiros e Fernando Teixeira Dias, que assinam o boletim “Perspectivas para a pecuária de corte em 2022”, publicado pela Embrapa, dizem que o nível de consumo é o menor em 25 anos. A queda se nota desde o ano passado, quando o consumo médio da proteína foi de 29,3 quilos por habitante. O cenário resulta do encarecimento dos cortes e do menor poder de compra das pessoas, devido ao avanço da inflação e do desemprego. Para o CiCarne, o cenário deverá mudar “em um futuro próximo”. “Esperamos um crescimento constante à medida que a renda e as preferências alimentares se expandam. A tendência de percepção de mais saúde [ao consumir a proteína] também será forte na carne bovina”, afirmam os pesquisadores. É esperado reaquecimento de economias globais para 2022 com o avanço da vacinação, mas a inflação e o desemprego devem continuar pressionando o consumo de carne bovina no país - e o mercado interno absorve 75% da produção. Apesar de o brasileiro ter trocado o bife pelo frango, os preços da carne de boi não cederam. Uma causa é o ciclo da pecuária, quando há menos animais disponíveis para abate. No terceiro trimestre deste ano, por exemplo, os abates recuaram 10,7%, ante igual período de 2020, para 6,94 milhões de cabeças, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, houve queda em relação a 2019. Segundo o CiCarne, este ano foi marcado por realidade similar à de 2020, com falta de animais para abastecer o mercado doméstico. A escassez de chuvas nos principais polos produtores também afetou a engorda. Assim, o patamar de preços da arroba do boi gordo se manteve acima de R$ 300 no primeiro semestre. O momento é de transição de ciclo e o preço do bezerro continua acima do valor médio nominal de 2020. Isso levará à retenção de fêmeas para aumentar a produção. “Como o atual ciclo pecuário se iniciou em 2019, os custos de reposição devem começar a baixar somente em 2023, apesar do aumento da oferta destes animais em 2022”, dizem os analistas do CiCarne. Sobre as exportações, a expectativa é de avanço em 2022, acredita a Embrapa. A Ásia continuará como o principal consumidor da carne bovina brasileira, com a China à frente.
VALOR ECONÔMICO
SUÍNOS
Suinocultura independente: Semana com estabilidade nas principais praças
No estado do Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 23/12/2021 a 29/12/2021), o Indicador do Preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta 0,92%, fechando a semana em R$ 5,90. "No comparativo mensal das médias semanais, o preço do kg/vivo do suíno no Paraná apresentou queda de 14,95% em relação à semana do dia 01/12/2021".
Na quinta-feira, 30 de dezembro, de acordo com a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), a negociação encerrou a semana por R$ 6,20/kg. "As granjas abaixaram os seus pesos como tem ocorrido historicamente, mas há uma acomodação de mercado devido às especulações naturais como os estoques de carnes pós festas de final de ano", informou Alvimar Jalles, consultor de mercado da entidade. De acordo com a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul, a semana também foi marcada pela estabilidade no estado gaúcho. A pesquisa semanal apontou negociação encerrou a semana acertada em R$ 5,57 o quilo. A pesquisa semanal apontou estabilidade no preço pago pelo quilo do suíno vivo no RS. O número de animais da pesquisa foi de 26.800, com peso médio de 117 quilos. Esta semana tivemos 3 informantes que compraram milho, ficando a saca de 60 quilos em R$ 91,67. O preço da tonelada de farelo de soja está em R$ 2.531,57 e a casquinha de soja em R$ 1.400,00 ambos no pagamento à vista, preço da indústria (FOB)", disse a associação. Em São Paulo, a última negociação da Associação Paulista de Criadores de Suínos, apresentou preço entre R$ 6,40 a R$ 6,66/kg. Na semana passada, houve aumento no preço do animal abatido e aquecimento no mercado consumidor, que pegou de surpresa aqueles que não haviam feito estoques.
AGROLINK
FRANGOS
Frango/Cepea: Com demandas interna e externa aquecidas, preço da carne bate recorde em 2021
Impulsionados pelas aquecidas demandas externa e, principalmente, interna, os preços da carne de frango atingiram recordes reais em 2021
Diante do menor poder de compra de grande parte da população brasileira, a proteína de origem avícola ganhou destaque no cenário nacional de carnes, o que resultou na disparada de preços. Nos primeiros meses do ano, os valores da carne de frango estiveram, como de costume, enfraquecidos. No entanto, a partir de maio, a procura interna aumentou, influenciada pelo fato de o preço desta proteína avícola ser mais barata frente aos das concorrentes e pela flexibilização das medidas restritivas impostas em muitas cidades para conter o avanço da pandemia de covid-19. Esse cenário, aliado ao bom desempenho das exportações brasileiras da carne, resultou em um movimento de alta nos preços, que persistiu por cinco meses consecutivos – de maio a setembro. Assim, em setembro, o frango inteiro resfriado foi negociado no atacado da Grande São Paulo na média de R$ 8,41/kg, recorde real da série história do Cepea, iniciada em 2004 (os valores mensais foram deflacionados pelo IPCA de novembro/21). E, apesar do enfraquecimento da procura e da consequente retração do preço a partir de outubro, devido à resistência do consumidor final em pagar valores elevados pela carne de frango, em 2021 (até o dia 28 de dezembro), o frango inteiro resfriado teve média de R$ 7,14/kg, sendo 26% acima da verificada no mesmo período de 2020 e um recorde.
CEPEA
França abate 600 mil aves por gripe aviária
Vários países europeus estão lutando contra uma cepa de gripe altamente contagiosa, o H5N1
A França abateu de 600 mil a 650 mil frangos, patos e outras aves no mês passado, em uma corrida para conter o vírus da gripe aviária que ameaça se tornar o quarto grande surto no país desde 2015. O Ministério da Agricultura relatou aglomerados de vírus em 26 fazendas industriais, principalmente no Sudoeste - lar da lucrativa indústria francesa de patê de foie gras -, bem como 15 casos em aves selvagens e três em currais. Vários países europeus estão lutando contra uma cepa de gripe altamente contagiosa, o H5N1, apenas um ano depois que um vírus semelhante dizimou rebanhos. Bélgica e Grã-Bretanha anunciaram surtos, enquanto veterinários tchecos disseram na quarta-feira que 80.000 aves seriam sacrificadas em uma única fazenda onde mais de 100 mil animais morreram com o vírus desde a semana passada.
Na França, o governo ordenou aos fazendeiros em novembro que mantivessem as aves dentro de casa em uma tentativa de impedir a propagação do vírus por aves migratórias, embora o primeiro caso tenha sido detectado no final daquele mês, em um local no Norte. O primeiro caso a atingir o Sudoeste, onde a maioria dos surtos agora está localizada, ocorreu em 16 de dezembro, disse o ministério. No inverno passado, mais de 500 fazendas sofreram infecções em massa que levaram ao abate de cerca de 3,5 milhões de aves, principalmente patos, levando o governo a gastar milhões de euros em indenização. Os avicultores já haviam sido atingidos por surtos massivos de gripe aviária nos invernos de 2015/16 e 2016/17.
AGROLINK
EMPRESAS
Ano de superação e conquistas para o cooperativismo do PR com crescimento em empregos, exportações e investimentos
A prática dos fundamentos do modelo cooperativista, aliada à boa governança e investimentos em capital humano, modernização, pesquisa e aplicação de novas tecnologias, impulsionaram a atuação do setor, fazendo com que mais pessoas aderissem ao movimento. Em 2021, cerca de 220 mil pessoas se associaram a uma das 216 cooperativas registradas no Sistema Ocepar. Com isso, o quadro social avançou 9% em relação a 2020, passando de 2,5 milhões para 2,7 milhões de cooperados.
“Nossa responsabilidade cresce a cada ano, à medida que mais pessoas aderem ao cooperativismo, por confiarem na proposta desse modelo de negócio e perceberem que as cooperativas se tornaram uma das melhores maneiras de apoio às suas atividades, com melhoria da renda”, comenta o Presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken. A estimativa é de que quase metade da população do Estado tenha alguma ligação com o cooperativismo. Considerando somente os associados e empregados das cooperativas, mais seus familiares, são quase 5 milhões de pessoas. Confiantes em suas estratégias de negócios, os aportes investidos chegaram a R$ 4,45 bilhões nesse ano, incremento de 53,2% em relação ao ano anterior. Boa parte desse volume abrangeu obras de melhorias de infraestrutura, aumento da capacidade de armazenagem, ampliação e construção de novas fábricas no Paraná e nos demais estados onde atuam, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás e Tocantins. Com forte atuação regional, as sociedades cooperativas são as maiores empregadoras em cerca de 130 cidades paranaenses. Este status se fortaleceu em 2021. No ano, foram criadas 7.530 novas vagas, sendo necessário, inclusive, buscar trabalhadores fora da área de atuação das cooperativas, em outros municípios e até estados, para suprir a demanda por mão de obra. O setor encerrou 2021 com 127,7 mil empregos diretos, um aumento de 7,5% se comparado aos números do ano passado.
Em relação à movimentação econômica, o ramo agropecuário é o mais representativo, respondendo por cerca de 90% do faturamento conjunto das cooperativas registradas no Sistema Ocepar, que em 2021 totalizou R$ 152,5 bilhões, 31,8% a mais que no ano anterior. As sobras também tiveram um crescimento expressivo, chegando a R$ 7,6 bilhões, 27,1% a mais que em 2020. Estratégias focadas na industrialização, transformando matéria-prima em produtos prontos para o consumo, e as exportações em alta, que chegaram a US$ 6,48 bilhões em 2021, ou seja, 23,5% a mais que no ano passado, estão entre os fatores que impulsionaram os resultados do cooperativismo neste ano. Para 2022, José Roberto Ricken afirma que o setor segue determinado na defesa de temas que garantirão o crescimento sustentável do cooperativismo.
OCEPAR IMPRENSA
MEIO AMBIENTE
BRF reduz emissões de GEE e conquista principal certificado do Selo Clima PR
Produção de energia renovável mediante florestas plantadas
A BRF recebeu o certificado do Selo Clima Paraná, um reconhecimento a empresas que, voluntariamente, medem, divulgam e reduzem as emissões de gases de efeito estufa (GEE) para amenizar os impactos causados pelas mudanças climáticas, informou a empresa no último dia 21 de dezembro. A companhia conquistou o Selo Clima Paraná Ouro Plus, categoria mais elevada dentro da certificação, e avançou uma posição em relação a 2020, quando obteve o Selo Ouro. No total, foram 70 empresas participantes, ao lado da prefeitura de Maringá. Segundo a BRF, a premiação reforça as medidas sustentáveis adotadas em suas unidades localizadas no estado. A BRF, junto a três outras empresas certificadas com o Selo Clima Paraná Ouro Plus, foi responsável pela redução de 39 mil toneladas na emissão de carbono, o que equivale ao sequestro anual de carbono obtido por 7,5 mil hectares de floresta, área similar a 10 mil campos de futebol, segundo a companhia. Nessa categoria de certificação, as empresas apresentam inventários completos, auditados por terceira parte independente e comprovada redução das emissões em índice compatível com as metas do Brasil no Acordo de Paris. A iniciativa, realizada há sete anos pela Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest) do Paraná, também contempla selos em outras duas categorias: Original (para empresas que emitem inventários simplificados) e categoria Ouro (às empresas que apresentam inventários completos, auditados por terceira parte independente, acreditado pelo Inmetro e seguindo as normas técnicas ABNT-ISO).
O resultado obtido pela BRF no Paraná é decorrente das ações implementadas durante 2020, alinhadas ao compromisso global em ser net zero em emissões de GEE até 2040, tanto nas operações quanto na cadeia produtiva. A substituição do sistema de tratamento de efluentes, nas unidades de Francisco Beltrão e Dois Vizinhos, por outra tecnologia mais eficiente esteve entre as iniciativas mais relevantes que contribuíram com a redução das emissões de GEE.
CARNETEC
INTERNACIONAL
Carne bovina: EUA irão reduzir a produção em 2022, mas exportações continuarão fortes, prevê Rabobank
Em 2022, a produção de carne bovina dos Estados Unidos deverá sofrer recuo de 2,5%, na comparação com 2021
Porém, as exportações norte-americanas de proteína vermelha continuarão fortes, com um crescimento entre 2% a 4% no próximo ano. As estimativas fazem parte do novo relatório sobre setor pecuário divulgado em 29/11 pelo Rabobank. Como grande produtor, consumidor, exportador e importador de carne bovina, os Estados Unidos exercem forte influência no mercado global de carne bovina, relata o banco. Com isso, a projeção de queda na produção norte-americana resultará em maior aperto na oferta global da proteína no próximo ano, além de ocasionar algumas mudanças nos fluxos comerciais do produto, acrescentam os analistas.
Segundo o banco, após atingir o pico em 2019, o rebanho bovino norte-americano seguiu em ritmo lento de queda ao longo de 2020 e ganhou maior intensidade de 2021, impulsionado por problemas na economia e também pela estiagem nas áreas de produção. No acumulado deste ano, os abates de vacas de cortes e de leite cresceram 10% e 2%, respectivamente, nos EUA – na média, registraram elevação de 6%. Porém, mesmo com a queda na produção, os embarques de carne bovina dos EUA irão crescer em 2022, puxados pelas demandas dos tradicionais compradores do produto norte-americano (Japão, Coreia do Sul, México e Canadá) e também pelo crescimento dos negócios envolvendo importadores da China, destaca o banco. Em março de 2021, os volumes para a China ultrapassaram 19.000 toneladas, o que colocou o país asiático como o terceiro maior cliente mundial dos exportadores norte-americanos. Desde então, as vendas ao mercado chinês continuaram subindo, atingindo 29.000 toneladas exportadas em setembro. “A oferta limitada da Austrália e interrupções no fornecimento da Argentina e do Brasil, além da crescente demanda por carne bovina de alta qualidade na China, têm sustentado esse crescimento das exportações dos Estados Unidos”, justifica o banco. “Esperamos que os volumes para a China continuem em ritmo de alta em 2022, alimentando o crescimento geral das exportações norte-americanas”, ressalta o Rabobank. O crescimento da demanda doméstica e a contração esperada na produção de carne bovina podem resultar em aumento das importações norte-americanas de carne bovina.
No entanto, lembra o banco, a Austrália e a Nova Zelândia, dois tradicionais fornecedores de carne bovina magra aos EUA, sofrem atualmente com problemas de oferta de animais para abate. Na Austrália, o processo de reconstrução do rebanho segue lento e a redução do abate de vacas no país ajuda a limitar o volume de exportações. Nos primeiros nove meses de 2021, os embarques de carne bovina australiana ao mercado norte-americano caíram 44%, em relação ao mesmo período do ano passado. Por sua vez, a Nova Zelândia vem priorizando as vendas ao mercado da China, o que fez os embarques os EUA recuarem 5% no período de janeiro a setembro deste ano. Em seu relatório, o Rabobank destaca ainda o avanço das compras norte-americanas de carne bovina do Brasil, que cresceram 61% nos primeiros nove meses deste ano, para 108.896 toneladas.
PORTAL DBO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Seca no Paraná traz prejuízos de R$ 16,8 bi, diz secretário de Agricultura
São prejudicadas soja, o milho, feijão, batata, silagem, o leite, hortaliças e laranja, entre outros
O Secretário de Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, disse na sexta-feira que as perdas em função da seca alcançam R$ 16,8 bilhões no Estado. Os prejuízos atingem amplamente o agronegócio, envolvendo soja, milho, feijão, batata, silagem, leite, hortaliças, laranja, entre outros. Devido à estiagem que afeta os municípios paranaenses principalmente neste último trimestre do ano, o governo do Estado declarou ontem situação de emergência. “Estamos enfrentando uma profunda crise hídrica nos últimos meses, e já há dois anos, talvez a maior da história recente no último século pelo menos. Essa crise fez perder muita produção em 2021”, disse Ortigara, em vídeo divulgado pela assessoria de imprensa do Departamento de Economia Rural (Deral), que integra a Pasta. Devido à seca, os paranaenses perderam ao menos 9 milhões de toneladas do milho safrinha do ciclo mais recente. "Tínhamos a expectativa de recuperar os prejuízos através de uma safra 2021/22 cheia. [A temporada de cultivo] foi bem instalada, mas, lamentavelmente, o quadro de La Niña, com menos chuva no Sul do Brasil, e de elevadíssimas temperaturas, nos levou a perder grande parte do esforço de produção”, informou Ortigara. Segundo o Secretário, haverá quebra de 37,8% na produção de soja, cuja expectativa era de colheita de mais de 21 milhões de toneladas. As perdas já são de quase 8 milhões de toneladas. “Só aqui o prejuízo é superior a R$ 14,3 bilhões”, disse. Em milho verão há projeção de perdas da ordem de 42%, ou mais de 1,784 milhão de toneladas. Em receita, o prejuízo contabiliza R$ 1,59 bilhão. Em feijão, as perdas são de 18% (49,6 mil toneladas), e R$ 194 milhões; em silagem (2,4 milhões de toneladas) e R$ 190 milhões; tabaco e fumo, laranja, entre outros já citados. Na atividade leiteira houve redução consistente de mais de 200 milhões de litros, e R$ 407 milhões, pela seca nos pastos. “O governo reconheceu a situação de emergência econômica, permitindo renegociações [de produtores] junto a fornecedores e bancos”, disse. “Estamos enfrentando um quadro não desejável, mas vamos enfrentar construindo políticas de longo prazo, especialmente no que toca ao uso racional da água”, disse. Mais de 144 municípios decretaram a condição de emergência. O governo estadual ainda não tem um conjunto de medidas efetivas, mas o primeiro passo é melhorar a condição de abastecimento de água para a população e animais, informou.
VALOR ECONÔMICO
Paraná vai multiplicar raça Purunã
Produtores receberão reprodutores para fazer o cruzamento com matrizes de seu rebanho
Até março o Paraná deve contar com 14 propriedades que servirão como Unidades de Referência (URs) voltadas à criação de animais da raça Purunã. Cada pecuarista receberá reprodutores machos puros de origem, com registro, para fazer o cruzamento com matrizes do seu rebanho. A proposta, que envolve profissionais da pesquisa e extensão rural, é difundir e fomentar a criação de animais melhorados com a raça Purunã nos Campos Gerais e Vale do Ribeira. Luiz Fernando Brondani, Coordenador estadual de pecuária de corte do IDR-Paraná, ressaltou que essa proposta sensibiliza os produtores de todo o estado para o potencial de uma raça que tem como características produzir animais rústicos, dóceis e precoces. Ele informou que oito URs já foram instaladas (três em Ponta Grossa, uma em União da Vitória e quatro na região de Curitiba). "O IDR-Paraná vai fornecer um touro puro, de forma consignada, para cada 30 vacas do produtor. O compromisso é pagar pelo animal a partir do terceiro ano, entregando três bezerros machos mestiços Purunã, desmamados, com no mínimo 220 quilos de peso vivo por cada touro recebido". Segundo Brondani, essa proposta não visa apenas melhorar o rebanho geneticamente, mas também todo o sistema intensivo de criação de bovinos de corte, com animais prontos para o abate com idade inferior a 24 meses. As URs estão sendo instaladas em pequenas e médias propriedades, com 50 matrizes em média, que não tenham touro puro de nenhuma outra raça. Para Brondani, o maior atrativo para os produtores é ter um reprodutor de qualidade melhorando o seu rebanho, produzindo bezerros de alto valor comercial, atendendo às exigências de carne de melhor qualidade e suprindo a deficiência de bezerros do estado", afirmou. Brondani lembrou que o fechamento das fronteiras do Paraná, em decorrência da barreira sanitária da aftosa, impede a compra de bezerros de outros estados do Norte do país. Estima-se que atualmente exista uma carência de 500 mil bezerros no estado e o incentivo à criação do Purunã pode atender parte desse déficit. O IDR-Paraná dispõe inicialmente de uma equipe de 17 extensionistas para orientar os produtores destas regiões que aceitarem participar dessa proposta. Atualmente o Paraná tem um rebanho de mais de 4.000 animais Purunã puros e mais de cem mil cabeças obtidas a partir de cruzamentos. A raça é o resultado de quatro décadas de pesquisa em melhoramento genético realizado pelo IDR-Paraná, com objetivo de criar uma raça composta a partir dos cruzamentos entre Aberdeen Angus, Charolês, Canchin e Caracu. O Purunã hoje está presente em vários estados como Minas Gerais, Piauí, Tocantins e Mato Grosso do Sul, demonstrando sua capacidade de adaptação a diversas condições de clima.
IDR Paraná
Estado e União assinam contrato do quarto ramal da Nova Ferroeste, o da Serra do Mar
A ideia do projeto da Nova Ferroeste, que ligará Maracaju (MS) a Paranaguá (PR), é que o trecho da Serra do Mar seja construído em pista dupla para permitir o tráfego de locomotivas nos dois sentidos ao mesmo tempo, dando mais agilidade ao transporte. Os três primeiros ramais (Maracaju-Dourados, Cascavel – Foz do Iguaçu e Cascavel – Chapecó) foram autorizados no começo do mês
“A característica dos três primeiros ramais é de captação de carga. Esse quarto ramal é essencial para escoar essa riqueza trazida das regiões produtoras, como o Mato Grosso do Sul, Paraguai, Santa Catarina e o Paraná”, explica o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes. Partindo de Guarapuava, o traçado da Nova Ferroeste vai seguir até o município de Inácio Martins, onde fará um novo trajeto pela encosta da Serra da Esperança. Na Lapa terá início um contorno da Região Metropolitana de Curitiba, atualmente inexistente. O desvio passa por Contenda, Araucária, Mandirituba, Fazenda Rio Grande e São José dos Pinhais, onde tem início a nova descida da Serra do Mar. O trecho entre Balsa Nova e Paranaguá deve ser o primeiro executado no cronograma de obras. O custo dos lotes 2 (Guarapuava – Balsa Nova) e 1 (Balsa Nova-Paranaguá) está estimado em R$ 9,7 bilhões. Dos 55 quilômetros entre São José dos Pinhais e Morretes, os trilhos seguirão em paralelo à BR-277, sempre que a topografia permitir, na chamada área de domínio, como sugere o Pano de Desenvolvimento Sustentável do Litoral (PDS- L). O trilho terá túneis, pontes e viadutos, incluídos no projeto para diminuir a supressão de área verde e o impacto ambiental. Nenhuma área de proteção integral será interceptada pelo empreendimento. O ramal termina em Paranaguá, quando os trilhos da Nova Ferroeste e da Malha Sul se encontram no Porto de Paranaguá, onde devem descarregar e carregar açúcar, carnes bovina, de aves e suína; grãos e farelo de soja, milho e trigo; madeira e fertilizantes. Os quatro ramais assinados serão responsáveis por ligar o Paraná ao Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e o Paraguai. Ao todo, acrescentam 1.019 quilômetros de trilhos no Paraná. A ligação com a tríplice fronteira, na conexão de Cascavel com Foz do Iguaçu, vai permitir a captação de carga do Paraguai e da Argentina, produtores de grãos que abastecem o mercado brasileiro e internacional, aumentando o projeto do Paraná se tornar uma referência logística.
Agência de Notícias do Paraná
Paraná fecha o ano com o maior saldo em empregos na indústria no mês de novembro
De acordo com dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged), referentes a novembro, o estado registrou o maior saldo do país, com 2.547 novas oportunidades criadas, seguido por Rio de Janeiro (2.381) e Rio Grande do Sul (2.033)
No acumulado do ano (janeiro a novembro), das 24 atividades da indústria de transformação avaliadas pelo Caged, Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-22 vagas); e Fabricação de produtos de fumo (-73 vagas) foram os únicos setores que apresentaram saldo negativo. Todos os demais criaram vagas em relação ao ano anterior. Na avaliação mensal de novembro, fabricação de produtos alimentícios (1.380); fabricação de máquinas e equipamentos (345); fabricação de produtos químicos (269); fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (175), foram os segmentos que mais abriram oportunidades na indústria paranaense. No acumulado do ano, o Paraná se manteve em alta, com saldo positivo de 50.890 postos de trabalho abertos. Fabricação de produtos alimentícios (8.768); confecção de artigos do vestuário e acessórios (7.081); fabricação de produtos de madeira (4.806) e fabricação de máquinas e equipamentos (3.947), foram os setores de destaque no estado, com saldo positivo entre admitidos e desligados.
FIEP
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha a R$ 5,576 e sobe 7,46% no ano
O dólar comercial despencou 2,06% no dia 30 e terminou o último pregão do ano cotado a R$ 5,576
Nos últimos 12 meses, porém, a moeda norte-americana acumulou ganhos de 7,46% ante ao real, no quinto ano consecutivo de valorização. O maior valor atingido pela moeda neste ano foi em 9 de março, quando foi cotada a R$ 5,797; o menor, em 24 de junho, quando fechou a R$ 4,905. A divisa só ficou abaixo dos R$ 5 em sete sessões neste ano, entre os dias 22 e 30 de junho. A queda foi a mais acentuada desde 24 de agosto (-2,25%), o que investidores atribuíram a dados fiscais melhores do que o esperado e à sanção do projeto de lei de modernização da regulação cambial, em meio ainda a volumes reduzidos de negociação.
REUTERS
Ibovespa sobe no último pregão de 2021, mas tem queda dura no ano
O Ibovespa encerrou o último pregão de 2021 em alta, mas amargou desempenho decepcionante no acumulado dos 12 meses. Cercado de otimismo no início do ano, o índice voou no primeiro semestre e chegou a ultrapassar os 130 mil pontos, mas devolveu tudo e um pouco mais, concluindo o ciclo com queda de 11,93%
No pregão de 30 de dezembro, a variante ômicron seguiu como pano de fundo, preocupando os mercados globais, mas o bom resultado primário do Governo Central local e dados positivos de geração de emprego nos EUA impulsionavam os ativos de risco antes do feriado de fim de ano. Após ajustes, o Ibovespa fechou em alta de 0,69%, aos 104.822 pontos. O volume negociado durante a sessão foi de R$ 18,9 bilhões, com um terço do giro ocorrendo na última hora de negócios. Lá fora, os mercados seguiam acompanhando o noticiário sobre a variante ômicron. Embora o salto dos casos assuste, isso não tem impedido as bolsas americanas e europeias de renovarem recordes históricos. Em termos locais, a OMS fez um alerta ao Brasil em relação a uma possível nova disparada da covid-19. Em São Paulo, hospitais privados novamente começam a ver alta de casos. Por aqui, agentes digeriram ainda o resultado do setor público consolidado, que fechou novembro com superávit primário de R$ 15,034 bilhões, conforme divulgou o Banco Central (BC) na quinta-feira. É o quarto resultado positivo consecutivo e o melhor para o mês desde 2013, quando havia ficado em R$ 29,8 bilhões, conforme o Chefe-Adjunto do departamento de estatísticas da autoridade monetária, Renato Baldini. Um ano antes, o resultado havia sido deficitário, em R$ 18,140 bilhões. Com o superávit mais robusto, temos uma perspectiva de melhora em relação à taxa de juros, o que tende causar uma diminuição no spread bancário e estimular o consumo.
VALOR ECONÔMICO
IGP-M sobe mais que o esperado em dezembro e tem alta de 17,8% em 2021
Após um avanço de 0,87% em dezembro que surpreendeu os analistas, a inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) encerrou 2021 com uma alta de 17,78%, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV)
A perspectiva para o acumulado em 12 meses nas próximas leituras, porém, é de desaceleração. O resultado do índice conhecido informalmente como “inflação do aluguel” em 2021 foi o segundo maior desde 2002 (25,31%), atrás apenas da alta observada no ano passado. Em dezembro de 2020, o índice havia subido 0,96%, acumulando 23,14% em 12 meses. Em relação a novembro de 2021, que teve apenas leve variação de 0,02%, o IGP-M de dezembro acelerou, um movimento que já era esperado, mas que veio acima da mediana das estimativas colhidas pelo Valor Data, de 0,69%. Segundo André Braz, Coordenador dos Índices de Preços da fundação, a maior contribuição para o resultado do IGP-M de dezembro partiu do índice ao produtor. Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,95% em dezembro, após queda de 0,29% em novembro. Neste mês, a categoria foi influenciada pela aceleração dos preços de bovinos (11,69%), reflexo da demanda doméstica de fim de ano e da retomada das exportações à China, e pela alta de preços de safras afetadas por geadas e seca, como café (12,52%) e cana-de-açúcar (2,83%). Esses últimos itens, aponta Braz, também ajudam a explicar a elevação de 20,57% acumulada pelo IPA em 2021. Os preços da cana-de-açúcar avançaram 57,13% no ano, enquanto o do café subiu 152,35% no período. Com peso de 30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,84% em dezembro, vindo de 0,93% no mês anterior. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas há 4 dias Brasil de variação. Com os 10% restantes no IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,30% em dezembro, ante 0,71% em novembro. Em 2021, o índice alcançou seu ápice em maio, quando acumulou 37% em 12 meses, lembra Braz. “De lá para cá, ele já desacelerou quase 20 pontos percentuais. Isso mostra uma desaceleração em curso bem forte e que deve continuar pelos próximos seis meses, com maior fôlego no primeiro trimestre”, diz. O que acontece, segundo Braz, é que o IGP-M é muito sensível a desvalorizações cambiais, mas movimentos agudos nesse sentido não estão no radar, ao menos não no início de 2022.
VALOR ECONÔMICO
Bolsonaro sanciona projeto que prorroga desoneração da folha por mais dois anos
A medida, que perderia a validade no primeiro dia de 2022, é destinada aos 17 setores que mais empregam no país
Em edição do Diário Oficial da União da sexta-feira (30), o Presidente Jair Bolsonaro sancionou o projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamento até o fim de 2023. A medida é destinada aos 17 setores que mais empregam no país, com cerca de seis milhões de empregos.
Sem a sanção do presidente, a redução nos encargos cobrados sobre os salários de empregados, que acabaria no próximo dia 31, perderia a validade neste sábado (01), primeiro dia de 2022. Em sua live da quinta-feira (30), Bolsonaro anunciou que havia sancionado a desoneração, e que o ato seria publicado no Diário Oficial do último dia de 2021. A sanção do projeto ficou travada porque a equipe econômica cobrou a exigência de compensação com aumento de outros impostos pela redução da tributação para as empresas desses setores. Essa compensação está prevista no artigo 14º da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O impasse ocorreu porque o orçamento de 2022 foi aprovado sem levar em conta o impacto da desoneração da folha, que já tinha sido aprovada pelo Congresso. Entre as compensações avaliadas pelo Receita Federal estão a prorrogação até 2023 da alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no crédito e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido dos Bancos (CSLL). O projeto de extensão da desoneração é de autoria do deputado Efraim Filho (DEM-PB) e enfrentou vários percalços até ser aprovado pelo Congresso. A medida teve uma tramitação difícil na Câmara e ficou meses parada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por resistência da área econômica. Os setores empresariais, beneficiados com a medida, porém, fizeram uma forte articulação política no Congresso para aprovar a projeto. Os 17 setores beneficiados são calçados, call center, comunicação, confecção/vestuário, construção civil, empresas de construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, tecnologia da informação (TI), tecnologia de comunicação (TIC), projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas. Juntos, eles empregam 6 milhões de pessoas, segundo cálculos das associações patronais.
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