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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 655 DE 05 DE JULHO DE 2024

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 655 | 05 de julho de 2024

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS


Preços da vaca gorda reagem em importantes praças pecuárias, como São Paulo e Mato Grosso

No mercado paulista, os frigoríficos abriram a quinta-feira (4/7) ofertando R$ 2/@ a mais para os lotes de fêmeas, agora negociadas por R$ 197/@, no prazo, informou a Scot Consultoria. No Paraná, o boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de sete dia.

 

O mercado de São Paulo abriu a quinta-feira (4/7) ofertando R$ 2/@ a mais para a vaca gorda, agora negociada por R$ 197/@, no prazo (valor bruto), informou a Scot Consultoria. Nas praças de Mato Grosso, as cotações das fêmeas também seguem subindo. Segundo a Agrifatto, neste início de julho/24, a vaca gorda mato-grossense acumula alta de 2,73%, enquanto o boi gordo registra aumento de apenas 0,23% em igual período. Em junho/24, também em MT, a vaca gorda já havia registrado um desempenho melhor que o boi gordo, caindo apenas 0,93% na comparação mensal, ante a baixa de 2,75% para o boi em igual intervalo, acrescenta a consultoria. Pelos dados apurados pela Scot, a cotação do boi gordo paulista ficou estável na quinta-feira, em R$ 220/@, no prazo (valor bruto). O “boi-China” também andou de lado na região, cotado em R$ 225/@, um ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”. “Essa situação de estabilidade com tendência altista pode se manter ao menos até a primeira quinzena de agosto/24”, acreditam os analistas da Agrifatto. Pelos dados apurados pela consultoria, nesta quinta-feira, o preço médio da arroba em São Paulo (considerando o animal “comum” e o “boi-China”) continuou em R$ 225. Nas demais regiões acompanhadas pela Agrifatto (16 praças, além de SP), a média também se estabilizou em R$ 213/@. “Pelo segundo dia consecutivo, todas as 17 praças acompanhadas mantiveram as suas cotações laterais”, reforçou a Agrifatto. No mercado futuro, em contrapartida ao mercado físico, todos os contratos futuros passaram por ajustes negativos na quarta-feira (4/7). O contrato com vencimento em julho/24 encerrou o pregão cotado a R$ 233,70/@, com queda de 0,23% em comparação com o dia anterior. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na quinta-feira (4/7): São Paulo — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$212,00. Escalas de abates de doze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de doze dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$217,00 a arroba. O “boi China”, R$217,00. Média de R$217,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$206,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$208,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de onze dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$208,00. Média de R$204,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de onze dias; Pará — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$ 208,00. Média de R$204,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de catorze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dia; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$165,00. Novilha a R$170,00. Escalas de abate de catorze dias; Maranhão — O boi vale R$195,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de onze dias;

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO

 

Volume exportado de carne bovina in natura registra queda de 9,16% em junho/24 frente ao mês anterior

Preços médios apresentaram queda de 11,06%. Volume total exportado alcançou 195,5 mil toneladas em junho/24

 

O volume exportado de carne bovina in natura encerrou o mês de junho/24 com 195,5 mil toneladas, conforme apontou a Secretária de Comércio Exterior (Secex) na quinta-feira (04). No mês de junho do ano anterior, o volume exportado alcançou 192,6 mil toneladas em 21 dias úteis. No comparativo mensal, o volume exportado de carne bovina registrou baixa de 9,16% frente ao total embarcado em maio de 2024, que exportou 211,9 mil toneladas. A média diária exportada na quarta semana de junho/24 ficou em 9,6 mil toneladas e registrou um incremento de 4,94%, frente ao volume total exportado em junho/23 que ficou em 9,1 mil toneladas. O avanço na média diária é pelo fato de o número de dias úteis ser menor que o ano anterior, sendo que neste ano foi de 20 dias e no ano passado ficou em 21 dias úteis. O preço médio na quarta semana de junho/24 ficou com US$ 4.466 por tonelada, na qual teve uma queda de 11,06% frente aos dados divulgados em junho de 2023, em que os preços médios registraram o valor médio de US$ 5.054 por tonelada. O valor negociado para o produto na quarta semana de junho/24 ficou em US$ 860,110 milhões, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de junho do ano anterior foi de US$ 973.937 milhões. A média diária ficou em US$ 43,005 milhões e registrou uma queda de 11,7%, frente ao observado no mês de junho do ano passado, que ficou em US$ 46,378 milhões. 

Notícias Agrícolas

 

SUÍNOS

 

Suínos: preços encerraram a quinta-feira estáveis

De acordo com a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 138,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 11,00/kg, em média.

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (3), houve alta de 0,74% em Santa Catarina, chegando a R$ 6,77/kg, e de 0,28% em São Paulo, com valor de R$ 7,27/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,27/kg), Paraná (R$ 7,21/kg) e Rio Grande do Sul (R$ 6,69/kg). Na quinta-feira (4), as principais praças que comercializam suínos na modalidade independente registraram altas nos preços, com as lideranças citando a oferta mais apertada de animais prontos para abate frente a uma demanda aquecida.

Cepea/Esalq

 

Preços da carne e do suíno vivo começam julho em alta

Valorizações mais intensas foram verificadas nas praças do Sul do país. Cenário altista se deve à menor oferta de animais em peso ideal para abate e à demanda externa aquecida

 

Os preços do suíno vivo e da carne suína iniciam julho em alta na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. As valorizações mais intensas do vivo no mercado independente nos últimos dias foram verificadas nas praças do Sul do país. Na quarta-feira (3/7), o indicador Cepea/Esalq para o suíno vivo apresentou, no Paraná, o preço médio de R$ 7,21 o quilo, alta de 4,49% desde o início de julho. Já em Santa Catarina, a cotação estava em R$ 6,77 o quilo, elevação acumulada de 3,83% no mesmo período. Produtores locais consultados pelo Cepea afirmam que o cenário altista se deve à menor oferta de animais em peso ideal para abate e à demanda externa aquecida pela proteína brasileira – os estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul são os três maiores exportadores de produtos de origem suinícola. Além disso, colaboradores do Cepea relatam que alguns frigoríficos mineiros e paulistas estão mais ativos no mercado, intensificando a aquisição de lotes extras de animais. No mercado atacadista, pesquisas do Cepea mostram que o comportamento de preços da carne tem acompanhado o ritmo de alta do vivo, sinalizando uma demanda doméstica aquecida. O pagamento de salários de grande parte da população ocorre ainda nesta semana, elevando o poder de compra do consumidor. Na quarta-feira, no atacado da Grande São Paulo, o indicador do Cepea registrou, para a carcaça suína especial, o preço médio de R$ 10,74 o quilo, alta de 2,68% desde o início do mês.

Globo Rural

 

Exportações de carne suína encerram junho abaixo de junho/23, mas acima de maio/24

De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne suína in natura, até o final de junho (20 dias úteis), ficaram inferiores a junho de 2023, mas foram maiores que o mês de maio de 2024

 

A receita obtida, US$ 221,6 milhões, representa 89,36% do total arrecadado em todo o mês de junho de 2023, que foi de US$ 247,9 milhões. No volume embarcado, as 93.879 toneladas representam 96,76% do total registrado em maio do ano passado, quantidade de 97.021 toneladas. Em relação ao mês de maio, o faturamento de US$ 221,6 milhões em junho representa avanço de 5,49% em comparação com US$ 210 milhões arrecadados em maio deste ano. Já o volume embarcado até o final de junho, 93.879 toneladas, é 2,45% superior em relação às 91.629, toneladas exportadas em maio. O faturamento por média diária foi de US$ 11 milhões, quantia 10,6% a menor do que junho de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve aumento de 0,82% observando os US$ 10,9 milhões, vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 4.693 toneladas, houve queda de 3,2% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, observa-se ligeira alta de 0,27%, comparado às 4.681 toneladas da semana passada. Já o preço pago por tonelada foi de US$ 2.360, e ele é 7,6% inferior ao praticado em junho passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa incremento de 0,54% em relação aos US$ 2.347 anteriores.

Agência Safras

 

Suinocultura paranaense registra crescimento de 6% em 2023

De acordo com dados preliminares do DERAL/SEAB, a suinocultura paranaense alcançou um Valor Bruto de Produção (VBP) aproximado de R$ 12,5 bilhões em 2023, representando 6% do VBP total do Estado. Esse montante reflete um aumento de 6% em comparação ao ano anterior, quando o VBP foi de R$ 11,8 bilhões

 

Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, referente à semana de 28 de junho a 4 de julho, o VBP da suinocultura no Estado é composto por cinco categorias: Suíno fêmea para reprodução: Fêmeas provenientes de granjas comerciais destinadas ao melhoramento genético de rebanhos, com um VBP de R$ 633 milhões. Suíno macho para reprodução: Machos oriundos de granjas comerciais utilizados para incremento genético de rebanhos, com um VBP de R$ 161 milhões. Suínos – leitões para corte: Leitões abatidos para consumo, com um VBP de R$ 133 milhões. Suínos com menos de 2 meses (leitão para terminação): Leitões transferidos para propriedades rurais para engorda, com um VBP de R$ 3,1 bilhões. Suínos para corte: Suínos encaminhados a frigoríficos e/ou abatidos nas propriedades para produção de carne suína e seus derivados, com um VBP de R$ 8,5 bilhões. Comparado ao ano anterior, todas as categorias, exceto machos para reprodução, registraram aumento no VBP: fêmeas para reprodução (+6%), leitões para corte (+13%), leitões para terminação (+17%) e suínos para corte (+2%). A redução de 3% no VBP da categoria machos para reprodução sugere um possível aumento no uso de inseminação artificial, substituindo o alojamento de machos para reprodução natural.

Agrolink

 

FRANGOS

 

Quinta-feira de pequenas alterações no mercado do frango

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,00/kg, enquanto a ave no atacado subiu 0,32%, fechando em R$ 6,20/kg, em média

 

Na cotação do animal vivo, o valor não mudou no Paraná, custando R$ 4,31/kg, assim como em Santa Catarina, cotado a R$ 4,37/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (3), houve queda de 0,57% para o preço da ave congelada, custando R$ 7,03/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,14%, fechando em R$ 7,30/kg.

Cepea/Esalq

 

Exportação de carne de frango encerra junho sem atingir metas de junho/23 nem maio/24

De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne de aves in natura até o final de junho (20 dias úteis), não conseguiram atingir os registros de junho do ano passado, nem de maio deste ano

 

A receita obtida, US$ 729,2 milhões, representa 87,65% do total arrecadado em todo o mês de junho de 2023, que foi de US$ 831,9. No volume embarcado, as 408.543 toneladas representam 2,5% do total registrado em junho do ano passado, quantidade de 418.979 toneladas. Em relação ao mês de maio, o faturamento de US$ 729,2 em junho representa redução de 3,1% em comparação com US$ 752,6 arrecadados em maio deste ano. Já o volume embarcado contabilizado até o final de junho, 408.543, é 3,8% a menor do que as 424.917 toneladas exportada em maio. O faturamento por média diária foi de US$ 36,4 milhões, quantia 12,3% a menor do que a registrada em junho de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve diminuição de 1,12% quando comparado aos US$ 36,8 vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 20.427 toneladas, houve queda de 2,5% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, baixa de 2,23% em relação às 20.894 toneladas da semana anterior. Já no preço pago por tonelada, US$ 1.785, ele é 10,1% inferior ao praticado em junho do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa aumento de 1,14% no comparativo ao valor de US$ 1.764 visto na semana passada.

Agência Safras

 

CARNES

 

Relatório do GT da tributária não inclui carnes na cesta básica com imposto zero

Deputado Claudio Cajado disse que o imposto zero para o alimento poderia elevar alíquota geral em 0,57 ponto percentual

 

O parecer do grupo de trabalho da Câmara sobre a regulamentação da reforma tributária não incluiu as carnes na alíquota zerada do novo IVA. O relatório do projeto foi apresentado na quinta-feira (4). Grupo da tributária inclui carro elétrico e apostas no 'Imposto do Pecado' e tira armas de fogo. Os parlamentares estavam entre duas posições: zerar a alíquota sobre as carnes, o que aumentaria a alíquota padrão sobre os outros produtos em 0,57 ponto percentual (para 27,1%); ou mantê-las com redutor de 60% do IVA (alíquota de 10,6%), o que deixaria a alíquota padrão em 26,5%.

Globo Rural

 

ABPA lamenta de não incluir as carnes na lista de produtos da cesta básica nacional

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), assim como toda a cadeia produtora da avicultura e da suinocultura do país, lamenta a decisão inicial do grupo de trabalho da Câmara dos Deputados de não incluir as carnes na lista de produtos da cesta básica nacional – contempladas com alíquota zero após a Reforma Tributária

 

A eventual manutenção da decisão terá impactos diretos no acesso aos alimentos da população brasileira – em especial, a parcela com menor poder aquisitivo. Tomando por base de cálculo o quilo de cortes de carne de frango no Estado de São Paulo, a estimativa de imediata elevação de preços finais da indústria seria superior a 10%, como consequência direta do repasse da tributação. Vale lembrar que as carnes são alimentos básicos para a população do Brasil.  Em média, cada brasileiro consome 46 quilos de carne de frango e 18 quilos de carne suína. Diante disto, as representações dos setores – que geram mais de 4 milhões de empregos diretos e indiretos – esperam que parlamentares sensíveis à manutenção da oferta de alimentos apoiem a revisão da medida.

ABPA

 

INTERNACIONAL


Descarte de vacas na China ajuda a derrubar preços da carne bovina importada  

Prejudicados pela forte queda na cotação do leite, produtores chineses liquidam rebanho de vacas e elevam oferta local, refletindo em desvalorização nos preços da proteína bovina

 

A China, disparado o maior comprador mundial de carne bovina, tem reduzido cada vez mais os preços da carne bovina importada, elevando a preocupação dos principais exportadores mundiais da commodity, entre eles, o Brasil, líder absoluto no fornecimento da proteína ao mercado chinês. Reportagem publicada nesta semana pelo portal do jornal argentino Clarin (clarin.com) destacou um dos motivos que têm levado ao enfraquecimento das cotações da carne direcionada à China: a queda acentuada do preço do leite produzido localmente e, consequentemente, a decisão dos produtores chineses em liquidar massivamente o rebanho de vacas leiteira. Segundo o Clarin, a carne de vaca despejada em grandes quantidades no mercado da China acaba competindo, em termos de preço, com a maior parte da proteína bovina importada e produzida internamente. Tal como ocorre com o setor suíno na China, no qual se observa um acentuado processo de concentração produtiva, estão sendo criadas unidades de produção de leite cada vez maiores no país asiático, relata a reportagem. Entre 2015 e 2020, os rebanhos leiteiros em propriedades chinesas com mais de 1.000 cabeças aumentaram de 24% para 44%. Até 2025, os estabelecimentos com mais de 1.000 cabeças deverão participar com mais de 56% do rebanho nacional. Nos últimos 12 meses, o preço do quilo vivo das vacas leiteiras que estão sendo liquidadas caiu pela metade; 90% das explorações leiteiras estão a perder dinheiro, ressalta o Clarin. Por sua vez, o preço pago pelo leite ao produtor chinês sofreu queda anual de 22%, saindo de 4,5 yuans para 3,51 yuans por litro. Nas últimas semanas, diz a reportagem do jornal argentino, o preço do quilo da carne bovina no atacado chinês caiu para 8,60 dólares, 14,5% menos que há um ano e 17% abaixo da cotação de janeiro/24, segundo dados do Ministério da Agricultura do país asiático. No varejo, segundo dados de abril/24, o recuo anual foi de 14%. Dados da consultoria Agrifatto, com escritório na capital paulista, indicam uma conjuntura de preços semelhante na China. “O estoque de proteína animal na China está elevado e os importadores demonstram cautela nas compras da carne importada”, relatou a Agrifatto. Segundo a consultoria, a carne bovina no varejo chinês vem se depreciando desde setembro/23, em movimento acompanhado pelo preço pago pelo bovino no país. Em maio/24, diz a Agrifatto, o preço médio da carne bovina no mercado chinês ficou em ¥ 69,46/kg (yuan chinês), 4,30% a menos que o preço observado em abril/24 e o menor patamar desde julho/19. “A redução dos preços da carne bovina no mercado interno chinês reforça a pressão baixista nos preços pagos pela carne bovina importada”, ressaltam os analistas da Agrifatto. “A combinação de grandes estoques, a entrada abundante de carne bovina muito barata vinda do exterior e um elevado abate interno de vacas está determinando um excesso de oferta de carne bovina e uma queda no seu preço”, enfatiza a matéria do jornal argentino. Além disso, continua a reportagem, os consumidores chineses têm demonstrado grande sensibilidade aos preços das proteínas disponíveis, transferindo a procura de carne bovina – de longe a mais cara do mercado – para carnes mais baratas, como carne de suína (cujos preços têm recuado diante de uma oferta recorde), além do frango. Nos primeiros cinco meses deste ano, a China importou 1.238 milhão de toneladas de carne bovina da Argentina, 24% acimam do volume registrado em igual período do ano passado. No entanto, o preço médio por tonelada continuou em torno de US$ 5 mil, 34% abaixo do pico de alta de dois anos atrás, quando se pagava em média US$ 7,6 mil por tonelada pela proteína argentina. No Brasil, a carne bovina (dianteiro) exportada para China rende hoje às indústrias em torno de US$ 4.300/tonelada, informou a Agrifatto.

Portal DBO

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Campanha de atualização de rebanhos encerra com 85,5% das explorações regularizadas

Segundo o relatório divulgado na terça-feira (02/07) pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar)), 85,5% das explorações pecuárias foram atualizadas. Quarenta e seis municípios do Estado terminaram a campanha com 100% de suas explorações regulamentadas. Com valores acima de 80%, são 293 municípios em todo o Estado

 

Abaixo de 60% foram contabilizados no relatório 22 municípios. Os índices menores foram registrados nos municípios de Jaguariaíva - 45,4%; Curitiba – 44,1%; Quatro Barras - 43,3%; Mandirituba – 40,9% e Pinhais – 39,2%. Os proprietários que ainda não fizeram a atualização ainda podem realizar de forma espontânea nas unidades físicas da Adapar, mas o órgão também passará a fazer busca ativa de rebanho com cadastro não atualizado podendo gerar multa. A atualização precisa ser feita para todas as espécies animais existentes na propriedade (bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho-da-seda). Segundo o Departamento de Saúde Animal, existem 155 mil propriedades no Paraná e pouco mais de 191 mil explorações pecuárias, sendo que as principais espécies somam aproximadamente 8,6 milhões de bovinos, 7 milhões de suínos, 20 mil aviários, 240 mil equídeos, além de outros animais. Os dados do último relatório apontam que ainda estão pendentes 27.893 explorações, configurando um percentual de 14,6%. De acordo com o chefe do Departamento de Saúde Animal (Desa), Rafael Gonçalves Dias, manter os cadastros atualizados junto à Adapar é uma responsabilidade crucial para todos os produtores rurais. “Essa prática não só beneficia os próprios produtores, mas também fortalece a agricultura e a pecuária do nosso estado como um todo”, salientou. “A atualização dos cadastros permite um monitoramento mais eficaz da saúde dos rebanhos. Isso ajuda a identificar e controlar surtos de doenças de forma rápida e eficiente, prevenindo perdas e garantindo a qualidade dos produtos agropecuários, planejamento e políticas Públicas, rastreabilidade e segurança alimentar”, afirmou Dias.

Agência Estadual de Notícias

 

Assuntos analisados no boletim de conjuntura agropecuária referente à semana de 28 de junho a 4 de julho

SUÍNOS – O documento traz também informações sobre as categorias que formam o Valor Bruto de Produção (VBP) da suinocultura paranaense. Em 2023, pelos dados preliminares, o valor auferido pelo setor foi de R$ 12,5 bilhões. Fazem parte da análise: suíno fêmea para reprodução, suíno macho para reprodução, leitões para corte, suínos com menos de dois meses para terminação e suínos para corte.

 

BOVINOS – O boletim registra que os dados do VBP de 2023 da produção de leite no Paraná apontaram uma ligeira alta, passando de 4,4 bilhões para 4,5 bilhões de litros. Eles contribuíram com R$ 11,4 bilhões para o VBP estadual. Na bovinocultura de corte, em função da redução no preço da arroba observado em 2023, os abates também diminuíram. As 1,6 milhão de cabeças bovinas abatidas somaram R$ 5,9 bilhões para o VBP. FRANGO – A Embrapa Suínos e Aves (CNPSA), citada no boletim, levantou que o custo de produção do frango vivo no Paraná, criado em aviários tipos climatizado em pressão positiva, atingiu em maio de 2024 o valor de R$ 4,42/kg. Isso representa um aumento de 3,3% (+R$ 0,14/kg) em relação ao mês anterior (R$ 4,28/kg) e uma redução de 4,12% (-R$ 0,10/kg) em comparação com maio de 2023, que foi de R$ 4,61/kg. Nos principais estados produtores de frangos de corte e carne, os custos de produção em maio de 2024 foram os seguintes: Santa Catarina (R$ 4,51/kg) e Rio Grande do Sul (R$ 4,47/kg), sendo o primeiro 1,58% maior em relação ao mês anterior (R$ 4,44/kg) e o segundo 1,59%maior que o custo total de abril (R$ 4,40/kg). MILHO – A colheita da segunda safra de milho 2023/24 evolui pelo Paraná. Nesta semana chegou a 53% de uma área total de 2,4 milhões de hectares. Comparado à semana anterior houve um avanço de 10 pontos percentuais, que equivale a mais de 240 mil hectares colhidos em uma semana. No campo as condições das áreas a colher permanecem estáveis, tendo 48% em condição boa, 33% apresentam condição mediana e 19% têm condição ruim. Em relação ao desenvolvimento das lavouras há 90% na fase final, a maturação, e apenas 10% em enchimento de grãos.

SEAB-PR/DERAL

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar recua mais de 1% após governo sinalizar corte de gastos 

Moeda americana acumula queda de 3,15% em dois pregões depois de governo falar em corte de despesas 

 

O dólar comercial fechou em queda de mais de 1% pela segunda sessão seguida, na quinta-feira (4), e continuou a devolver a forte apreciação recente, encerrando o dia abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez desde 25 de junho. Com isso, a moeda americana acumulou queda de 3,15% em dois pregões. O movimento foi puxado pelo anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o governo está comprometido com as metas do arcabouço fiscal e identificou R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que poderão ser cortadas do orçamento do ano que vem. O dólar à vista fechou em queda de 1,46%, a R$ 5,4869, após tocar na mínima intradiária de R$ 5,4663 e na máxima de R$ 5,5073. O real novamente liderou o ranking do desempenho das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor ante o dólar. O euro comercial, por sua vez, recuou 1,20%, a R$ 5,9329, terminando a sessão abaixo de R$ 6 pela primeira vez nesta semana. A sessão de hoje também foi marcada por um menor volume de negócios diante do feriado de Independência nos Estados Unidos, que deixou fechados os mercados por lá. Neste ambiente, o índice DXY, que mede o dólar ante seis pares globais, operava em queda de 0,26%, a 105,132 pontos, perto do horário de fechamento. Já em relação a emergentes, o dólar caía 0,51% ante o peso mexicano; 0,46% ante o peso chileno; e 0,25% ante o peso colombiano. Com Nova York fora dos negócios, o único direcionador para o câmbio na quinta-feira foi a pauta fiscal. Depois do amplo estresse dos agentes diante da desconfiança com o governo e a aparente perda de autonomia da equipe econômica de Fernando Haddad, o ministro deu um sinal de força ao afirmar que Lula segue comprometido a cumprir os objetivos do arcabouço fiscal “a todo custo” e anunciar R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que poderão ser cortadas do orçamento de 2025. Segundo informou o Valor, a ala econômica do governo avalia que o montante citado por Haddad será suficiente para equilibrar as despesas do ano que vem, mas outras medidas serão necessárias para 2026. De qualquer forma, as sinalizações foram bem recebidas, já que a soma excedeu um contingenciamento mais tímido, conforme relatos anteriores, de algo em torno de R$ 10 bilhões. Para o gerente da mesa de derivativos da Commcor, Cleber Alessie Machado, a correção do real ficou dentro do que ele esperava, dado o grau acentuado da depreciação recente. “A maior parte do mercado entendeu [o nível de] R$ 5,70 como exagerado, e agora parece que devolveu esse excesso porque o governo sinalizou uma predisposição de cortar (os gastos)”, diz ele. “A sinalização de ontem ajudou o mercado a respirar um pouco. (A alta do dólar) Estava sem goleiro”. No entanto, Machado pondera que a sessão de amanhã, que terá o retorno dos negócios em Nova York, deve definir melhor qual será o nível do dólar que o mercado vai buscar diante do cenário doméstico menos estressado. Na sua visão, a dinâmica do câmbio deve seguir refém dos desenvolvimentos da economia americana e as expectativas por cortes de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Mais para frente, serão as eleições americanas que tomarão o centro das mesas de operação, avalia. Para o time de estrategistas do banco espanhol BBVA, uma comunicação consistente do governo e, principalmente, ações apropriadas na direção de uma política fiscal mais austera, determinarão se a recuperação do real terá continuidade.

Valor Econômico

 

Ibovespa fecha em alta com descompressão do cenário doméstico 

Assim, continuou o processo de rotação de portfólios no índice, com empresas cíclicas locais avançando e papéis exportadores corrigindo parte dos ganhos recentes

 

O Ibovespa avançou na sessão da quinta-feira (4), novamente alinhado com o recuo do dólar e dos juros, após sinalizações fiscalistas dadas pelo governo. Assim, continuou o processo de rotação de portfólios no índice, com empresas cíclicas locais avançando e papéis exportadores corrigindo parte dos ganhos recentes. Foi a quarta sessão consecutiva de ganhos do índice. No fim do dia, o índice subiu 0,40%, aos 126.164 pontos, enquanto o Índice Small Caps teve ganhos de 2,37%. Nas mínimas intradiárias, o Ibovespa tocou os 125.666 pontos, e, nas máximas, os 126.660 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 11,33 bilhões no Ibovespa e R$ 16,30 bilhões na B3. A liquidez da sessão foi limitada por conta de feriado nos EUA. A retirada de prêmios de risco dos ativos locais, após sinalizações de que o governo buscará cumprir o arcabouço fiscal, continuou beneficiando o Ibovespa ontem, em linha com o recuo do dólar e dos juros. “As mudanças na Petrobras não ajudam, mas a dinâmica dos últimos dias parece mais uma rotação para papéis ligados à economia local”, diz um analista. “A rotação deve continuar, porque a narrativa do governo mudou bastante e ainda tem muito prêmio na curva de juros. Ademais, uma leitura de ‘payroll’ [relatório oficial do mercado de trabalho dos EUA] que indique desaceleração da economia americana amanhã pode reforçar o movimento”, afirma outro executivo. Estrategistas do J.P. Morgan liderados por Emy Shayo Cherman afirmam que a maré parece estar mudando para os ativos locais. Depois do forte movimento de aversão a risco das últimas semanas, motivado por ruídos internos, o comprometimento do governo em cortar gastos e a crescente expectativa por cortes de juros nos Estados Unidos podem apoiar dinâmica de recuperação dos ativos locais, Ibovespa inclusive, durante o verão do hemisfério norte. “Não vemos a janela atual como uma situação de compra na baixa, e sim como um acompanhamento da recuperação dos ativos brasileiros, considerando que o mercado está muito leve, barato e ‘subcomprado’ neste momento, com os locais detendo grandes posições de caixa e resgates consideráveis de estrangeiros em todos os meses deste ano”, apontam. Apesar da alta recente da bolsa, os analistas entendem que ainda há muito prêmio de risco na curva de juros, e que um ajuste disso deve contribuir para uma nova pernada de ganhos. Além disso, indicam que os múltiplos seguem descontados e o patamar atual de Preço/Lucro precifica um recuo de 20% nos lucros das empresas, “o que também é excessivo”.

Valor Econômico

 

Brasil tem superávit comercial de US$6,7 bi em junho e governo melhora projeção para ano

A balança comercial brasileira registrou superávit de 6,711 bilhões de dólares em junho, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) na quinta-feira, melhorando também a estimativa oficial para o saldo de 2024

 

Ao fazer sua revisão trimestral de projeções para o ano, o MDIC estimou que a balança comercial fechará 2024 com um saldo positivo de 79,2 bilhões de dólares, ante previsão anterior de superávit de 73,5 bilhões de dólares. Mesmo com a melhora, o resultado previsto é 19,9% menor que o observado em 2023, quando houve superávit de 98,9 bilhões de dólares. "Seria um saldo comercial menor que o de 2023, mas o segundo maior saldo da história", afirmou o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do MDIC, Herlon Brandão. Pelos cálculos da pasta, o resultado de 2024 será composto de 345,4 bilhões de dólares em exportações, acima dos 332,6 bilhões de dólares estimados em abril, enquanto as importações ficariam em 266,2 bilhões de dólares, contra 259,1 bilhões de dólares projetados há três meses. No acumulado do primeiro semestre, os dados da pasta mostraram que o saldo comercial foi de 42,310 bilhões de dólares, 5,2% menor que o observado no mesmo período de 2023. O desempenho foi resultado de exportações de 167,609 bilhões de dólares e importações de 125,299 bilhões de dólares. Brandão afirmou que os resultados da balança não foram significativamente impactados pelo desastre das chuvas no Rio Grande do Sul, porque o Estado já havia colhido a maior parte da safra quando ocorreram as enchentes, em maio. Usando como exemplo a agropecuária, ele afirmou que o setor observou redução das exportações principalmente pela queda nas cotações da soja, e não pelo desastre no sul do país. O resultado da balança comercial em junho veio acima do esperado pelo mercado. Pesquisa da Reuters com economistas apontava expectativa de saldo positivo de 5,8 bilhões de dólares para o período. O valor das exportações caiu 1,9%, a 29,044 bilhões de dólares, enquanto as importações cresceram 14,4%, a 22,333 bilhões de dólares. No período, houve queda nas exportações da agropecuária, com recuo de 3,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, com receitas menores dos embarques de soja sob impacto de preços internacionais mais baixos. Também foi registrada queda nas exportações da indústria de transformação, com baixa de 6,8%. Por outro lado, houve ganho de 15,3% nos embarques da indústria extrativa, impulsionados pela expansão nos volumes vendidos de petróleo. Do lado das importações, o destaque ficou com as compras de bens de consumo, especialmente automóveis de passageiros, que registraram alta de 432% no mês, atingindo quase 2 bilhões de dólares, o que pode indicar uma antecipação de estoques em meio ao processo de elevação do imposto de importação sobre esses produtos. "Tem demanda para esses veículos híbridos e elétricos... E tem a questão do aumento da tarifa de importação. Como em julho teve aumento, é esperado que os importadores antecipem suas operações para pagar tarifas menores", disse.

Reuters                  

 

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