Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 666 | 22 de julho de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: lentidão nos negócios, mas viés de alta se mantém
Nos últimos dias da semana, o mercado físico do boi gordo operou com preços estáveis na maioria das praças brasileiras, resultado da baixa presença dos frigoríficos e pecuaristas nas “mesas” de negociação da matéria-prima. No Paraná, o boi vale R$228,00 por arroba. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de oito dias
Segundo a consultoria, porém, há riscos de encurtamento nas escalas de abate no curto prazo, devido à menor disponibilidade de lote de fêmeas gordas. “Já é possível observar um encolhimento na oferta de vacas e novilhas”, reforçaram os analistas. No período final da semana, o mercado doméstico de carne bovina também mostrou fragilidade nas negociações, por conta da queda no consumo doméstico de carne bovina, um movimento típico das segundas quinzenas do mês (devido ao esgotamento dos salários recebidos no início de cada mês). Porém, na avaliação da Agrifatto, espera-se que “os preços do animal terminado permaneçam firmes e com tendência de alta – pelo menos até a segunda metade de agosto/24”. Na sexta-feira (19/7), os preços do boi gordo em São Paulo fecharam com estabilidade, conforme apurou a Scot Consultoria. “Com escalas ainda confortáveis, de 8-12 dias, alguns frigoríficos optaram por não comprar lotes terminados”, afirmou a Scot. Na quinta-feira (18/7), porém, a mesma consultoria detectou aumento diário em todas as categorias prontas para abate negociadas no mercado paulista. A alta foi de R$ 5/@ para o boi gordo, de R$ 3/@ para o “boi-China” e para a novilha, e de R$ 2/@ para a vaca. Na praça de São Paulo, o animal terminado macho está valendo R$ 227/@, enquanto a vaca e a novilha são negociadas por R$ 202/@ e R$ 215/@, respectivamente (prazo, valor bruto). A cotação do boi China, informou a Scot, está em R$ 230/@ em SP, com ágio de R$ 3/@ sobre o animal “comum”. No mercado futuro, os contratos do boi gordo fecharam o pregão de quinta-feira (18/7) com oscilações mistas. O papel com vencimento em dezembro/24 foi precificado a R$ 245,85/@, com recuo de 0,24% em relação ao dia anterior. Por sua vez, o contrato com vencimento em julho/24 encerrou o pregão cotado a R$ 230,70/@, com leve valorização de 0,02% no mesmo comparativo. Os estoques de carne desossada nos frigoríficos e distribuidores voltaram a crescer, situando-se agora em níveis de medianos a altos, segundo levantamento Agrifatto. O zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot, recomenda ficar atento aos efeitos do novo caso de Newcastle no Rio Grande do Sul, que pode afetar o mercado de frango e, por tabela, o setor de bovinocultura de corte. “O segmento de frango poderá sofrer embargos à exportação em curto prazo e afetar a disponibilidade e concorrência entre as carnes no mercado doméstico – influenciando o mercado do boi gordo”, ressalta Fabbri. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na sexta-feira (19/7): São Paulo – O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$233,00. Média de R$229,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$212,00. Escalas de abates de dez dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de dez dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$225,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias; Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias; Goiás — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de oito dias; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de treze dias; Maranhão — O boi vale R$200,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de onze dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
SUÍNOS
Mercado dos suínos finalizou a semana com estabilidade
De acordo com as informações divulgadas pela Scot Consultoria, a carcaça suína especial seguiu estável e está cotada em R$ 12,00/kg, enquanto o preço médio da arroba do suíno CIF também seguiu sem alteração e está próximo de R$ 149,00/@
Segundo levantamento realizado pelo Cepea na última quinta-feira (18), o Indicador do Suíno Vivo em Minas Gerais seguiu sem alteração e está cotado em R$ 7,97/kg. No Paraná, o preço do animal teve baixa de 0,39% e está precificado em R$ 7,57/kg. Já na região do Rio Grande do Sul, o animal não teve alteração e está precificado em R$ 7,09/kg. Em São Paulo, o valor ficou próximo de R$ 7,83/kg e teve leve ganho de 0,26%. Em Santa Catarina, o valor do suíno registrou ganho de 0,14% e está cotado em R$ 7,35/kg.
Cepea/Esalq
Curitiba registra maior alta no preço da carne de porco do país
Aumento nos preços reflete os resultados da pesquisa mensal realizada no Paraná
Em junho de 2024, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da carne de porco em Curitiba-PR registrou o maior aumento do País, alcançando 4,7%, quase dez vezes superior à média nacional de 0,5%, segundo dados do IBGE. As informações foram divulgadas no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 12 a 18 de julho, elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) do Paraná. Esse aumento nos preços reflete os resultados da pesquisa mensal realizada no Paraná pelo Deral em junho, que indicou um acréscimo de 3% (R$ 0,56) no preço médio de varejo dos cortes de carne suína pesquisados (lombo sem osso, paleta com osso e pernil com osso), em comparação ao mês anterior. O crescimento de 2,4% (+2,5 mil toneladas) nas exportações brasileiras em junho, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), associado ao papel de destaque do Paraná no fornecimento de carne suína para o mercado interno, pode ter influenciado o aumento de preços observado na capital paranaense. No mesmo mês de 2024, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, líderes nas exportações brasileiras de carne suína, apresentaram o melhor ou um dos melhores desempenhos do ano, com volumes de exportação de 56 mil, 24 mil e 15 mil toneladas, respectivamente.
Agrolink
FRANGOS
Frango: Cotações na granja paulista registraram alta de 0,95% na 6ªfeira
No mercado do frango os preços do frango na granja paulista tiveram um incremento de 0,95% e estão precificados em R$ 5,30 por kg, conforme destacou a Scot Consultoria. O frango no atacado paulista teve uma baixa de 0,48% e está cotado em R$ 6,22 por kg
As cotações do frango vivo registraram valorização na sexta-feira (19), na qual a referência para o animal no Paraná está próxima de R$ 4,43/kg e teve avanço de 0,91%. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) divulgou que o frango vivo seguiu com estabilidade e sendo negociado em R$ 4,37/kg. Com base no levantamento realizado pelo Cepea na última quinta-feira (18), o preço do frango congelado seguiu sem alteração e cotado em R$ 7,13/kg. Já a referência para o frango resfriado também seguiu estável e está sendo comercializado em torno de R$ 7,34/kg. De acordo com o levantamento do Cepea, o poder de compra de avicultores paulistas frente a importantes insumos utilizados na atividade vem reagindo em julho. “Os preços médios do frango vivo estão em alta, os do milho e do farelo de soja estão em queda. Pesquisadores do Cepea ressaltam que esse cenário evidencia uma recuperação e traz certo alívio aos produtores, que registravam perda no poder de compra por três meses consecutivos no caso do derivado de soja e por dois meses no do cereal”, informou o Cepea.
Cepea/Esalq
Frango/Cepea: Avicultor paulista recupera poder de compra em julho
O poder de compra de avicultores paulistas frente a importantes insumos utilizados na atividade vem reagindo em julho. Isso porque, segundo levantamentos do Cepea, enquanto os preços médios do frango vivo estão em alta, os do milho e do farelo de soja estão em queda
Pesquisadores do Cepea ressaltam que esse cenário evidencia uma recuperação e traz certo alívio a produtores, que registravam perda no poder de compra por três meses consecutivos no caso do derivado de soja e por dois meses no do cereal. As elevações nos valores do frango vivo, por sua vez, estão atreladas à maior demanda por novos lotes – agentes de frigoríficos buscam atender às procuras interna e, sobretudo, externa aquecidas pela carne, ainda conforme pesquisadores do Cepea.
Cepea
INTERNACIONAL
EUA aceleram as importações de carne bovina para suprir demanda interna
Em junho/24, só o Brasil, elevou em 315% as suas exportações brasileiras de carne bovina ao mercado norte-americano
Os Estados Unidos, segundo maior comprador mundial de carne bovina, atrás da China, vão importar 1,88 milhão de toneladas da proteína em 2024 – acréscimo de 11,2% sobre o resultado de 2023, de 1,690 milhão de toneladas, e 22% acima do volume de 2022, de 1,538 milhão de toneladas, conforme dados do relatório mais recente do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgado em 12 de julho. “Os norte-americanos enfrentam uma forte restrição na oferta interna de carne bovina neste momento”, relatam os analistas da Agrifatto, acrescentando que o volume de bovinos abatidos no país da América do Norte durante os primeiros cinco meses de 2024 caiu 4,87% sobre a quantidade registrada no mesmo período do ano passado. “Foi o menor volume desde 2020”, afirma o economista Yago Travagini, analista da Agrifatto, que completa: “Com isso, os norte-americanos estão acelerando as suas compras de carne bovina de todo o mundo”. Em junho/24, só o Brasil, elevou em 315% as suas exportações de carne bovina ao mercado dos EUA (na comparação com igual mês de 2023), para 17,54 mil toneladas – o terceiro maior montante da história, ficando atrás apenas dos resultados obtidos em dezembro/23 e janeiro/24, de acordo com a Agrifatto. No acumulado de janeiro a maio deste ano, as importações totais de carne bovina dos EUA (incluindo todos os fornecedores mundiais) atingiram o maior volume da história para o período, com compras de 629,17 mil toneladas. “Esse resultado é 19,14% maior que o registrado no mesmo período de 2023, e o Brasil foi responsável por fornecer 15,99% da proteína bovina importada pelos EUA ao longo dos primeiros cinco meses de 2024”, informa a Agrifatto. Além do Brasil, outro país que tem “surfado” na “escassez” (em relação ao consumo interno) de proteína bovina nos EUA é a Austrália. As importações dos EUA de carne bovina australiana cresceram 84% no período de janeiro a maio de 2024, para 123,66 mil toneladas, o maior volume para o período desde 2016, informa a Agrifatto. “A existência da cota de importação sem tarifa (taxa de importação), além do aumento na produção local, é a maior explicação para o avanço da carne australiana nos EUA”, justificam os analistas da consultoria.
Portal DBO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Frango: ABPA e ASGAV afirmam que impacto da Newcastle deve ser limitado e aguardam rápida retomada do comércio
Suspensão dos embarques para a China é nacional, mas logo exportações deverão ser retomadas. Associações reforçam rapidez e seriedade no trato do caso
Os impactos da suspensão de parte dos embarques de carne de frango pela medida de auto embargo do Ministério da Agricultura depois do diagnóstico positivo da doença de Newcastle, em Anta Gorda, no Rio Grande do Sul, deverá ser limitados, segundo informaram a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) e a ASGAV (Associação Gaúcha de Avicultura) em uma coletiva de imprensa na sexta-feira (19). De acordo com as instituições, embora o comércio externo esteja restrito neste momento, os volumes desta proteína serão redirecionados, o mercado interno deverá absorver parte disto, e logo as operações deverão ser reestabelecidas já que todos os protocolos para a contenção da patologia foram colocados em prática. O Rio Grande do Sul exporta, mensalmente, cerca de 60 mil toneladas e, deste volume, o impacto poderá se dar entre 15% e 20%, no pior dos cenários, mostraram cálculos preliminares da ABPA, refletindo as determinações já aplicadas pelo MAPA. Todavia, como explicou o presidente da associação, Ricardo Santin, a circular nº 04, reportada pelo ministério e que detalha como o embargo se dá para cada país importador, para o Rio Grande do Sul e para o Brasil, pode ainda sofrer alterações, trazendo mudanças no quadro daqui em diante. O estado é o terceiro maior exportador de carne de frango do país, ficando atrás apenas do Paraná e de Santa Catarina. O volume de carne de frango exportada pelo estado gaúcho responde por, aproximadamente, 14% do que é exportado pelo Brasil e atende uma parte importante da demanda chinesa. Em 2024, de pés e patas de frango que a nação asiática importa, 80% tiveram como origem o Brasil. E atualmente, a suspensão de embarque para a China é nacional. Além da China, Argentina e União Europeia também estão nesta lista. Algumas outras nações que importam carne brasileira de frango têm feito pedidos específicos, como é o caso do Japão, por exemplo, que solicitou a suspensão de embarques não só do produto de Anta Gorda, mas que tenha sido produzido em um raio 50 quilômetros, embora a determinação da OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) seja de apenas 10 km. "Mas o Japão pediu esse raio e será atendido", afirmou Santin. O presidente da ASGAV, José Eduardo dos Santos, reforçou também a celeridade, transparência e seriedade com que o caso está sendo tratado, com todos os protocolos sanitários sendo aplicados de imediato não só para conter o avanço da doença, como para garantir a tranquilidade para os consumidores. Tanto Santos, quanto Santin novamente reforçaram que a doença não é transmitida a humanos pelo consumo de carne de frango. Ao Globo Rural, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, afirmou que acredita que as exportações brasileiras da China deverão ser retomadas em um período de 15 a 30 dias, ao passo em que as próximas informações do governo brasileiro sejam detalhadas aos compradores. "Devemos enviar o relatório entre segunda e terça-feira e nos informaram que rapidamente eles levantam a suspensão. Estamos tomando todas as medidas para diminuir o tempo de suspensão para a China", disse. Após a confirmação de um foco da doença de Newcastle (DNC) em estabelecimento de produção avícola comercial, no município de Anta Gorda, no estado do Rio Grande do Sul, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reviu a certificação para exportações de carnes de aves e seus produtos para 44 países. Para países como República Popular da China, Argentina e União Europeia a suspensão vale para todo Brasil. Neste caso, os produtos com restrições são carnes de aves, carnes frescas de aves e seus derivados, ovos, carne para alimentação animal, matéria-prima de aves para fins opterápicos, preparados de carne e produtos não tratados derivados de sangue. Já do estado do Rio Grande do Sul, ficam restritas as exportações para África do Sul, Albânia, Arábia Saudita, Bolívia, Cazaquistão, Chile, Cuba, Egito, Filipinas, Geórgia, Hong Kong, Índia, Jordânia, Kosovo, Macedônia, México, Mianmar, Montenegro, Paraguai, Peru, Polinésia Francesa, Reino Unido, República Dominicana, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan, Ucrânia, União Econômica Euroasiática, Uruguai, Vanuatu e Vietnã.
ABPA e ASGAV
Doença de Newcastle: ministério descarta casos suspeitos após exames
Segundo a Pasta, resultados negativos são uma sinalização positiva para conter o avanço da doença. Ministro da Agricultura: resultados de exames são importantes para resolução rápida dos focos de Newcastle
O ministério da Agricultura informou no domingo (21/7) que três casos suspeitos para doença de Newcastle foram descartados, após exames apontarem resultado negativo para a enfermidade em amostras coletadas em três propriedades suspeitas. Os estabelecimentos estão localizados na zona de proteção estabelecida pela equipe de vigilância e defesa sanitária animal do Rio Grande do Sul. As amostras foram coletadas na sexta-feira (19), e os resultados foram apresentados no sábado (20). Em nota, o ministério disse que os resultados negativos são uma sinalização extremamente positiva sobre a contenção do evento sanitário. Ainda segundo a Pasta, os exames são importantes para resolução rápida da situação, e reforçam a robustez do sistema de defesa agropecuária do Brasil. “É um pedido do presidente Lula tratar o caso com total transparência, a fim de tranquilizar a população e os países importadores quanto à segurança do nosso sistema de defesa agropecuária. Tenho certeza de que com a agilidade de nossas equipes vamos voltar à normalidade das nossas exportações muito em breve”, disse, na nota, o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Após a confirmação da doença, o governo brasileiro aplicou um auto embargo para exportações de carne de aves e subprodutos para 44 destinos. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) disseram, em nota, que os resultados apresentados pelo ministério confirmam que o foco no município gaúcho se trata de uma situação isolada. Desde o surgimento do foco de Newcastle, em uma granja comercial de Anta Gorda (RS), técnicos do Ministério da Agricultura e da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, deverão percorrer ao menos 775 propriedades rurais num raio de 10 quilômetros do estabelecimento onde o caso foi confirmado, para fiscalizar uma possível propagação do vírus. Conforme previsto no Plano Nacional de Contingência estabelecido pelo governo, estão sendo montadas barreiras sanitárias na região do Vale do Taquari, onde está o município de Anta Gorda, para controlar a movimentação e evitar a entrada e passagem de aves na área do foco. Além disso, as investigações epidemiológicas continuam na zona de vigilância de proteção e em todo o Rio Grande do Sul.
Globo Rural
MEIO AMBIENTE
Mata ciliar aumenta 12% no Paraná com proteção de nascentes e plantio de mudas
Desde 2019, esta recuperação foi puxada por medidas como o plantio de 3,9 milhões de mudas em áreas de preservação permanente e a recuperação de mais de 6,9 mil nascentes de rios. Por lei, estas áreas são consideradas Áreas de Preservação Permanente (APP)
O Paraná conseguiu ampliar a cobertura de matas ciliares em 12% nos últimos anos. O Estado passou de 1,25 milhão de hectares de cobertura florestal nestas áreas em 2008 para 1,41 milhão de hectares em 2021, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Água e Terra (IAT) com base nos dados do MapBiomas. Desde 2019, esta recuperação foi puxada por medidas como o plantio de 3,9 milhões de mudas em áreas de preservação permanente e a recuperação de mais de 6,9 mil nascentes de rios. Mata ciliar é a vegetação que fica às margens de rios ou que contorna lagos, nascentes e açudes, e a proteção destas áreas é fundamental para a proteção de fontes de água que abastecem as cidades, o campo e a biodiversidade local. Por lei, estas áreas são consideradas Áreas de Preservação Permanente (APP). Uma das principais ações que acelerou esta recuperação a partir de 2019 foi o programa Paraná Mais Verde, desenvolvido pela Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), em parceria com o Instituto Água e Terra (IAT), que distribui mudas de espécies nativas para plantio em áreas de preservação, unidades de conservação, áreas urbanas ou outras finalidades. Ao todo, ao longo de cinco anos do programa, já foram distribuídas cerca de 9,8 milhões de mudas, sendo 40% deste total – 3,9 milhões de mudas – para Áreas de Preservação Permanente (APPs), nas quais estão incluídas as áreas de matas ciliares. Isso significa que cerca de 3,5 mil hectares destas regiões foram recuperadas ou estão em processo de recuperação por meio do programa de plantio de mudas do Governo do Estado. “É um trabalho fundamental, porque a mata ciliar recuperada nestas áreas evita o assoreamento dos rios, preserva as margens de água e cumpre um papel de corredor para a fauna local”, explicou a bióloga do IAT, Roberta Scheidt Gibertoni. As mudas que abastecem o programa são cultivadas em 19 viveiros florestais e em dois laboratórios de sementes do IAT. Ao todo, o órgão produz mais de 100 espécies nativas diferentes. Para garantir a qualidade das fontes de água do Estado, uma outra medida em curso é o Programa Estadual de Proteção de Nascentes, desenvolvido pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR). O projeto tem como objetivo preservar a produção das minas d’água que estão dentro de propriedades rurais. O instituto presta assistência aos produtores com 600 técnicas em campo. É feita a limpeza das nascentes e a montagem de estruturas que protegem as fontes de água. Lançado há praticamente um ano, em agosto de 2023, o programa já protegeu 6,9 mil nascentes. “Trabalhamos para proteger as nascentes e toda a região do entorno. São intervenções simples, que garantem uma nascente saudável, capaz de abastecer a propriedade rural e irrigar a plantação”, afirmou o gerente estadual de Políticas Públicas do IDR-PR, Amauri Ferreira. No trabalho de proteção das fontes de água, a mata ciliar também é recuperada com o plantio de mudar nativas em uma base de 30 metros das margens dos rios. A meta do programa é proteger 30 mil nascentes até 2026.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar sobe a despeito de anúncio sobre contenção de gastos e volta a superar R$5,60
O otimismo trazido pelo anúncio de congelamento de despesas pelo governo foi diluído durante a sessão da sexta-feira, o que fez o dólar à vista fechar o dia em alta, novamente acima dos 5,60 reais, em meio à alta da moeda norte-americana no exterior
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,6046 reais na venda, em alta de 0,28%. Numa semana a moeda norte-americana acumulou ganho de 3,20%. Às 17h04, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,95%, a 5,6130 reais na venda. O dólar para agosto negociado na B3 já havia recuado na véspera antes das 18h (quando o segmento à vista já está fechado) em função do anúncio de Haddad, e por isso sua queda na manhã da sexta-feira era mais contida -- era a moeda à vista que se ajustava com baixa maior. Ao longo da sessão, porém, outros fatores fizeram o dólar voltar a ganhar força ante o real. A moeda norte-americana subia ante a maior parte das demais divisas no exterior, incluindo moedas pares do real como o peso mexicano e o peso chileno. Os rendimentos dos Treasuries também subiam, dando suporte ao dólar. “Tivemos uma abertura refletindo alívio no risco fiscal... Tivemos um alívio pontual por uma questão local. E depois nos alinhamos ao exterior”, comentou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo, ao tratar do fortalecimento do dólar ante o real durante o dia. Pela manhã, profissionais do mercado também citaram um fluxo de entrada de dólares pelo mercado à vista no Brasil, o que teria pesado sobre as cotações. O fluxo seria proveniente de investidores estrangeiros que participarão da privatização da Sabesp, precificada em 14,8 bilhões. No exterior, o dia foi negativo, com as bolsas de Nova York em baixa firme, o dólar em alta ante a maior parte das divisas e a curva de juros norte-americana abrindo, em sessão marcada por uma falha tecnológica global.
Reuters
Ibovespa fecha a sexta estável, mas tem queda semanal
O Ibovespa devolveu os ganhos do dia para encerrar próximo da estabilidade na sexta-feira, com agentes financeiros apontando que o anúncio de contingenciamento de gastos pelo governo traz alívio sobre a questão fiscal, mas pode não ser o suficiente
O indicador também sofreu pressão do cenário externo, em sessão ainda marcada por uma falha tecnológica que afetou serviços em diferentes países do mundo e por vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou com variação negativa de 0,03%, a 127.616,46 pontos, acumulando perda de 0,99% na semana -- o primeiro recuo semanal do mês e após quatro semanas positivas. O volume financeiro na bolsa somou 22,03 bilhões de reais. O anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na quinta-feira, de que o governo fará uma contenção de 15 bilhões de reais no Orçamento deste ano com o objetivo de cumprir as exigências do arcabouço fiscal trouxe certo alívio aos ativos brasileiros no início da sessão -- mas que não perdurou --, após o Ibovespa recuar mais de 1% na véspera. "O anúncio foi positivo, mostra o início de uma sinalização de comprometimento com o arcabouço, mas não sei se ele vai ser suficiente, então a gente precisa entender na segunda-feira, (com) a divulgação do relatório", afirmou a estrategista de renda variável Mônica Araújo, da InvestSmart, referindo-se ao relatório bimestral de receitas e despesas, que será divulgado pela equipe econômica do governo na próxima semana. O relatório avalia o risco de descumprimento de regras fiscais no ano e detalha as necessidades de travar despesas. Nos Estados Unidos, as bolsas ampliaram movimento de queda, em meio a uma falha em um sistema digital que causou interrupção de serviços em uma série de setores ao redor do mundo e aumentou a incerteza em um mercado já ansioso. "Se a gente tivesse um ambiente externo mais acomodado, não tão avesso a risco, talvez o impacto (do anúncio de congelamento de gastos) nos mercados... fosse mais significativo", acrescentou a analista da InvestSmart. Para a próxima semana, no Brasil, a temporada de resultados do segundo trimestre começa a ganhar força, em meio a recesso parlamentar no Congresso -- que vai até 31 de julho. Lá fora, as atenções seguem em torno da disputa presidencial norte-americana, dos balanços corporativos e da trajetória dos juros nos EUA.
Reuters
Taxa de câmbio vira uma das principais preocupações da indústria, aponta CNI
Entre os principais problemas enfrentados pelos industriais, taxa de câmbio passou de 17º para 4º lugar. Setor produtivo também reportou que preço médio dos insumos aumentou rápido e intensamente
No segundo trimestre de 2024, a taxa de câmbio foi um dos principais problemas enfrentados para 19,6% das empresas industriais, segundo a Sondagem Industrial. A pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a questão passou da 17ª para a 4ª colocação no ranking de principais problemas enfrentados pela indústria. A elevada carga tributária segue em primeiro lugar, com 35,5% das assinalações; em segundo lugar está a demanda interna insuficiente, com 26,3% de assinalações; e em terceiro a falta ou alto custo da matéria-prima, com 23,1%. Os empresários também reportaram que o preço médio dos insumos aumentou de forma intensa e disseminada neste segundo trimestre. O índice saiu de 56,8 pontos para 61,3 pontos, na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste ano - e é o maior desde o segundo trimestre de 2022 (66,9 pontos). Na época, a indústria enfrentava uma crise na cadeia de fornecimento por conta da pandemia de Covid-19. “A taxa de câmbio alta explica ao menos parte dessa percepção de maior pressão sobre os preços. Por isso, o problema ganhou tanta importância entre os principais enfrentados pelos empresários. Ao mesmo tempo, o alto custo da matéria-prima ganhou importância, se consolidando no terceiro lugar do ranking. É um cenário que acende um alerta, pois afeta a produtividade e a competitividade dos produtos brasileiros”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo. Os outros índices que avaliam as condições financeiras das indústrias variaram pouco na transição de trimestres. O índice de satisfação com a situação financeira avançou 0,8 ponto, para 50,3 pontos e, com esse aumento, cruzou de um patamar abaixo da linha divisória dos 50 pontos para um patamar acima, indicando uma transição de insatisfação para satisfação com a situação financeira por parte das indústrias. Já o índice de satisfação com o lucro avançou de 44,4 pontos para 45 pontos. Já o índice de facilidade de acesso ao crédito ficou praticamente estável, com uma variação de -0,2 ponto, para 41,3 pontos. O índice de expectativa de demanda avançou de 56,4 pontos para 57,7 pontos; o de expectativa de compras de insumos aumentou de 54,7 pontos para 55,9 pontos; e o de número de empregados avançou de 51,8 pontos para 52,6 pontos. Apenas o índice de expectativa de exportação permaneceu em 52,8 pontos. A intenção de investimento da indústria brasileira ficou estável entre junho e julho, ao variar de 57,4 pontos para 57,3 pontos. Ainda assim, essa intenção de investir está em um patamar elevado frente à média histórica de 52 pontos e tem seguido estável em torno desse patamar ao longo do ano.
CNI
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