Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 650 | 28 de junho de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Preço do boi segue estável
Após o aumento da cotação da arroba do boi gordo nos últimos dias, o mercado de São Paulo abriu a quinta-feira (27) estável, relatou a Scot Consultoria. No Paraná, o boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de oito dias
Na quinta-feira (27/6), o preço físico do boi gordo ficou estável na maioria das praças brasileiras, conforme levantamento das consultorias que acompanham diariamente os negócios no setor pecuário. Segundo a consultoria Agrifatto, nas últimas duas semanas, as escalas de abate das indústrias brasileiras reduziram de 16 para 11 dias úteis, enquanto os preços do boi gordo, que tinham atingido o mínimo em maio/24, agora apresentam uma leve tendência de recuperação. Pela apuração da Agrifatto, na quinta-feira, o preço médio da arroba em São Paulo permaneceu estável em R$ 223 (média entre o valor do boi “comum” e do “boi-China). Nas outras 16 regiões monitoradas pela consultoria, a média para o preço do boi gordo ficou em R$ 211,15/@. “Todas as 17 praças acompanhadas mantiveram os preços estáveis”, informaram os analistas da Agrifatto. Na avaliação dos analistas da Scot Consultoria, neste momento o quadro é de “endurecimento nas tratativas” entre compradores e vendedores. “Após o aumento da cotação da arroba do boi nos últimos dias, o mercado de São Paulo abriu a quinta-feira estável”, relatou a Scot. Desse modo, segundo a Scot, o boi gordo paulista segue comercializado em R$ 220/@, a vaca em R$ 195/@ e novilha em R$ 212/@ (preços brutos e a prazo). A cotação do “boi China” (base SP) está em R$ 225/@, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal gordo “comum”. No mercado futuro, o contrato do boi gordo com vencimento para agosto/24 fechou o pregão de quarta-feira (26/6) da B3 cotado a R$ 239,80/@, com leve valorização de 0,36% em relação ao dia anterior. Por sua vez, o papel para entrega em julho/24 encerrou a sessão valendo R$ 233,95/@, com ligeira queda de 0,19% no mesmo comparativo. Nas negociações semanais da quinta-feira com o setor atacadista de carne com ossos, os frigoríficos destinaram um volume ligeiramente inferior ao alocado durante a semana anterior, informou a Agrifatto, referindo-se ao mercado paulista. Os preços das carcaças permaneceram estáveis, impulsionados pela expectativa de aumento no consumo na primeira quinzena de julho/24, estimulado pela entrada dos salários nas contas dos trabalhadores brasileiros. No entanto, diz a Agrifatto, em comparação com a semana anterior, o boi castrado teve um leve ajuste positivo devido ao aumento da demanda na região Sul. Por outro lado, o dianteiro e a ponta de agulha, que têm enfrentado escoamento lento no mercado paulista, registrando ajustes negativos moderados nas cotações. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na quinta-feira (27/6): São Paulo — O “boi comum” vale R$218,00 a arroba. O “boi China”, R$228,00. Média de R$223,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$212,00. Escalas de abates de onze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de doze dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$206,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$208,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de onze dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$200,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de onze dias; Pará — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$200,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de treze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$165,00. Novilha a R$170,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$195,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de doze dias; Paraná — O boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de oito dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO
Comércio de boi gordo segue lento no Paraná
A cotação do produto subiu apenas 1,9%
Mesmo na entressafra, o preço e o comércio da arroba do boi gordo seguem frios no Paraná. Desde o começo do mês, a cotação do produto subiu apenas 1,9%, com negócios lentos entre produtores e frigoríficos. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 21 a 27 de junho. Por outro lado, o preço da fêmea no mercado paranaense tem mostrado sinais de recuperação. Na última semana, observou-se um aumento de 1,56%, o que pode indicar uma diminuição no abate desses animais e até uma inversão de ciclo a médio/longo prazo. No último mês, as exportações de carne bovina brasileira bateram recorde, atingindo 239,5 mil toneladas, totalizando US$ 1,05 bilhão (US$ 4,40/kg). Comparativamente, em maio de 2023 foram comercializadas 190,4 mil toneladas por US$ 950,8 milhões (US$ 4,99/kg), resultando em uma diferença de aproximadamente 59 centavos de dólar a menos por cada kg de carne exportado.
Agrolink
SUÍNOS
Estabilidade no mercado de suínos na quinta-feira
O mercado de suínos sustentou seus preços em cotações estáveis na quinta-feira (27), com exceção para o mercado independente, que mostrou altas. Segundo o Cepea, as cotações acompanhadas pelo órgão devem encerrar junho em elevação, no segundo mês consecutivo de avanço. O excelente desempenho das exportações e a procura aquecida no mercado doméstico explicariam o movimento de alta dos preços
Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 136,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 10,60/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (26), houve tímida alta apenas em São Paulo, na ordem de 0,14%, chegando a R$ 7,18/kg. Os valores ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,27/kg), Paraná (R$ 6,90/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,48/kg), e Santa Catarina (R$ 6,50/kg). Na quinta-feira (27), as principais Bolsas de Suínos que comercializam animais no mercado independente registraram altas nos preços, mesmo estando no final do mês, quando a população está mais descapitalizada. De acordo com lideranças do setor, a lei da oferta e da demanda é quem dá o tom, com volume de animais vivos para abate inferior à demanda.
Cepea/Esalq
Suinocultura independente: oferta menor puxa preços para cima
Na quinta-feira (27), as principais Bolsas de Suínos que comercializam animais no mercado independente registraram altas nos preços, mesmo estando no final do mês, quando a população está mais descapitalizada
Em São Paulo, o mercado teve alta, saindo de R$ 7,36/kg vivo para R$ 7,47/kg vivo, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). "O motivo é o mercado demandando lotes de animais vivos, apesar de disputa do abatido entre frigoríficos, mercado atacadista e varejista. Neste momento, a oferta de animais vivos é reduzida, e em contrapartida, as exportações vão bem, principalmente para as Filipinas. Os preços no mercado externo já são maiores que no mercado interno. Isso demonstra que os preços nos estados do Sul devem ter preços nominais acima da região Sudeste em breve", disse o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira. No mercado mineiro, o preço se manteve estável pela quinta semana consecutiva em R$ 7,30/kg, com acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal subiu, saindo de R$ 6,75/kg vivo para R$ 7,00/kg vivo. No Paraná, entre os dias 20 a 27, o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda passando de R$ 6,92/kg vivo para R$ 6,72/kg.
Agrolink
FRANGOS
Quinta-feira de estabilidade para o mercado do frango
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,00/kg, enquanto a ave no atacado caiu 0,33%, fechando em R$ 6,10/kg, em média
Na cotação do animal vivo, o valor não mudou no Paraná, custando R$ 4,29/kg, da mesma forma que em Santa Catarina, cotado a R$ 4,38/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (26), o preço da ave congelada teve queda de 0,56%, atingindo R$ 7,05/kg, enquanto o frango resfriado caiu 0,41%, fechando em R$ 7,28/kg.
Cepea/Esalq
Abertura de mercado para penas de aves em Hong Kong
O produto tem diversos usos industriais, incluindo a fabricação de almofadas, travesseiros, roupas de cama e estofados, além de ser utilizado como matéria-prima em produtos de isolamento térmico e acústico
O governo brasileiro recebeu, com satisfação, o anúncio, pela Região Administrativa Especial (RAE) de Hong Kong, China, da aprovação sanitária para a exportação de penas de aves do Brasil. O produto tem diversos usos industriais, incluindo a fabricação de almofadas, travesseiros, roupas de cama e estofados, além de ser utilizado como matéria-prima em produtos de isolamento térmico e acústico. A abertura amplia o mercado para produtos avícolas do Brasil, refletindo a confiança no sistema de controle sanitário brasileiro. Fortalece, ademais, a relação comercial com a RAE de Hong Kong, China, que foi responsável pela importação de mais de US$ 1,15 bilhão em produtos do agronegócio brasileiro no ano passado. Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança sua 72ª abertura de mercado neste ano, totalizando 150 aberturas desde o início de 2023. Tais resultados são fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
MAPA
GOVERNO
Plano Safra 24/25 terá R$ 475,5 bilhões, afirma Fávaro
Valor ficou abaixo dos R$ 500 bilhões reivindicados por lideranças do agro, mas é "no mínimo, 20% maior", segundo o ministro da Agricultura. O ministro Carlos Fávaro confirmou que novo Plano Safra terá linha de crédito em dólar
O Plano Safra 2024/25 terá R$ 475,5 bilhões, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em entrevista ao Valor. “É um Plano Safra, no mínimo, 20% maior que o atual”, disse. A agricultura empresarial terá R$ 400,58 bilhões de crédito, sendo R$ 293,88 bilhões para custeio e comercialização e R$ 106,7 para investimentos. A agricultura familiar terá R$ 74,98 bilhões. O custo com equalização de juros do Plano Safra vai aumentar 23%, para R$ 16,7 bilhões. Para a agricultura empresarial, o Tesouro Nacional vai aplicar R$ 6,3 bilhões em equalização de juros, em comparação aos R$ 5,1 bilhões da safra atual. Para a agricultura familiar, o Tesouro Nacional vai aplicar R$ 10,4 bilhões em equalização de juros, em relação aos R$ 8,5 bilhões da safra atual. Fávaro comentou que os recursos do Plano Safra 2024/25 “serão quase 10% maiores que do atual [de R$ 435,8 bilhões]”, mesmo em cenário de queda dos custos de produção de grãos também próxima de 10%. Por isso, avaliou, o montante disponível será 20% maior. O ministro também confirmou a linha em dólar para custeio via BNDES com taxas pré-fixadas, conforme já antecipou o Valor. Além disso, o Plano safra 2024/25 deve ter desconto de até 1 ponto percentual nos juros de custeio para os produtores que adotam boas práticas.
Valor Econômico
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Paraná é 3º estado que mais gerou empregos nos cinco primeiros meses de 2024
Entre janeiro e maio, foram gerados 96.019 novos postos de trabalho em todo o Estado, resultado da diferença entre as 880.456 admissões e os 784.437 desligamentos registrados em 2024. O Paraná ficou atrás somente de São Paulo (328.685) e Minas Gerais (133.412).
O Paraná foi o terceiro estado que mais gerou empregos formais em todo o Brasil nos cinco primeiros meses de 2024, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho. Entre janeiro e maio, foram gerados 96.019 novos postos de trabalho em todo o Estado, resultado da diferença entre as 880.456 admissões e os 784.437 desligamentos registrados em 2024. Na sequência, com menos empregos criados do que o Paraná, estão Santa Catarina (84.481), Rio de Janeiro (73.310), Goiás (58.813) e Rio Grande do Sul (47.125). Em todo o Brasil, o saldo positivo de empregos no acumulado do ano foi de 1.088.955. O saldo positivo de vagas criadas no Paraná em 2024 é 51,7% superior ao registrado no mesmo período de 2023, quando foram registrados 63.272 novos empregos. Levando em conta somente os postos de trabalho criados em maio de 2024, o saldo positivo foi de 8.082 novas vagas, fruto da diferença de 163.473 admissões e 155.391 desligamentos. Com isso, o Paraná chega a 3.187.420 pessoas empregadas com carteira assinada segundo o Caged, o maior estoque já registrado em toda a série histórica do levantamento desde que foram adotados os padrões estatísticos atuais, em janeiro de 2020. Das 96.019 novas vagas de trabalho formais criadas ao longo do ano, 52.437 são ligadas ao setor de serviços, com destaque para a as atividades administrativas, que foram responsáveis pela criação de 20.523 novos empregos, e atividades ligadas à educação, com 7.404 novas vagas. Na indústria, segundo setor que mais criou vagas no Estado, com 22.905 novos empregos, a área de melhor desempenho foi a fabricação de produtos alimentícios, com 5.905 novos postos formais de trabalho. Entre os setores, na sequência, estão a construção, com um saldo positivo de 11.389 empregos, o comércio, com 8.063 novas vagas no ano, e a agropecuária, com 1.227 novos postos de trabalho.
Agência Estadual de Notícias
Deral reduz previsão de safra de milho do Paraná para 12,95 mi t; eleva a de trigo
A segunda safra de milho do Paraná 2023/24 foi estimada na quinta-feira em 12,95 milhões de toneladas, ante 13,2 milhões na previsão de maio, à medida que o estado ajusta os números em meio aos efeitos do tempo seco, segundo dados mensais do Departamento de Economia Rural (Deral)
Com a colheita de milho atingindo 42% da área cultivada no Estado na segunda safra até esta semana, segundo números do departamento, a expectativa atual é de um recuo de 9% na comparação com a colheita do ciclo anterior. Em relatório, o Deral ainda estimou a safra de trigo em 3,8 milhões de toneladas, ante 3,7 milhões de toneladas na previsão de maio. Se confirmada a previsão para a safra que está sendo plantada, a produção aumentaria 5% na comparação anual. O Paraná é um dos maiores produtores de milho e trigo do Brasil.
SEAB-PR/DERAL
Produção de carne suína quadruplica em dez anos no Paraná
No primeiro trimestre, o Paraná registrou a produção de 37 mil t de carne suína
Conforme a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais do IBGE, na última década, a produção de carne suína em abatedouros com chancela do Serviço de Inspeção do Paraná (SIP) quadruplicou, passando de aproximadamente 34 mil toneladas (t) em 2013 para 161 mil t em 2023, um aumento de 371%. No primeiro trimestre de 2024, o Paraná registrou a produção de 37 mil t de carne suína, superando a totalidade do ano de 2013. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 21 a 27 de junho. Nos frigoríficos paranaenses com chancela dos Serviços de Inspeção Federal (SIF) e Municipal (SIM), o crescimento da produção de carne suína também foi significativo, embora menos acentuado em comparação ao SIP. Os frigoríficos com SIF aumentaram sua produção em 74%, de 568 mil t para 988 mil t, enquanto os com SIM tiveram um aumento de 130%, de 5 mil t para 11 mil t. A média brasileira também apresentou evolução ao longo da última década, embora em proporção menor em comparação ao Paraná. A produção de carne suína em frigoríficos com inspeção estadual triplicou, representando um aumento de 205%, de 251 mil t para 768 mil t, enquanto os estabelecimentos com SIF e SIM aumentaram em 59% e 41%, respectivamente. Fatores que podem ter influenciado no desempenho dos frigoríficos com inspeção estadual incluem o crescimento da demanda interna por carne suína, a expansão das capacidades produtivas e a migração de abatedouros registrados no SIF para o Serviço de Inspeção Estadual (SIE).
Agrolink
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar cai no Brasil, enquanto BC descarta intervir
Após ter atingido na véspera o maior valor em dois anos e meio, o dólar à vista fechou a quinta-feira em leve baixa ante o real, mas acima dos 5,50 reais, em um dia em que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou que a instituição não vai intervir no câmbio em função do nível das cotações
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,5083 reais na venda, em baixa de 0,20%, após ter atingido na quarta-feira o maior valor de fechamento desde janeiro de 2022. No mês, a divisa acumula alta de 4,90%. Às 17h05, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,44%, a 5,5045 reais na venda. No início do dia o BC divulgou seu Relatório de Inflação, que atualizou algumas projeções econômicas e abordou assuntos específicos ligados à política monetária. Entre os destaques, o BC elevou de 1,9% para 2,3% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 -- ainda abaixo dos 2,5% estimados pelo Ministério da Fazenda. Além disso, alterou de 48 bilhões para 53 bilhões de dólares o déficit em transações correntes estimado para 2024 e reduziu de 70 bilhões para 65 bilhões de dólares a projeção de Investimentos Diretos no País (IDP). No fim da manhã, Campos Neto e o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, concederam entrevista coletiva em São Paulo. Nela, Campos Neto pontuou que a alta da Selic, atualmente em 10,50% ao ano, não está no cenário base do BC. Campos Neto também afirmou que a desvalorização recente do real está em linha com os prêmios de risco do Brasil. Ele também descartou a possibilidade de o BC atuar no mercado em função do nível do dólar. “Como a gente trata o câmbio como flutuante, entendemos que a atuação tem que ser causada por alguma disfuncionalidade pontual, não fazemos intervenção mirando nenhum tipo de nível”, disse. "A gente acredita no princípio da separação entre política monetária e câmbio", acrescentou Campos Neto. O viés negativo do dólar no exterior favoreceu algum ajuste de baixa também no Brasil, embora a moeda norte-americana tenha oscilado no território positivo em boa parte da sessão, em meio à percepção de aumento do risco fiscal. O pico do dólar ocorreu enquanto Campos Neto ainda concedia coletiva em São Paulo e pouco antes de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciar um discurso em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o "Conselhão", em Brasília. Em sua fala, Lula negou que sua entrevista na quarta-feira ao portal UOL tenha estressado os ativos, em especial o dólar. “Quem apostar no fortalecimento do dólar ante o real vai quebrar a cara", disse o presidente. "Quem apostar em derivativo vai perder dinheiro nesse país."
Reuters
Ibovespa fecha em alta de mais de 1% e retoma os 124 mil pontos
No ambiente macro, os próximos passos da política monetária local e comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva seguiram no foco dos agentes
O Ibovespa voltou a avançar na sessão desta quinta-feira (27), conforme investidores seguiram buscando oportunidades de compra na bolsa depois da sequência negativa das últimas semanas. No ambiente macro, os próximos passos da política monetária local e comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva seguiram no foco dos agentes. No fim do dia, o índice subiu 1,36%, aos 124.308 pontos, na máxima intradiária. Nas mínimas intradiárias, tocou os 122.642 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 15,66 bilhões no Ibovespa e R$ 22,12 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,09%, aos 5.482 pontos, Dow Jones fechou em alta de 0,09%, aos 39.164 pontos e Nasdaq teve alta de 0,30%, aos 17.858 pontos. Mesmo com câmbio e juros pressionados durante boa parte da sessão, ainda de olho nas incertezas locais, o Ibovespa encontrou espaço para continuar corrigindo parte das suas perdas recentes. No fim do dia, elogios do presidente Lula a Gabriel Galípolo e falas sobre possível contenção de gastos coincidiram com o avanço dos ativos locais para suas máximas intradiárias. Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial Investimentos, opina que o movimento positivo visto nos últimos dias parece mais técnico do que fundamentado, já que os preços estavam bem atrativos e o mercado está leve, com espaço para alocação especulativa por parte de investidores institucionais. Mas também é verdade, diz, que houve algum alívio das incertezas internas, principalmente diante do nível de estresse embutido nos ativos, e por conta da decisão unânime do Copom. “Acredito que ainda existe exagero nos preços do mercado já que, ao se analisas a curva de juros, temos altas da taxa básica precificadas, e não parece que isso vá ocorrer. Nós vínhamos sendo bem conservadores nas nossas recomendações, mas talvez a gente aumente um pouco o beta das nossas carteiras em julho, ainda que de forma tática. Pode até ser um momento oportuno por conta da temporada de balanços, com as divulgações começando no mês que vem”, diz.
Valor Econômico
Alta do IGP-M desacelera a 0,81% em junho e fica abaixo do esperado
A alta do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou mais do que o esperado em junho para 0,81%, de 0,89% em maio, mostrou dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na quinta-feira
A expectativa em pesquisa da Reuters era de uma alta de 0,87%, e com o resultado do mês o índice passou a acumular em 12 meses avanço de 2,45%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, subiu 0,89% em junho, depois de avanço de 1,06% no mês anterior. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, acelerou ligeiramente a alta a 0,46% em junho, de 0,44% no mês anterior. "Os desafios climáticos e a sazonalidade foram determinantes nos destaques do índice ao produtor e do índice ao consumidor. No IPA, as maiores contribuições vieram da soja, do café, da batata e do leite. (São) itens que também tiveram impacto no IPC", disse em nota André Braz, coordenador dos índices de preços. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou a subir no período 0,93%, de uma alta de 0,59% em maio. O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
Reuters
Banco Central eleva para 2,3% projeção de PIB para 2024 e prevê maior pressão da inflação
Indústria e serviços puxaram para cima a estimativa do BC para o crescimento da economia brasileira no ano, enquanto a projeção para o PIB agropecuário recuou de -1% para -2%
O Banco Central aumentou de 1,9% para 2,3% a sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bru8to (PIB) de 2024. A projeção está no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado na manhã de quinta-feira, 27, pela autoridade monetária. Ao mesmo tempo, para o BC, a probabilidade de a inflação estourar o teto da meta do ano, de 4,5%, aumentou de 19% para 28%. A projeção do BC para o PIB fica entre a do mercado e a mediana indica crescimento de 2,09% em 2024 - e a do Ministério da Fazenda, que estima expansão de 2,5%. Indústria e serviços puxaram para cima a estimativa geral do BC, que recuou a do PIB agropecuário de -1,0% para -2,0%. A projeção para a indústria passou de alta de 2,2% para 2,7%. No caso dos serviços, de 2,0% para 2,4%. O BC também alterou a projeção de crescimento do consumo das famílias, de 2,3% para 3,5%. A estimativa para o consumo do governo passou de 1,9% para 1,8%. O documento mostra ainda que a projeção para a alta na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – indicador que mede o volume de investimento produtivo na economia - saltou de 1,5% para 4,5%. A projeção do BC para o crescimento da economia brasileira em 2024 fica entre a do mercado, de 2,09%, e a do Ministério da Fazenda, de 2,5%. O Banco Central manteve a sua projeção de inflação de 2026 no cenário de referência, em 3,2%. A partir de 2025, passa a valer uma meta contínua de inflação, com centro de 3% e tolerância de 1,5 ponto porcentual. As projeções do BC para o IPCA de 2024 e do próximo ano - de 4% e 3,4%, respectivamente - permanecem inalteradas. No mais recente Boletim Focus, a mediana das estimativas do mercado indicava IPCA de 3,98% em 2024, 3,85% em 2025 e 3,60% em 2026.
O Estado de São Paulo
BC amplia estimativa de expansão do crédito em 2024 para 10,8%, ante 9,4%
O Banco Central prevê um crescimento do crédito no país de 10,8% este ano, ante estimativa de 9,4% feita em março, conforme dados do seu Relatório Trimestral de Inflação divulgado na quinta-feira
Agora, a expectativa é que o crédito às famílias suba 11,0% em 2024, contra expectativa anterior de 10,2%. Para as empresas, a alta foi calculada em 10,5%, ante 8,0% no último relatório. Para o estoque de crédito livre, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e tomadores, o BC projeta agora uma expansão de 10,0% (+8,9% antes). Para o crédito direcionado, que atende a parâmetros estabelecidos pelo governo, a perspectiva é de alta de 12,0% (+10,0% antes).
Reuters
Brasil abre 131.811 vagas com carteira assinada em maio, mostra Caged
Resultado do quinto mês de 2024 fica abaixo do piso das projeções. Rio Grande do Sul teve redução líquida de empregos
O mercado de trabalho brasileiro registrou criação líquida de 131.811 vagas com carteira assinada em maio, resultado de 2.116.326 admissões e 1.984.515 desligamentos, informou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, em entrevista coletiva na quinta-feira. O resultado ficou abaixo do piso das projeções coletadas pelo Valor Data junto a 19 consultorias e instituições financeiras, que era de mais 164 mil postos de trabalho, com teto das estimativas em 262.957 e mediana de 200 mil empregos criados. Segundo o ministro, 26 unidades da federação registraram abertura de vagas. Somente o Rio Grande do Sul teve redução líquida, de 22.180 empregos em maio. Marinho diz esperar que, talvez a partir de agosto, aquele Estado, que foi afetado por fortes chuvas, volte a gerar emprego. O país acumula criação de 1.088.955 vagas em 2024 até maio, ante 874.289 no mesmo período de 2023. A criação de vagas por setor foi a seguinte: Serviços (69.309), Indústria (18.145), Comércio (6.375), Construção (18.149), Agricultura (19.836). Os cinco setores da economia tiveram abertura líquida de empregos no quinto mês de 2024: serviços (69.309); agropecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (19.836); construção (18.149); indústria geral (18.145) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (6.375). Quatro regiões do país apresentaram abertura líquida de vagas formais de trabalho no período: Sudeste (84.689), Nordeste (31.742), Centro-Oeste (9.277) e Norte (9.912). Já a região Sul, influenciada pelo Rio Grande do Sul, teve fechamento líquido de 9.824 vagas. No ano, as cinco regiões alcançaram abertura líquida de vagas: Sudeste (564.898), Sul (227.625), Centro-Oeste (134.083), Nordeste (94.099) e Norte (56.995). O país também gerou liquidamente em maio 37.573 novos postos de trabalho intermitente, de aprendizes, temporários, contratados por Cadastro de Atividades Econômicas da Pessoa Física ou com carga de até 30 horas. O ministro não detalhou quantas admissões e desligamentos não típicos foram realizados em maio. Salário médio O salário médio de admissão de novos empregados com carteira assinada ficou em R$ 2.132,64 em maio. Em abril, estava em R$ 2.135,94. Já o salário médio de demissão ficou em R$ 2.205,97 em maio, contra R$ 2.216,11 um mês antes.
Valor Econômico
Fitch reafirma classificação de risco do Brasil em BB, com perspectiva estável
Agência aponta ‘economia grande e diversa’ e a alta renda per capita como pontos que sustentam nota do País; perspectivas incertas de redução de déficits continuam como fonte de vulnerabilidade
A Fitch Rattings reafirmou a classificação do Brasil em BB, com perspectiva estável. A agência de risco aponta a “economia grande e diversa” e a alta renda per capita do País como pontos que sustentam o rating brasileiro. São citados também os mercados locais que apoiam a flexibilidade do financiamento soberano e a baixa parcela da dívida em moeda estrangeira. No entanto, o potencial de crescimento baixo, a governança fraca e o crescimento da relação da dívida pública sobre o Produto Interno Bruto (PIB), são limitadores da classificação de risco brasileira. A Fitch diz que há perspectivas incertas de redução de grandes déficits no orçamento, apesar da implementação do arcabouço fiscal. Para a agência, essa continua a ser uma fonte importante de vulnerabilidade macroeconômica, com repercussões adversas para a confiança do mercado e a política monetária. A Fitch projeta um déficit primário de 0,7% do PIB em 2024, o que implica um desvio modesto da meta. “A regra fiscal do Brasil exigirá cortes de gastos caso as projeções oficiais sinalizem tal desvio, e poderá haver pressão para flexibilizar as metas para evitar isso, constituindo um teste a este novo quadro”, diz o relatório. A Fitch prevê ainda que grandes déficits fiscais devem elevar a dívida bruta do governo geral de 74,4% do PIB em 2023 para 76,8% em 2024. As perspectivas fiscais após 2024, segundo a agência, são ainda mais incertas. “No médio prazo, o crescimento inercial das despesas obrigatórias indexadas exigirá uma forte compressão das despesas discricionárias para cumprir um limite máximo de despesas. É provável que sejam necessárias alterações legais nas despesas obrigatórias e, embora as opções estejam a ser consideradas, elas não têm um apoio claro por parte do governo”, diz o relatório da Fitch. A Fitch projeta, por fim, que a economia do Brasil cresça 1,7% em 2024, abaixo dos 2,9% vistos em 2023. A Fitch manteve a sua projeção inalterada, apesar do impulso mais forte do que o esperado no início do ano, devido à política monetária mais restritiva do que o esperado e ao impacto das enchentes no Rio Grande do Sul, cuja magnitude ainda não é totalmente clara.
O Estado de São Paulo
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