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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 501 DE 16 DE NOVEMBRO DE 2023


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 3 | nº 501|16 de novembro de 2023


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: preços caem no Norte do País, diante da onda de calor

Nas praças de SP e demais regiões, a arroba segue estável, apesar da pressão negativa imposta pelos frigoríficos, que operam com escalas de abate relativamente confortáveis


O mercado brasileiro do boi gordo permanece em ritmo lento de negociações, refletindo sobretudo a grande ausência dos frigoríficos, que já escalam as suas operações para o final da semana vindoura, informou na terça-feira (14/11) a S&P Global Commodity Insights. Segundo a S&P Global, as altas temperaturas registradas sobretudo na região Centro-Norte do País obrigaram muitos pecuaristas a vender os seus lotes de boiadas gordas, visando mitigar riscos de perda de rendimento dos animais. “A ausência de chuvas e a forte onda de calor permanece castigando as propriedades e as projeções meteorológicas não apontam para precipitações significativas para os próximos dez dias”, alertou a S&P Global. A intensificação do tempo seco acabou pressionando as cotações do boi gordo nas praças do Pará e do Tocantins, informa a S&P Global. No restante das regiões monitoradas pela consultoria, os preços da arroba permaneceram estáveis, acrescenta a consultoria. Pelos dados da Scot Consultoria, nas praças de São Paulo, a estabilidade no preço do boi gordo já dura 33 dias. Com isso, o boi gordo “comum” (destinado ao mercado interno) é negociado por R$ 235/@, enquanto a vaca e novilhas gordas valem R$ 215 e R$ 225/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), acrescentou a Scot. Por sua vez, o “boi-China” está cotado em R$ 240/@ (base SP), no prazo, valor bruto – um ágio de R$ 5/@ sobre o animal macho “comum”. Em relação ao mercado de exportações de carne bovina in natura, novembro iniciou em boa toada, informou a Agrifatto. “Historicamente, em novembro são exportados volumes menores de carne bovina em comparação com outubro, mas a intensidade do embarque nos primeiros dias do mês dá sinal de esperança de que este ano será diferente”, observou a Agrifatto. Nos sete primeiros dias úteis do mês de novembro/23, foram exportadas 73,20 mil toneladas de proteína bovina, um aumento de 39% na comparação com a última semana de outubro/23, informa a Agrifatto, com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 225/@ (à vista) vaca a R$ 202/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 233/@ (prazo) vaca a R$ 217/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 222/@ (à vista) vaca a R$ 209/@ (à vista); MT-Cáceres: boi a R$ 207/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 205/@ (à vista) vaca a R$ 187/@ (à vista); GO-Sul: boi a R$ 222/@ (prazo) vaca a R$ 212/@ (prazo); MG-Triângulo: boi a R$ 231/@ (prazo) vaca a R$ 207/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 214/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 212/@ (à vista) vaca a R$ 195/@ (à vista).

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global)


SUÍNOS


Suínos: altas generalizadas no mercado

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF teve alta de 0,80%, custando, em média, R$ 126,00, enquanto a carcaça especial aumentou 1,01%, com valor de R$ 10,00/kg, em média


Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (13), houve alta de 2,58% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,76/kg, avanço de 3,08% no Paraná, custando R$ 6,36/kg, valorização de 0,81% no Rio Grande do Sul, alcançando R$ 6,25/kg, aumento de 2,64% em Santa Catarina, com preço de R$ 6,21/kg, e de 0,76% em São Paulo, fechando em R$ 6,63/kg.

Cepea/Esalq


Associação de Criadores de Suínos vê tendência de preços estáveis em janeiro

Estabilidade dos preços ainda em meados de novembro indica maior cautela do varejo e do atacado na formação de estoques para o final de ano


A falta de reação dos preços do suíno vivo em novembro, quando há sazonalmente uma maior demanda pela proteína diante da formação de estoques do comércio antes das festas de final de ano, indica tendência de estabilidade das cotações em janeiro, aponta análise de mercado divulgada pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS). A partir dos dados de abate do IBGE e das exportações no acumulado do ano até setembro, o boletim da ABCS aponta uma estabilidade na disponibilidade interna de carne suína ante um aumento de 11,95% para a carne bovina e de 4,7% para a carne de frango. Tal cenário, aponta, reduziu a competitividade da suína, limitando altas no preço pago ao produtor. “Considerando que em dezembro a demanda por carne suína é a maior do ano e que é preciso fazer estoque antes para atender esta demanda, independente da situação de mercado, a tendência quando não há uma grande alta do preço em novembro e dezembro é que em janeiro o preço de mantenha estável”, avalia a ABCS. Para outubro e novembro, os levantamentos de preço do Cepea avaliados pela Associação indicam crescimento da diferença entre os preços da carne suína e bovina, passando de 45,3% em setembro para mais de 60% nos dois meses seguintes – o que sinalizaria um aquecimento do consumo interno. Segundo o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, a estabilidade dos preços ainda em meados de novembro indica maior cautela dos elos finais da cadeia de comercialização, “que não estariam ‘arriscando’ adquirir mais do que o que efetivamente será vendido”. “Também é um indicativo de que os estoques de fim de ano devem ser menores do que em anos anteriores, determinando que o preço se mantenha em patamar um pouco mais elevado ao longo de todo mês de dezembro e talvez sem recuo significativo em janeiro de 2024”, completa Lopes.

GLOBO RURAL


FRANGOS


Mercado do frango estável na terça-feira

De acordo com análise do Cepea, os preços da carne de frango registraram direções opostas nos últimos dias. De acordo com informações do órgão, enquanto alguns cortes se valorizaram, diante da maior liquidez, outros tiveram quedas nas cotações


Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,20/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,29%, valendo R$ 6,90/kg. Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o preço ficou estável em R$ 4,54/kg, assim como em Santa Catarina, com valor de R$ 4,24/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (13), a ave congelada ficou estável em R$ 7,41/kg, enquanto o frango resfriado teve leve aumento de 0,27%, fechando em R$ 7,41/kg.

Cepea/Esalq


CARNES


Embrapa Suínos e Aves: Custos de produção de frangos de corte e de suínos subiram em outubro

A sequência de quedas nos custos de produção de frangos de corte e de suínos foi encerrada em outubro segundo os estudos mensais da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa Suínos e Aves, disponível em embrapa.br/suinos-e-aves/cias


O ICPFrango subiu 1,03%, encerrando sete meses de baixas consecutivas desde março, fechando em 330,18 pontos. Já a variação do ICPSuíno foi de 2,59%, encerrando o mês de outubro em 336,16 pontos. O índice não subia desde julho. O aumento do ICPFrango em outubro foi provocado basicamente pela variação de 1,83% com a alimentação dos animais, uma vez que este item de custo tem um peso de 67,35% na composição do custo total da produção. O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná produzido em aviário tipo climatizado em pressão positiva em outubro foi de R$ 4,27, o que representa R$ 0,05 a mais em comparação a setembro. Ainda assim, o ICPFrango acumula -22,95% no ano e, nos últimos 12 meses, uma variação de -22,29%. Importante destacar que a mudança nos coeficientes técnicos realizada em janeiro de 2023 foi responsável por uma redução de 7,1 pontos percentuais, enquanto que os preços respondem pelo restante da variação acumulada no ano e nos últimos 12 meses (ver Nota Técnica disponível em bit.ly/nota-tecnica-CIAS). No caso do ICPSuíno, a maior influência também foi o aumento com a alimentação dos animais, que teve alta de 3,19% e um peso de 73,51% na composição do custo total. Agora, o ICPSuíno acumula uma variação de -27,22% desde janeiro e, nos últimos 12 meses, de -25,17%. Com isto, o custo total de produção por quilo de suíno vivo produzido em sistema tipo ciclo completo em Santa Catarina em agosto chegou a R$ 5,88, R$ 0,15 por quilo vivo a mais em relação a setembro.

Embrapa Suínos e Aves


EMPRESAS


Programa Carne Hereford formaliza parceria com frigorífico paranaense Argus

ABHB e Frigorífico Argus assinam contrato com objetivo de fomentar a cadeia da carne bovina no estado e estreitar relações com produtores


A Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), por meio do Programa Carne Hereford, e o Frigorífico Argus, de São José dos Pinhais (PR), formalizaram oficialmente o contrato de parceria já anunciado na última Expointer, informou a associação na semana passada. Estiveram presentes o diretor do programa, Eduardo Eichenberg, o gerente executivo da ABHB, Felipe Azambuja, e o CEO do Grupo Argus, Luiz Carlos Tiossi. Segundo Eichenberg, se trata de mais uma grande parceria no estado do Paraná. "É um dos estados que mais cresce em termos de raças hereford e braford no Brasil hoje. Estamos iniciando com mais um importante parceiro para atender os produtores do Paraná e para fomentar e expandir ainda mais a carne hereford, não só neste importante mercado consumidor paranaense, mas também para diversas localidades. Importante também destacar que o Paraná que tem um PIB superior comparado à média nacional, sendo um mercado consumidor de carne de qualidade, além de um estado que comercializa a carne em todo o Brasil", ressaltou em nota. Eichenberg disse ainda que o Argus é um frigorífico de muita expressão, com uma marca consolidada em termos de qualidade no Paraná e que está completando, neste ano, 70 anos de operação. "É uma marca sólida e consistente e que agora se une à marca da carne hereford para oferecer aos consumidores uma excelente carne de qualidade", observou. Tiossi, do Grupo Argus, salientou que essa parceria para a produção em escala comercial de carne certificada traz grandes expectativas. “Estamos diante de um mercado consumidor altamente exigente, que clama por produtos nobres e que uma parceria como essa é capaz de fornecer. Com certeza nós teremos uma marca de ponta, uma marca de qualidade nas gôndolas dos supermercados, nos açougues e principalmente na mesa do nosso consumidor”, disse Tiossi na mesma nota. As tratativas com a indústria foram iniciadas durante a 46ª Expointer, local onde foi realizada a assinatura do protocolo de intenções. “Após o protocolo assinado durante a Expointer, avançamos as conversas até esse importante momento, onde oficializamos a parceria com a assinatura do contrato. Estamos sempre trabalhando para alinhar e fortalecer o trabalho do nosso programa, além de sempre buscarmos aproximar a nossa atuação junto ao consumidor final”, destacou Azambuja, também no mesmo comunicado da ABHB. Pioneiro no Brasil, o Programa Carne Hereford atualmente é o mais antigo em funcionamento, completando 25 anos em 2023. Ao longo destes anos, aprimorou constantemente seus processos de certificação de produtos da carne, tornando-se referência no setor.

CARNETEC


Com melhorias na operação, BRF quer voltar a dar lucro em 2024

Companhia vê indicadores da operação nos mesmos níveis de 2019 e cenário promissor à frente


Cerca de um ano atrás, em sua primeira conversa com analistas enquanto CEO da BRF, Miguel Gularte avisou que as melhorias necessárias para tornar o negócio rentável começavam no chão de fábrica e nas granjas fornecedoras. A dona da Sadia e da Perdigão reportou avanços significativos nos indicadores de operação ao longo do terceiro trimestre. O fluxo de caixa ainda ficou negativo, em R$ 21 milhões, mas o resultado já indica que o ponto de equilíbrio entre receita e despesas pode estar perto. No mesmo período de 2022, o saldo negativo foi de R$ 226 milhões. “Estamos entrando no quarto trimestre muito animados, baseados em fundamentos do negócio”, reforçou Gularte, em apresentação de resultados na terça-feira (14/11). “Nos preparamos para que o quarto trimestre seja bastante promissor do nosso ponto de vista”. Segundo o CEO, os preços internacionais começaram a reagir no último trimestre e a tendência é que continuem nesse embalo até o fim de 2023. “É uma recuperação de preços bastante significativa. Em alguns destinos, de US$ 100 por tonelada”, mencionou. Fabio Mariano, vice-presidente de finanças e relação com investidores, disse que a maioria dos indicadores da operação estão nos níveis de 2019 e, no caso de produtos processados vendidos no Brasil, foram atingidas novas marcas históricas. Os ganhos fazem parte do programa de eficiência da companhia, o BRF+, que trouxe R$ 677 milhões no trimestre passado. Com muitas das metas para o ano já atingidas em nove meses, a dona da Sadia espera uma economia de mais de R$ 3 bilhões graças às melhorias implementadas. O vice-presidente destacou o aprimoramento da gestão de estoques, que permitiu reduzir custos e adquirir grãos em momentos mais oportunos em termos de preço. “Na colheita da safrinha, a gente reabasteceu os estoques, e isso também ajuda a explicar porque temos confiança de que no quarto trimestre vamos gerar caixa”, afirmou Mariano. A companhia também conseguiu reduzir seu custo com uma diminuição dos estoques de produto acabado no exterior, que podem ter gerado uma economia da ordem de R$ 350 milhões. “A gente vem conseguindo se transformar em uma companhia que vende para produzir e não produz para vender. Isso nos permite arbitrar melhor”, disse Gularte. De acordo com o CEO, a redução da ociosidade das plantas também tem sido importante para sustentar o crescimento orgânico da BRF. Ele afirmou que as melhorias geraram um incremento na produção que, praticamente, equivale a uma fábrica nova. Agora, o foco é na fase 2 do BRF+, que deve buscar nivelar a eficiência das unidades da companhia com base nos indicadores das melhores plantas. A expectativa é que a companhia volte a dar lucro em breve.

GLOBO RURAL


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Paraná aumenta exportações em 11,3% nos dez primeiros meses de 2023

As exportações do Paraná aumentaram 11,3% nos dez primeiros meses de 2023 em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).


De janeiro a outubro desse ano, o estado movimentou US$ 21 bilhões em vendas para outros países, enquanto que em 2022 o montante exportado foi de US$ 18,9 bilhões. Só no último mês de outubro, as vendas externas somaram US$ 1,91 bilhão. A soja em grão segue como o principal produto exportado pelo Paraná e foi o que teve maior aumento nas vendas para fora. De janeiro a outubro, o produto alcançou a marca de US$ 4,9 bilhões exportados. Com esse resultado, a venda de soja em grão para o Exterior superou em 71,8% os US$ 2,9 bilhões do acumulado dos dez primeiros meses de 2022. “O bom resultado das exportações de commodities agrícolas está diretamente relacionado à safra recorde de grãos colhida no Paraná na temporada de 2023”, destaca o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Jorge Callado. Dos destinos das exportações, quatro dos cinco maiores parceiros comerciais paranaenses tiveram aumento expressivo no volume de compras. A China continua o maior comprador do Paraná e também teve a maior variação. As exportações ao país asiático aumentaram 72,8% de janeiro a outubro, totalizando US$ 5,7 bilhões.

GAZETA DO POVO


Copel anuncia R$ 2,4 bilhões em Programa de Investimentos em primeiro ano após privatização

Companhia também aprovou mudanças na estrutura organizacional da Copel Holding


A Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) divulgou na terça-feira (14) um comunicado ao mercado com os investimentos previstos para 2024, o primeiro ano após a privatização da empresa, entre e agosto e setembro, com a venda de ações do Governo do Paraná e dos títulos emitidos pela companhia na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Segundo o comunicado, o montante de R$ 2,4 bilhões para o Programa de Investimentos foi aprovado pelo Conselho de Administração, sendo que a maior parte será alocada para a Copel Distribuição. O valor é um pouco maior do que o anunciado o ano de 2023. No final do ano passado, o investimento divulgado para o exercício seguinte foi de R$ 2,2 bilhões. O objetivo é aumentar a eficiência operacional, reduzir custos e composição da base de remuneração de ativos regulatórios (BRR), principalmente com continuidade da execução do “Programa Transformação” composto pelos projetos Paraná Trifásico, Rede Elétrica Inteligente e Confiabilidade Total. “Do total previsto, estima-se 98% de investimento em ativos elétricos e 2% em ativos não elétricos”, acrescenta o comunicado. De acordo com a Copel, cerca de R$ 9 bilhões foram investidos no Paraná nos últimos cinco anos, incluindo o lançamento do Paraná Trifásico, que deve implementar 25 mil quilômetros de redes trifásicas no interior do estado, facilitando a transformação energética do campo e os investimentos agropecuários. Até o final de 2022, foram investidos R$ 1,2 bilhões com mais 10 mil quilômetros já entregues. “Na Copel GeT, destaca-se o orçamento previsto de R$ 90,1 milhões para investimentos em melhorias e reforços de suas linhas de transmissão”, informa a companhia, incluindo valores que serão aportados no Plano de Modernização de Instalações (PMI) e em pesquisas de desenvolvimento no setor energético. No mesmo dia, a Copel anunciou aos seus acionistas e ao mercado em geral que o Conselho de Administração também aprovou a nova estrutura organizacional da Copel Holding no processo de reorganização estratégica. De acordo com o comunicado, a companhia visa “melhores práticas do mercado, ter políticas integradas com melhor controle de resultados, à otimização das funções de liderança” e “fortalecimento para a contínua geração de valor.” Com apoio de uma consultoria especializada, a nova estrutura une a Diretoria Jurídica e Regulatória com a Diretoria de Governança, Risco e Compliance, formando a Diretoria Jurídica e de Compliance e a cria a Diretoria Adjunta de Regulação, ligada diretamente ao CEO, “contemplando uma estrutura exclusiva para atuação ainda mais estratégica no âmbito regulatório”. “A deliberação ainda contempla a aprovação para a continuidade dos estudos para potencial integração da Copel Mercado Livre à Copel Holding, visando ao aumento de sinergia no planejamento energético, nas estratégias comerciais e na eficiência fiscal. A Companhia ressalta que estas mudanças são importantes para a expansão e a perenidade dos negócios, garantindo uma estrutura mais ágil e eficiente no processo de tomada de decisões”, avalia a empresa.

GAZETA DO POVO


Plantio do milho está na reta final no Paraná, destaca Deral

O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou seu relatório semanal trazendo as condições de tempo e cultivo para as principais culturas do estado


De acordo com o levantamento, o plantio da safra de verão de milho 2023/24 saltou dos 95% da semana passada para 96% das lavouras já semeadas, sendo 2% em germinação, 86% em desenvolvimento vegetativo, 14% em floração e 3% já na fase de frutificação. As regiões que ainda não encerraram a semeadura são Guarapuava (99%), Irati (97%), Ivaiporã (95%), Curitiba (86%) e União da Vitória (77%). Os técnicos do Deral classificaram 81% das lavouras em boas condições de desenvolvimento, 16% em médias e 3% em ruins. Detalhando as regiões paranaenses, o Deral indica que o plantio do milho foi encerrado na região Norte, com a maioria das lavouras em fase de desenvolvimento vegetativo e início de floração. A maioria das lavouras encontra-se em fase de floração na região Sudoeste e apresenta bom desenvolvimento, apesar de relatos de cigarrinha. Nas regiões Oeste e Centro-Oeste, as lavouras de milho se encontram em bom estado, apesar de toda a chuva.

SEAB-PR/DERAL


ECONOMIA/INDICADORES


Dólar cai pela 3ª sessão seguida com dados de inflação dos EUA

A divulgação de dados favoráveis de inflação nos Estados Unidos definiu na terça-feira a queda firme do dólar no Brasil, para abaixo dos 4,90 reais, em meio à expectativa de que o Federal Reserve não elevará mais sua taxa de juros no curto prazo


O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8631 reais na venda, em baixa de 0,91%, no terceiro recuo consecutivo. Este é o menor valor de fechamento desde 18 de setembro, quando a divisa marcou 4,8564. Em novembro, a moeda acumula baixa de 3,52%. Na B3, às 17:14 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,96%, a 4,8690 reais. O Departamento do Trabalho informou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) ficou estável no mês passado e acumulou alta de 3,2% nos 12 meses até outubro, após elevações de 0,4% em setembro e de 3,7% nos 12 meses até setembro. O impacto dos números no mercado brasileiro de câmbio foi perceptível: às 10h30, o dólar à vista era cotado a 4,8963 reais (-0,24%); às 10h31, a divisa já havia despencado para 4,8522 reais (-1,14%). Por trás do movimento está a leitura de que o Fed tende a não promover novos aumentos de juros no curto prazo, o que pressiona o dólar e favorece divisas de maior risco. “O CPI confirmou que o Fed encerrou seu ciclo de aperto monetário”, avaliou o gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM, Cleber Alessie Machado. A proximidade de dezembro era outro fator para que o dólar não aprofundasse a queda ante o real. Tradicionalmente, o último mês do ano é de envios de dólares para fora do país, por fundos e companhias multinacionais, o que costuma dar suporte às cotações.

REUTERS


Ibovespa fecha na máxima desde agosto de 2021 com impulso dos EUA

O Ibovespa fechou em alta de mais de 2% na terça-feira, renovando máximas desde agosto de 2021, após dados de inflação nos Estados Unidos apoiarem apostas de que o banco central norte-americano pode ter encerrado o ciclo de alta de juros


A cena corporativa brasileira também ocupou as atenções, incluindo uma série de balanços trimestrais e divulgações de perspectivas de empresas como CSN, Magazine Luiza, Azul e Localiza. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 2,31%, a 123.197,33 pontos, maior patamar de fechamento desde 3 de agosto de 2021, segundo dados preliminares. Na máxima, chegou a 123.370,35 pontos. Na mínima, a 120.410,51 pontos. O volume financeiro na véspera do feriado no Brasil somava 32,4 bilhões de reais antes dos ajustes finais, bem acima da média do ano.

REUTERS


Setor de serviços do Brasil recua 0,3% em setembro

O volume do setor de serviços do Brasil caiu 0,3% em setembro em relação a agosto e teve queda de 1,2% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira.

REUTERS


Cepea: Receita com exportações do agro caminha para novo recorde anual

As exportações brasileiras de produtos agropecuários seguem registrando bom desempenho em 2023, e a receita deste ano pode atingir novo recorde


Pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, realizadas com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Secretaria de Comércio Exterior – sistema Siscomex, mostram que o faturamento em dólar do setor de janeiro a setembro de 2023 cresceu 3,2% frente ao mesmo período do ano passado, somando US$ 126 bilhões. Trata-se de um recorde para o período. Segundo pesquisadores do Cepea, esse resultado segue atrelado ao maior volume embarcado – que aumentou 14,7% –, já que os preços médios em dólar caíram 10%. O milho continua sendo o produto com maior taxa de crescimento nos envios externos – a alta é de 40% no volume embarcado. A soja em grão, por sua vez, se mantém como líder na quantidade exportada. De acordo com pesquisadores do Cepea, além dos produtos do complexo da soja e do milho, o ano tem sido favorável ao setor sucroalcooleiro e às carnes de frango e suína. Pesquisadores do Cepea indicam que as economias chinesa e norte-americana têm apresentado boas taxas de crescimento neste ano, o que tem dado suporte à demanda internacional. Do lado da oferta, o Brasil apresentou produção recorde, o que sustentou os bons volumes embarcados. No entanto, diante do crescimento da produção também em outros países relevantes no cenário internacional, os preços caíram ao longo dos nove meses de 2023. China, Estados Unidos e União Europeia continuam sendo os principais parceiros comerciais do país, com outros importantes mercados que, em grupo, apresentam boa participação, como é o caso dos países da Liga Árabe e os asiáticos – exceto a China. Se o setor mantiver o mesmo desempenho do último trimestre de 2022, a receita pode superar o valor de US$ 160 bilhões, o que seria um novo recorde. Para que essa meta seja atingida, é importante que o Real não se valorize muito frente ao dólar norte-americano ao longo dos próximos meses.

REUTERS


Exportações do agronegócio em outubro foram de US$ 13,38 bilhões, queda de 2,3%

Soja em grãos, milho e açúcar são os produtos que merecem destaque no mês


As exportações brasileiras de produtos do agronegócio foram de US$ 13,38 bilhões em outubro de 2023, uma cifra 2,3% inferior na comparação à exportada no mesmo período de 2022. O valor correspondeu a 45,4% das exportações totais do Brasil. Dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa) indicam que o resultado das vendas externas de outubro foi fortemente influenciado pelo recuo do índice de preços dos produtos exportados. Por outro lado, a safra recorde de grãos de 2022/2023 possibilitou um aumento de volume exportado pelo Brasil. Soja em grãos, milho e açúcar são os produtos que merecem destaque no mês. As exportações de soja em grãos atingiram volume recorde para os meses de outubro, com 5,53 milhões de toneladas. Esta quantidade embarcada é quase 45,7% superior ao exportado no mesmo mês de outubro do ano passado. A participação da China nas aquisições da soja em grãos exportada pelo Brasil subiu para quase 88% do volume exportado no mesmo período do ano passado. As vendas externas de soja em grãos alcançaram US$ 2,89 bilhões em outubro de 2023, com alta de 24%. O volume embarcado de milho foi recorde para os meses de outubro, chegando a 8,44 milhões de toneladas nesse outubro de 2023 ou uma quantidade 24,5% superior na comparação com os 6,78 milhões de toneladas exportados no mesmo mês do ano anterior. As vendas externas de milho foram de US$ 1,89 bilhão, praticamente idêntico ao de outubro de 2022. Nesse mês de outubro de 2023, a China foi o principal país importador do milho brasileiro, com participação de 40,9% na quantidade exportada pelo Brasil (3,46 milhões de toneladas) ou US$ 765,77 milhões. O terceiro produto com desempenho favorável neste mês foi o açúcar. Os preços internacionais do açúcar continuaram elevados em setembro, devido ao déficit hídrico registrado nas lavouras asiáticas e preocupações com uma possível quebra de safra. As exportações de açúcar brasileiro subiram de US$ 1,30 bilhão (outubro/2022) para US$ 1,50 bilhão (outubro/2023), alta de quase 15,4%. O incremento dos preços médios de exportação em 26,9% é o principal fator responsável pelo aumento do valor embarcado. Os maiores importadores do produto são Índia (US$ 197,73 milhões); Argélia (US$ 124,56 milhões; +22,4%); Indonésia (US$ 104,19 milhões; +3,8%); China (US$ 96,97 milhões; -51,3%); Canadá (US$ 91,77 milhões; +236,8%); e Malásia (US$ 80,72 milhões; +0,2%). Entre janeiro e outubro de 2023, as vendas externas do agronegócio brasileiro alcançaram a soma recorde US$ 139,58 bilhões, o que representa um crescimento de 3% na comparação com o mesmo período de 2022 (US$ 135,55 bilhões). Os setores que mais contribuíram para o desempenho positivo das exportações no período foram o complexo soja (+US$ 4,37 bilhões), complexo sucroalcooleiro (+US$ 3,02 bilhões) e cereais, farinhas e preparações (+US$ 1,82 bilhão). A Ásia foi a principal região geográfica de destino dos produtos do agronegócio brasileiro no período, com 53,4% de participação, enquanto a China foi o maior mercado comprador individual, com US$ 51,10 bilhões e 36,6% de market share.

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