Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 439 |16 de agosto de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Mercado do boi gordo registra mais uma rodada de baixa nos preços físicos
Demanda doméstica pela carne bovina continua enfraquecida e os pecuaristas liquidam lotes temendo recuos ainda mais fortes da arroba mais para frente
Na terça-feira, 15 de agosto, foram registrados novos reajustes negativos nos preços do boi gordo, muito em função da fraca procura por gado gordo, informou a S&P Global Commodity Insights. Segundo apurou a Scot Consultoria, no mercado paulista, a ponta compradora iniciou o dia ofertando menos R$ 5 para as arrobas do boi gordo e do “boi-China”. Com isso, o animal macho “comum” agora vale R$ 220/@ em São Paulo, enquanto a para o boi enviado ao mercado chinês é negociado por R$ 225/@, preços brutos e a prazo. A vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 200/@ e R$ 215/@, respectivamente, no prazo, valores brutos. Segundo a S&P Global, boa parte das unidades de abate espalhadas pelo Brasil limitam o ritmo de compra de lotes de boiada gorda por possuírem escalas confortáveis ou pelo fato de serem mais que suficientes para atender necessidade de curtíssimo prazo. “Pelo lado do produtor, muitos deles estão temendo quedas mais severas e, por isso, acabam negociando os seus lotes terminados”, destacam os analistas. Neste ano, o nível de abate de bovinos no Brasil cresceu acima das expectativas do setor, influenciado pelo aumento expressivo de fêmeas enviadas ao gancho, ressalta a S&P Global. Ao mesmo tempo, o consumo doméstico de carne bovina continua patinando, resultando em elevação dos estoques nas câmaras frias, no atacado e no varejo. Nos últimos meses, o fluxo das vendas externas até que reagiu, mas os valores pagos pela carne bovina brasileira recuaram fortemente, devido à pressão por preços mais atrativos por parte dos importadores chineses. Tal situação reduziu as margens dos frigoríficos exportadores, que, por sua vez, lançaram pressão sobre os valores pagos aos pecuaristas brasileiros. Atualmente, sob alegação de aperto de margem operacional, dificuldade em escoar excedentes nos estoques ou uma oferta elevada de animais prontos para abate, a cadeia da carne vive um momento muito delicado em termos de preços e rentabilidade, sobretudo em relação ao pecuarista, observou a S&P Global. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 222/@ (à vista) vaca a R$ 197/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 224/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 215/@ (à vista) vaca a R$ 202/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 217/@ (prazo) vaca a R$ 204/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 197/@ (prazo) vaca a R$ 177/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 195/@ (à vista) vaca a R$ 175/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 195/@ (à vista) vaca a R$ 175/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 212/@ (prazo) vaca R$ 197/@ (prazo; PR-Maringá: boi a R$ 222/@ (à vista) vaca a R$ 197/@ (à vista); RS-Fronteira: boi a R$ 240/@ (à vista) vaca a R$ 210/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 197/@ (prazo) vaca a R$ 177/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 207/@ (prazo) vaca a R$ 194/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 202/@ (prazo) vaca a R$ 177/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 185/@ (à vista) vaca a R$ 165/@ (à vista); MA-Açailândia: boi a R$ 190/@ (à vista) vaca a R$ 175/@ (à vista).
VALOR ECONÔMICO/GLOBO RURAL
Levantamento da intenção de confinamento o registrou aumento de 22,41% no Mato Grosso, apontou IMEA
Apesar do aumento em relação ao 1º levantamento, volume ainda está abaixo no observado no último ano
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) realizou durante o mês de julho/23 o segundo levantamento das intenções de confinamento de Mato Grosso para 2023. A pesquisa contou com a participação de 104 confinadores do estado, do total de 153 da amostra, obtendo uma representatividade de 67,97% do total amostrado. Quanto à perspectiva de confinamento para 2023, 78,85% dos informantes disseram já ter decidido confinar – aumento de 10,88 p.p. em relação ao resultado obtido no levantamento de abril/23. Logo, o número de confinadores que haviam optado por não confinar reduziu 17,25 p.p. ante a abril/23 e fechou em 15,38% nesse levantamento. O 2º levantamento das intenções de confinamento de 2023 em Mato Grosso registrou aumento de 22,41% ante ao 1º levantamento do ano, e a perspectiva é que sejam confinados 628.360 bovinos pelos os participantes da pesquisa. No entanto, apesar do aumento em relação ao 1º levantamento, o volume ainda está abaixo no observado no último ano, sendo 4,47% menor que julho/22 e 12,20% menor que o consolidado de 2022. O preço do boi gordo ainda é o principal fator de preocupação na tomada de decisão entre pecuaristas e lideranças do setor, sendo apontado por 76,92% dos participantes.
IMEA
SUÍNOS
Suíno vivo com altas
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 120,00/R$ 122,00, enquanto a carcaça especial cedeu 2,13%/2,06%, valendo R$ 9,20/kg/R$ 9,50/kg
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (14), houve leve alta de 0,15% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,67/kg, reajuste positivo de 0,32% no Paraná, alcançando R$ 6,23/kg, incremento de 1,34% no Rio Grande do Sul, atingindo R$ 6,06/kg, aumento de 0,33% em Santa Catarina, custando R$ 6,01/kg, e de 1,40% em São Paulo, fechando em R$ 6,53/kg.
Cepea/Esalq
Gigante chinesa de carne suína WH Group vê preços de suínos mais altos no 2º semestre de 2023
A gigante chinesa de processamento de carne suína WH Group Ltd espera que os preços dos suínos na China subam 10-20% no segundo semestre de 2023 em relação aos primeiros seis meses, apoiados por uma demanda mais forte e menor excesso de oferta
“Os criadores de suínos na China sofreram perdas por sete meses, o período mais longo da história, devido aos baixos preços dos suínos. Mas a situação vai melhorar na segunda metade do ano”, disse Ma Xiangjie, presidente da Shuanghui Development, subsidiária do Grupo WH, em entrevista coletiva na terça-feira. Ma previu que o preço médio do suíno atingiria cerca de 16 yuans (US$ 2,20) por quilograma (kg) no segundo semestre deste ano, acima da média de 15,12 yuans no primeiro semestre, mas o preço médio de 2023 ainda seria significativamente menor de 2022. O WH Group divulgou na terça-feira seus lucros do primeiro semestre antes que os ajustes de valor justo biológico caíssem 45%, para US$ 383 milhões. A receita de janeiro a junho do grupo, dono da Smithfield Foods, com sede nos Estados Unidos, maior processadora de carne suína do mundo, caiu 2%, para US$ 13,12 bilhões, de acordo com um documento da empresa. A China, maior consumidora mundial de carne suína, viu sua produção de carne suína no segundo trimestre atingir o nível mais alto em pelo menos uma década no período, à medida que os produtores se preparavam para uma demanda melhor. No entanto, os preços fracos e a demanda morna em meio à economia vacilante levaram os criadores a reduzir os rebanhos, aumentando os volumes de abate. “A demanda por carne suína é sazonalmente mais forte no segundo semestre do ano, o que melhorará a situação de oferta e demanda”, disse Ma. Ao mesmo tempo, o WH Group espera que os preços do suíno nos Estados Unidos e na Europa caiam na segunda metade do ano em relação aos atuais altos níveis sazonais. Os executivos do Grupo WH também disseram que as recentes fortes chuvas e inundações no norte da China não afetaram sua produção.
REUTERS
Custo de produção de suínos no RS, PR e SC em julho de 2023
Na abertura do segundo semestre o levantamento do custo de produção de suínos realizado pela Embrapa apresentou elevação nos três Estados da região Sul
Na abertura do segundo semestre o levantamento do custo de produção de suínos realizado pela Embrapa apresentou elevação nos três Estados da região Sul. No Rio grande do Sul o custo subiu para R$6,05/kg, significando aumento de 3,6% no mês e queda de 13,2% sobre o verificado na abertura do ano. No Paraná o custo atingiu R$5,68, significando aumento de 2% sobre junho último e queda de 18% sobre o recebido em janeiro, abertura do presente ano civil. Em Santa Catarina o custo de criação alcançou R$5,86, equivalendo a incremento de 1,7% no mês e retrocesso de 16,1% sobre janeiro. Importante lembrar que as comparações sobre o mesmo período do ano passado perderam a efetividade pelo fato dos custos anteriores a 2023 não terem sido ajustados para os novos parâmetros de cálculo que, segundo a CONAB, impactaram numa redução de 16% sobre o custo levantado. E isso significa, em julho, um custo apresentando queda de 7,2% no RS, 7% no PR e de 7,6% em SC, em comparação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a julho, por sua vez, a atualização significa que o custo médio atual apresenta equiparação em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto no PR e SC houve, respectivamente, pequenos incrementos de 1,8% e 1,2%.
EMBRAPA
FRANGOS
Frango: mercado estável no PR e em queda em SC
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,00/kg, enquanto o frango no atacado teve recuo de 0,47%, valendo R$ 6,32/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o valor não teve alteração, com a ave cotada em R$ 4,51/kg; já em Santa Catarina, houve queda de 0,97%, atingindo R$ 4,08/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (14), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, valendo, respectivamente, R$ 6,55/kg e R$ 6,54/kg.
Cepea/Esalq
Vanuatu abre mercado para carne de frango brasileira
As autoridades sanitárias do Vanuatu, país no sul do Pacífico, comunicaram na segunda-feira (14) a aprovação do Certificado Sanitário Internacional (CSI), que acompanhará os carregamentos de carne de aves, os produtos derivados e miúdos
Os estabelecimentos brasileiros já podem procurar o Ministério da Agricultura e Pecuária para conhecer as condições de habilitação para exportação desses produtos para aquele país localizado na Oceania. De acordo com o AgroStat (Estatística do Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), em 2022, Vanuatu importou US$ 69,7 mil em produtos do agronegócio brasileiro, principalmente, margarina.
MAPA
LEGISLAÇÃO
Falta de profissionais para fiscalizar a produção ameaça o agro no Brasil
Demora na Lei do Autocontrole. Levantamento feito por entidade sindical revela que faltam dois mil profissionais para a inspeção sobre a produção animal em todo o Brasil
Indústrias de todo o país estão enfrentando problemas graves com a falta de profissionais para fiscalização da produção agropecuária, o que coloca em risco o funcionamento de plantas comerciais inteiras e abates gigantescos do país, que é o maior exportador de carnes do mundo. A situação está em xeque porque não há profissionais suficientes para o Serviço de Inspeção Federal (SIF). A informação vem do Conselho dos Secretários de Agricultura do Brasil (Conseagri) e é reforçada por outros órgãos do setor produtivo. A contratação e designação dos profissionais é de responsabilidade do governo federal, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O órgão anunciou concurso para 200 profissionais neste ano, mas na avaliação do setor produtivo e de autoridades do segmento, as contratações serão insuficientes para atender a demanda reprimida. Outro ponto de preocupação é a demora para a implementação e regulamentação da Lei do Autocontrole, que determina que as empresas do setor agropecuário criem sistemas próprios para auxiliar o poder público nesta tarefa. Para se ter ideia, a falta de profissional à inspeção federal somente no estado do Paraná, um dos maiores produtores de proteína animal do Brasil, passava de 30 auditores agropecuários, os chamados affas, em 2022. Estes trabalhadores são essenciais para atender a expansão das atividades das empresas, como aumento de turnos e de dias de abate, além de novas organizações que estão iniciando na atividade. A avaliação de defasagem estadual, na época, foi da Delegacia Sindical Estadual do Paraná do Sindicato dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical). No estado, são 55 estabelecimentos de abate fiscalizados de forma permanente e 210 estabelecimentos de produtos de origem animal avaliados periodicamente. Pelo Brasil faltam ao menos 2 mil profissionais, segundo a Anffa. Chega a 40% o déficit na inspeção federal que assegura qualidade nos produtos de origem animal. Responsáveis por assegurar a qualidade de produtos de origem animal (comestíveis e não comestíveis) destinados ao mercado interno e externo, bem como de produtos importados, os profissionais do SIF devem ser designados, além das indústrias, a portos, aeroportos e postos de fronteira, nos campos de produção, nas empresas agropecuárias, nos programas de desenvolvimento agropecuários elaborados pelo Mapa, nas negociações internacionais, entre outros ambientes ligados a atividades afins. “E falta gente em todos esses setores”, afirmou o presidente do Conseagri e secretário da Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara. Não há concursos para a categoria há pelo menos cinco anos e o setor só vê o número de trabalhadores reduzir. Segundo a Anffa Sindical, no ano 2000 existiam pouco mais de 4 mil desses trabalhadores no Brasil. Agora, são cerca de 2,3 mil, redução de 40%. No Paraná, ao menos duas grandes indústrias sofreram recentemente com os entraves provocados pela falta de profissionais do SIF. O próprio Mapa reconhece a defasagem, mas seu número de momento é inferior ao estimado pelo setor produtivo. “A demanda é de atualização constante, variando de acordo com registros de novos estabelecimentos, cancelamento de registro de estabelecimentos, aumento de turnos de abate, mercados com exigências específicas. Não há como quantificar de modo exato a atual necessidade. Se for considerar a data de hoje, seriam 420 Agentes de Fiscalização Federal - Médico Veterinário e 660 Agentes”, afirmou o Mapa à Gazeta do Povo. O assunto tem sido pauta também no Fórum de Sanidade do Brasil (Fonesa) coordenada por outro paranaense, Otamir Cesar Martins. “Temos tratado juntos deste assunto e de forma constante. É um grande problema e que precisa ser resolvido, de uma vez”, completou Norberto Ortigara. Na tentativa de solucionar parte dos entraves, foi aprovada a Lei 14.515, chamada de Autocontrole, e que precisa, segundo o secretário paranaense, ser regulamentada o mais rápido possível. “Estive com o ministro da Agricultura (Carlos Fávaro) para tratar deste assunto específico por três vezes, pedindo para que a gente evolua, todos os países decentes do mundo com grande produção de proteína animal fazem de outra forma, apenas nós, a Argentina e o Uruguai que somos chapa-branca, (temos) funcionários públicos fazendo inspeção”, destacou. Ortigara lembrou que a Lei mencionada está em fase de consulta pública, mas reconhece que existem forças contrárias à sua implementação. “Tem gente grande que prefere continuar no velho modelo por achar que é mais cômodo”, criticou. O presidente do Conselho dos Secretários de Agricultura lembrou ainda dos casos de judicialização solicitando profissionais nas indústrias e reiterou que não se trata de uma afronta ou uma agressão ao governo federal. “A coisa é prática, estavam (as indústrias) suspendendo abate de um grande frigorífico no oeste do Paraná aos sábados, representando 6,5 mil suínos, isso é inadmissível. No norte pioneiro queriam suspender o abate de mil suínos e 200 mil frangos por dia porque não tinha mais inspeção. Como assim? Se o modelo é esse, que se resolva, se não que possamos implementar outro modelo que eu confio plenamente porque o mundo mostra assim, temos certeza que vai funcionar”.
GAZETA DO POVO
EMPRESAS
JBS estima ganho de US$ 450 mi no 2º semestre com preços mais baixos dos grãos
A JBS estima um efeito positivo de 450 milhões de dólares em seu resultado este ano relacionado aos preços mais baixos dos grãos, especialmente milho, afirmou na terça-feira o diretor financeiro da maior produtora de carnes do mundo, Guilherme Cavalcanti, em teleconferência com analistas
Isso representa uma revisão da previsão de 340 milhões dólares que a empresa deu no final do primeiro trimestre. Ao comentar os resultados do segundo trimestre, divulgados na véspera, a JBS ainda afirmou que uma queda nos preços dos grãos beneficiará seus negócios de suínos e aves em todo o mundo.
REUTERS
Após trimestre amargo, empresas de carne veem recuperação de vendas para China e Brasil
JBS, Marfrig e BRF registraram prejuízo de abril a junho
O segundo trimestre do ano foi amargo para as principais empresas brasileiras de proteínas animais, embora menos do que entre janeiro e março. JBS, Marfrig e BRF registraram prejuízos expressivos. Já a Minerva Foods escapou de ver a última linha de seu balanço ficar vermelha, mas viu o lucro despencar. No mercado de carne bovina, pesaram sobretudo o cenário adverso para as exportações para a China, mesmo após a retomada das compras de carne bovina brasileira diante da suspensão temporária em março e a redução de margens nos Estados Unidos, onde JBS e Marfrig concentram a maior parte de seus negócios; no mercado de carne de frango, o problema foi a ampla oferta global e custos ainda elevados, como acusaram os números de Seara, controlada pela JBS, e BRF, empresa na qual a Marfrig é a principal acionista. Para este segundo semestre, a expectativa geral é de melhora dos resultados, em decorrência de um previsto reaquecimento das vendas ao mercado chinês, da redução de custos e da continuidade de fortalecimento dos negócios no Brasil, por questões sazonais e em razão da queda da taxa básica de juros (Selic), que até dezembro deverá se aprofundar. A JBS, maior empresa de proteínas animais do mundo, encerrou o segundo trimestre com prejuízo líquido de R$ 263,6 milhões, ante lucro líquido de R$ 3,952 bilhões no mesmo período de 2022. Na comparação, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado caiu 56,9%, para R$ 4,47 bilhões, e a receita líquida consolidada da companhia recuou 3%, para R$ 89,383 bilhões. Mesmo com margens menores, a JBS Beef North America continuou a liderar a receita líquida do grupo, com R$ 28,77 bilhões, um crescimento de 5,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida vieram as divisões Pilgrim’s Pride, que reúnem negócios de aves e processados do grupo nos EUA, com R$ 21,315 bilhões (queda de 6,4%), JBS Brasil, com R$ 13,986 bilhões (baixa de 0,9%), Seara, com R$ 10,31 bilhões (recuo de 3,5%), JBS USA Pork, com R$ 8,798 bilhões (retração de 15,3%) e JBS Australia, com R$ 7,471 bilhões (redução de 9,3%). O Ebitda ajustado consolidado da companhia foi puxado por Pilgrim’s Pride (R$ 1,859 bilhão, queda de 48,9%), seguida por JBS Australia (R$ 710,4 milhões, baixa de 0,3%), JBS Brasil (R$ 675,7 milhões, baixa de 15,9%), JBS Beef North America (R$ 433,5 milhões, recuo de 85,8%), Seara (R$ 419,9 milhões, retração de 72,1%) e JBS USA Pork (R$ 386,3 milhões, redução de 43,2%). Na divulgação dos resultados, a JBS realçou que a diminuição da receita líquida da Seara, que reúne negócios de aves, suínos e alimentos processados, resultou do recuo das divisas geradas pelas exportações, e que as vendas no mercado doméstico permaneceram estáveis em R$ 5,1 bilhões. No caso da JBS Brasil, onde estão abrigados os negócios de bovinos no país, houve recuperação em relação ao primeiro trimestre, quando o Brasil suspendeu temporariamente as exportações de carne bovina à China após a confirmação de um caso atípico da doença da “vaca louca” no Pará. As vendas também continuaram a ser impactadas positivamente pelo ciclo pecuário favorável, quando a oferta disponível de animais aumenta. Para a JBS Beef North America, as margens continuam sob pressão, e as exportações de carne bovina a partir dos EUA também foram prejudicadas por uma demanda na Ásia menor que a prevista. Para a JBS USA Pork, pesou a queda de preços da carne suína nos EUA, mas as exportações permaneceram aquecidas. Na JBS Australia, as vendas cresceram no mercado interno, mas houve retração das exportações.
INFOMONEY
Lucro da Frigol caiu 53% no 2º trimestre para R$ 24 milhões
Apesar do recuo, a companhia teve uma evolução na variação trimestral e conseguiu reverter um prejuízo do início do ano. Com conclusão de melhorias em suas três unidades, empresa espera elevar em 25% volume de abates de bovino comparado a 2022
A Frigol, quarto maior frigorífico de bovinos do país, registrou lucro líquido de R$ 24 milhões no segundo trimestre, queda de 53% se comparado ao mesmo período do ano passado, conforme balanço financeiro divulgado na terça-feira (15/8). Apesar do recuo, a companhia ressaltou que houve uma evolução na variação trimestral, visto que conseguiu reverter o prejuízo líquido de R$ 15 milhões obtido no intervalo de janeiro a março de 2023.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) do segundo trimestre ficou em R$ 29 milhões, 66% menor no comparativo anual, enquanto a receita bruta baixou 15%, para R$ 821 milhões. “Foi um período de recuperação, depois de um primeiro trimestre marcado pelo autoembargo nas exportações para a China. Porém, como já prevíamos, houve queda na comparação anual, com as receitas de exportação impactadas por uma valorização do real e pela queda no preço pago pelo mercado chinês", disse em nota Eduardo Miron, CEO da Frigol. Segundo ele, a companhia adotou a mesma estratégia do período de embargo, redirecionando as vendas para o mercado interno, onde conta com marcas e forte relacionamento com clientes. “O fato de termos vendas balanceadas entre mercado interno e externo é positivo para nossa companhia, pois permite flexibilidade no direcionamento das vendas”, acrescentou. Ainda assim, as vendas para o mercado externo representaram 54% da receita bruta, aumento em relação aos 42% do primeiro trimestre e com leve recuo em relação ao patamar de 55% atingido no segundo trimestre de 2022. A China foi o principal destino dos embarques, seguida da Israel. “Como consequência da disciplina financeira e esforço na gestão de capital de giro, encerramos o período com caixa de R$ 292 milhões, 38% maior do que o registrado ao fim do primeiro trimestre e alta de 36% na comparação anual”, pontuou Eduardo Masson, CFO da companhia. Do ponto de vista operacional, a Frigol destacou que o segundo trimestre foi marcado pela conclusão dos projetos que permitiram aumentar a capacidade produtiva em suas três plantas de bovinos, em Lençóis Paulista (SP), Água Azul do Norte (PA) e São Félix do Xingu (PA). "Agora, a empresa está preparada para abater 590 mil animais neste ano, 25% acima que em 2022".
VALOR ECONÔMICO
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Paraná bate recorde e fecha balança comercial com superávit de R$ 4 bilhões entre janeiro e julho
As vendas de mercadorias do Paraná no mercado internacional alcançaram US$ 2,2 bilhões em julho deste ano, o maior valor da série histórica do mês desde 1997. O número representa uma alta de 6%, comparado com o mesmo período de 2022. Com isso, a balança comercial do Paraná registrou o superávit de US$ 4 bilhões, nos primeiros sete meses do ano, desempenho recorde na série histórica
As exportações estaduais, de janeiro a julho, somam o maior valor em receitas cambiais da série, acumulando em torno de US$ 14,4 bilhões. O número ultrapassa em 13% no comparativo com os primeiros sete meses do ano de 2022, conforme os dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Governo Federal, publicados pela Fiep. As importações chegaram a US$ 1,3 bilhão, uma queda de 36%, comparado a julho de 2022. Já a somatória do ano registra em US$ 10,4 bilhões, uma redução de 19% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em julho, a balança comercial fechou no positivo em US$ 837 milhões. “O desempenho da atividade de comércio exterior é muito positivo. Quanto maior o superávit, mais dinheiro circula na economia do Paraná e mais recursos estarão disponíveis para investimentos, implementação de políticas públicas e melhorias em infraestrutura no estado, por exemplo”, afirma o analista de Assessoria Econômica e de Crédito da Fiep, Evânio Felippe. Exportação do Paraná está concentrada em 5 países. As exportações paranaenses estão concentradas por commodities, como grãos, carnes, alimentos e petróleo. No mês de julho, a economia do Paraná exportou mercadorias para 164 países, sendo que 47% estão concentradas em cinco países. O maior número de exportação é para a China, com 27%. Logo em seguida, Argentina (6,7%), Coreia do Sul (5,6%), Estados Unidos (5,5%) e México (2,8%). Desde o começo de 2023, as vendas paranaenses para China e Argentina aumentaram 49% e 46%, respectivamente, comparado ao mesmo intervalo do ano anterior. O Paraná efetuou negociações de importações com 98 países no último mês de julho. Novamente, a economia chinesa foi destaque, com 21% do total vendido ao Paraná, com produtos químicos, máquinas e equipamentos.
GAZETA DO POVO
Colheita do milho vai à 38% no Paraná com boa produtividade na maioria das regiões, relata Deral
O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou seu relatório semanal trazendo as condições de tempo e cultivo para as principais culturas do estado
De acordo com o levantamento, a colheita da segunda safra de milho saiu dos 28% registrados na semana passada para 34% do total. Do restante ainda em campo, 93% das lavouras estão em maturação e 7% ainda em frutificação. As regiões mais adiantadas na colheita são Irati e Pato Branco (100%), Guarapuava (99%), Francisco Beltrão (93%), União da Vitória (90%), Pitanga (70%), Toledo (68%) e Ponta Grossa (65%). Os técnicos do Deral ainda classificam 81% das lavouras como em boas condições, 17% das lavouras em médias e 2% em ruins, mesmos índices da semana anterior. Detalhando as regiões paranaenses, o Deral indica que a colheita da safrinha teve início, mas com progresso lento devido à alta umidade dos grãos na região Norte. “Estima-se que poucas áreas tenham sido colhidas até o momento em comparação ao mesmo período do ano anterior. A cultura apresenta bom desenvolvimento, encontrando-se em estágios de enchimento de grãos e maturação. A expectativa é que a colheita se intensifique nesta semana devido às condições favoráveis”. A colheita também avançou nas regiões Oeste e Centro-Oeste, apesar de interrupções pelas chuvas recentes. “Até o momento, grande parte foi concluída, apresentando produtividade acima das expectativas médias”, destaca. No Sudoeste do Paraná os produtores avançam para concluir a colheita da segunda safra com produtividade abaixo do esperado devido aos problemas enfrentados durante o desenvolvimento da cultura, especialmente com a cigarrinha. As produtividades têm se mantido dentro das expectativas na região Sul, mas com custos elevados e preços baixos, os produtores apenas cobrem os custos, ou até mesmo registram margens negativas. Já na região Noroeste, as chuvas desta semana deixaram a colheita mais lenta, com produtores aguardando umidade adequada para retomar as atividades.
SEAB-PR/DERAL
Porto de Antonina realiza primeira exportação de açúcar VHP a granel
O Porto de Antonina, localizado no Litoral do Paraná, acaba de concluir, na segunda-feira (14), a primeira exportação de açúcar a granel já realizada no terminal
Ao todo, foram exportadas 16 mil toneladas de açúcar VHP produzido no estado de São Paulo com destino à Venezuela. A produtividade no carregamento do navio Irvine Bay - foi de um 457 toneladas/ hora e aproximadamente 11 mil toneladas/dia. O açúcar VHP (Very High Polarization) é o açúcar bruto, menos úmido e ainda com a camada de mel que cobre o cristal do açúcar, por isso sua cor assemelha-se a do mel. O açúcar VHP é usado como matéria-prima para o tipo refinado que é conhecido e comercializado em supermercados em todo o mundo. De acordo com o presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan, a operação superou as metas de produtividade. "Mais uma carga para o portfólio do Porto Ponta do Félix, reforçando o seu diferencial como terminal para cargas customizadas no Brasil", afirma o presidente. O Diretor Presidente da ED&F MAN Brasil, responsável pela carga, Rodrigo Ostanello, elogiou a operação realizada pelo terminal paranaense. "A operação foi cheia de desafios, surpreendente e muito positiva", avalia. Segundo ele, outros navios estão previstos para ainda este ano. Entre as principais vantagens de operar pelo Porto Ponta do Félix, em Antonina, se destaca o tempo de operação. "Não há fila de atracação, diferentemente dos demais portos que estão sobrecarregados com filas médias de 15 dias e sem espaço adicional para o volume nominal disponível para exportação", ressalta. "Nossa previsão para produção de açúcar no CS Brasil da safra 2023/24 é de aproximadamente 39 milhões de toneladas. Deste total produzido, cerca de 10 milhões de toneladas são para consumo localmente e o saldo, cerca de 5 milhões de toneladas de açúcar ensacado e 24 milhões de toneladas de açúcar a granel, destinados para exportação", afirma Ostanello, ressaltando ainda a expectativa de produção adicional de 3,2 milhões de toneladas de produção de açúcar no NE Brasil.
Porto Ponta do Félix
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar à vista sobe com dados fracos da China e receio de juro alto nos EUA
A divulgação de mais uma série de dados fracos da economia chinesa, somada ao aumento dos receios de que o Federal Reserve suba novamente os juros nos EUA, colocou o dólar à vista novamente em trajetória de alta ante o real na terça-feira, na oitava elevação em um total de 11 sessões de agosto
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9878 reais na venda, com alta de 0,43%. Em agosto, a moeda norte-americana acumula ganho de 5,47%. Na B3, às 17:12 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,46%, a 5,0040 reais. A China informou que as vendas no varejo em julho subiram 2,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Economistas ouvidos pela Reuters esperavam elevação de 4,5%. Já a produção industrial chinesa teve alta de 3,7%, ante projeção de 4,4% dos economistas. Os números da China -- importante importador de commodities -- penalizaram moedas de países exportadores de matérias-primas, como o real. Em reação aos dados fracos, o banco central chinês cortou um conjunto de taxas de juros para sustentar a atividade econômica. Alguns analistas afirmam, no entanto, que mais suporte será necessário. Já as vendas no varejo dos EUA em julho subiram 0,7%, ante projeção de alta de 0,4%, sugerindo que a economia segue forte. O resultado alimentou a expectativa de que o Federal Reserve pode promover mais um aumento de sua taxa básica de juros, em setembro, o que também sustentou o dólar ante outras divisas de exportadores de commodities ou emergentes. O avanço da moeda norte-americana em agosto, conforme o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo, tem surpreendido muitos participantes do mercado. “O movimento global é de alta para o dólar, o que está bem caracterizado. Embora seja global, o real está despontando como uma das piores moedas nas últimas semanas, e muitos clientes não sabem o que fazer: comprar dólar agora ou esperar cair de novo?”, comentou Bergallo.
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Ibovespa fecha em queda pelo 11º pregão com noticiário corporativo robusto e exterior desfavorável
No setor de proteínas, BRF ON avançou 6,9%, a 10,53 reais, mesmo após balanço mostrando prejuízo de 1,337 bilhão de reais no segundo trimestre, enquanto o Ebitda chegou a 1 bilhão de reais, acima da projeção de analistas. No setor, JBS ON e MARFRIG ON, fecharam em alta de 1,34% e queda de 0,52%, respectivamente. A JBS estimou um ganho de 450 milhões de dólares no ano com preços mais baixos de grão, enquanto a Marfrig aprovou aumento do capital privado
O Ibovespa fechou em queda na terça-feira, cravando o 11º pregão seguido no vermelho, com Eletrobras recuando forte após renúncia surpresa do presidente-executivo, assim como Vale pesou com baixa de 1%, enquanto Petrobras encerrou distante das máximas do dia mesmo com aumento dos preços de combustíveis. Em mais um dia cheio de resultados corporativos no Brasil, a aversão a risco externa também pesou, com dados mais fracos do que o esperado na China reforçando receios sobre o ritmo daquela economia e após vendas no varejo acima do previsto nos Estados Unidos fomentarem temores sobre juros altos por mais tempo. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,55%, a 116.171,42 pontos. O volume financeiro no pregão somou 26,8 bilhões de reais. 1984. Apesar de a sequência chamar a atenção, ainda representa um declínio de menos de 5% e ocorre após alta de quase 20% nos quatro meses até o final de julho. Ele acrescentou que o Ibovespa pode retomar o movimento de alta com um cenário mais claro para a estabilidade fiscal brasileira, a depender de uma sinalização do governo federal sobre medidas compensatórias nesse sentido, e tramitação avançada das pautas de interesse no Congresso. Também afirmou que uma reação das ações brasileiras pode ocorrer na esteira de um maior apetite por risco do investidor estrangeiro, "algo que não se vê no momento não só por fatores locais, mas pelo cenário de incerteza que a economia global se encontra nos últimos meses". Dados da B3 até o último dia 11 mostram que o saldo do capital externo no mercado secundário de ações está negativo em 7,55 bilhões de reais em agosto. No exterior, a China cortou as taxas de juros após dados de produção industrial e vendas no varejo de julho mais fracas do que o esperado naquela economia, enquanto, nos Estados Unidos, as vendas ao varejo no mês passado tiveram desempenho mais forte dos que as projeções.
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Desemprego cai em sete estados e no DF no segundo trimestre
Taxa fica relativamente estável nos outros 19 locais; desocupação recuou para 8% na média do Brasil, diz IBGE. Os estados com quedas mais significativas foram o Distrito Federal (de 12% para 8,7%), Rio Grande do Norte (de 12,1% para 10,2%), Mato Grosso (de 4,5% para 3%), Pará (de 9,8% para 8,6%), Maranhão (de 9,9% para 8,8%), Minas Gerais (de 6,8% para 5,8%), Ceará (de 9,6% para 8,6%) e São Paulo (de 8,5% para 7,8%).
O Paraná está com 4,9%, atrás de estados com melhor desempenho como o Mato Grosso do Sul (4,1%), de Santa Catarina (3,5%), Mato Grosso (3%) e Rondônia (2,4%). A redução da taxa de desemprego no Brasil foi acompanhada por baixas significativas em somente oito unidades da federação no segundo trimestre. É o que apontam dados divulgados nesta terça (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo o órgão, os oito locais com quedas significativas em termos estatísticos ante o primeiro trimestre foram os seguintes: Distrito Federal (de 12% para 8,7%), Rio Grande do Norte (de 12,1% para 10,2%), Mato Grosso (de 4,5% para 3%), Pará (de 9,8% para 8,6%), Maranhão (de 9,9% para 8,8%), Minas Gerais (de 6,8% para 5,8%), Ceará (de 9,6% para 8,6%) e São Paulo (de 8,5% para 7,8%). Nos outros 19 estados, a taxa ficou relativamente estável, dentro da margem da pesquisa. Ou seja, não houve variação significativa em termos estatísticos, de acordo com o IBGE. Na média do Brasil, o desemprego recuou para 8% no segundo trimestre. É o menor nível para esse período desde 2014, segundo dados divulgados pelo instituto já no final de julho. A taxa era de 8,8% no primeiro trimestre de 2023, que marcou a largada do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O aumento naquela ocasião, contudo, era esperado por analistas, já que a busca por vagas no período de janeiro a março é impulsionada pelo término dos contratos temporários de final de ano. Nas estatísticas oficiais, a população desempregada é formada por pessoas de 14 anos ou mais que estão sem ocupação e que seguem à procura de vagas. Quem não tem emprego e não está buscando oportunidades não entra nesse número. No Brasil, a queda da desocupação no segundo trimestre contou com o impulso da abertura de postos de trabalho no setor público e de vagas informais, sem carteira assinada, de acordo com o IBGE. "Do primeiro para o segundo trimestre, é possível observar uma tendência de queda em todas as unidades da federação, mas a redução foi estatisticamente significativa em apenas oito delas. A queda na taxa de desocupação nesse trimestre pode caracterizar também um padrão sazonal", disse Beringuy. No segundo trimestre, Pernambuco (14,2%), Bahia (13,4%) e Amapá (12,4%) registraram as maiores taxas de desemprego. As menores ocorreram em Rondônia (2,4%), Mato Grosso (3%) e Santa Catarina (3,5%). O IBGE destacou que, mesmo com a desocupação em queda (-0,9 ponto percentual), o Nordeste segue com o maior percentual entre as regiões (11,3%). Todos os estados nordestinos têm taxas maiores do que a média nacional. O Sul tem o menor desemprego entre as regiões (4,7%), seguido por Centro-Oeste (5,7%), Sudeste (7,9%) e Norte (8,1%). Os dados do IBGE também fornecem recortes por sexo e cor ou raça. Conforme o IBGE, a taxa de desemprego caiu mais entre as mulheres, de 10,8% no primeiro trimestre para 9,6% no segundo.
Folha de SP
Exportações brasileiras em 2023 chegam a US$ 206,868 bilhões
Na segunda semana de agosto de 2023, a balança comercial teve superávit de US$ 2,632 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 7,156 bilhões e importações de US$ 4,523 bilhões
No mês, as exportações já somam US$ 12,664 bilhões e as importações são de US$ 8,344 bilhões, com saldo positivo de US$ 4,321 bilhões e corrente de comércio de US$ 21,008 bilhões. No acumulado do ano, as exportações totalizam US$ 206,868 bilhões e as importações, US$ 148,991 bilhões, com saldo positivo de US$ 57,876 bilhões e corrente de comércio de US$ 355,859 bilhões. Nas exportações, comparadas as médias até a segunda semana de agosto (US$ 1,407 bilhão) com a de agosto de 2022 (US$ 1,339 bilhão), houve crescimento de 5,1%. Em relação às importações, houve queda de 20,1% na comparação entre as médias até a segunda semana (US$ 927,07 milhões) com a do mês de agosto de 2022 (US$ 1,160 bilhão). As informações foram divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Na comparação com outros períodos, nas vendas externas, pela média diária, houve crescimento de US$ 60,18 milhões (+ 20,7%) em produtos da agropecuária; crescimento de US$ 7,78 milhões (+ 2,6%) em indústria extrativa, o que contribuiu para o aumento das exportações, principalmente de soja (+ 27,2% com aumento de US$ 44,22 milhões na média diária); algodão em bruto (+ 129,7%; + US$ 7 milhões); café não torrado (+ 17,5% ; + US$ 4,23 milhões); minério de ferro e seus concentrados (+ 12,3% ; + US$ 13,79); outros minerais em bruto (+ 121,9% ; + US$ 4,32 milhões). Em relação às importações, no acumulado até a segunda semana de agosto, comparando com a média diária do mesmo mês de 2022, o desempenho dos setores registrou queda de US$ 8,25 milhões (-33,2%) em agropecuária; redução de US$ 15,62 milhões (-21,1%) em indústria extrativa e de US$ 206,41 milhões (-19,6%) em produtos da indústria de transformação. O movimento de queda nas importações foi puxado, principalmente, pela diminuição dos embarques de trigo e centeio, não moídos (-59,3% com queda de US$ 6,09 milhões na média diária); látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (-46,4%; US$ - 0,87 milhões); milho não moído, exceto milho doce (-24,9%; US$ - 0,77 milhões); gás natural, liquefeito ou não (-100% ; US$ - 12,85 milhões); carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-55,2%; US$-10,98 milhões), e óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (-58,9%; US$ -69,09 milhões). Além de adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) ( -48,3% com queda de US$ -51,98 milhões na média diária); Inseticidas, rodenticidas, fungicidas, herbicidas, reguladores de crescimento para plantas, desinfetantes e semelhantes (-35,5% com queda de US$ -14,49 milhões na média diária) e válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (-25,2%; US$ -12,18 milhões na média diária).
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
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