top of page
Buscar
prcarne

CLIPPING DO SINDICARNE Nº 399 DE 21 DE JUNHO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 399 |21 de junho de 2023



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Mercado do boi ganha sustentação, com menor oferta


Na praça de São Paulo, o boi “comum” (direcionado ao mercado interno) é negociado por R$ 245/@, enquanto a vaca e a novilha gordas valem R$ 210/@ e R$ 230/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), de acordo com dados da Scot Consultoria. O “boi-China” é vendido por R$ 245/@ em São Paulo, sem ágio em relação ao animal “comum”, acrescentou a Scot. Na avaliação da S&P Global Commodity Insights, embora a especulação baixista tenha perdido força no mercado brasileiro, os movimentos de altas da arroba ainda não traçaram uma rota mais consistente devido ao volume cadenciado de compras de gado gordo por parte das indústrias frigoríficas. “As escalas permanecem acomodadas para atender compromissos de curtíssimo prazo, bem como a produção segue acompanhando a demanda vigente”, observa a S&P Global. Segundo os analistas, o ritmo mais cauteloso imposto pelas indústrias deve-se sobretudo ao enfraquecimento da demanda interna pela carne bovina, que continua patinando, refletindo o baixo poder de compra da população brasileira. Ainda assim, a S&P Global Commodity Insights verificou que a composição das escalas de abate dos frigoríficos brasileiros vem se encurtando diante de uma oferta de animais mais retraída, o que explica o fim do viés baixista nos preços do boi gordo. No entanto, o mercado segue ancorado em expectativas de reação nos preços dos animais terminados a partir da virada de mês, diante de uma oferta mais enxuta, tanto de animais terminados a pasto (início do período mais crítico de entressafra), quanto de bovinos fechados em confinamento (muitos recriadores/invernistas deixaram de investir no primeiro giro de engorda intensiva devido ao forte movimento de queda da arroba). Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 207/@ (à vista); RS-Fronteira: SP-Noroeste: boi a R$ 246/@ (prazo) vaca a R$ 212/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 229/@ (à vista) vaca a R$ 205/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 231/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca a R$ 182/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 210/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 210/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca R$ 190/@ (prazo); PR-Maringá: boi a R$ 236/@ (à vista) vaca a R$ 207/@ (à vista); RS-Fronteira: boi a R$ 261/@ (à vista) vaca a R$ 234/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 192/@ (prazo) vaca a R$ 179/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 192/@ (prazo) vaca a R$ 177/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 185/@ (à vista) vaca a R$ 165/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 195/@ (à vista) vaca a R$ 177/@ (à vista).

S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO


Mortes de bois por hipotermia passam de 2.700 em Mato Grosso do Sul

Nova Andradina e Batayporã lideram casos. Pesquisadores alertam para medidas de prevenção


As mortes de bovinos por hipotermia no Mato Grosso do Sul chegaram a 2.725 casos notificados em 92 propriedades rurais do Estado, até 19 de junho. Nova Andradina, na região sudeste, é a cidade com o maior número de óbitos por hipotermia. A cidade registrou 601 mortes, distribuídas em 32 propriedades rurais. O dado faz parte de nota técnica divulgada no início da noite de hoje (20/06) pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro), Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação e Governo do Mato Grosso do Sul. Batayporã, no leste do Estado, foi a segunda cidade com o maior número de casos de morte, com 396 em 21 propriedades, seguida por Aquidauana, com 386 mortes em uma única propriedade, e Rio Verde de Mato Grosso, na região do Pantanal, com 368 mortes também em uma propriedade. Outra nota técnica, elaborada pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (Famez/UFMS) em parceria com a Iagro, por meio do Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias, chama atenção ainda para medidas de prevenção, uma vez que a expectativa é que as condições adversas do clima se prolonguem. “É importante adotar as medidas preventivas, a fim de proteger os animais que permanecem expostos e evitar novas mortes”, ressalta Ricardo Amaral de Lemos, professor da Famez/UFMS. Entre as medidas de prevenção para evitar a morte de bois por hipotermia estão manter os bovinos em áreas de abrigos artificiais, naturais ou que estejam cercados por barreiras, a fim de reduzir as correntes de vento, como reservas arbóreas; possibilitar acesso à pastagem de qualidade, mesmo durante a seca; aplicar suplementação alimentar, com orientação de um veterinário; e monitorar o estado de saúde do rebanho, incluindo a aferição da temperatura corporal dos bovinos. No caso de períodos com previsão de frio, os especialistas alertam para que os bovinos sejam agrupados em um local com lonas no solo. Fogueiras e feno são alternativas paliativas, mas que podem ajudar a aumentar a temperatura corporal dos animais. A Iagro ainda não calculou as perdas financeiras com base no número de casos atualizados. Até esta segunda-feira (19/06), a agência registrava um prejuízo estimado em R$ 5 milhões. O frio dos últimos dias em Mato Grosso do Sul, com temperaturas entre 5º a 9º, somado a ventos e chuvas, foram a causa para os casos de hipotermia. O desenvolvimento da doença está relacionado ainda às condições corporais e nutricionais do gado, assim como à falta de abrigos e áreas de reserva arbórea, entre outros aspectos. A hipotermia é diagnosticada clinicamente em bovinos quando a temperatura retal é menor que 37º C. Os especialistas explicam que, bovinos magros, por não terem gordura, apresentam pouco isolamento térmico. Por isso, são os mais suscetíveis a morrer de hipotermia.

VALOR ECONÔMICO


SUÍNOS


Suínos: preços fecham em alta na terça

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve elevação de 3,64%/1,75%, chegando a R$ 114,00/R$ 116,00, enquanto a carcaça especial aumentou 3,57%/2,27%, custando R$ 8,70/kg/R$ 9,00/kg


Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (19), houve alta de 1,50% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,10/kg, incremento de 2,63% no Paraná, alcançando R$ 5,47/kg, avanço de 1,30% no Rio Grande do Sul, com preço de R$ 5,44/kg, crescimento de 3,42% em Santa Catarina, chegando em R$ 5,44/kg, e de 1,51% em São Paulo, fechando em R$ 6,05/kg.

Cepea/Esalq


FRANGOS


Frango: cotações estáveis

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,50/kg, enquanto o frango no atacado teve queda de 1,75%, valendo R$ 5,60/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço não mudou, valendo R$ 4,37/kg, assim como no Paraná, com preço de R$ 4,49/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (19), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, cotados, ambos, em R$ 6,12/kg.


EMPRESAS


Pela primeira vez na história, cooperado da Frísia produz boi China para exportação

Cooperativa pretende comercializar junto ao frigorífico parceiro pelo menos uma carga de machos holandeses por mês; venda é consequência de um inovador projeto com os cooperados para aumentar a rentabilidade das propriedades


Menos de um ano após o Conselho de Administração da Frísia Cooperativa Agroindustrial aprovar a atividade de bovinocultura de corte, o primeiro lote de animais foi comercializado para o mercado chinês. O chamado ‘Boi China’ tem um ágio de 5% superior em relação à arroba do boi gordo e com um custo de produção mais baixo. A iniciativa atende ainda um anseio da cooperativa para a engorda do gado macho holandês, projeto que otimiza os recursos da propriedade e gera maior sustentabilidade na cadeia. Atualmente, há 2,5 mil cabeças de gado holandês macho voltados para a pecuária de corte, mas a intenção é chegar a 5 mil nos próximos quatro anos. De acordo com o Gerente Executivo bovinos da Frísia, Jefferson Pagno, em maio foi a primeira vez que um cooperado Frísia produziu boi padrão China, totalizando 80 cabeças. Em junho, serão mais 60 bois. “Por mês, serão ao menos uma carga para entregar ao frigorífico para exportação à China”, explicou. A Frísia tem parceria com frigorífico do Paraná habilitado para o mercado chinês em abril deste ano. Pagno explica que hoje são quatro cooperados fazem esse atendimento de Boi China, entretanto esse número deve saltar e alcançar 18 produtores associados. Ele conta que o cooperado que está agregando seu ativo para o gado de corte não deixa de ser um pecuarista de gado leiteiro. “Com o gado de corte, o cooperado reduz os custos de produção do leite, ele vai convertendo tudo em equivalente leite”. O Boi China tem um valor agregado maior que o exportado a outros mercados. Além disso, para atender essa característica, os animais devem ter, no mínimo, 36 meses e, ao menos, 17 arrobas de peso. “No formato em que estamos trabalhando, conseguimos reduzir de 40 a 50 dias o confinamento dos animais devido a exigência de peso mínimo de 17 arrobas. Com isso, a criação dos animais se torna mais barata e a rentabilidade do produtor é maior”. Os demais frigoríficos que adquirem de forma precoce exigem também 17 arrobas, mas com um nível maior de gordura e acabamento, o que aumenta o custo de produção. O mercado chinês não tem uma exigência alta de gordura, quer uma porcentagem maior de tecido magro. “Se o animal ficar 50 dias a mais na propriedade, o custo por unidade aumenta em R$ 500”, conta Pagno. Os machos holandeses, tradicionalmente, são comercializados com baixo valor agregado ou até mesmo doados. Mas o holandês é um animal que, dependendo do sistema de produção, é capaz de produzir cortes cárneos de alta qualidade, com bom índice de marmoreio na criação de forma intensiva.

Frísia Cooperativa Agroindustrial


GOVERNO


Agricultura familiar terá mais recursos

Montante para o Pronaf será superior ao da temporada atual, afirma Ministro


O Ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que os valores do Plano Safra da Agricultura Familiar 2023/24 já foram definidos pela cúpula do governo e que os números serão maiores que os da temporada atual, mas não revelou detalhes. Segundo ele, o orçamento para a equalização de juros também vai ter acréscimo, mas a taxa dos financiamentos para os pequenos produtores deverá ficar no patamar atual de 6% ao ano. O Ministro admitiu que os detalhes do plano seguem em elaboração, principalmente em relação à definição dos componentes ambientais e produtivos que poderão gerar alguma redução nos juros para algumas operações. “A ideia é que essas boas práticas sejam premiadas com taxas de juros menores”, afirmou Paulo Teixeira após reunião ontem com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). “Já temos resultado sobre valor [do Plano Safra], é um valor muito expressivo”, completou. Na safra atual, o valor disponibilizado para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) chegou a R$ 60,1 bilhões após remanejamentos. O objetivo do MDA é oferecer juros mais baratos para atividades sustentáveis, como itens da sociobiodiversidade, e para a produção de alimentos como arroz e feijão. O Ministro destacou que, sem esses descontos, a taxa do Pronaf ficará em 6%, mesmo índice da safra 2022/23, que termina dia 30. “Tem esse ajuste do componente ambiental que devemos definir até terça-feira que vem”, disse Teixeira. O Plano Safra da Agricultura Familiar vai ser anunciado na próxima quarta-feira (28/06). Ele afirmou ainda que o anúncio do Plano está pendente da decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre o aumento das exigibilidades do crédito rural, ou seja, o percentual que as instituições financeiras que atuam no segmento são obrigadas a aplicar nos financiamentos ao setor. A intenção é elevar o índice que bancos e cooperativas devem emprestar, o que aumenta a disponibilidade final de recursos do Plano Safra. Os ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Fazenda defendem o aumento das exigibilidades, mas o Banco Central resiste. “Ainda requer um voto no CMN, mas o governo já se alinhou, já está fazendo diálogo com Banco Central”, disse Teixeira. “Acho que poderá haver um consenso”, completou. O setor produtivo também quer a elevação dos índices dos atuais 25% para 30% o direcionamento sobre depósitos à vista, de 59% para 64% no caso da poupança rural e de 35% para 50% nas Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs). O Ministro aproveitou para defender a redução da taxa básica de juros, tema em debate no Comitê de Política Monetária (Copom) nesta semana. Segundo ele, a diminuição da Selic abre espaço para que o orçamento da equalização seja mais bem aproveitado e possa render mais, já que encurta o espaço entre o custo que os bancos têm para captar os recursos a ser emprestados e a alíquota cobrada nas operações. Os incentivos com juros menores para quem apresentar adicionalidades ambientais também fazem parte do plano da agricultura empresarial, construído pelo ministro Carlos Fávaro e que será anunciado no dia 27 de junho. “São ideias extremamente positivas, isso é música para os nossos ouvidos, porque nós já cumprimos tudo isso. Se o governo efetivamente conseguir buscar os recursos para equalizar mais juros ainda para produtores com boas práticas é extremamente positivo”, disse o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR).

VALOR ECONÔMICO


INTERNACIONAL


Fukushima, no Japão, desenvolve sistema de avaliação precoce de carne bovina baseado em IA

A Prefeitura de Fukushima, no Japão, desenvolveu um sistema baseado em inteligência artificial para avaliar a qualidade da carne bovina enquanto o gado está sendo criado. Normalmente, a qualidade da carne bovina é avaliada com base na camada de gordura e na cor da carne após o abate do gado.


“Esperamos aumentar a competitividade de nossos produtos bovinos, que diminuíram após o desastre (março de 2011)”, disse Meguru Hara, do instituto de pesquisa pecuária do Centro de Tecnologia Agrícola de Fukushima, referindo-se ao grande terremoto e tsunami no leste do Japão e ao desastre subsequente. na usina nuclear nº 1 de Fukushima. Os produtos de carne bovina são classificados com base na quantidade e qualidade da carne por animal. Até agora, o ultrassom tem sido usado em alguns casos para verificar o estado do gado antes do embarque, para que ele possa ser embarcado com carne de melhor qualidade. Mas Hara apontou que esse método depende das pessoas que fazem as avaliações. “Experiência é essencial, e há diferenças individuais.” Juntamente com a Universidade de Agricultura e Medicina Veterinária de Obihiro e outros, o governo de Fukushima começou a desenvolver o sistema de avaliação precoce de carne bovina baseado em IA em 2019. O governo da província e outros alimentaram a IA com imagens de ultrassom de gado para avaliar a qualidade de sua carne e se havia espaço para crescimento. Espera-se que o sistema de avaliação precoce ajude os pecuaristas a reduzir os custos de alimentação e melhorar a taxa de rotatividade dos estábulos de gado, permitindo que eles enviem o gado mais cedo se houver pouco espaço para crescimento e comecem os preparativos para inserir animais com altas classificações em exposições competitivas. “A IA é tão boa quanto uma pessoa com um bom olho para julgar a qualidade da carne”, disse Isao Inukai, um criador de gado de 73 anos na cidade de Date, na província de Fukushima. Inukai disse que costumava enviar animais na ordem em que os comprava quando eram bezerros. Após a introdução do sistema de avaliação de IA, “posso reorganizar a ordem do (gado) a ser embarcado enquanto observo os dados”, disse Inukai. “A chave para fortalecer o poder da marca (da carne bovina de Fukushima) é oferecer gado de alta qualidade de forma estável e ganhar prêmios em exposições competitivas”, disse Hara, do instituto de pesquisa pecuária de Fukushima. “Nosso objetivo é melhorar a precisão do sistema, alimentando as avaliações reais (da qualidade da carne bovina) de volta à IA”.

The Japan Times


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


IDR-Paraná promove a Semana das Energias Renováveis

Os custos com a energia elétrica podem prejudicar ou até inviabilizar algumas atividades agropecuárias. Para incentivar a busca de alternativas para geração própria de energia, o IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater), em parceria com instituições financeiras e diversas entidades realizam a segunda Semana das Energias Renováveis, de 26 a 30 deste mês


O objetivo é sensibilizar e mobilizar produtores rurais, agroindústrias, empresas integradoras e cooperativas agropecuárias a aderirem ao RenovaPR, programa do estado que facilita a instalação de sistemas de energia foltovoltaica e biogás/biometano. Ao longo da semana serão realizadas reuniões técnicas em diferentes locais, com a apresentação de casos de sucesso e demonstração das vantagens dos sistemas de geração própria de energia. Representantes de agentes financeiros, empresas e o do IDR-Paraná estão unidos em uma força-tarefa para divulgar essas novas tecnologias junto aos produtores rurais. De acordo com o Coordenador do programa Herlon Goelzer de Almeida esta semana foi escolhida porque coincide com o anúncio do plano safra 2023 que será feito pelo Governo Federal “Queremos que àqueles agricultores que ainda não possuem sistema para geração própria de energia aproveite este mutirão que estamos organizando para se informar sobre o Programa RenovaPR. A partir de julho o governo federal deve disponibilizar recursos financeiros e será uma boa oportunidade”, afirma Herlon. O RenovaPR está aberto aos produtores interessados tanto na instalação de unidades solar fotovoltaicas quanto de biodigestores que transformam a biomassa em energia. Para dar andamento ao projeto, o produtor precisa buscar informação nos escritórios do IDR-Paraná. Após 22 meses da sua criação, o RenovaPR se aproxima de R$ 1,1 bilhão liberados em 5.812 projetos acatados pelo IDR-Paraná, sendo 5.768 de energia solar e 44 de biogás e biometano. O programa também impulsionou a geração própria de energia no estado e colocou o Paraná na 2º em segundo lugar no Brasil em geração distribuída no meio rural. com uma potência instalada de 560 MegaWatts (MW), atrás apenas do estado de Minas Girais, que tem 668 MW de capacidade. Também posicionou o estado em 4º lugar no âmbito geral. Os sistemas de Geração Distribuída já estão presentes nos 399 municípios paranaenses e somam potência instalada de 2 GigaWatts (GW), o equivalente a 9,5% de tudo o que é produzido no Brasil. O Coordenador estadual do RenovaPR, Herlon Goelzer de Almeida conta que, em geral, o tempo de retorno sobre o capital investido em energia solar é de 42 meses. Já para o Biogás é de 6 a 12 meses para a geração térmica e em até 48 meses para geração de energia elétrica. Ele lembra ainda que, como as linhas de crédito rural são de 60 a 120 meses, com média de 72 meses, o retorno sobre o capital investido é conseguido muito antes do vencimento dos prazos dos financiamentos.

Iapar-Emater (IDR-PR)


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar à vista fecha em alta de 0,42%, a R$4,795 na venda

Após atingir a menor cotação em mais de um ano, o dólar à vista fechou a terça-feira em alta, numa sessão marcada pela aversão a ativos de maior risco, como o real brasileiro, após a China anunciar um corte nas taxas de juros menor que o esperado pelo mercado, lançando dúvidas sobre a recuperação econômica do gigante asiático


O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,795 reais na venda, com alta de 0,42%. Na B3, às 17:03 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,21%, a 4,8000 reais. Após atingir na segunda-feira o menor nível de fechamento desde 31 de maio do ano passado, o dólar à vista sustentou ganhos ante o real durante praticamente toda a sessão desta terça-feira, ainda que oscilasse em margens estreitas. Por trás do movimento estava a tendência vinda do exterior, com os mercados repercutindo a notícia de que a China cortou suas principais taxas de referência pela primeira vez em dez meses, em uma ação para dar suporte ao crescimento econômico. A taxa primária de empréstimo (LPR) de um ano foi reduzida em 10 pontos-base, para 3,55%, enquanto a LPR de cinco anos sofreu corte pela mesma margem, para 4,20%. Embora todos os 32 participantes de uma pesquisa da Reuters projetassem reduções em ambas as taxas, o corte na taxa de cinco anos foi menor do que muitos esperavam. Neste cenário, na cotação máxima do dia o dólar à vista atingiu 4,8093 reais (+0,72%) às 14h12. Com a moeda norte-americana perto de 4,80 reais, exportadores entraram nos negócios na ponta de venda, o que pesou sobre as cotações. Isso conduziu o dólar a níveis mais baixos até o fechamento.

REUTERS


Ibovespa fecha em queda com ajustes à espera do BC

O Ibovespa fechou em queda na terça-feira, reflexo de ajustes após encostar nos 120 mil pontos na véspera, com agentes financeiros aguardando o desfecho da reunião de política monetária do Banco Central, principalmente sinais sobre os próximos movimentos da Selic


Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,31%, a 119.481,16 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo chegado a 118.415,66 pontos no pior momento. O volume financeiro somava 22,9 bilhões de reais.

REUTERS


Com baixas em todos os grupos, IPPA segue em queda em maio

Em maio, o Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) registrou baixa de 7,7% na comparação com o mês anterior, em termos nominais


A queda esteve atrelada aos recuos observados em todos os grupos de alimentos: IPPA-Grãos (-10,7%), IPPA-Pecuária (-6,5%), IPPA-Cana-Café (-2,4%) e IPPA-Hortifrutícolas (-1,8%). No mês, observou-se que o IPA-OG-DI Produtos Industriais, calculado e divulgado pela FGV, caiu 2,9%, indicando que, de abril para maio, os preços agropecuários recuaram frente aos industriais da economia brasileira. No cenário externo, houve queda de 2,7% dos preços internacionais dos alimentos, cujo índice é divulgado pela FAO, e baixa de 0,8% da taxa de câmbio oficial (US$/R$), divulgada pelo Bacen. De janeiro a maio, o IPPA/CEPEA acumulou queda de 11,5% em relação ao mesmo período de 2022 – superior à observada para o IPA-OG-DI Preços Industriais, de 2,0%. Na mesma comparação, verifica-se que os preços internacionais dos alimentos também acumularam baixa importante (-15,1%), enquanto a taxa de câmbio nominal situa-se 0,6% acima do patamar observado no mesmo período de 2022.

CEPEA


Ibre eleva PIB após sinais de alívio do juro e resultado do 1º trimestre

Cenário mais favorável faz projeção de crescimento subir de 0,8% para 1,3% no Boletim Macro


A expectativa de início do afrouxamento monetário deve dar respiro à atividade econômica, que já vinha amargando os efeitos dos juros em patamar alto. Esse cenário de redução da taxa de juros em breve e o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre levaram o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) a reduzir o pessimismo e revisar a projeção de crescimento do PIB em 2023 de 0,8% para 1,3%. Na edição de junho, o Boletim Macro destaca que a decisão sobre os juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, será o destaque desta semana. “Após muitos meses de política monetária apertada, com o juro real em terreno restritivo desde o fim de 2021, o Banco Central começa a colher os frutos: a inflação corrente e as expectativas inflacionárias estão cedendo, mesmo que de forma gradual”, diz o boletim, ao lembrar decisões do Federal Reserve (Fed, o BC americano) e o Banco Popular da China (banco central chinês) na mesma linha. “Finalmente a queda dos juros pode começar a ser discutida. Antes era especulação lá fora e aqui. Mas a política monetária começa a mostrar efeitos sobre atividade, especialmente sobre a demanda doméstica e, consequentemente, setores cuja atividade dependem dela”, afirma Silvia Matos, Coordenadora do Boletim Macro. Apesar do resultado melhor que o esperado no início do ano, puxado principalmente pelo setor agropecuário, ela ressalta a demanda fraca no PIB do primeiro trimestre, apesar da expansão dos gastos sociais e da resiliência do mercado de trabalho. “A política monetária está atuando, e os juros estão fazendo efeito, apesar do cabo de guerra entre política fiscal e monetária”, afirma. “Se tivéssemos uma política fiscal menos expansionista, o efeito da política monetária poderia ter sido mais forte e os juros poderiam até já ter descido.” No boletim, Matos e Armando Castelar lembram que o PIB cíclico representa 65% do valor adicionado na economia e é composto por atividades mais sensíveis à política monetária. O restante dos setores, como agropecuária, indústria extrativa, serviços públicos e atividades imobiliárias, é agrupado no que se denomina PIB exógeno. “Desde o terceiro trimestre do ano passado, o PIB cíclico tem permanecido próximo da estagnação, após expressivo crescimento no primeiro semestre de 2022”, afirmam. No primeiro trimestre, 1,7 ponto percentual do crescimento de 1,9% do PIB veio da contribuição das atividades menos sensíveis à política monetária. Dados relativos a abril também apontam para desaceleração do PIB cíclico. O Indicador de Atividade Econômica (IAE) do FGV Ibre subiu 0,7% em abril, ante março, e 3,4% na comparação com abril de 2022. Desses, 2,9 pontos percentuais vieram do PIB exógeno, e 0,5 ponto percentual, do cíclico. Para o segundo trimestre, a projeção é de alta de 1,5% do PIB, na variação anual. A contribuição do PIB exógeno para o segundo trimestre seria de 1,6 ponto percentual, e a do PIB cíclico, de -0,1%. Na comparação com o trimestre anterior, deve haver queda de 0,6%, sendo -0,4 ponto percentual relativo ao PIB cíclico e -0,2 ao exógeno.

VALOR ECONÔMICO


POWERED BY

EDITORA ECOCIDADE LTDA

041 3289 7122

041 99697 8868



1 visualização0 comentário

Comments


bottom of page