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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 199 DE 24 DE AGOSTO DE 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 199 |24 de agosto de 2022



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Preço do boi gordo recua para R$ 293/@ em São Paulo

Pelo levantamento da IHS Markit, poucos players retornaram ao mercado nesta terça-feira, mantendo um cenário de negócios esparsos e liquidez bastante reduzida


Pelos dados da consultoria, houve recuos nos preços do boi gordo nas regiões Norte e Nordeste, reflexo do fraco apetite dos compradores e das operações de abate cadenciadas. “Os volumes de carne bovina destinados ao consumo interno não possuem fôlego suficiente para absorver a produção nos mercados do Norte e Nordeste do País”, ressaltam os analistas. Na terça-feira, diz a IHS, foram observadas quedas nos preços do boi gordo nas praças de Marabá (PA), caindo de R$ 265/@ para R$ 262/@, e de Araguaína (TO), recuando de R$ 275/@ para R$ 270/@. Ainda em relação às regiões do Norte e Nordeste, os analistas da IHS dizem que, diante das altas temperaturas que reduzem drasticamente o potencial das pastagens, os pecuaristas acabam cedendo ao movimento de baixa da arroba, liquidam os seus lotes. Na região Centro-Sul do País, há poucos relatos de operações de venda realizadas no mercado físico, um reflexo do avanço nas escalas de abate dos frigoríficos, reforça a IHS Markit. Nas praças do interior de São Paulo, a pressão de baixa das indústrias locais surtiu o efeito desejado após os frigoríficos locais conseguirem reduzir em R$ 2/@ o valor de balcão do boi gordo “comum”, destinado ao mercado interno, que agora está valendo R$ 293/@ (preço bruto, no prazo), segundo dados apurados pela Scot Consultoria. No mesmo Estado, as cotações da vaca e da novilha gordas ficaram estáveis nesta terça=feira, e seguem valendo, respectivamente, R$ 274/@ e R$ 288/@ (preços brutos e a prazo), informa a Scot. Bovinos destinados à exportação, o chamado boi-China, estão cotados em R$ 305/@, valor bruto e a prazo, acrescenta a Scot. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 290/@ (à vista); vaca a R$ 265@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 300/@ (prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo); MS-C. Grande: boi a R$ 280/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MS-Três Lagoas: boi a R$ 280/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 275/@ (prazo) vaca a R$ 260/@ (prazo); MT-B. Garças: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 275/@ (à vista); vaca a R$ 260/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 290/@ (prazo) vaca R$ 260/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 321/@ (à vista) vaca a R$ 297/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 262/@ (prazo) vaca a R$ 255/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 284/@ (prazo) vaca a R$ 275/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 270/@ (prazo) vaca a R$ 250/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 270/@ (à vista) vaca a R$ 260/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 260/@ (à vista) vaca a R$ 250/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 265/@ (à vista) vaca a R$ 255/@ (à vista).

PORTAL DBO


SUÍNOS


Suínos: cotações em queda no Paraná

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF recuou 2,84%/1,38%, atingindo R$ 137,00/R$ 143,00, enquanto a carcaça especial cedeu 1,94%/1,87%, valendo R$ 10,10/R$ 10,50 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (22), o preço ficou estável apenas em Santa Catarina. Houve alta de 0,66% em São Paulo, chegando em R$ 7,63/kg, e de 0,15% no Rio Grande do Sul, elevando para R$ 6,49/kg. Queda de 0,88% no Paraná, descendo para R$ 6,73/kg, e de 0,76% em Minas Gerais, fechando em R$ 7,80/kg.

Cepea/Esalq


Custo do suíno vivo na região Sul segue superando o preço de venda por mais de um ano e meio

Dados em relação ao custo de criação e o preço de venda mostram que o suinocultor continuou absorvendo grande prejuízo


Os dados divulgados pela Embrapa Suínos e Aves em relação ao custo de criação e o preço de venda do suíno vivo na região Sul mostram que em julho passado o suinocultor continuou absorvendo grande prejuízo. O preço médio de comercialização atingiu R$5,80, significando incremento mensal de 4,5% em relação a junho último e queda de 7,2% em relação a julho do ano passado. O custo de criação, por sua vez, subiu para R$7,36, significando incrementos de 0,6% sobre junho último e de 4,1% sobre julho de 2021. O resultado é um preço de comercialização do suíno vivo 21,3% abaixo do necessário para a criação do animal. No acumulado de janeiro a julho o preço recebido na comercialização do suíno vivo foi 25,2% inferior ao necessário para a criação. Com isso, as perdas dos suinocultores seguem predominando por mais de um ano e meio.

SUISITE


Brasil assinará acordo para exportar carne suína para República Dominicana

Segundo ministro da Agricultura, governo dominicano solicitou assinatura de protocolos para o final deste mês


Tradicional importador da carne de frango brasileira, a República Dominicana demonstrou interesse na abertura de seu mercado também para a carne suína produzida pelo Brasil e deve assinar um protocolo sanitário para o início dos embarques. De acordo com o ministro da Agricultura, Marcos Montes, uma missão com representantes do setor e do governo está programada para viajar ao país caribenho para a conclusão das tratativas. “Estive com a embaixadora duas semanas atrás e sexta feira recebemos uma informação que querem já marcar a assinatura dos protocolos na República Dominicana. Estarei indo, se não me engano, dia 29, com toda a nossa equipe e todo o setor para poder mais uma abertura de mercado para o Brasil”, comemorou Marcos Montes, durante passagem pelo Congresso Brasileiro do Algodão na semana passada. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a perspectiva é de que os embarques sejam iniciados pouco tempo após a assinatura dos protocolos de exportação, dado que o país já é um tradicional importador da carne de frango do Brasil. Somente nos sete primeiros meses deste ano, o Brasil exportou 22,2 mil toneladas do produto avícola para a República Dominicana, volume 200% superior ao registrado no mesmo período de 2021. Desde o ano passado, a República Dominicana entrou para a lista de países com casos de peste suína africana, o que comprometeu a oferta de carne suína local. O país faz fronteira com o Haiti na Ilha de São Domingos, onde foram registrados os primeiros focos da doença nas Américas com registros posteriores em território dominicano. “Neste sentido, o setor exportador de suínos do Brasil se manteve à disposição para apoiar a segurança alimentar deste mercado relevante, notável pela forte influência econômica do turismo. Apoiando a estratégia do Governo de ampliar geração de divisas para o país, a ABPA tem mantido contato com stakeholders locais, em conjunto com o MAPA e a Embaixada Brasileira em Santo Domingo”, destaca a ABPA em nota em que comemora a abertura do novo mercado.

GLOBO RURAL


ABCS promove série de Webinars técnicos sobre o uso prudente de antibióticos na suinocultura

A nova série de treinamentos online abordará os capítulos do livro “O Uso prudente e eficaz de antibióticos na suinocultura”, lançado em junho deste ano


A Associação Brasileira Criadores de Suínos (ABCS) promove mais uma série de webinars técnicos em parceria com a 333 Brasil, com transmissões gratuitas e digitais para todo o Brasil. Dessa vez, os temas das palestras serão baseados nos capítulos do livro “O Uso prudente e eficaz de antibióticos na suinocultura”, lançado pela Associação no final de junho deste ano durante o IPVS. Serão três treinamentos realizados em 25 de agosto, 1 e 15 de setembro, sempre às quintas-feiras, com início às 16h, onde os participantes assistirão palestras dos autores do livro, mediadas pela diretora técnica da ABCS, Charli Ludtke, e pela Diretora Comercial e Marketing da 333 Brasil, Roberta Leite. A inscrição será única e pode ser feita no link: https://www.3tres3.com.br/eventos/webinar_livroabcs. A diretora técnica da ABCS, Charli Ludtke, ressalta a importância do tema e convida a todos para o evento. “É muito importante unirmos esforços para o uso racional de antimicrobianos, que só será possível se adotarmos programas robustos de vacinação para proporcionar uma melhor imunidade. Além de um plano efetivo de biosseguridade nas granjas com a redução da pressão de infecção, bem-estar animal, monitoramento das doenças com correto diagnóstico, e a implementação de substitutivos aos antibióticos para proporcionar o equilíbrio da microbiota e melhor resposta imunológica. Como a participação é gratuita, não perca a chance de se aprofundar mais nesses temas tão essenciais”.

ABCS


FRANGOS


Frango: estabilidade nas cotações

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 6,10/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,68%, custando R$ 7,32/kg


Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,25/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,49/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (22), tanto a ave congelada quanto a resfriada ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 8,09/kg e R$ 8,11/kg.

Cepea/Esalq


Caso de gripe aviária em aves selvagens é detectado no estado da Geórgia, nos EUA

O Departamento de Agricultura da Geórgia (GDA, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, e o Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA APHIS, na sigla em inglês) confirmaram a Influenza Aviária Altamente Patogênica (HPAI, na sigla em inglês) em um rebanho não comercial (não avícola) localizado no Condado de Henry, Geórgia


Esta é a segunda confirmação do HPAI na Geórgia. A gripe aviária não representa um risco para o abastecimento alimentar e nenhum animal afetado entrou na cadeia alimentar. O risco de infecção humana com a gripe aviária é muito baixo. Os proprietários de bandos relataram um aumento na taxa de mortalidade de abutres negros selvagens, bem como de aves domésticas doentes. Amostras coletadas em 19 de agosto foram testadas quanto à presença do vírus H5N1 da gripe aviária no rebanho pela Universidade da Geórgia, Laboratório de Diagnóstico Veterinário de Atenas (AVDL, na sigla em inglês) e Laboratório Nacional de Serviços Veterinários do USDA (NVSL, na sigla em inglês).

USDA APHIS


EMPRESAS


Aurora Coop embarca o 1º contêiner de carne suína para o Canadá

A Cooperativa Central Aurora Alimentos (Aurora Coop) é a primeira empresa do Brasil a exportar carne suína para o Canadá, mercado recentemente aberto


A Aurora Coop atendeu todas as especificações técnicas (sanitárias e de bem-estar animal) previstas no acordo entre Brasil e Canadá celebrado em março deste ano, com a habilitação das plantas brasileiras anunciadas na metade de junho passado, que autorizou a exportação de carne suína para aquele mercado. O primeiro contêiner contendo 25,3 toneladas de cortes de carne suína para aquele mercado partiu hoje (23 de agosto) do porto de Navegantes (SC) a bordo do navio Lyon II, que vai atracar no Porto de Montreal. O Diretor Comercial de mercado externo Dilvo Casagranda realçou que se trata de um primeiro embarque com cortes específicos de acordo com a demanda do importador canadense, a fim de que os consumidores possam experimentar a qualidade do produto brasileiro, abrindo portas para este novo mercado para as exportações de carne suína do Brasil. Ele destaca que todos os setores da Aurora – desde o campo, indústria, logística e controle de qualidade – empenharam-se para o atendimento dessa demanda. A primeira operação de exportação foi negociada pela equipe comercial junto a clientes da Aurora Coop, no Canadá, que já importam carne de frango para aquele país. Produtor de cerca de 2 milhões de toneladas anuais de carne suína, o Canadá é o terceiro exportador mundial à frente do Brasil. Mesmo com importante participação no comércio internacional de carne suína, o país importa em torno de 200 mil toneladas anuais, o que demonstra um importante espaço a ser conquistado pelos exportadores brasileiros.

ASSESSORIA AURORA


MEIO AMBIENTE


Brasil e aliança de países atacam plano da UE de barrar commodities ligadas a desmatamento

O Brasil e outros 13 países da América Latina, Ásia e África acusam a União Europeia (UE) de unilateralismo com seu plano de exigir “desmatamento zero” na importação de seis commodities — carne bovina, soja, café, madeira, cacau e óleo de palma — boa parte produzidas no Brasil, portanto

Esse grupo de países responsáveis por uma parte substancial da produção global desses produtos pede à UE para abrir consultas com eles, para evitar um ambiente de maiores fricções diplomáticas que pode conduzir a retaliação comercial. O tema é altamente sensível hoje globalmente. O bloco europeu está na fase final de negociação interna de uma lei para frear a entrada de seis commodities se não puderem ter a comprovação de “livres de desmatamento”. Alega que desmatamento e degradação florestal estão no centro de duas crises planetárias: perda da biodiversidade e mudança climática. Os europeus vão estabelecer um sistema de benchmarking de países. A Comissão Europeia propõe a implementação de um sistema de diligência obrigatória para o conjunto dos operadores e comerciantes que colocam no mercado da UE os produtos listados. Também haverá um ranking sobre o risco do país de origem ou da produção da commodity. Agora, em carta enviada às principais autoridades europeias, à qual o Valor teve acesso, as representações diplomáticas de Brasil, Argentina, Colômbia, Gana, Guatemala, Indonésia, Costa do Marfim, Nigéria, Paraguai, Peru, Honduras, Malásia, Equador e Bolívia manifestam “sérias preocupações” sobre a proposta de Bruxelas. Dizem concordar que a luta contra a mudança climática e a conservação e o manejo sustentável das florestas são tarefas urgentes, mas lamentam “que a UE tenha escolhido a opção por uma legislação unilateral em vez de um compromisso internacional para lidar com esses objetivos compartilhados”, como o Acordo do Clima de Paris, ao qual assinaram. Pedem para a UE abrir novas negociações com países terceiros antes da aprovação final da legislação proposta. E mencionam mais uma vez algumas preocupações às quais dizem que foi dada pouca consideração. Reclamam que a proposta em discussão entre os 27 países-membros, a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu “desconsidera as condições locais e legislações nacionais dos países em desenvolvimento, seus esforços para combater o desmatamento e — lembrando o princípio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas — também o papel histórico dos estados-membros da UE nas atividades de desmatamento e na mudança climática”. O Brasil e os outros 13 grandes produtores agrícolas em desenvolvimento acusam a UE de delinear critérios de avaliação do país e o sistema de benchmarking que “são inerentemente discriminatórios e punitivos por natureza”. Alertam que “seu efeito mais provável será gerar distorções comerciais e tensões diplomáticas, sem beneficiar o meio ambiente” – numa sinalização clara de que poderá haver retaliação se seus produtos forem bloqueados no mercado europeu. Já em Bruxelas, o sentimento é de que as autoridades europeias não têm muita margem de manobra diante da pressão da opinião pública para proteger as florestas. E governos como o do Brasil com Jair Bolsonaro perderam a credibilidade com anúncios de proteção ambiental que não se concretizarão. Além de seis commodities — carne bovina, soja, café, madeira, cacau e óleo de palma —, alguns produtos derivados como couro, chocolate e móveis estão no alvo europeu.

Valor Econômico


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Intenção de Consumo no Paraná volta a subir, mas ainda é insatisfatória

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) - índice que retrata o ânimo do consumidor no país - cresceu no Paraná em agosto após quatro meses de queda


O ICF subiu 2,2% nesse mês em comparação ao mesmo período de 2021, fechando em 96,8 pontos. Porém, o índice ainda segue insatisfatório por estar abaixo dos 100 pontos. O levantamento é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR). Dos sete itens que compõem o cálculo do ICF, o Nível de Consumo Atual foi o que mais aumentou na variação mensal, com alta de 10,2% em relação a julho. Também tiveram elevação os aspectos Emprego Atual (3,2%), Renda Atual (1,8%) e Perspectiva de Consumo (1,6%). Por outro lado, apresentaram redução a Perspectiva Profissional (-2,0%), Acesso ao crédito (-0,9%). Já o índice do Momento para Consumo de Duráveis atingiu o menor patamar da série histórica, em -0,5%. Isso evidencia que o consumidor paranaense está pouco propenso a adquirir produtos de maior valor agregado. Ao avaliar a faixa de Rendimento das Famílias do estado, o ICF aponta tendências diferentes conforme a renda. Nas famílias com renda acima de dez salários mínimos, houve elevação de 3,5% no índice, atingindo 105,5 pontos. Já entre as famílias de renda menor, o crescimento foi de 1,9%, porém o índice ficou insatisfatório por estar abaixo dos 100 pontos.

GAZETA DO POVO


Condição do trigo do Paraná piora após geada; colheita de milho avança

A condição média da lavoura de trigo do Paraná piorou após a ocorrência de geadas na última semana, especialmente em áreas do sudoeste do Estado, informou na terça-feira o Departamento de Economia Rural (Deral)


Agora o órgão do governo estima que 80% das áreas estão em boas condições, sete pontos abaixo do visto na semana anterior. Passaram a ter situação avaliada como “média” 17% das plantações (ante 11%), enquanto 3% estão “ruins”. Técnicos do Deral já antecipavam uma piora nas condições da safra em função das geadas, embora a produção total, mantida a situação atual, deva crescer na comparação com a temporada anterior –quando as intempéries foram mais severas– em avaliação preliminar. Os prejuízos por geadas levam alguns dias para ficarem mais claros nos campos. O Deral informou ainda que produtores realizaram a colheita em 2% da área de trigo do Estado, após o relatório da semana passada marcar o início dos trabalhos com 1%. Na mesma época do ano passado ainda não havia percentual de trigo colhido no relatório do departamento. O Paraná já tem 18% dos trigais em fase de maturação, perto da colheita. Já a colheita da segunda safra de milho atingiu 84% da área do Paraná, avanço de cinco pontos percentuais na comparação com a semana anterior.

REUTERS


Copel Geração vai emitir até R$ 1 bilhão em notas comerciais

Papéis terão prazo de três anos


A Copel Geração e Transmissão vai emitir notas comerciais no valor de até R$ 1 bilhão, com prazo de três anos. A distribuição será pública, com esforços restritos de colocação. Do montante, R$ 600 milhões serão sob o regime de garantia firme. O restante, com melhores esforços de colocação. A operação será coordenada pelo Itaú. A remuneração será definida após procedimento de coleta de intenções, sendo limitada à variação da taxa DI com acréscimo de até 1,22% As informações constam na ata da reunião do conselho de administração realizada no dia 12 de agosto, que aprovou a emissão das notas.

VALOR ECONÔMICO


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar fecha abaixo de R$ 5,10 com commodities e Fed menos belicoso

O dólar registrou a maior queda percentual e o menor patamar em mais de uma semana, após a divulgação de indicadores econômicos norte-americanos mais fracos, que na leitura de investidores podem servir de argumento para o banco central dos Estados Unidos amenizar o tom duro nas comunicações sobre inflação e alta de juros


A moeda negociada no mercado interbancário caiu 1,26%, a 5,0988 reais na venda. O declínio percentual é o mais intenso desde 12 de agosto (-1,66%), e a cotação é a mais baixa para um encerramento desde o último dia 15 (5,0926 reais). A atividade de negócios no setor privado dos EUA contraiu pelo segundo mês consecutivo em agosto e no ritmo mais intenso em 18 meses, com particular piora no setor de serviços, à medida que a demanda enfraqueceu diante da inflação e das condições financeiras mais apertadas. O dado causou uma primeira pernada de baixa no dólar, que saiu de quase 5,13 reais para 5,1099 reais abruptamente. Na sequência, a cotação afundou mais até tocar 5,0704 reais, queda de 1,81%, depois de as vendas de moradias unifamiliares nos EUA em julho caírem ao menor patamar em seis anos e meio, impactadas pelas taxas mais altas das hipotecas --reflexo direto do aumento de juros pelo Fed. O lote de indicadores nos EUA veio poucos dias antes da aguardada fala do chair do banco central dos EUA, Jerome Powell, em Jackson Hole, evento no qual se espera que Powell emita sinalizações sobre a política monetária. "Os dados estão indicando que Powell talvez vá nessa direção de desaceleração na alta de juros, menos alta de juros", disse Joaquim Kokudai, gestor na JPP Capital. "Estava todo mundo assustado com o que poderia vir de Jackson Hole, um discurso mais duro, mas agora podemos ter algum fôlego até lá", acrescentou. Powell falará no simpósio na sexta-feira. O mercado está há tempos operando sob a batuta das sinalizações de política monetária de integrantes do banco central norte-americano, num cenário de ampla volatilidade.

REUTERS


Ibovespa fecha em alta de 2,13% com commodities e dados dos EUA

A combinação entre uma recuperação pontual das commodities e dados econômicos fracos nos Estados Unidos, o que sugere uma necessidade menor de subir os juros por parte do Federal Reserve (Fed), deram espaço para que o Ibovespa registrasse sessão amplamente positiva ontem


Mais pesado do índice, Vale ON saltou mais de 6%. Ao fim do dia, o referencial da bolsa avançou 2,13%, aos 112.857 pontos. O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 18,56 bilhões no Ibovespa e R$ 23,59 bilhões na B3. No exterior, o S&P 500 caiu 0,22%, aos 4.128 pontos, o Dow Jones teve recuo de 0,47%, aos 33.909 pontos e o Nasdaq fechou estável, aos 12.381 pontos. Entre as commodities, o minério de ferro terminou em alta de 2,47% na bolsa de Dalian, aos 705,00 yuans (aproximadamente US$ 103) a tonelada. Além dos estímulos anunciados pelo governo chinês, a expectativa de impacto positivo da sazonalidade na demanda de aço pela construção civil na China ao longo do segundo semestre, em meio à queda dos embarques de minério de ferro a partir dos principais países produtores, deu novo impulso aos preços da commodity. No entanto, Leandro Saliba, gestor de renda variável da AF Invest, diz que ainda é cedo para pensar em mudanças estruturais no mercado de metálicas. "Os preços ficaram amassados e agora foram impactados por boas notícias, mas não sabemos se é sustentável. A China tem problemas sérios para resolver, seja no setor de real estate, a seca que castiga o país e até mesmo a convenção que decidirá se Xi Jinping será reconduzido ao poder", diz. No cenário macro, os ativos ganharam espaço após a leitura preliminar do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos Estados Unidos cair a 45 pontos em agosto, ante 47,7 pontos em julho, conforme dados do S&P Global. O PMI de serviços caiu de 47,3 pontos em julho para 44,1 pontos. E o PMI industrial caiu para 51,3 pontos na leitura preliminar, ante 52,2 pontos em julho. Os indicadores abaixo das expectativas aumentam a probabilidade de o Federal Reserve (Fed) começar a desacelerar a alta dos juros já na reunião de setembro, o que ajuda ativos ao redor do mundo. Saliba, da AF Invest, contemporiza. "Todos ativos de risco andaram bem nas últimas semanas com um alívio das pressões inflacionárias lá fora, mas acreditamos que o mercado terá uma realização mais forte do que a vista essa semana e o Ibovespa dificilmente conseguirá avançar sozinho", diz.

VALOR ECONÔMICO


Mercado de trabalho/Cepea: População ocupada no agro no 2º tri é a maior para o período desde 2015

A população ocupada (PO) no agronegócio brasileiro somou 19,09 milhões de pessoas no segundo trimestre de 2022, aumento de 4,6% (ou de 839 mil de pessoas) frente ao mesmo período do ano passado, segundo indicam pesquisas realizadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a partir de informações dos microdados da PNAD-Contínua e de dados da RAIS


Trata-se, também, do maior número de pessoas atuando no setor em um segundo trimestre desde 2015, quando a PO totalizou 19,18 milhões de pessoas. Pesquisadores do Cepea indicam que esse avanço se trata de uma recuperação de ocupações que foram perdidas pelos desdobramentos da crise gerada pela pandemia. Dentre os segmentos, os destaques foram as agroindústrias e os agrosserviços, que apresentaram crescimentos significativos, de quase 371,98 mil e de 605,73 mil pessoas, respectivamente, frente ao mesmo período do ano passado. Entre o primeiro e segundo trimestres, especificamente, a população ocupada no agronegócio aumentou 1,9%, e isso se deve às variações positivas observadas em todos os segmentos. Pesquisadores do Cepea indicam que o crescimento observado para a população ocupada no agronegócio entre o primeiro e o segundo trimestres de 2022 ocorreu entre os trabalhadores assalariados (com e sem carteira assinada) e os trabalhadores por conta própria. Quando analisado o perfil de instrução da PO, verificou-se que, a despeito da manutenção do crescimento de pessoas com grau superior, que tem sido observado nos últimos anos, houve avanço importante para todas as categorias de escolaridades – sobretudo para os trabalhadores sem instrução, em termos relativos. Em relação ao gênero, verificou-se que a maior parte do crescimento no período recente foi ocupada por mulheres. No Brasil como um todo, 98,27 milhões de pessoas estavam ocupadas no segundo trimestre deste ano, bem acima dos 89,38 milhões no mesmo período de 2021. Ainda assim, a participação do agronegócio no mercado de trabalho brasileiro foi de 19,42% de abril a junho de 2022, contra 20,41% no segundo trimestre de 2021.

Cepea


Desajuste fiscal pode custar R$ 430 bi em 2023

Cálculo de economistas do Ibre inclui furo no teto de gastos, perda de receita, riscos e custo financeiro


O Brasil pode ter de arcar com uma conta adicional de R$ 430 bilhões em 2023, o equivalente a 4,2% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo economistas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Esse “cheque” que os cofres públicos podem ter de enfrentar no ano que vem decorre das medidas que estão sendo adotadas este ano ou previstas para 2023, sendo composto pelo furo no teto de gastos, perdas de arrecadação, custos financeiros e outros riscos. Na edição de agosto do Boletim Macro, do FGV Ibre, os economistas Bráulio Borges e Manoel Pires alertam que, diante do tamanho da conta, a solução de curto prazo parece ser o “waiver” fiscal - licença temporária das regras fiscais para organizar o Orçamento até haver discussão mais madura sobre a situação das finanças públicas. “Falar de desafio fiscal em 2022 já passou. Agora o relevante é falar de 2023”, afirma Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro. “Os impactos das escolhas que estão sendo feitas ao longo deste ano e o choque internacional terão desdobramentos.” Na seção sobre política fiscal, Borges e Pires lembram que a ideia de uma licença temporária tem ganhado força como solução para o problema fiscal do Brasil, que vai além do teto de gastos. Do lado do presidente Jair Bolsonaro, o ministro Paulo Guedes já ressaltou a necessidade de um “waiver” fiscal para manter gastos sociais. Da parte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro Nelson Barbosa, que o auxilia, tem aventado a hipótese de licença fiscal no início de um eventual governo petista. “Tal diretriz decorre do acúmulo de problemas orçamentários e riscos fiscais que surgiram e que ampliam a incerteza”, escrevem os economistas no Boletim Macro. Eles dividem o “cheque” de 2023 em quatro categorias. A primeira são despesas não cobertas no Orçamento e que colocam em xeque o teto de gastos, como a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600, o reajuste do funcionalismo e a revisão das despesas discricionárias. Essa conta ultrapassa R$ 120 bilhões, cerca de 1,2% do PIB. Bráulio Borges: mercado aceita prorrogação do Auxílio Brasil de R$ 600, mas dá indícios de que todo o resto do rombo terá de ser revertido. Outra parte diz respeito a medidas com impacto negativo sobre a receita e que afetam apenas o resultado primário, mas não o teto de gastos. Por exemplo, recentes desonerações e o reajuste da tabela do Imposto de Renda que podem custar para o governo federal mais de R$ 25 bilhões permanentes. “Se considerarmos [também] a normalização da arrecadação do setor de petróleo, estimada em R$ 62 bilhões, o total chega a R$ 86 bilhões (mais de 0,8% do PIB)”, afirmam. Há também eventos com impactos financeiros negativos, tais como a elevação da taxa de juros e a suspensão do pagamento das dívidas dos Estados. Borges e Pires argumentam que isso leva a uma piora do déficit nominal pela elevação do pagamento de juros líquidos. Somados, esses dois eventos poderiam ter custo fiscal da ordem de R$ 77 bilhões, por volta de 0,7% do PIB. O último componente são eventos ainda incertos, mas com potencial de grande impacto nas finanças públicas. Como os precatórios e a compensação que o governo deve fazer aos Estados por ocasião do corte de impostos, que pode chegar perto de R$ 144 bilhões, ou 1,4% do PIB. “Essa é uma estimativa com base em questões com impacto relevante, que geram discussão judicial e afetam o governo. Não necessariamente é um passivo fiscal imediato ou que irá se gastar 4,2% do PIB”, diz Manoel Pires. Para Pires, há uma piora do déficit fiscal, porque grande parte dos eventos previstos no Boletim tem probabilidade de acontecer.

VALOR ECONÔMICO


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