Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 3 | nº 449 |30 de agosto de 2023
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Boi gordo: pressão baixista ganha ainda mais força
A procura por animais terminados continua muito fraca entre as principais praças pecuárias do País, enquanto as escalas de abate das indústrias continuam minimamente confortáveis, atendendo em média mais de uma semana.
Tal conjuntura contribuiu para a intensificação no movimento de baixa nos preços do boi gordo e demais categorias de abate, informaram na terça-feira (28/8) as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário. “Boa parte das unidades não foram às compras de gado, optando por liquidar estoques da carne e aguardar melhores repiques de negócios com a chegada da virada de mês”, relata a S&P Global Commodity Insights. A cautela das indústrias frigoríficas é justificada pela inconsistência do consumo interno de carne bovina e as quedas nos preços internacionais da proteína, justifica a consultoria. “A produção de carne bovina no Brasil cresceu em 2023 acima da capacidade de absorção da demanda agregada”, ressalta a S&P Global. Desta forma, algumas plantas frigoríficas estão limitando os abates diários, gerando um desarranjo na dinâmica da cadeia, acrescenta a consultoria. Paralelamente, continua a S&P Global, as parcerias com grandes confinamentos e/ou por meio de boiteis geram uma condição confortável de oferta de animais para manter minimamente as plantas frigorificas operando sem a participação mais ativa no mercado spot. Em relação ao mercado de carnes, observam os analistas, as vendas no atacado caminham a passos lentos, mesmo depois das quedas nos preços dos cortes registradas ao longo deste mês. No cenário internacional, as quedas nos preços da carne bovina podem estar associadas ao crescimento da oferta em países exportadores da proteína (Austrália, Índia, Nova Zelandia), além do avanço da produção das carnes de frango e suínas em países importantes, como a China. Na B3, as cotações dos contratos futuros do boi gordo continuam ampliando as mínimas em mais de três anos, com forte movimento de liquidação de posições por parte dos fundos, informa a S&P Global. Em São Paulo, com dificuldade para escoar a carne, os frigoríficos abriram as compras ofertando menos R$ 5/@ nas compras do “boi-China”, do animal “comum” (destinado ao mercado interno) e de novilhas, apurou a Scot Consultoria. Com isso, o macho terminado “comum” está sendo negociado em R$ 200/@ no mercado paulista, enquanto a vaca e a novilha gordas são vendidas por R$ 185/@ e 192/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China” paulista está cotado em R$ 205/@, no prazo, valor bruto, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”, acrescenta a Scot. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 197/@ (à vista) vaca a R$ 187/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 202/@ prazo) vaca a R$ 187/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 190/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 192/@ (prazo) vaca a R$ 182/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 187/@ (prazo) vaca a R$ 172/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 185/@ (à vista) vaca a R$ 170/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 185/@ (à vista) vaca a R$ 170/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 190/@ (prazo) vaca R$ 177/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 210/@ (à vista) vaca a R$ 195/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 187/@ (prazo) vaca a R$ 174/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 202/@ (prazo) vaca a R$ 187/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 187/@ (prazo) vaca a R$ 172/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 180/@ (à vista) vaca a R$ 165/@ (à vista) MA-Açailândia: boi a R$ 182/@ (à vista) vaca a R$ 163/@ (à vista).
S&P Global/Scot Consultoria/Portal DBO
SUÍNOS
Com escoamento lento, preços dos suínos tem recuo
De acordo com a Scot Consultoria, o valor da carcaça especial teve queda de 1,14% frente ao dia anterior e está em R$8,70 por kg. Assim como os preços para o suíno CIF tiveram baixa de 0,88% e estão em R$ 112,00/@
O preço do animal vivo em Minas Gerais está cotado em R$ 6,33/kg e teve uma queda de 0,63%, conforme foi divulgado pelo Cepea/Esalq referente às informações da última segunda-feira (28). Já no estado do Paraná ficou precificado em R$ 5,92/kg e com estabilidade. O preço do animal vivo no estado de São Paulo está próximo de R$ 6,01/kg e teve recuo de 0,99%. Em Santa Catarina, o animal vivo apresentou queda de 0,17% está ao redor de R $ 5,85/kg. Já no Rio Grande do Sul, o preço do suíno teve baixa de 0,68% e está cotado em torno de R $ 5,82/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Frango: Preço no atacado paulista tem valorização de 0,83%
A Scot Consultoria informou que o valor do frango no atacado paulista está cotado em R$ 6,05/kg, na qual teve uma valorização de 0,83%. Já para os preços para o frango na granja seguem estáveis e precificados em R$ 5,00/kg
A cotação do frango vivo no estado de Santa Catarina registrou desvalorização de 1,57% e está em R$ 4,38/kg, conforme divulgado pelo Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina). No Paraná, a cotação do frango vivo está estável em R$ 4,48/kg. Em São Paulo, a cotação do frango vivo está sem referência. No último levantamento realizado pelo Cepea de segunda-feira (28), o preço do frango congelado apresentou alta de 0,63% e está cotado em R$ 6,36/kg. Já a cotação do frango resfriado teve ganho de 0,79% e ele está sendo negociado em R$ 6,36/kg.
Cepea/Esalq
Brasil tem novo caso de gripe aviária em animal silvestre
País agora contabiliza 86 focos da doença, que acometeram 84 aves silvestres e outras duas de subsistência. Apesar no aumento dos casos, gripe aviária ainda não chegou a plantéis comerciais no Brasil
O Ministério da Agricultura confirmou na terça-feira (29/8) um novo caso de gripe aviária de alta patogenicidade no Brasil. O animal contaminado é uma ave silvestre da espécie Quero-Quero, que estava na cidade de Penha (SC). O país agora contabiliza 86 focos de gripe aviária, que acometeram 84 aves silvestres e outras duas de subsistência. Apesar do cenário de aumento de casos, não há registro de casos em plantéis comerciais, por isso o Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, mantém o status de livre da enfermidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
GLOBO RURAL
EMPRESAS
Frimesa promove fórum para discutir práticas esg e lançar seus compromissos até 2040
Debater como é possível promover o desenvolvimento sustentável dos negócios baseados no ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance). Este é o objetivo do Fórum ESG Frimesa, que aconteceu na terça-feira (29/08), no Centro de Eventos do Sistema Fiep, em Curitiba.
Participaram do encontro mais de mais de 10 empresas de diversos setores, entre stakeholders, agentes financeiros e fornecedores da cooperativa central, com o propósito de apresentar as boas práticas já adotadas e os compromissos assumidos até 2040. Também prestigiaram a abertura, o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, os superintendentes Leonardo Boesche (Sescoop/PR) e Robson Mafioletti (Ocepar), o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, e a superintendente Sesi, IEL e diretora Regional do Senai Paraná, Fabiane Franciscone. “Estamos honrados em recebê-los. Hoje apresentamos as nossas metas ESG assumindo o compromisso público de expandir a produção de maneira sustentável, proporcionando produtos de qualidade e seguros. Que esse evento seja repleto de conhecimento e que juntos possamos assumir construir um futuro mais sustentável”, disse o presidente executivo da Frimesa, Elias Zideck. Segundo ele, esse encontro reforçou ainda mais a determinação da empresa em liderar a jornada rumo a um futuro mais sustentável e inclusivo. “Nossa visão se estende além do presente; enxergamos um horizonte que se projeta para além de 2040”, disse. Zideck destacou ainda que a Frimesa busca resultados não só econômicos e financeiros, mas sociais, de relacionamento, comunitários, ambientais, entre outros. “Começamos a discutir ESG na Frimesa participando de vários eventos, internos e externos, destacando aqui que o Sistema Ocepar iniciou este processo de discussão interna, ou seja, no ambiente cooperativo”, frisa. Ainda de acordo com o presidente executivo, o primeiro passo foi desenvolver a cultura do ESG na cooperativa central. “Não adianta delegar para departamentos, supervisores e gerência a filosofia de ESG, se a alta direção não assumir e introduzir esse tema dentro do planejamento estratégico da organização. Se isso não for feito, o assunto fica atravessado. Então decidimos incorporar de corpo e alma o conceito e a cultura do ESG”, diz. O presidente executivo comentou ainda que quando a Frimesa começou a discutir o ESG, houve a percepção de que muitas ações já ocorriam dentro da organização. “Mas de forma solta, com projetos, iniciativas, ações, por isso decidimos introduzir no planejamento estratégico da empresa de curto, médio e longo prazo. E foi isso o que tentamos desenvolver com todas as áreas e consolidar a cultura do ESG e proporcionar conhecimento”, afirmou.
OCEPAR
Minerva espera obter aprovações antitruste para aquisições da Marfrig em até 12 meses
A Minerva espera obter todas as aprovações regulatórias e antitruste para a compra de ativos de Marfrig em até 12 meses, segundo executivos da companhia em teleconferência com analistas na terça-feira (29)
As empresas anunciaram, na segunda-feira (28), que a Marfrig venderá 16 operações de abate e desossa de bovinos e ovinos no Brasil, Argentina, Chile e Uruguai para a Minerva por R$ 7,5 bilhões. Após a conclusão do negócio, a Minerva espera retornar aos níveis atuais de endividamento, de cerca de 2,5 vezes, em até 12 meses, segundo o diretor financeiro da Minerva, Edison Ticle. Ele descartou novas aquisições nos próximos dois anos, quando a Minerva irá focar em consolidar os ativos adquiridos. “Aqueles planos de crescimento na Austrália e Colômbia estão completamente descartados no curto prazo. O trabalho agora é digerir e integrar as aquisições. Eu acredito que isso levará ao menos dois anos.” A Minerva estima que as sinergias comerciais obtidas com a transação, principalmente nas exportações, possam gerar uma expansão de 150-200 bps na margem Ebitda nos próximos 18 meses. “O que nos motivou, sem dúvida nenhuma, foi a complementaridade”, disse o presidente da Minerva, Fernando Galletti de Queiroz. Galletti disse que a aquisição dos ativos foi considerada pela Minerva por mais de uma década antes que as empresas fechassem o negócio. “Essa operação, nós já havíamos olhado ou testado nos últimos 15 anos por várias vezes. Eu acho que chegou o momento, com as empresas maduras, de ter uma operação que é um ganha-ganha”, disse o executivo. Com a aquisição, a Minerva estima que passará a ter 17 mil cabeças certificadas para exportação à China. No Brasil, a Minerva está adquirindo as unidades de abate de bovinos da Marfrig localizadas em Alegrete (RS), Bagé (RS), Bataguassu (MS), Chupinguaia (RO), Mineiros (GO), Pontes e Lacerda (MT), São Gabriel (RS), Tangará da Serra (MT) e três unidades inativas. Na Argentina, a Minerva comprará a unidade de abate de bovinos de Villa Mercedes. No Chile, a unidade de abate de ovinos Patagonia, e no Uruguai, as unidades de abate de bovinos em Colônia, Salto e San José estão incluídas na transação.
CARNETEC
Minerva perde R$ 1,2 bilhão após compra de ativos da Marfrig
Ações da empresa caíram 18,3% na B3 com incertezas e preocupação com o nível de alavancagem depois da aquisição
As ações da Minerva despencaram ontem na B3, um dia após o anúncio pela empresa da compra de 16 plantas da Marfrig, por R$ 7,5 bilhões. Temerosos acerca do aumento imediato no endividamento da Minerva e com o grau de incertezas da operação, investidores derrubaram os papéis da empresa em 18,3%. A reação negativa fez a maior exportadora de carne bovina da América do Sul perder R$ 1,2 bilhão em valor de mercado no dia. Por outro lado, o movimento da Marfrig, maior fabricante de hambúrgueres do mundo, de reduzir sua exposição em commodity para focar em produtos de maior valor agregado, foi bem avaliado e levou os papéis da companhia a uma alta de 10,7%, um ganho de quase R$ 500 milhões em valor na bolsa. “Acho que a reação na bolsa é muito mais de curto prazo do que atenta ao equilíbrio que deve vir (para a Minerva) no médio prazo”, disse o estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz. Para comprar as plantas de abate de bovinos e ovinos, sendo 11 ativos no Brasil, três no Uruguai, uma na Argentina e uma no Chile, a Minerva pagou R$ 1,5 bilhão com recursos do caixa e contará com financiamento de outros R$ 6 bilhões por meio de uma linha de crédito em parceria com o banco JP Morgan. O valor final será pago apenas após a aprovação das autoridades reguladoras. Com isso, os analistas calculam que a relação entre dívida líquida e Ebitda (alavancagem) da companhia, que terminou o segundo trimestre em 2,7 vezes, vai avançar no curto prazo para 3,3 vezes e depois entrar em um processo de redução gradativa ao longo dos próximos 12 meses, até chegar as 2,55 vezes estimadas pela Minerva para 2024. Segundo Cruz, o mercado fica inseguro quando uma empresa assume um endividamento acima de 2 vezes a dívida líquida por Ebitda e, até então, o frigorífico era visto como a mais desalavancado do setor de carnes. “Apesar do guidance da companhia, o mercado está com certa dificuldade em precisar o valor pago pela Minerva pelas operações da Marfrig. Então, além da preocupação com alavancagem, as ações também refletiram esse aumento na incerteza”, disseram Leonardo Alencar e Pedro Fonseca, da área de Agro, Alimentos e Bebidas da XP ao Valor. A expectativa da Minerva é que a capacidade de abate de bovinos aumente 43,7%, para 42.439 cabeças por dia, distribuídas em 40 plantas. Já em ovinos esse número chegará a 25.716 cabeças por dia, por meio de cinco plantas. O faturamento líquido dos ativos adquiridos foi estimado em R$ 18 bilhões e o Ebitda em R$ 1,5 bilhão, resultando em uma margem de 8%. O fato de todas as plantas serem adquiridas de uma única empresa favorece a captura de sinergias esperada pela compradora, diferentemente de aquisições que são feitas “picotadas”, ressaltou o estrategista da RB Investimentos. “Acho que, no médio e longo prazo, é extremamente benéfico para a Minerva”. Em contrapartida, os especialistas da XP destacaram que, com a decisão da Marfrig de manter suas principais fábricas de hambúrgueres, processados e de maior valor agregado, os movimentos da gestão dos últimos anos ficam reforçados, tendo como exemplo mais notório a aposta na BRF. “Além de ficar mais leve e caminhar para negócios com margens maiores, o cheque de R$ 7,5 bilhões é uma notícia bem-vinda num momento em que liquidez e alavancagem se tornaram uma preocupação”, disseram eles.
GLOBO RURAL
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Confiança do industrial paranaense aumenta em agosto
Aprovação do arcabouço fiscal, avanço da Reforma Tributária e queda nos juros contribuíram para melhora do indicador
Embora tenha oscilado nos últimos meses abaixo dos 50 pontos, numa escalada que varia de zero a 100, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) aumentou 1,5 ponto em agosto, ficando em 44,6. O resultado mostra que a percepção do empresário do setor ainda é de pessimismo em relação à economia e a seus negócios, mas também pode indicar que houve uma melhora principalmente em relação ao futuro. Os dados são divulgados mensalmente pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Desde novembro do ano passado o índice tem se mantido na área do pessimismo. Principalmente pelo indicador de expectativas, que avalia os seis meses à frente. Já a outra ponta que forma o ICEI, o indicador de condições, que avalia os seis meses passados, começou a cair em janeiro deste ano. “Este desfecho aponta que ainda não houve um fato relevante que alterasse a percepção do industrial em relação à economia e aos negócios”, avalia a analista de Desenvolvimento Econômico da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Mari Santos. Ela aponta que algumas variáveis econômicas que mostraram evolução recentemente são pontos que podem melhorar o indicador nos próximos meses. “A aprovação do arcabouço fiscal, ou seja, do Regime Fiscal Sustentável, o avanço do debate sobre a Reforma Tributária no Congresso, o controle da inflação e o início de uma queda na taxa básica de juros (Selic) são fatores que geram maior confiança ao empresário”, afirma. “O fato de um equilíbrio nas contas públicas, com maior controle entre arrecadação e gastos, também deve dar mais segurança para atrair investidores ao país”, complementa. Segundo Mari, estas variáveis estão convergindo para que as metas traçadas para a economia crescer no longo prazo sejam cumpridas. “São vários motivos que impactam na confiança dos empresários. Além de fatores de ordem econômica, também a percepção dele sobre os próprios resultados e as perspectivas de futuro”, explica. Para o segundo semestre, algumas mudanças importantes para a melhora das variáveis podem ser propulsoras de um maior dinamismo econômico, tais como a queda da taxa Selic, em 13,25% em agosto, mas com previsão de chegar a 11,75% até dezembro. Segundo a analista da Fiep, o último relatório Focus revisou as expectativas de crescimento do PIB de aproximadamente 2,31% ao final de 2023. Na última pesquisa feita pela CNI com industriais, referente a julho deste ano, 77% dos empresários declararam estabilidade de empregos. 13% devem até aumentar o número de contratações. Para os próximos seis meses, 67% devem manter os empregados atuais e 17% devem aumentar as vagas em suas empresas. Também 53% dos respondentes do estudo sinalizaram que devem fazer novos investimentos este ano, o que é um fator positivo em relação à confiança.
FOLHA DE LONDRINA
Colheita do milho vai à 63% no Paraná com interrupções causadas pela chuva, relata Deral
Plantio da safra verão 23/24 já começou
O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou seu relatório semanal trazendo as condições de tempo e cultivo para as principais culturas do estado. De acordo com o levantamento, a colheita da segunda safra de milho saiu dos 48% registrados na semana passada para 63% do total. Do restante ainda em campo, 99% das lavouras estão em maturação e 1% ainda em frutificação. Os técnicos do Deral ainda classificam 77% das lavouras como em boas condições, 21% das lavouras em médias e 2% em ruins, com queda de 3 pontos percentuais no patamar de melhores avaliações. Ao mesmo tempo, o levantamento indica que o plantio da safra de verão de milho 2023/24 já começou no estado, com 9% das lavouras já semeadas, sendo 96% em germinação e 4% já em desenvolvimento vegetativo. Detalhando as regiões paranaenses, o Deral indica que predominam as áreas em maturação na região Norte, com a colheita sendo interrompida pontualmente, mas expectativa de intensificação dos trabalhos e rendimentos dentro do esperado, com boa qualidade dos grãos. Outra região que interrompeu a colheita pela chuva foi a Noroeste. Por outro lado, as regiões Oeste, Sudoeste e Centro-Oeste evoluíram as atividades diante do tempo firme dos últimos dias. “Os trabalhos para retirar os grãos do campo estão sendo intensificados, pois muitas áreas estão entrando na fase de maturação. O percentual de colheita não é maior porque as cooperativas estão aceitando o produto com um teor máximo de umidade de 25%, mesmo assim, há filas no processo de recebimento”. Por fim, a região Sul tem lavouras em processo de maturação e colheita em andamento, com produtividades dentro das expectativas.
SEAB-PR/DERAL
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar cai ante real após dados reforçarem apostas de parada na alta de juros nos EUA
O dólar à vista fechou a terça-feira em leve queda ante o real, na esteira da queda da moeda norte-americana no exterior, numa sessão marcada pela divulgação de dados fracos sobre a economia dos EUA, que elevaram a percepção de que o Federal Reserve vai pausar o processo de alta de juros
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8556 reais na venda, com baixa de 0,41%. Na B3, às 17:14 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,45%, a 4,8560 reais. No início do dia, o dólar à vista chegou a oscilar em alta ante o real. Às 10h33, a divisa marcou a cotação máxima de 4,9035 reais (+0,57%), com investidores à espera da divulgação dos dados norte-americanos. Quando os números saíram, às 11h, o dólar despencou ante o real e se firmou no território negativo. O Departamento do Trabalho dos EUA informou que as vagas de emprego -- uma medida da demanda de mão de obra -- caíram em 338.000 no último dia de julho, para 8,827 milhões, o nível mais baixo desde março de 2021. Economistas consultados pela Reuters projetavam 9,465 milhões de vagas de emprego em julho. Já o Conference Board informou que seu índice de confiança do consumidor norte-americano caiu para 106,1 em agosto, de 114,0 em julho, em dado revisado para baixo. Os economistas consultados pela Reuters projetavam que o índice recuaria para 116,0, em relação aos 117,0 relatados anteriormente. A queda apagou os aumentos consecutivos registrados em junho e julho. Os dois números -- de emprego e de confiança – tiraram força do dólar ante as demais divisas, incluindo o real, em meio à percepção de que o Fed será menos rígido em sua política monetária. O dólar renovou as cotações mínimas em diferentes momentos do dia, marcando 4,8483 reais (-0,56) às 16h40, no valor mais baixo da sessão. A queda esteve em sintonia com o exterior, onde o dólar tinha baixa firme ante divisas fortes e recuava ante praticamente todas as moedas de emergentes e exportadores de commodities.
REUTERS
Ibovespa fecha em alta puxada por Vale e bancos; Marfrig dispara
MARFRIG ON disparou 10,7%, a 7,45 reais, após o acordo de 7,5 bilhões de reais para vender para a Minerva instalações de abate de bovinos e ovinos no Brasil, Argentina, Chile e Uruguai. MINERVA ON desabou 18,26%, a 8,91 reais. Apesar de analistas considerarem a operação positiva do ponto de vista estratégico para ambas, chamaram a atenção para a piora nos níveis de endividamento da Minerva
O Ibovespa fechou em alta pelo segundo pregão consecutivo nesta terça-feira, endossado por Wall Street, com Vale e bancos entre os principais suportes, enquanto Marfrig disparou após acordo para vender determinados ativos à Minerva, que respondeu pelo pior desempenho do dia. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,1%, a 118.403,61 pontos. O volume financeiro somou 20,14 bilhões de reais. Para o analista da Terra Investimentos Luis Novaes, o movimento da bolsa nesta sessão foi orientado em parte pela mudança de perspectiva no exterior, com o mercado observando as notícias sobre a possibilidade de novos estímulos econômicos na China com certo otimismo. Ele também destacou dados de empregos nos Estados Unidos mostrando desaceleração do mercado de trabalho, o que "contribui para a tese de que não haverá novos aumentos de juros no país, algo positivo para os ativos de risco globalmente". Nos EUA, as vagas de emprego em aberto caíram pelo terceiro mês consecutivo em julho em 338.000, para 8,827 milhões, o nível mais baixo desde março de 2021, segundo o Departamento do Trabalho em seu levantamento mensal, ou relatório JOLTS, divulgado nesta terça-feira. Os números trouxeram ânimo a Wall Strett, onde o S&P 500 fechou em alta de 1,45%. De acordo com a especialista da Blue3 Investimentos Fernanda Bandeira, assim como os dados do JOLTS repercutiram nesta sessão, a quarta-feira terá divulgações relevantes nos EUA, que podem fazer preço na B3, incluindo pesquisa da ADP sobre empregos no setor privado e o PIB do segundo trimestre. No Brasil, ela acrescentou que, além de dados econômicos, com uma agenda intensa no próximo pregão, incluindo IGP-M de agosto, as atenções devem continuar voltadas para as últimas movimentações relacionadas ao Orçamento de 2024 que será encaminhado ao Congresso nesta semana. Falando a jornalistas em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na terça-feira que o projeto orçamentário de 2024 será "equilibrado". Novaes, da Terra, ainda chamou a atenção para o fluxo de notícias setoriais para explicar o desempenho do Ibovespa, incluindo a possibilidade de tratamento especial a bancos na reforma do mecanismo de juros sobre capital próprio, o que retira parte da preocupação do mercado.
REUTERS
Dívida pública federal cai 0,80% em julho, para R$6,142 tri
A dívida pública federal caiu 0,80% em julho ante junho, para 6,142 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional na terça-feira
No período, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) recuou 0,74%, para 5,913 trilhões de reais, enquanto a dívida pública federal externa (DPFe) teve queda de 2,17%, atingindo 229 bilhões de reais. Conforme o Tesouro, do total da dívida pública federal no final de julho, 24,65% correspondiam a títulos prefixados, 30,21% a títulos vinculados a índices de preços, 41,20% a papeis com taxas flutuantes e 3,93% a papeis cambiais. Em julho, a queda de 0,80% deveu-se, conforme o Tesouro, “ao resgate líquido, no valor 92,68 bilhões de reais, neutralizado, em parte, pela apropriação positiva de juros, no valor de 43,44 bilhões de reais. O órgão informou ainda que a reserva de liquidez da dívida pública -- uma espécie de "colchão" para o pagamento dos compromissos -- caiu 11,32% em termos nominais em julho sobre junho, para 991,9 bilhões de reais. Na comparação com julho de 2022, a reserva de liquidez caiu 15,78%.
REUTERS
Confiança da indústria do Brasil cai em agosto para menor nível em 3 anos, mostra FGV
A confiança da indústria no Brasil recuou em agosto e foi ao menor nível em três anos diante dos níveis altos de endividamento e da taxa de juros, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na terça-feira
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 0,5 ponto, a 91,4 pontos, na comparação com o mês anterior, de acordo com os dados da FGV, segunda queda seguida que levou o índice ao pior resultado desde agosto de 2020 (89,8 pontos). "Os resultados mostram que os empresários ainda continuam bastante afetados pela conjuntura macroeconômica atual que sustenta ainda taxa de juros e endividamento nas famílias em patamares elevados, dificultando a recuperação da demanda e mantendo as empresas com nível de estoques alto, principalmente nos segmentos produtores de bens de consumo", explicou o economista da FGV Ibre Stéfano Pacini. O Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, caiu 1,0 ponto, para 88,5 pontos, menor patamar desde junho de 2020, segundo a FGV. Já o Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, teve estabilidade, permanecendo em 94,4 pontos. "Para os próximos meses, as perspectivas sobre os negócios reforçam a ideia de um segundo semestre com nível de atividade morno, porém com alguma melhora no mercado de trabalho", completou Pacini.
REUTERS
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