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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 590 DE 03 DE ABRIL DE 2024


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 590 | 03 de abril de 2024


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS

 

Mercado do boi: preços estáveis e poucas negociações

No mercado paulista, o animal "comum" segue valendo R$ 227/@, enquanto a vaca gorda e a novilha são negociadas por R$ 205/@ e R$ 217/@, respectivamente, segundo dados da Scot. No Paraná, o boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias

 

Nas praças pecuárias paulistas, as indústrias frigoríficas continuam comprando boiada gorda de maneira cautelosa, enquanto a ponta vendedora (pecuaristas) aproveita a boa capacidade de suporte das pastagens, decorrente das precipitações ocorridas nos últimos dias, e retém as ofertas, informou na terça-feira (2/4) a Scot Consultoria. O fluxo de negociações seguiu enxuto ao longo do dia, resultando em estabilidade nas cotações para todas as categorias de bovinos destinados ao abate. No mercado paulista, a arroba do boi comum está apregoada em R$ 227, a da vaca gorda em R$ 205 e a da novilha gorda em R$ 217 (preços brutos e a prazo), de acordo com levantamento da Scot. O “boi-China” está cotado em R$ 235/@ no Estado de São Paulo, com ágio de R$ 8/@ sobre o valor do animal gordo “comum”. Em linha com os dados da Scot, a Agrifatto informou que mercado físico do boi gordo opera com preços estáveis nas praças monitoradas pela consultoria. Nesta terça-feira, pelos dados da consultoria, o valor médio da arroba em São Paulo ficou em R$ 227,50. Na B3, a maioria dos contratos futuros do boi registrou valorização na segunda-feira (1/4). O contrato com vencimento para abril de 2024 ficou cotado em R$230,15 a arroba, com alta de 0,46% no comparativo diário. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na terça-feira (2/4): São Paulo — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$235,00. Média de R$227,50. Vaca a R$200,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abates de dez dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de onze dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de nove dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de onze dias; Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de treze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dias; Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de onze dias; Maranhão — O boi vale R$205,00 por arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de onze dias;

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO

 

Banco prevê recorde de abates no Brasil

Em 2023, a produção de carne bovina atingiu o pico dos últimos cinco anos no Brasil, com um aumento de 11% em relação ao ano anterior, chegando a 8,9 milhões de toneladas. No primeiro trimestre, a tendência de alta nos abates continuou

 

Segundo o Rabobank, em seu AgroInfo de 2024, o atraso das chuvas e a redução no volume de precipitações em áreas produtoras chave levaram a um aumento nos custos da ração no final de 2023. Isso motivou a antecipação dos abates, especialmente de fêmeas, apesar da forte demanda internacional. A demanda doméstica, que representa cerca de 70% da produção, sofreu uma queda sazonal, levando a uma oferta superior à demanda e pressionando os preços do boi gordo no mercado futuro. O Rabobank projeta que os abates no primeiro trimestre podem bater recordes em comparação ao mesmo período de 2023. Para os próximos meses, prevê-se uma desaceleração nos abates de fêmeas, mas a oferta de boi pronto para o abate deve se manter em níveis elevados, limitando a valorização dos preços do boi gordo. No segmento de exportações, os dois primeiros meses do ano marcaram recordes, superando 200 mil toneladas mensais, com a China aumentando suas compras em 13%. Até fevereiro de 2024, as exportações alcançaram 408 mil toneladas, um aumento de 25% em relação a 2023, gerando uma receita de US$ 1,8 bilhão, 17% superior ao mesmo período do ano anterior.

Rabobank/Pecuaria.com

 

SUÍNOS

 

Preço do suíno vivo cede nas principais praças na terça-feira

O mercado de suínos registrou quedas generalizadas nas principais praças que comercializam animais vivos na terça-feira (2). Segundo pesquisadores do Cepea, nos últimos dias, compradores estiveram mais afastados das aquisições de novos lotes de animais

 

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 127,00, enquanto a carcaça especial subiu 3,13, com valor de R$ 9,90/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (1), houve queda de 0,16% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,37/kg, baixa de 0,16% no Paraná, atingindo R$ 6,29/kg, recuo de 0,49% no Rio Grande do Sul, custando R$ 6,13/kg, retração de 0,16% em Santa Catarina, alcançando R$ 6,07/kg, e de 1,19% em São Paulo, fechando em R$ 6,63/kg.

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Terça-feira (2) com altas para o mercado do frango

A terça-feira (2) seguiu a tendência dos últimos dias para o mercado do frango, com cotações com tendência de alta. Segundo pesquisadores do Cepea, a queda nos preços se deve principalmente à demanda enfraquecida pela carne e à consequente baixa liquidez observada ao longo do mês

 

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável, valendo R$ 5,00/kg, enquanto o frango no atacado teve aumento de 2,64%, valendo R$ 6,60/kg. Na cotação do animal vivo, Paraná ficou estável em R$ 4,56/kg; já em Santa Catarina houve baixa de 0,45%, com valor de R$ 4,53/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (1), a ave congelada teve leve alta de 0,28%, chegando a R$ 7,21/kg, enquanto o frango resfriado subiu 0,27%, fechando em R$ 7,33/kg.

Cepea/Esalq

 

ABPA: Setor celebra abertura de El Salvador para proteína avícola do Brasil

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) celebrou o anúncio feito pelo Ministério da Agricultura e Pecuária da abertura do mercado de El Salvador para as importações de carne de frango e de ovos produzidos no Brasil

 

O formato de habilitação de unidades exportadoras ainda não foi estabelecido, mas abrirá uma importante oportunidade para ampliar o acesso brasileiro aos mercados continentais da América Central, avalia a ABPA. “A abertura de El Salvador é um reconhecimento à qualidade e ao serviço sanitário brasileiro, como também um momento favorável para as proteínas de aves e de ovos brasileiros no mercado centro americano, especialmente diante da possibilidade de construir parcerias com um destino que requer novas opções internacionais de fornecimento. ”, analisa o presidente da ABPA, Ricardo Santin. Com uma população de 6,4 milhões de habitantes, o mercado salvadorenho possui demanda interessante por proteína animal de outros países. Em 2023, o país importou mais de 22 mil toneladas anuais de carne de frango e de 2,5 mil toneladas de ovos, principalmente dos Estados Unidos e Guatemala. “É mais uma abertura que se soma às tantas outras vistas recentemente. É o primeiro mercado da América Central a assinar um certificado sanitário com o Brasil e a expectativa é que isso possa ajudar no acesso a outros mercados da região.” destacou o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.

ABPA

 

EMPRESAS

 

Marfrig: Esperamos conclusão da transação com Minerva entre 3º e 4º trimestre, diz Molina

A transação de aquisição de ativos da Marfrig Global Foods pela Minerva Foods não deve ser concluída antes do início da segunda metade de 2024 e pode subir de valor em virtude desse atraso. A visão é do fundador e presidente do Conselho de Administração da Marfrig, Marcos Molina

 

“Esperamos a conclusão do negócio com a Minerva entre o terceiro e o quarto trimestre. Sempre esperei que o negócio levasse entre 9 e 11 meses para ser concluído”, disse ele, na quinta-feira passada (28), durante teleconferência para apresentação dos resultados do quarto trimestre de 2023 da Marfrig. Na negociação, a Minerva adquiriu 16 plantas de abate e desossa da Marfrig, das quais 11 plantas de bovinos no Brasil, 1 na Argentina e 3 no Uruguai, além de 1 planta de cordeiros no Chile, assim como 1 centro de distribuição no Brasil. O negócio foi fechado em agosto do ano passado por R$ 7,5 bilhões, sendo que R$ 1,5 bilhão foi pago no momento da assinatura, e R$ 6 bilhões deverão ser desembolsados no fechamento da transação. A previsão de Molina é bem mais modesta do que a da Marfrig. Em teleconferência realizada nesta semana, a companhia indicou que trabalha com a perspectiva de que a compra de ativos da Marfrig seja aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ao longo dos próximos três meses. O fundador da Marfrig, por sua vez, também garantiu não ter dúvidas que o negócio vai ser concluído a ressaltou que a demora vai render mais custos à Minerva, pois o pagamento dos R$ 6 bilhões a ser realizado no processo de conclusão, hoje corrigidos pelo CDI, pode sofrer incremento de novas taxas. “Exigimos uma correção no CDI se houver demora no acordo com Minerva. O risco é todo do Minerva”, disse Molina. Na teleconferência, Molina também observou que parcela relevante dos recursos advindos da venda dos ativos será usada para a redução da dívida, mas também para a aquisição de gado. Segundo o resultado financeiro do quarto trimestre de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 34,535 bilhões ao fim do ano passado.

O Estado de São Paulo

 

INTERNACIONAL

 

Argentina continua no topo do ranking mundial de consumo de carne

Ao analisar os hábitos de consumo de carne na Argentina, uma ideia que se repete com frequência é que o consumo diminuiu. Nos últimos anos, a realidade indica que os cortes de carne bovina cederam seu papel de liderança a outros setores que não são mais uma alternativa, como a carne de aves

 

Nos últimos 25 anos, o complexo avícola cresceu de forma constante e compete de igual para igual com a carne bovina nos balcões. As estatísticas corroboram essa tendência: o consumo de carne não diminuiu, apenas as porcentagens mudaram. Um relatório de Franco Artusso e Martina Abduca, do Ieral da Fundación Mediterránea, analisou essa questão em detalhes e, como ponto de partida, incluiu os 12 países com o maior consumo de carne do mundo, incluindo carne bovina, de aves e de porco. Nesse ranking, a Argentina está em segundo lugar, com um consumo global de 116 quilos, divididos em 52 quilos de carne bovina, 47,3 quilos de aves e 16,7 quilos de carne suína. A lista é encabeçada pelos Estados Unidos, com 120 quilos, seguidos pela Austrália, com 100,7 quilos por ano, e pelo Brasil, com 96,7 quilos. Um dos dados mais relevantes desse relatório é que, embora o consumo de carne bovina tenha caído, a Argentina é o maior consumidor de carne bovina do mundo. No caso do frango, está em terceiro lugar no mundo, e no da carne suína, em 11º. Quando se mede o consumo de carne bovina, o segundo lugar fica com os Estados Unidos (37,8 quilos), seguido de perto pelo Brasil, com 35,7 quilos. As entidades do setor de carne bovina também concordam com essa visão, como no caso da Federação das Indústrias Frigoríficas Regionais da Argentina (Fifra). O presidente da organização, Daniel Urcía, explicou que a Argentina é um consumidor recorde de proteína animal em nível mundial e ressaltou que atualmente há novas tendências e hábitos de consumo, em comparação com os últimos 40 anos. “Nas últimas semanas, tem se falado em uma diminuição do consumo de carne. Vamos explicar pela enésima vez que a Argentina consome um recorde mundial de 120 quilos de proteína animal por habitante por ano. Também vamos dizer que no século XXI há novas tendências e hábitos de consumo, diferentes daqueles de 40 anos atrás”, enfatizou em um editorial. “Deve-se notar que a produção de aves e suínos na Argentina tem crescido fortemente. De fato, a pesquisa nacional de consumo das famílias de 2017 difere substancialmente da de 2004 em termos de consumo de carne suína, que não está incluída no índice de preços ao consumidor”, disse ele. Ele acrescentou: “Acreditamos que a pesquisa de 2017, e não a de 2004, deve ser usada na formação do índice de inflação, para que o consumo de cada espécie seja mais bem refletido nesses dados oficiais.

Infocampo

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Deral reduz lavouras de milho em boas condições no Paraná

De acordo com o levantamento do O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná, o plantio da segunda safra de milho foi oficialmente encerrado, com as áreas se dividindo entre 1% ainda em germinação, 51% em desenvolvimento vegetativo, 33% em floração e 15% já em frutificação.  

 

Os técnicos do Deral ainda classificam 81% das lavouras como em boas condições, 17% em médias e 2% em ruins, um recuo ante aos 86%, 12% e 2% da semana passada, respectivamente. Ao mesmo tempo, a colheita da safra de verão 2023/24 chegou à 94% no Paraná, com o restante das áreas divididas em 1% ainda em frutificação e 99% em maturação. Para a primeira safra, 47% das lavouras foram avaliadas como em boas condições, 37% como médias e 13% como ruins. Detalhando as regiões paranaenses, o Deral indica que a colheita de verão chega a reta final na região Norte após o tempo firme da última semana. Enquanto isso, a safrinha segue em desenvolvimento vegetativo e entrando em floração, com boas condições até o momento. As condições para o desenvolvimento das lavouras de milho também são positivas na região Centro-Oeste. Já na região Noroeste, a falta de chuvas nos últimos dias já preocupa os produtores da segunda safra. “Com deficiência hídrica no solo há perdas significativas em alguns municípios”, aponta o Deral. 

SEAB-PR/DERAL

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar encerra sessão perto da estabilidade em dia de intervenção do BC

Ainda que a moeda americana tenha tocado a mínima de R$ 5,0216 pela manhã, não houve sustentação para uma apreciação do real 

 

O dólar à vista terminou a sessão da terça-feira (2) perto da estabilidade. Ainda que a moeda americana tenha tocado a mínima de R$ 5,0216 pela manhã (com possível ajuda do comunicado sobre a intervenção do Banco Central no mercado), não houve sustentação da apreciação do real. Operadores esperavam que a moeda brasileira apresentasse uma performance melhor diante da atuação da autarquia no leilão de swap cambial, mas o desempenho do real foi apático, bastante inferior aos dos pares da América Latina. A percepção dos agentes financeiros é que pode haver pressões adicionais do mercado em relação à aproximação dos vencimentos dos títulos atrelados ao dólar (NTN-A), além de um crescente ceticismo em torno da valorização da moeda brasileira. Terminadas as negociações, o dólar comercial fechou em queda de 0,02%, cotado a R$ 5,0582. Perto das 17h05, o contrato futuro da moeda para maio operava em alta de 0,09%, a R$ 5,0725. No exterior, no mesmo horário, o dólar recuava 0,39% frente ao peso mexicano, 0,94% contra o rand sul-africano, 0,95% ante o peso chileno e 0,79% contra o peso colombiano. Já o índice DXY recuava 0,21%, aos 104,794 pontos.

Valor Econômico

 

Ibovespa avança com apoio de Vale e Petrobras 

Os ganhos dos papéis ligados às commodities foram destaques positivos do dia, enquanto as taxas mais altas em razão da cautela esperada para o Federal Reserve (Fed) limitaram o avanço da bolsa

 

As altas expressivas de ações pesadas no Ibovespa fizeram o índice subir na terça-feira (2), mesmo com a pressão negativa dos juros futuros, que avançaram por aqui e no exterior. Os ganhos dos papéis ligados às commodities foram destaques positivos do dia, enquanto as taxas mais altas em razão da cautela esperada para o Federal Reserve (Fed) limitaram o avanço da bolsa. Após ajustes, o Ibovespa subiu 0,44%, aos 127.549 pontos. A mínima intradiária foi de 126.669 pontos, enquanto a máxima alcançou os 127.654 pontos. O volume de negócios para o índice no dia (até as 17h15) foi de R$ 16,29 bilhões. Em Nova York, S&P 500 caiu 0,72%, aos 5.206 pontos, Dow Jones recuou 1,00%, para 39.170 pontos, e Nasdaq perdeu 0,95%, aos 16.240 pontos.

Valor Econômico

 

Preços ao produtor no Brasil passam a subir 0,06% em fevereiro após 3 quedas seguidas

Os preços ao produtor no Brasil passaram a subir 0,06% em fevereiro depois de três meses seguidos de quedas, informou Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira

 

O resultado levou o Índice de Preços ao Produtor (IPP) acumulado em 12 meses a uma deflação de 5,16%. Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que 14 apresentaram avanço de preços. Os setores que mais contribuíram para o avanço do índice geral foram os de metalurgia (0,12 ponto percentual), indústrias extrativas (0,09 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (0,08 p.p.). No setor de metalurgia, os preços subiram 2,03% frente a janeiro, taxa mais alta para a atividade desde maio de 2022 (+2,05%). "Houve aumento dos preços do minério de ferro, depois de ter registrado queda em um ambiente internacional muito hostil", disse o gerente do IBGE Alexandre Brandão. Já os preços da indústria extrativa avançaram 1,79%, enquanto o refino de petróleo e biocombustíveis teve alta de 0,74%. Na outra ponta, o maior destaque foi a queda de 1,42% do setor de alimentos, com influência de -0,35 ponto no índice geral. O resultado dessa atividade foi impactado pela queda nos preços de produtos derivados da soja, do arroz e carnes de bovinos frescas, de acordo com o IBGE. “Houve a entrada da safra da soja e do arroz e um aumento do efetivo do gado para abate. Isso torna os preços mais baratos para a indústria”, explicou Brandão. “Se não fosse pelo resultado negativo do setor de alimentos, que pesa cerca de 25% da indústria, o índice teria crescido mais em fevereiro”. O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.

Reuters

 

Mercado eleva projeção para crescimento do PIB em 2024, mostra Focus

Economistas sondados pelo Banco Central elevaram sua projeção para o crescimento econômico do Brasil em 2024, mostrou na terça-feira o boletim Focus, que, à parte disso, não mostrou grandes novidades nos prognósticos de mercado

 

Agora, o mercado espera expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,89% neste ano, contra taxa de 1,85% estimada anteriormente, segundo a pesquisa semanal que capta a percepção para indicadores econômicos. A estimativa de crescimento para 2025, no entanto, permaneceu em 2,00%, assim como as expectativas de inflação deste ano e do próximo ficaram inalteradas em 3,75% e 3,51%, respectivamente. Para um prazo mais longo, as projeções de inflação de 2026 e 2027 seguiram em 3,50% pela 39ª semana. O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A perspectiva do Focus para a taxa Selic segue em 9,00% para o fim de 2024 e 8,50% ao fim de 2025, sem alterações ante a semana anterior. Também ficou no mesmo lugar a estimativa para a taxa de câmbio, que segue calculada em 4,95 ao final deste ano e em 5,00 no fim do próximo.

Reuters

 

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