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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 44 DE 12 DE JANEIRO DE 2022

Atualizado: 23 de mai. de 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 44| 12 de janeiro de 2022


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: com escalas de abate confortáveis e vendas internas fracas, frigoríficos tiram o pé das compras

Com ausência dos compradores, tendência de alta da arroba é interrompida, abrindo espaço para retrações de preços em algumas praças pecuárias brasileiras


Nas regiões do interior paulista, o valor máximo dos lotes de machos terminados sofreu redução de R$ 5/@ na terça-feira, 11 de janeiro, para R$ 340/@, a prazo. Apesar dos embarques ao exterior continuarem aquecidos, os frigoríficos relatam problemas com escoamento da carne bovina no atacado/varejo devido ao fraco consumo doméstico e aos preços elevados da proteína. Segundo os analistas, os preços das carnes concorrentes (frango e suínos) registraram novas quedas significativas nesta terça-feira, o que deve prejudicar ainda mais a venda da carne bovina no mercado doméstico. “A retomada da China às compras de carne bovina brasileira deve incrementar os resultados das exportações, como já observado na primeira semana do ano”, ressaltam os analistas da IHS. Atualmente, o chamado boi-China (gado abatido mais jovem, com até 30 meses, recebe prêmios entre R$ 10/@ a R$ 15/@ sobre o valor do animal comum, direcionado principalmente ao mercado interno. Nos primeiros 5 dias úteis de janeiro, os embarques somaram 35,48 mil toneladas de carne bovina in natura, com receita média de US$ 179,27 milhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A média diária embarcada no período foi de 7,09 mil toneladas, com avanço de 32,2% sobre a média exportada em janeiro de 2021, de 5,3 mil toneladas/dia. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 315/@ (à vista) vaca a R$ 296/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 340/@ (prazo) vaca a R$ 315/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 320/@ (prazo) vaca a R$ 310/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 320/@ (à vista) vaca a R$ 298/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 320/@ (prazo) vaca R$ 310/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 333/@ (à vista) vaca a R$ 315/@ (à vista); PA-Paragominas: boi a R$ 296/@ (prazo) vaca a R$ 288/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 302/@ (prazo) vaca a R$ 290/@ (prazo); MA-Açailândia: boi a R$ 296/@ (à vista) vaca a R$ 275/@ (à vista).

PORTAL DBO


Carne bovina brasileira teve alta de 13% no mercado internacional

O preço da carne bovina brasileira subiu 12,9% no mercado internacional em 2021, para uma média de US$ 3.779 por tonelada, segundo levantamento do Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac) divulgado na terça-feira (11)


O aumento no preço da carne colaborou para uma alta na receita de exportações de carne bovina de Mato Grosso no ano passado para US$ 1,8 bilhão, comparada a US$ 1,7 bilhão em 2020. Já o volume total de carne bovina exportada por Mato Grosso no ano passado foi 9,5% menor que o embarcado em 2020, a 368,7 mil toneladas, impactado pela suspensão temporária das compras pela China e menor oferta de animais. “A demanda em 2021 foi aquecida, se a China não tivesse ficado cem dias fora do mercado, provavelmente Mato Grosso teria registrado recorde não apenas em receita, mas também em volume de carne exportado”, disse o Diretor de Operações do Imac, Bruno Andrade, em nota. A China continuou sendo o principal comprador de carne bovina de Mato Grosso, com compras de 155,4 mil toneladas e receita de US$ 823,1 milhões, 46% do total exportado pelo estado. Em volume, Hong Kong ficou em segundo lugar, com 38,3 mil toneladas e US$ 145,1 milhões, seguida de Chile, com 29,2 mil toneladas e US$ 145,3 milhões. “É interessante observar no ranking dos principais compradores o valor agregado da mercadoria. Enquanto Hong Kong paga cerca de US$ 3,8 mil por tonelada, nós temos a Itália que paga US$ 7 mil a tonelada. O Brasil precisa trabalhar para diversificar os destinos, mas também para abrir mercado que paga melhor, como é o caso do Japão, por exemplo”, disse Andrade.

CARNETEC


Expectativa para exportação de carne bovina em 2022 é positiva

Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Iglesias, a retomada das exportações de carne bovina pela China será fundamental


Os embarques brasileiros de carne bovina em 2021 totalizaram mais de US$ 9,2 bilhões, um aumento de 9% em relação a 2020, segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO). Os dados apontam, no entanto, queda de 7% no volume embarcado no período, atingindo pouco mais de 1,8 milhão de toneladas no ano passado. Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Iglesias, a retomada das exportações pela China pode ser lenta, mas ela vai acontecer. “A expectativa é positiva. O mercado já está mostrando isso, com novos contratos sendo firmados. A exportação será retomada de maneira satisfatória, com a China fazendo, novamente, toda a diferença para as exportações brasileiras de carne bovina”, afirma. Ainda falando sobre exportação, Iglesias disse que câmbio em 2022 deve continuar favorável. “O real não tem muito apelo a valorização, especialmente por se tratar de um ano político. Além disso, existe a expectativa do Fed subir a taxa de juros nos Estados Unidos, mantendo o real depreciado, mas aumentando a nossa competitividade. A receita deve seguir positiva e os frigoríficos exportadores terão ótimos resultados”, disse. Sobre a China, que derrubou o embargo à carne bovina brasileira em dezembro, o analista explica que o país está diversificando os mercados, mas que o Brasil vai continuar dependendo do gigante asiático. “No início deste ano, os animais padrão china estão sendo negociados acima de R$ 340 por arroba, enquanto no mercado doméstico está em R$ 330. E isso vai ser uma constante ao longo de 2022”. Sobre o consumo interno, o consultor acredita que os preços vão continuar elevados para o consumidor médio e que isso deve empurrá-lo para proteínas mais acessíveis ao longo do ano.

CANAL RURAL


SUÍNOS


terça-feira com fortes quedas nas cotações de suínos

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF cedeu, pelo menos, 2,06%, chegando a R$ 95,00/R$ 105,00, enquanto a carcaça especial baixou 1,84%/2,96%, custando R$ 8,00 o quilo/R$ 8,20 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (10), o preço caiu 5,47% em São Paulo, atingindo R$ 5,53/kg, queda de 7,79% em Santa Catarina, valendo R$ 4,97/kg, recuo de 8,52% no Paraná, alcançando R$ 4,94/kg, desvalorização de 4,04% em Minas Gerais, baixando para R$ 5,70/kg, e de 3,43% no Rio Grande do Sul, fechando em R$ 5,35/kg.

Cepea/Esalq


Peste Suína Africana se espalha pela Europa e ameaça países exportadores da proteína

A Peste Suína Africana (PSA)se espalhou ainda mais na Europa Ocidental, aumentando o risco de mais restrições à exportação para o principal exportador de carne suína do mundo


A Alemanha, grande exportadora, vem lutando contra a peste suína africana há mais de um ano, levando compradores importantes como a China a proibir as importações de lá. Mas em uma escalada potencialmente significativa, um caso foi detectado em um javali no noroeste da Itália no final da semana passada. Isso aproximou o vírus da Espanha e da França, dois dos outros fornecedores importantes da União Europeia. A UE já está enfrentando um excesso de carne suína que elevou os preços perto de mínimos de vários anos. Embora a Itália seja um pequeno exportador, quaisquer restrições comerciais podem exacerbar o excesso de oferta da Europa e reduzir os lucros dos agricultores em um momento em que eles também estão lidando com o aumento dos custos dos grãos para ração. “A PSA não é apenas um problema alemão, polonês ou italiano, é um problema europeu”, disse Miguel Angel Higuera Pascual, Diretor da associação espanhola de suinocultores Anprogapor. “A doença está se movendo. É um pesadelo pensar em como podemos controlar o movimento de animais selvagens”. Uma preocupação maior será se as infecções atingirem outras nações próximas. A França evitou o vírus quando a vizinha Bélgica relatou um surto há alguns anos - usando medidas como cercas - e no mês passado fechou um acordo com a China para manter as exportações de algumas áreas se sucumbir a algum caso. Mas outros países não garantiram tais acordos. A grande população de javalis da Itália também pode dificultar a contenção do vírus, disse Max Green, analista da IHS Markit. A associação de agricultores italianos Coldiretti disse que alertou repetidamente sobre a ameaça da multiplicação de javalis, que agora totalizam 2,3 milhões no país. A doença é altamente contagiosa e muitas vezes letal para porcos, e é endêmica na ilha da Sardenha desde a década de 1970, segundo a Agence France-Presse. A cepa encontrada na Itália corresponde a uma que circula na Europa desde 2007, disse a Organização Mundial de Saúde Animal. A Europa Oriental foi a mais atingida pela PSA, com casos no Oeste permanecendo mais incomuns. A Macedônia do Norte confirmou na semana passada seu primeiro caso da doença. Para os países que ainda não têm PSA, os casos mais recentes são “mais um tiro de alerta”, disse Justin Sherrard, estrategista global de proteína animal do Rabobank International.

Bloomberg


Dependência da China pode impactar suinocultura brasileira, afirma consultor

Principal cliente do Brasil, a China tem reduzido os volumes de importação de carne suína, o que pode impactar o setor em 2022


A queda nos custos de produção e o cenário semelhante das cotações do animal vivo pressionaram os preços de venda da carne suína brasileira nos últimos meses de 2021. Segundo relatório do Itaú BBA, os preços do animal vem oscilando no último ano em cerca de R$ 7 por quilo. Segundo o consultor de agronegócio do Itaú BBA, César Castro, a produção de suínos deve continuar crescendo em 2022. “Em 2021, nós tivemos um cenário de altas e baixas. No ano passado inteiro tivemos essa dinâmica, sem muita força para sustentar uma alta. Apesar da produção, que cresceu, e do excelente resultado das exportações, as margens dos produtores ficaram apertadas”, explica. Para que isso não se repita, Castro diz que em 2022, além do mercado externo, será preciso uma boa fluidez no mercado doméstico para que os preços melhores para os produtores. “Os custos de produção não devem cair no, especialmente depois dos problemas na safra na região Sul”, diz. Sobre a China, principal destino da carne suína brasileira exportada, o consultor diz houve uma redução no volume de compras da proteína nos últimos meses no gigante asiático, especialmente com a retomada da produção interna naquele país. “O Brasil exportou bem até pouco tempo. Alguns analistas apostam que a China vai reduzir as importações, outros acreditam que nem tanto. Estamos totalmente dependentes. Com uma boa diversificação, a exportação pode continuar crescendo, mas nenhum dos países têm a capacidade de suprir uma possível falta do mercado chinês. Nos preocupa o mercado de exportação”, afirma.

CANAL RURAL


Peste suína também chega à Tailândia

Autoridades tailandesas disseram na terça-feira que a peste suína africana foi detectada em uma amostra de superfície coletada em um frigorífico na província de Nakhon Pathom, marcando a primeira confirmação oficial da doença no país


As autoridades lançaram uma investigação no fim de semana, após crescentes especulações nas últimas semanas de que a doença já estava dizimando rebanhos de porcos tailandeses e em meio a acusações de encobrimento. Uma amostra deu positivo para peste suína africana de 309 coletadas, incluindo amostras de sangue de porcos em 10 fazendas e zaragatoas de superfície em dois matadouros em províncias suínas, disse Sorravis Thaneto, Diretor-Geral do Departamento de Desenvolvimento Pecuário. "Encontramos uma amostra que deu positivo para peste suína africana", disse Sorravis em entrevista coletiva na terça-feira, onde prometeu rastrear a origem da doença. A confirmação veio depois que as autoridades tailandesas negaram por anos um surto local da doença fatal que varreu a Europa e a Ásia nos últimos anos e matou centenas de milhões de porcos.

REUTERS


FRANGOS


Frango: preços fecham em queda na terça

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja baixou 2,00%, chegando em R$ 4,90/kg, enquanto o frango no atacado caiu 1,79%, valendo R$ 5,50/kg

Na cotação do animal vivo, o Paraná registrou R$ 5,09/kg, enquanto São Paulo e Santa Catarina ficaram sem referência de preço na terça-feira (11). Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (10), tanto a ave congelada quanto a resfriada tiveram leve alta de 0,16%, fechando, respectivamente, em R$ 6,10/kg e R$ 6,11/kg.

Cepea/Esalq


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Paraná inicia colheita em meio a piora das condições das lavouras

Área de soja colhida chegou a 2% do total, de acordo com relatório do Departamento de Economia Rural, ligado ao governo do Estado


As lavouras de soja da safra 2021/22 começaram a ser colhidas no Paraná. Até a segunda-feira, 2% da área total plantada no Estado havia sido colhida, segundo relatório do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Estado divulgado na manhã de terça-feira (11/1). Os trabalhos de campo estão 2 pontos porcentuais adiantados em relação à temporada anterior. Das lavouras ainda no campo, o porcentual de plantações em boa situação caiu de 30% na semana anterior para 29% agora; a área em condição média foi de 39% para 37%, e em situação ruim, de 31% para 34%. Das lavouras da oleaginosa no Paraná, 54% estão em frutificação, 25% em floração, 13% em maturação e 8% em desenvolvimento vegetativo. Em relação ao milho verão, as condições das lavouras pioraram na semana ante a semana anterior. As áreas em condições boas representam agora 32% do total, ante 35% há uma semana; em situação média, são 39% atualmente, acima dos 40% do período anterior; e em condição ruim, 29%, ante 25% da semana anterior.

Estadão Conteúdo


Deral reduz mais uma vez qualidade do milho verão no Paraná e indica plantio da safrinha em 1%

A Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou, por meio do Departamento de Economia Rural (Deral), seu o relatório de plantio e das principais safras do estado


O relatório semanal apontou que 23% das lavouras paranaenses de milho já avançaram para maturação, 54% estão em frutificação, 19% em floração e os 4% restantes seguem em descanso vegetativo. Sobre as condições de avaliação das lavouras, 32% foram avaliadas como boas, 39% como médias e os 29% restantes com ruins. A área total plantada no estado é de 434.815 hectares. As regiões que apresentam mais lavouras em condições ruins são Cascavel (82%), Toledo (80%), Umuarama (70%), Laranjeiras do Sul (56%), Francisco Beltrão e União da Vitória (50%), Campo Mourão (46%) e Pato Branco (40%). Para esta safra verão, o Deral estimava uma produção total de 4,112 milhões de toneladas com as produtividades retomando os patamares de 166 sacas por hectare. Porém, após um longo período sem chuvas, o departamento revisou sua projeção para 40% a menos. Ao mesmo tempo, o reporte desta semana já mostra que as atividades de plantio da segunda safra de milho seguem começando no Paraná, com 20.226 hectares já semeados, o que representa 1% dos 2,5 milhões previstos para o estado. Os municípios que já avançaram nesta semeadura da safrinha são Irati (20%), Pato Branco (15%), Guarapuava (5%), Cascavel e Francisco Beltrão (2%).

SEAB-PR


Protesto de auditores fiscais gera fila de caminhões em Porto Seco de Foz do Iguaçu

Um protesto de auditores fiscais nas aduanas se intensificou nesta terça-feira, gerando acúmulo de 800 caminhões no pátio do Porto Seco de Foz do Iguaçu (PR), e mais de 100 veículos de carga estão em fila virtual nas redondezas, disse o Sindifisco Nacional em nota


Segundo o comunicado, desde o início da manhã saíram do Porto Seco 95 caminhões de exportação com cargas já desembaraçadas. Entretanto, desses 95, até as 11h30 (horário de Brasília), apenas 15 haviam cruzado a fronteira. "Por conta dos efeitos da mobilização, os outros 80 estão na fila, aguardando autorização para cruzarem a fronteira", informou o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil. Na última quarta-feira havia cerca de 450 caminhões no Porto Seco, que tem capacidade para mil veículos, e a fila virtual de exportação estava praticamente zerada, acrescentou o sindicato. Além do movimento dos auditores, indústrias que atuam no comércio exterior também estão lidando com uma operação "padrão" de fiscais agropecuário. A movimentação das categorias tem como pano de fundo a decisão do presidente Jair Bolsonaro de incluir na peça orçamentária deste ano reajuste apenas para os policiais da esfera federal, PRF e PF.

REUTERS


Curitiba fecha 2021 com a maior inflação entre as capitais do país, aponta IBGE

Curitiba foi a capital brasileira com maior inflação acumulada no ano de 2021, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em Curitiba fechou o ano em 12,73%, acima da média nacional (10,06%) e de capitais como São Paulo (9,59%), Rio de Janeiro (8,58%) e Porto Alegre (10,99%)


O IPCA mede a variação de preços de produtos de nove categorias: Alimentação e Bebidas, Habitação, Artigos de Residência, Vestuário, Transportes, Saúde e Cuidados Pessoais, Despesas Pessoais, Educação e Comunicação. As maiores altas encontradas pelo IBGE foram no grupo referente aos Transportes, que teve a inflação puxada pelos sucessivos aumentos nos combustíveis. De acordo com o levantamento do IBGE, o preço da gasolina na capital paranaense subiu 51,78% entre janeiro e dezembro de 2021. Habitação veio em seguida, com alta provocada pelo aumento nas contas de energia elétrica e no preço do botijão de gás. O terceiro grupo que mais colaborou no aumento da inflação foi a Alimentação, por cota dos aumentos dos preços dos alimentos nos supermercados e do preço da refeição feita fora de casa. O mais alto índice de inflação entre as capitais brasileiras em 2021 contrasta com a posição de Curitiba no levantamento geral do IPCA feito no acumulado de 2020. Naquele ano, a cidade foi a segunda capital do país com menor inflação, 3,95%, atrás apenas de Brasília, onde o IPCA ficou em 3,40% naquele ano. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), outro dos índices de inflação calculado pelo IBGE também traz Curitiba na liderança entre as capitais, com uma taxa de 12,84%. Neste índice também pesou o aumento nos combustíveis e das contas de energia elétrica (24,05% no acumulado de 2021). O INPC do Brasil fechou em 10,16% em 2021. No último acumulado anual, em 2020, Curitiba havia ficado entre as capitais com menos inflação com um INPC de 4,75%. Naquele ano, a maior inflação entre as capitais, segundo o índice, havia sido registrada em Capo Grande, com um INPC de 7,96%.

GAZETA DO POVO


Corredor leste de exportação de paranaguá tem alta de 56% na produtividade

O volume de granéis embarcados no Corredor Leste de Exportação do Porto de Paranaguá (Corex) em dezembro de 2021 foi quase 56% maior em comparação com o mesmo período do ano anterior. No último mês de 2021 foram 1.039.992 toneladas de soja, farelo e milho exportados pelo complexo ante 667.082 toneladas dos produtos no mesmo mês do ano anterior


Em dezembro de 2020, não houve embarque de soja em grão pelo Corredor Leste. Naquele mês, pelo complexo, foram exportadas 254.130 toneladas de farelo de soja e 412.952 toneladas de milho. Já no último mês de dezembro, foram carregadas 586.233 toneladas de soja; 390.371 toneladas de farelo; e 63.388 toneladas de milho. Este último produto teve queda na produção, em 2021, devido à estiagem que castigou as lavouras. Os três berços do Corex (212, 213 e 214) receberam um total de 19 navios, em dezembro do ano passado. No mesmo mês, em 2020, foram apenas 12 atracações. Em dezembro passado, o berço mais produtivo do complexo foi o 213, onde 9 navios atracaram nos 31 dias, movimentando um total de 573.260 toneladas de cargas. Pelo berço 212 foram exportadas 129.501 toneladas de granéis sólidos; e, pelo 213, outras 337.230 toneladas. No último mês de 2021, das 1.039.992 toneladas embarcadas pelo Corex, cerca de 17,66% saíram pelos silos públicos (um vertical e quatro horizontais) – 183.631 toneladas. 82,34% foram embarcados pelos outros dez terminais que operam no complexo. Na participação por modais no descarregamento de granéis no Corex, a maior parte foi por caminhões. Em dezembro de 2021, 21.125 veículos passaram pelo Pátio de Triagem antes de descarregar os granéis nos terminais do Corredor Leste. No mesmo mês, em 2020, foram 10.504 caminhões. De vagões, foram 6.576 descarregados em dezembro de 2021, ante 6.540 vagões no mesmo mês em 2020.

Agência de Notícias do Paraná


MEIO AMBIENTE


Clima ‘extremo’ intensifica alta de preços de alimentos

Segundo relatório do Instituto Ambiental de Estocolmo, riscos climáticos são “muitas vezes maiores” do que as oportunidades para o setor


Em 2021, fenômenos climáticos extremos desencadearam picos nos preços de commodities agrícolas, que continuam elevados neste ano, já que as condições incomuns que prejudicaram as safras resultaram em escassez contínua. O preço de produtos como o café brasileiro, as batatas belgas e as ervilhas amarelas canadenses - que têm muita demanda como substitutas de proteína em alimentos à base de plantas - aumentou drasticamente no ano passado como reação a temperaturas extremas e inundações. Cientistas têm alertado que essas condições se tornarão mais frequentes e intensas à medida que as alterações climáticas se acelerarem. Questões logísticas e mudanças nos hábitos de consumo decorrentes da pandemia também levaram ao aumento do preço de bens de primeira necessidade, como açúcar e trigo, no ano passado. “A agricultura é um dos setores mais expostos às mudanças climáticas” e é prejudicada tanto por fenômenos climáticos extremos individuais como por alterações de longo prazo nos padrões climáticos, segundo um relatório do Instituto Ambiental de Estocolmo. O documento aponta que os riscos são “muitas vezes maiores” do que as oportunidades para o setor. Uma sucessão de fenômenos climáticos extremos ocorridos em todo o mundo em meados de 2021 prejudicou uma série de safras e resultou em aumento dos preços. No Brasil, fortes geadas afetaram a região cafeeira em julho, o que levou os preços do café a seu maior nível em quase sete anos. Os problemas das cadeias de fornecimento mundiais e a falta de navios cargueiros também resultaram em aumentos de preços no fim do ano. O clima no Brasil continua a ser errático, e isso ampliou os temores sobre mais danos às lavouras. O fenômeno climático La Niña voltou a se manifestar pelo segundo ano consecutivo no fim de 2021. A expectativa é de que ele intensifique as chuvas e também as secas em todo o mundo. “Quando sabemos que o La Niña estará ativo este ano, já podemos observar uma reação dos preços antes mesmo de que o fenômeno ocorra”, disse Mario Zappacosta, Economista Sênior da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Ele acrescentou que isso pode ter um “efeito de contágio”, pelo qual os preços das safras substitutas também aumentam. Os pesquisadores estimam que a produtividade de cana-de-açúcar em todo o mundo pode cair 59% nas últimas três décadas até 2100, em comparação com a produção no período 1980-2010, enquanto as do café arábica e do milho podem cair 45% e 27%, respectivamente. “Esta é uma grande lacuna em nosso planejamento de adaptação [às mudanças climáticas]”, de acordo com Magnus Benzie, um dos autores do relatório. Segundo ele, produtividade menor e preços mais altos podem causar insegurança alimentar em países menos resilientes e dependentes de importações, assim como elevar os custos para os consumidores em todo o mundo. Benzie disse que a forma como os países reagem a fenômenos climáticos extremos e escassez - se fazem estoques ou se impõem restrições ao comércio, por exemplo - pode exacerbar as crises.

VALOR ECONÔMICO


ECONOMIA/INDICADORES


IPCA sobe 10,06% em 2021 e estoura meta com maior taxa em 6 anos

A inflação ao consumidor no Brasil encerrou 2021 acima de 10%, quase o dobro do teto da meta e no nível mais elevado em seis anos, sob forte influência dos preços dos combustíveis no ano passado e mantendo a pressão sobre o Banco Central


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou no ano passado avanço de 10,06%, estourando com força o teto do objetivo oficial, que é de 3,75% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, segundo dados divulgados na terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado acumulado no ano passado foi o mais elevado desde 2015, quando o índice fechou a 10,67%. Também ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 9,97% e foi ainda muito superior à alta de 4,52% vista em 2020. O ano de 2021 foi marcado, como o BC já vinha destacando, por choques de custos em meio à pandemia de Covid-19, que afetou a cadeia de oferta global e provocou alta dos preços em todo o mundo. A economia brasileira também enfrentou alta de commodities e desvalorização da taxa de câmbio, bem como avanço nos preços dos combustíveis e crise hídrica que pegou em cheio as contas de luz. O maior vilão no bolso dos consumidores em 2021 foi o grupo Transportes, cujos preços dispararam 21,03% devido principalmente à alta de 49,02% dos combustíveis. "Com os sucessivos reajustes nas bombas, a gasolina acumulou alta de 47,49% em 2021. Já o etanol subiu 62,23% e foi influenciado também pela produção de açúcar", explicou o Gerente do IPCA, Pedro Kislanov. Também se destacou o preço dos automóveis novos (16,16%) e usados (15,05%), devido ao desarranjo na cadeia produtiva do setor automotivo. Os outros principais impactos no ano passado vieram das altas acumuladas de 13,05% de Habitação e de 7,94% de Alimentação e bebidas. Juntos, os três grupos responderam por cerca de 79% do IPCA de 2021, de acordo com o IBGE. Em Habitação, a energia elétrica subiu 21,21% no ano passado em meio a reajustes tarifários e aumento das bandeiras. Já entre os alimentos o café moído, com avanço de 50,24%, e o açúcar refinado, com alta de 47,87%, pesaram nos bolsos dos consumidores. No último mês de 2021, o IPCA mostrou avanço de 0,73%, de 0,95% em novembro, mas também acima da expectativa de uma taxa de 0,65%. A maior variação foi registrada pelo grupo Vestuário, de 2,06%, mas o maior impacto partiu da alta de 0,84% de Alimentação e bebidas. Destacaram-se os aumentos nos preços do café moído (8,24%), das frutas (8,60%) e das carnes (1,38%) em dezembro.

Reuters


Inflação em 2021 foi pressionada por energia, bens e gargalos no mercado, diz presidente do BC

Em carta aberta enviada na terça-feira ao ministro da Economia para justificar o descumprimento da meta de inflação em 2021, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o resultado foi motivado por forte elevação nos preços de bens, tarifa adicional de energia elétrica e desequilíbrios entre oferta e demanda com gargalos nas cadeias produtivas.


No documento, Campos Neto ressaltou que o movimento de alta nos preços foi um fenômeno global que atingiu a maioria dos países avançados e emergentes. Esta é a sexta vez que um Presidente do Banco Central brasileiro apresenta carta aberta ao Ministro da Economia (ou da Fazenda), que preside o Conselho Monetário Nacional, para justificar o descumprimento da meta de inflação do ano anterior. As explicações já foram dadas nas aberturas de 2002, 2003, 2004, 2016 e 2018. Na mais recente, o então Presidente do BC, Ilan Goldfajn, apresentou justificativas ao fato de a inflação ter ficado ligeiramente abaixo do piso da margem de tolerância para a meta. No regime de metas para a inflação, em vigor desde 1999, o Conselho Monetário Nacional (CMN) define um alvo para o IPCA de cada ano, além de um intervalo de tolerância. Em 2021, a meta foi de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Segundo dado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira, o IPCA encerrou 2021 com alta de 10,06%, muito acima do limite máximo de 5,25%. O ano foi marcado por alta nos preços de alimentos, combustíveis e energia elétrica. Contribuíram negativamente para esse processo a elevação nos preços internacionais de commodities, a aceleração da inflação mundial e a desvalorização do real frente ao dólar. Para 2022, a meta de inflação é de 3,50%, com tolerância máxima de 5,00%. De acordo com o boletim Focus divulgado pelo BC, o mercado espera um resultado do IPCA ligeiramente acima do teto da meta neste ano. A previsão mais recente coloca o índice de 2022 em 5,03%. Na tentativa de debelar a inflação e ancorar as expectativas futuras, o BC vem promovendo um agressivo ciclo de aperto monetário. A taxa Selic, que começou 2021 na mínima histórica de 2,00% ao ano, sofreu elevações ao longo do ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) até atingir 9,25% em dezembro. O colegiado já sinalizou que manterá o ritmo de aperto, com mais uma alta de 1,50 ponto percentual na reunião de fevereiro.

Reuters


Dólar fecha abaixo de R$5,60 com fraqueza global da moeda

O foco dos mercados nesta terça recaiu sobre o depoimento do chefe do banco central norte-americano (Fed), Jerome Powell, para sua renomeação --e, como esperado, Powell teceu comentários sobre política monetária e inflação


Powell observou que os membros do Fed ainda estão debatendo abordagens para reduzir o balanço da instituição e que às vezes pode levar duas, três ou quatro reuniões para que uma decisão seja tomada. A sinalização pelo BC dos EUA sobre corte no tamanho de sua carteira de ativos provocou um rali do dólar na semana passada, e os comentários menos assertivos de Powell na terça sobre o tema contribuíram para uma realização de lucros na moeda norte-americana. O dólar à vista cedeu 1,63%, a 5,5801 reais. Na B3, às 17:32 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,59%, a 5,5995 reais. Lá fora, o índice do dólar frente a uma cesta de divisas de países ricos perdia 0,34%, nas mínimas da sessão norte-americana. "Ainda assim, penso que vivemos em um ambiente de dólar forte no mundo", disse Alvaro Bandeira, economista-chefe no banco digital Modalmais, citando também que a dinâmica brasileira de "muita confusão, muita encrenca, eleições de outubro" indica uma moeda "deslocada para cima". "Não fizemos as reformas que deveríamos ter feito, a economia está mostrando complicações e até abril, maio não teremos muita definição no campo político, então vamos viver com muita volatilidade", afirmou. Da pauta local, vale citar que a inflação ao consumidor de 2021 medida pelo IPCA saltou mais de 10%, ficando bem acima da meta e do limite do intervalo de tolerância definidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Em carta aberta ao ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente do Bacen, Roberto Campos Neto, disse que a instituição tem tomado as devidas providências para que o IPCA atinja as metas estabelecidas para 2022, 2023 e 2024.

Reuters


Ibovespa tem alta com Powell e suporte de Vale e Petrobras

O principal índice da bolsa brasileira teve alta na terça-feira, impulsionado por papéis de commodities como Vale e Petrobras e por sessão positiva em Wall Street após declaração do Presidente do Federal Reserve, Jerome Powell


O avanço ocorreu mesmo com divulgação de dado de inflação acima do esperado no Brasil em dezembro. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 1,68%, a 103.653,72 pontos, o que seria o maior avanço percentual desde 6 de dezembro. O volume financeiro foi de 24,8 bilhões de reais.

Reuters


IBGE estima colheita recorde de 277 milhões de toneladas

Previsão é de aumento de 9,4% em relação à temporada anterior


A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deverá atingir o recorde de 277,1 milhões de toneladas em 2022, 9,4% acima da produção de 2021, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa previsão é 0,3% inferior à estimativa anterior do instituto. A colheita da soja em grão deverá crescer 2,5%, para 138,3 milhões de toneladas, um novo recorde. O IBGE também projeta crescimento, de 24,1%, no milho de primeira e segunda safras, que deverá somar 108,9 milhões de toneladas. A estimativa é 0,4% menor que a anterior. O IBGE também divulgou o encerramento da safra 2021, com 253,2 milhões de toneladas. A produção foi 0,4% menor que a de 2020. Arroz e feijão No caso do feijão, o terceiro prognóstico da produção para a safra 2022 é de 2,9 milhões de toneladas, aumento de 6% em relação à safra colhida em 2021. Ao detalhar as estimativas em relação a esse produto, o instituto informou que a primeira safra de feijão deve alcançar 1,3 milhão de toneladas; a segunda, 1,1 milhão de toneladas; e a terceira, 591,4 mil toneladas. Esse volume de produção deve atender ao consumo interno do país em 2022, informou ainda o instituto. Em contrapartida, a terceira estimativa de produção do arroz para safra de 2022 aponta para produção de 11,1 milhões de toneladas. Esse volume representa declínios de 0,4% em relação à projeção anterior; e de 4,9% em relação à safra anterior. Mas essa produção deve ser suficiente para abastecer o mercado interno brasileiro, de acordo com entendimento dos pesquisadores do IBGE. Para o algodão, o instituto projeta colheita de 6,1 milhões de toneladas, volume 4,6% maior que o de 2021, e a do sorgo deve atingir 2,7 milhões de toneladas, crescimento de 11,4% em relação ao ano anterior. No caso do algodão, a recuperação dos preços da pluma e o aumento da demanda internacional devem incentivar os produtores a aumentar a área cultivada. Em Mato Grosso, maior produtor nacional, com 68,8% da produção, espera-se aumento de 4,9% na produção em relação à safra anterior. A maior parte das áreas de algodão do estado são plantadas na segunda safra, após a colheita da soja. O início das chuvas dentro do período ideal permitiu o plantio antecipado da soja, o que vai favorecer também a segunda safra, informou o instituto. Já no caso do sorgo, como boa parte da produção ocorre em época de segunda safra e o ano agrícola começou sem atraso, aguarda-se também uma janela de plantio mais ampla para o cereal, detalhou o IBGE.

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