Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 545 | 25 de janeiro de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Mercado do boi gordo sente com maior intensidade a pressão baixista
Reforçada pelo escoamento doméstico bastante enfraquecido e pelas escalas das indústrias mais confortáveis e apesar das tentativas em segurar o máximo possível a venda de boiadas gordas, os pecuaristas começaram a ceder, observou a Agrifatto, que acompanha diariamente os negócios no setor pecuário em 17 praças brasileiras. No Paraná o boi vale R$230,00 por arroba. Vaca a R$215,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de nove dias
Em São Paulo, pelo levantamento da quarta-feira (22/1) da Agrifatto, a cotação média do boi gordo seguiu em R$ 240/@. “Todas as 17 praças acompanhadas mantiveram cotações laterais”, relatou a consultoria. Segundo dados apurados pela Scot Consultoria, com o escoamento de carne bovina abaixo do esperado e escalas de abate relativamente confortáveis, a quantidade de negócios nas praças paulistas foi baixa, resultando em preços estáveis para os animais terminados. “Em função do feriado de 25 de janeiro (quinta-feira), em comemoração à fundação da cidade de São Paulo, há frigoríficos que optaram por ficar fora das compras até a próxima semana”, observa a Scot. Com isso, no mercado paulista, o boi gordo “comum” (destinado ao mercado interno, sem prêmio-exportação) segue cotado em R$ 240/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 215/@ e R$ 237/@ (preços brutos e a prazo), de acordo com a Scot. O “boi-China” segue negociado em R$ 245/@, base SP, bruto, no prazo, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”. De acordo apuração da S&P Global Commodity Insight, refletindo o período de véspera de feriado em São Paulo, o mercado do boi gordo registrou baixa liquidez e poucas movimentações no ambiente de compra e venda de animais terminados. Na B3, o contrato com vencimento para maio de 2024 fechou a quarta-feira (23/1) cotado em R$ 233,75/@, sendo o menor preço desde o final de outubro de 2023, e recuo de 0,60% no comparativo diário. No mercado de carne com osso, a semana está bastante “desafiadora” por conta das chuvas constantes em São Paulo, entre outras regiões, situação que têm impactado as atividades comerciais, relatou a Agrifatto. Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 230@ (à vista) vaca a R$ 210/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 240/@ (prazo) vaca a R$ 225/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 227/@ (à vista) vaca a R$ 215/@ (à vista); MT-Cáceres: boi a R$ 208/@ (prazo) vaca a R$ 190/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 210/@ (à vista) vaca a R$ 185/@ (à vista); GO-Sul: boi a R$ 230/@ (prazo) vaca a R$ 210/@ (prazo); PR-Maringá: boi a R$ 230@ (à vista) vaca a R$ 210/@ (à vista); MG-Triângulo: boi a R$ 230/@ (prazo) vaca a R$ 215/@ (prazo); PA-Redenção: boi a R$ 210/@ (prazo) vaca a R$ 192/@ (prazo) TO-Araguaína: boi a R$ 220/@ (prazo) vaca a R$ 198/@ (prazo); RO-Cacoal: boi a R$ 200/@ (à vista) vaca a R$ 180/@ (à vista).
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO
SUÍNOS
Suíno vivo cai 7,11% em Minas Gerais
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 116,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 8,90/kg
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (23), houve tímida alta de 0,16% em São Paulo, chegando a R$ 6,21/kg. Foram registradas quedas de 7,11% em Minas Gerais, atingindo R$ 6,27/kg), baixa de 1,33% no Paraná, custando R$ 5,94/kg), retração de 0,17% no Rio Grande do Sul, chegando a R$ 5,85/kg, e de 2,75% em Santa Catarina, fechando em R$ 5,66/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Mercado do frango com poucas variações
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável, valendo R$ 5,05/kg, enquanto o frango no atacado subiu 0,45%, valendo R$ 6,65/kg
Na cotação do animal vivo, em Santa Catarina, houve queda de 0,44%, chegando a 4,56/kg, e no Paraná, o preço ficou estável em R$ 4,56/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (23), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,36/kg e R$ 7,38/kg.
Cepea/Esalq
GOVERNO
Agronegócio inicia o ano com mais quatro novos mercados na Ásia
2023 foi marcado por recordes na abertura de mercados com autorizações para exportação de 78 novos produtos para 39 países
O agronegócio brasileiro inicia 2024 com a abertura de mais quatro novos mercados para a exportação de seus produtos. Nesta semana, o governo recebeu com satisfação a autorização para exportar bovinos vivos, embriões de bovinos (in vivo e in vitro) e sémen bovino para o Paquistão, além de alevinos de tilápia para as Filipinas. Em 2023, o Paquistão importou US$ 298.097.917 do Brasil. Entre os principais produtos destacam-se fibras e têxteis, o complexo soja e produtos florestais, que corresponderam a 83% das exportações brasileiras ao país asiático. Já a República das Filipinas continua sendo um dos importantes mercados para a carne do Brasil. Com exportações equivalentes a US$ 918.262.941 no ano anterior, as proteínas representaram 76% do que foi consumido pelos filipinos do Brasil. O mercado de bovinos vivos, aberto neste mês para as Paquistão, gerou uma movimentação de US$ 488.580.177 para o país no mercado mundial em 2023, refletindo um aumento de 154% em relação ano de 2022. “Com a retomada das relações diplomáticas, 2023 foi um ano marcado por recordes na abertura de mercados no mundo. Neste ano, com o apoio do Ministro Carlos Fávaro, buscaremos ainda mais novas oportunidades para os produtores do agro nacional exportarem dezenas de produtos e acessarem destinos até então inéditos, gerando renda e emprego em todo o país”, destacou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais. Tais resultados são fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
MAPA
Banco do Brasil estrutura programa para acelerar recuperação de pastagens
O anúncio da parceria será realizado durante o 36º Show Rural Coopavel
O Banco do Brasil informou que formalizará acordo de cooperação com iRancho, Traive e MyCarbon (subsidiária da Minerva Foods) para promover modelo de negócio “viável e sustentável” que permita a modernização da pecuária de corte e o aumento da lucratividade. “No modelo de negócio, testado em um projeto piloto em Araguaína (TO) em outubro de 2023, além de ofertar o crédito rural para a recuperação de pastagens, foram apresentadas soluções de gestão, rastreabilidade e crédito de carbono que, se utilizadas de forma integrada, trarão benefícios para toda a cadeia produtiva”, disse o banco em nota. A parceria prevê que o BB financie esses pacotes tecnológicos. A iniciativa está alinhada com o Decreto 11.815/2023, que cria o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD). Segundo levantamento do BB, cerca de 101 milhões de hectares de pastagens no Brasil são moderadas ou severamente degradadas, o que gera perdas substanciais de produtividade. O anúncio da parceria será realizado durante o 36º Show Rural Coopavel.
Estadão Conteúdo
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Intenção de consumo dos paranaenses começa 2024 em alta
Após cinco meses abaixo da média brasileira, o índice da Intenção de Consumo das Famílias (ICF) no Paraná voltou a superar o indicador nacional. O levantamento é feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR)
Com 109,3 pontos, o ICF paranaense teve aumento de 4% em janeiro na comparação com dezembro. A pontuação nacional ficou em 105,9 pontos, com queda de 0,5% na variação mensal. Os fatores que mais contribuíram para essa elevação no estado foram: Perspectiva de Consumo (9,7%), Perspectiva Profissional (8,8%) e Momento para Duráveis (7,9%). Os demais aspectos avaliados na pesquisa também tiveram aumento, ainda que moderado: Nível de Consumo Atual (3,2%), Emprego Atual (1,1%), Renda Atual (0,9%) e Acesso ao crédito (0,8%). O indicador teve a maior alta mensal nas famílias com renda até dez salários mínimos, entre as quais ficou em 107,8 pontos, com aumento de 4,2% na comparação com dezembro. Já entre as famílias com renda acima de dez salários mínimos, a pontuação é de 116 pontos, com crescimento mensal de 3,4%.
Gazeta do Povo
Deral corta em 3% a estimativa de produção de soja no Paraná
Produtividade média foi indicada em 62,4 sacas de soja por hectare, enquanto no ciclo passado, o rendimento foi de 64,3 sacas
A produção de soja para esta safra 2023/24 no Paraná está estimada em 21,727 milhões de toneladas, 3% abaixo do atingido na temporada passada, de acordo com levantamento divulgado na terça-feira (23) pelo Departamento de Economia Rural (Deral). A produtividade média é indicada em 3.744 quilos por hectare (62,4 sacas). No ciclo passado, o rendimento do estado foi de 3.862 quilos por hectare (64,3 sacas). Conforme o órgão, as lavouras do estado se dividem da seguinte forma: desenvolvimento vegetativo (2%); floração (14%); frutificação (54%); e maturação (30%). De acordo com avaliação do Deral-PR, as condições estão assim: 61% em boas condições; 31% em situação média; 8% ruins. Até o dia 15 de janeiro, a colheita da soja atingia 7% da área, estimada em 5.810,8 milhões de hectares pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
SEAB-PR/DERAL
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar cai ante real após ação da China para estimular economia
O dólar emplacou na quarta-feira a segunda sessão consecutiva de baixa ante o real, em sintonia com a queda da divisa dos EUA no exterior e ao avanço de commodities como o minério de ferro, após a China anunciar medidas para estimular sua economia.
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9321 reais na venda, em baixa de 0,47%. Em dois dias, a moeda acumulou queda de 1,12%. Ainda assim, em janeiro o dólar acumula elevação de 1,66%. Na B3, às 17:24 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,52%, a 4,9335 reais. O dólar à vista operou em baixa durante toda a sessão, em sintonia com o exterior. Desde a madrugada, com os mercados asiáticos abertos, os ativos em todo o mundo reagiam à notícia de que autoridades chinesas estão avaliando medidas para estabilizar seu mercado de ações. O plano incluiria o uso de 2 trilhões de iuanes (278,53 bilhões de dólares), principalmente de estatais, para compra de ações. Também durante a madrugada no Brasil, o banco central chinês anunciou a redução dos compulsórios -- recursos que os bancos devem manter como reservas -- a partir de 5 de fevereiro, em 50 pontos-base, em medida que liberará para o mercado de crédito 1 trilhão de iuanes (139,45 bilhões de dólares). Em março e setembro do ano passado, o BC chinês já havia promovido cortes de 25 pontos-base dos compulsórios. Na segunda-feira, o dólar subiu mais de 1%, em meio aos receios de que o programa “Nova Indústria Brasil”, do governo federal, pudesse deteriorar as contas públicas. Na terça, o mercado já corrigiu esta avaliação e o dólar registrou queda firme, com a leitura de que será o BNDES o responsável pela maior parte dos financiamentos, sem que o Tesouro tenha necessariamente que participar.
Reuters
Ibovespa perde fôlego e fecha em queda
Após avançar nos primeiros negócios do dia, suportado por exportadoras de commodities metálicas, o Ibovespa perdeu fôlego e encerrou a sessão de hoje em queda
A piora do índice coincidiu com um movimento de alta dos rendimentos dos Treasuries, após leilão com baixa demanda e a divulgação de novos indicadores econômicos acima do consenso dos EUA. Dados da B3 mostram saída do investidor estrangeiro da bolsa em 2024. No fim do dia, o índice recuou 0,35%, aos 127.816 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 127.680 pontos e, nas máximas, os 129.446 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 18h15) foi de R$ 15,46 bilhões no Ibovespa e R$ 20,19 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,08%, aos 4.868 pontos, Dow Jones fechou em queda de 0,26%, aos 37.806 pontos e Nasdaq subiu 0,36%, aos 15.481 pontos.
Valor Econômico
IPPA/Cepea: Em 2023, preço ao produtor agropecuário cai 16,4%; queda fica acima da observada ao índice da FAO
Ainda que no último trimestre de 2023 os preços pagos aos produtores agropecuários tenham mostrado certa reação, no balanço do ano, o movimento foi de queda – e intensa. Inclusive, a baixa em 2023 ficou acima da observada para os preços internacionais dos alimentos
Segundo cálculos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, o IPPA/Cepea (Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários) caiu expressivos 16,4% em 2023 em relação ao ano anterior. Na mesma comparação, os preços internacionais dos alimentos (Índice da FAO) recuaram 13,7%; os industriais (IPA-OG-DI produtos industriais), 4,5%; e a taxa de câmbio (R$/US$), 3,3%. De acordo com pesquisadores do Cepea, a baixa do IPPA/Cepea no balanço do ano se deve à significativa baixa observada para IPPA-Grãos/Cepea, de 22,5%, mas também aos recuos observados ao IPPA-Pecuária/Cepea, de 11,1%, e ao IPPA-Cana e Café/Cepea, de 7,8%. Já para o IPPA-Hortifrutícolas/Cepea, foi registrada elevação nominal ao longo de 2023, de 5,9%. Ressalta-se que, no último trimestre de 2023 (de outubro a dezembro) frente ao anterior (de julho a setembro de 2023), o IPPA/Cepea registrou alta, de 2,4%. Essa reação esteve atrelada aos avanços observados para os índices que agrega grãos, hortifrútis e cana-café, tendo em vista que o pecuário recuou.
Cepea
POWERED BY
EDITORA ECOCIDADE LTDA
041 3289 7122
041 99697 8868
Comments