Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 620 | 16 de maio de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Movimento de descarte de fêmeas continua acima da média histórica
A pressão baixista sobre os valores do boi gordo voltou a ganhar força nas praças brasileiras, relata a Agrifatto. No Paraná o boi vale R$220,00 por arroba. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de dez dias
Tal conjuntura, diz a Agrifatto, aumenta a chance de novas quedas da arroba no curto prazo (próxima quinzena do mês), observam os analistas. “Com uma postura mais agressiva, os frigoríficos conseguiram alongar o atendimento das escalas para 12 dias, na média nacional”, relata a Agrifatto. Porém, pelos dados apurados pela consultoria, nesta quarta-feira (15/5), os preços do boi gordo ainda permaneceram estáveis nas principais praças do País. No entanto, reforça a Agrifatto, “a tendência aponta para ajustes negativos imediatos nas cotações do animal terminado”. Na quarta-feira (15/5), a cotação da arroba em São Paulo (média entre o boi “comum” e o “boi-China) permaneceu em R$ 225/@, segundo apuração da Agrifatto. “A expectativa, a partir de agora, é de uma redução na demanda interna de carne bovina, um reflexo da maior descapitalização da população”, afirmam os analistas, referindo-se ao natural esgotamento dos salários pagos aos trabalhadores no início do mês. Enquanto isso, os pecuaristas brasileiros sentem mais dificuldade em segurar as boiadas gordas nas fazendas, devido à queda de qualidade das pastagens, consequência da chegada do período seco nas regiões do Brasil Central. É preciso levar em conta também o atual processo de descarte de fêmeas, que continua fortalecido, conforme destaca o economista Yago Travagini, da Agrifatto. “São 15 meses consecutivos com participação de fêmeas acima da média histórica mensal, o que ajuda a explicar o enfraquecimento nos preços do boi gordo”, afirma o analista. No mercado futuro, no pregão da terça-feira (14/5) da B3, a tendência predominante foi de desvalorização para a maioria dos contratos do boi gordo, informou a Agrifatto. O contrato com vencimento em maio/24 foi negociado em R$ 224,10/@, uma queda de 0,60% em relação ao dia anterior. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na quarta-feira (15/5): São Paulo — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abates de treze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de doze dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de dez dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$207,50. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de doze dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de treze dias; Pará — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$185,00. Escalas de abate de treze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de doze dias; Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de doze dias; Maranhão — O boi vale R$205,00 por arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de onze dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO
SUÍNOS
Suíno vivo sobe em MG, SC e SP
Os preços do suíno vivo subiram em boa parte das praças nesta quarta-feira (15). As demais cotações se mantiveram estáveis
De acordo com a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 134,00, da mesma forma que a carcaça especial, fechando em R$ 10,50/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (14), os preços ficaram estáveis no Paraná (R$ 6,33/kg) e no Rio Grande do Sul (R$ 6,20/kg). O preço subiu 2,11% em Minas Gerais, chegando a R$ 7,26/kg, aumento de 0,64% em Santa Catarina, com valor de R$ 6,29/kg, e de 1,17% em São Paulo, fechando em R$ 6,92/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Frango no atacado paulista cede 0,77%
Na quarta-feira (15) a maior parte das cotações no mercado do frango ficaram estáveis, com exceção da ave no atacado paulista, que sofreu leve queda
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 4,80/kg, enquanto a ave no atacado cedeu 0,77%, fechando em R$ 6,45/kg, em média. No caso do animal vivo, o valor não mudou em Santa Catarina, com preço de R$ 4,40/kg, assim como no Paraná, com preço de R$ 4,40/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (14), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram com valores estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,18/kg e R$ 7,40/kg.
Cepea/Esalq
GOVERNO
Auditores agropecuários sinalizam disposição de diálogo com o governo
Em uma nova assembleia geral realizada na quarta-feira (15), 92% dos auditores fiscais federais agropecuários aprovaram uma contraproposta de reestruturação da carreira para ser apresentada ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)
Esta decisão marca um passo significativo com objetivo de propiciar a reabertura do diálogo com o governo, reforçando a necessidade de uma maior valorização à defesa agropecuária brasileira. Entre os itens da proposta, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) quer oficializar ao MGI a necessidade de ampliação das localidades que recebem indenização de fronteira, indenização por folga remunerada, além da inclusão da carreira no ciclo de auditoria. “Reafirmamos o compromisso dos auditores agropecuários em garantir a continuidade das atividades essenciais, visando sempre a segurança e a qualidade dos alimentos que chegam à mesa do brasileiro ou de outros países”, afirmou o presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo Macedo. De acordo com o sindicato, o prolongamento da mobilização, iniciada em janeiro, acontece devido à intransigência do governo, que insiste em tratar a segurança dos alimentos e a defesa agropecuária de forma distinta de outras prioridades, como a arrecadação de impostos, a fiscalização ambiental e a segurança pública. Atualmente, o Brasil conta com 2,3 mil auditores agropecuários para auditar e fiscalizar portos, aeroportos, zonas de fronteira, plantas de frigoríficos, agroindústrias, campos de produção, a saúde e bem-estar animal, além de realizar análises fiscais em laboratórios e abrir mercados por meio das adidâncias agrícolas. Cerca de 20% deste total está apto a se aposentar e a reposição de pessoal por meio de concursos públicos não tem caminhado para atender o volume do agronegócio brasileiro.
Anffa Sindical
EMPRESAS
Com BRF, Marfrig fecha trimestre com lucro de R$ 62 milhões
Segmento de aves e suínos ajudou a contrabalançar cenário ainda adverso nos EUA. Marfrig teve receita líquida de R$ 30,37 bilhões no primeiro trimestre
Com o impulso do desempenho da BRF, que teve seu melhor primeiro trimestre da história, a Marfrig fechou os três primeiros meses deste ano com lucro líquido de R$ 62,6 milhões. No mesmo período de 2023, a Marfrig, controladora da BRF, havia tido prejuízo de R$ 634 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado consolidado subiu 94,8% em comparação com o primeiro trimestre do ano passado, para R$ 2,65 bilhões. A receita líquida, por sua vez, cresceu 3,8% e chegou a R$ 30,37 bilhões. Como os cálculos da Marfrig consideram suas operações continuadas na América do Sul, a empresa excluiu as unidades descontinuadas do resultado de 2023. Assim, a base comparativa passou a ser a mesma. Sem a exclusão, a companhia teve Ebitda de R$ 1,49 bilhão no primeiro trimestre do ano passado e receita de R$ 31,7 bilhões. A carne bovina — atividade central das operações da Marfrig na América do Sul e de sua unidade na América do Norte, a National Beef — foi responsável por 56% da receita da companhia no trimestre. Produtos derivados de aves e suínos, o nicho da BRF, responderam pelos outros 44%. “Essa rentabilidade é fruto da eficiência operacional com destaque da BRF, [que] contribuiu com 80% do Ebitda”, disse Tang David, vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores. A BRF. Das marcas Sadia e Perdigão, lucrou R$ 594 milhões no intervalo de janeiro a março deste ano, quando melhorou suas margens e diversificou suas exportações. Além de os preços dos grãos usados na ração (milho e farelo de soja) terem caído, a BRF abriu mais de 20 novos mercados no exterior. A diversificação de exportações também foi um ponto relevante para as vendas da Marfrig. Com as novas habilitações para exportar que a companhia obteve, a fatia da China em seu faturamento caiu dez pontos percentuais, para 30%. “A China é um mercado importante, não vamos desprezar, [mas] já se sabe que não é o melhor mercado atualmente”, afirmou Rui Mendonça, CEO da operação América do Sul. O executivo ressaltou que a relevância dos chineses está no mix de cortes, como os dianteiros. Outros compradores, como o México, ganharam destaque na pauta comercial da empresa entre janeiro e março. “Fomos responsáveis por mais de 50% das exportações de carne bovina do Brasil para o México no primeiro trimestre”, comentou Mendonça. Nos três primeiros meses de 2024, o volume de comercialização das operações continuadas da empresa na América do Sul cresceu 13% em relação ao mesmo período de 2023, para 165 mil toneladas. A receita teve um aumento de 11%, para R$ 3 bilhões, refletindo o crescimento dos volumes, a elevação dos preços no mercado doméstico e a conquista de novos mercados. Questionado sobre o efeito das inundações no Rio Grande do Sul sobre os negócios, Mendonça disse que as cheias não causaram transtorno direto para as operações da empresa. O Estado representa menos de 5% da receita da Marfrig. O cenário positivo na América do Sul ajudou a contrabalançar o desafio da restrição na oferta de gado que a National Beef tem enfrentado nos Estados Unidos. O CEO da operação América do Norte, Tim Klein, disse que a retenção de fêmeas no mercado americano ainda não começou. Com isso, a expectativa é de que a disponibilidade de animais só volte a crescer, de fato, em meados de 2027. “Entre 2022 e 2023, o preço do gado subiu 16%. De 2023 para 2024, subiu mais 12%. Portanto, foram 30% de alta ao total do ciclo”, comentou o executivo. Em função disso, Klein já prevê queda na capacidade de utilização da indústria, acompanhada de elevação dos preços da carne. “Nossa projeção diz que a utilização de capacidade, na pior parte do ciclo, vai ficar entre 75% e 80% do total. Se tiver menos oferta de carne, o preço sobe. Isso não significa necessariamente que a nossa margem vai cair [muito]”, disse. Ele admitiu que pode haver alguma compressão das margens. A queda no uso de capacidade, afirmou, seria justamente para “gerenciar essa margem”.
Valor Econômico
JBS abre espaço para avançar em dividendos ou novas aquisições em 2024
Trajetória de queda esperada para a alavancagem da companhia deve dar fôlego para movimentações financeiras
Uma conjuntura favorável para as margens e para a geração de caixa da JBS levam a companhia a crer que haverá uma redução na alavancagem da empresa até o final de 2024. Caso esta expectativa se confirme, surge a possibilidade de aumento no pagamento de dividendos aos acionistas ou novas aquisições para este ano. "Quanto mais rápido é esse processo [de queda] da alavancagem, abre espaço para melhores dividendos ou M&A (fusões e aquisições)", disse nesta quarta-feira (15/5) o vice-presidente financeiro da JBS, Guilherme Cavalcanti, em teleconferência com analistas. O CEO global da empresa, Gilberto Tomazoni, acrescentou que o M&A é um processo natural dentro da companhia, que cresceu à base de aquisições. "Na JBS, avaliações de oportunidades (para compra) fazem parte do processo". Os executivos não detalharam quais tipos de ativos estão em avaliação para eventuais compras. Entretanto, Tomazoni já declarou anteriormente que a empresa gostaria de "fazer com o salmão o que fez nos mercados de aves e suínos". Atualmente, o grupo JBS é um dos maiores fornecedores de frango ne suínos no mundo, por meio da Seara no Brasil, e da JBS USA Pork e Pilgrim's Pride nos Estados Unidos. Na aquicultura, a companhia entrou em 2021, com a compra da Huon Aquaculture, segunda maior produtora de salmão da Austrália. Sobre a questão da alavancagem - relação entre a dívida líquida e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado - Cavalcanti calcula que neste segundo trimestre já será possível alcançar o patamar de 3 vezes. "Já temos um mês e meio passado de segundo trimestre e temos segurança para dizer que vamos trocar o Ebitda (do segundo trimestre de 2023) por um maior. E a geração de caixa vai fazer com que essa alavancagem reduza no segundo trimestre", explicou o executivo financeiro. No primeiro trimestre deste ano, quando a companhia lucrou R$1,646 bilhão e teve Ebitda de R$ 6,4 bilhões, a alavancagem foi de 3,7 vezes. Para o final do ano, a perspectiva é alcançar 2,5 vezes. "Para chegar a essa alavancagem no final de 2024, a margem deveria ser próxima de 7,5%. Considerando que a nossa margem no primeiro trimestre já foi de 7,2%, é razoável pensar que vamos conseguir que a alavancagem vá ficar entre 2 e 3 vezes", acrescentou Cavalcanti. Ele pontuou ainda que a projeção de 2,5 vezes para a alavancagem já leva em consideração o pagamento de dividendos que deve ser feito, caso ocorra a aprovação de dupla listagem da companhia nos Estados Unidos. Alguns dos fatores conjunturais que favorecem a geração de caixa da companhia e as margens são a demanda firme por frango no mercado externo, custos ainda controlados com grãos usados na ração (milho e farelo de soja) e agregação de valor nos produtos suínos da companhia nos Estados Unidos. "O frango no mercado externo, nossa visão para esse negócio é bastante positiva, tem um aumento de demanda globalmente. E a oferta de ffrango está bastante equilibrada, parte disso vem do gerenciamento de novas linhagens genéticas desenvolvidas", exemplificou Tomazoni. Soma-se a isso o ciclo do gado ainda com alta oferta no Brasil, que diminui as despesas com matéria-prima na unidade de bovinos. Na contramão, o ciclo do gado continua com disponibilidade apertada de animais para abate no mercado americano. O presidente da JBS USA, Wesley Batista Filho, admitiu que "vai ter um segundo tri mais desafiador que do ano passado", mesmo com a recuperação sazonal da demanda com a chegada da primavera e verão. "Ainda assim, grande parte do resultado melhor que tivemos no primeiro trimestre foi por melhorias internas. A gente acha que ainda tem mais dois pontos percentuais (de margens) a serem capturados", estimou. Questionado sobre o avanço da gripe aviária sobre o gado nos Estados Unidos, Wesley Filho disse que, por ora, "não estamos preocupados com a demanda e nem com a oferta", visto que a situação está sendo monitorada e sob controle do Departamento de Agricultura do país (USDA, na sigla em inglês). Os resultados da JBS divulgados ontem (14/4), em balanço financeiro, vieram acima das expectativas do mercado e levaram a companhia para o topo do pregão de hoje na B3. As ações ON da empresa subiam cerca de 7,75% às 12h15.
Valor Econômico
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
IBGE prevê safra de 299,6 milhões de toneladas para 2024
Em abril, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2024 deve totalizar 299,6 milhões de toneladas, 5,0% menor que a obtida em 2023 (315,4 milhões de toneladas), com redução de 15,8 milhões de toneladas; e 0,4% acima da informada em março, com acréscimo de 1,2 milhão de toneladas
A área a ser colhida é de 77,9 milhões de hectares, o que representa estabilidade (0,0%) frente à área colhida em 2023, com crescimento de 9,4 mil hectares, e aumento de 0,2% (134,9 mil hectares) em relação a março. O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos, somados, representam 91,6% da estimativa da produção e respondem por 87,0% da área a ser colhida. Frente a 2023, houve acréscimos de 10,9% na área a ser colhida do algodão herbáceo (em caroço), de 4,6% na do arroz em casca, de 5,9% na do feijão e de 2,5% na da soja, ocorrendo declínios de 5,5% na área do milho (reduções de 8,0% no milho 1ª safra e de 4,8% no milho 2ª safra), de 7,5% na do trigo e de 4,3% na do sorgo. Em relação à produção, houve acréscimos de 7,7% para o algodão herbáceo (em caroço), de 2,0% para o arroz, de 11,1% para o feijão e de 27,0% para o trigo, e decréscimos de 2,4% para a soja, de 6,8% para o sorgo e de 11,7% para o milho (reduções de 13,5% no milho de 1ª safra e de 11,2% no milho de 2ª safra). A estimativa de abril para a soja foi de 148,3 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 115,8 milhões de toneladas (24,0 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 91,8 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 10,5 milhões de toneladas; a do trigo em 9,8 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço) em 8,3 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 4,0 milhões de toneladas. A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para duas Grandes Regiões: a Sul (8,3%) e a Norte (7,6%). Houve variação anual negativa para as demais: a Centro-Oeste (-12,2%), a Sudeste (-10,5%) e a Nordeste (-3,1%). Quanto à variação mensal, apresentou crescimento a Nordeste (1,2%), a Norte (5,8%) e a Centro-Oeste (0,9%). enquanto as demais apresentaram declínio: a Sudeste (-1,9%) e a Sul (-0,9%). Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 28,0%, seguido pelo Paraná (13,4%), Rio Grande do Sul (13,3%), Goiás (10,6%), Mato Grosso do Sul (8,3%) e Minas Gerais (5,6%), que, somados, representaram 79,2% do total. Com relação às participações regionais, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (47,2%), Sul (28,9%), Sudeste (9,2%), Nordeste (8,7%) e Norte (6,0%). Em relação a março, houve aumentos nas estimativas da produção da batata 3ª safra (6,8% ou 73 719 t), do sorgo (6,6% ou 249 743 t), da batata 1ª safra (2,6% ou 44 750 t), da soja (0,9% ou 1 380 088 t), do feijão 1ª safra (0,8% ou 7 893 t), da cevada (0,6% ou 2 600 t), do tomate (0,5% ou 20 164 t), do arroz (0,3% ou 32 234 t), da aveia (0,2% ou 2 858 t), bem como declínios nas estimativas de produção do cacau (-1,1% ou -3 162 t), do trigo (-1,0% ou -101 191 t), do feijão 3ª safra (-0,8% ou -5 396 t), da batata 2ª safra (-0,7% ou -8 900 t), do milho 1ª safra (-0,4% ou -91 296 t), do milho 2ª safra (-0,3% ou -248 837 t) e do feijão 2ª safra (-0,0% ou -691 t). Entre as Grandes Regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 141,4 milhões de toneladas (47,2%); Sul, 86,4 milhões de toneladas (28,9%); sudeste, 27,4 milhões de toneladas (9,2%); Nordeste, 26,1 milhões de toneladas (8,7%) e Norte, 18,1 milhões de toneladas (6,0%). As principais variações absolutas positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram em Goiás (1 279 774 t) e no Pará (998 575 t). As variações negativas ocorreram no Paraná (-801 000), em São Paulo (-442 380 t) e em Minas Gerais (-96 291 t).
IBGE
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar tem leve alta com "efeito Petrobras" se sobrepondo a dados favoráveis dos EUA
O dólar à vista fechou a quarta-feira em leve alta, com preocupações sobre a ingerência política na Petrobras impulsionando as cotações, por um lado, e os dados favoráveis de inflação nos Estados Unidos retirando parte da pressão sobre a moeda norte-americana, por outro
O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,1368 reais na venda, em leve alta de 0,13%. Em maio, porém, a divisa acumula queda de 1,08%. Às 17h04, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,17%, a 5,1415 reais na venda. “O mercado sempre se estressa em algum grau com qualquer tipo de possibilidade de intervenção do governo na economia. Então tivemos uma movimentação mais forte no dólar (ante o real), ainda que o DXY (índice do dólar) não estivesse tão forte no exterior”, comentou Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos. A pressão de alta trazida pela Petrobras, no entanto, foi em parte compensada pelos dados de inflação divulgados nos EUA. Às 9h30, o Departamento do Trabalho informou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,3% em abril, depois de avançar 0,4% em março e fevereiro. Nos 12 meses até abril, o índice teve alta de 3,4%, ante 3,5% em março. Os números reforçaram as apostas de que o Federal Reserve terá espaço para efetuar dois cortes de sua taxa básica ainda em 2024, o que trouxe alívio para a curva de juros norte-americana e colocou o dólar em baixa ante todas as demais divisas. Durante a tarde, a moeda norte-americana voltou a registrar leves ganhos ante o real, sugerindo que o desconforto com a condução da Petrobras pelo governo ainda não havia sido superado. Prova disso é que no fim da tarde o real era a única divisa, entre as negociadas nos mercados globais, que perdia valor ante o dólar - todas as demais subiam sob a influência positiva do CPI. À tarde, o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de 357 milhões de dólares em maio até o dia 10, com saídas líquidas de 617 milhões de dólares pela via financeira e entradas de 260 milhões de dólares pelo canal comercial.
Reuters
Ibovespa fecha em queda com Petrobras ofuscando dados dos EUA
O Ibovespa fechou em queda na quarta-feira, pressionado pelo declínio das ações da Petrobras após a troca no comando da estatal, o que acabou ofuscando dados norte-americanos de inflação que reforçaram apostas de corte de juros em setembro na maior economia do mundo
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,38%, a 128.027,59 pontos marcado também pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa. O volume financeiro somou 32,7 bilhões de reais. Nos Estados Unidos, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,3% no mês passado, após avançar 0,4% em março e fevereiro, de acordo com o Departamento do Trabalho. Nos 12 meses até abril, o índice teve alta de 3,4%, de 3,5% em março. Economistas previam alta de 0,4% e 3,4%, respectivamente. Após os dados, os futuros dos juros nos EUA precificavam chance de 73% de um corte na taxa de juros norte-americana pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve, em setembro, de 69% antes dos números. Ainda na pauta norte-americana, as vendas no varejo ficaram estáveis em abril, ante previsão no mercado de alta de 0,4%, com preços mais altos da gasolina afetando as compras de outros produtos, indicando perda de força dos gastos do consumidor. O chefe da EQI Research, Luís Moran, destacou que os números estão mostrando que a política monetária está produzindo efeitos e que já dá para diminuir um pouco a dose de aperto monetário, que continuará forte mesmo que ele comece a reduzir neste ano. Moran acrescentou que era para ser um dia positivo no mercado, com Wall Street em alta e os rendimentos dos Treasuries caindo, mas que o noticiário envolvendo a Petrobras azedou o humor, embora não espere uma grande mudança na estatal no curto prazo. Na avaliação de Moran, Petrobras é uma empresa "super descontada" do ponto de vista de múltiplos em boa parte por causa dos ruídos políticos "o tempo inteiro". "Não achamos que muda dramaticamente o caso...continua sendo um negócio atraente, ainda mais nesse preço, mas não é para quem tem estômago fraco."
Reuters
Mercado vê déficit primário menor neste ano, mas maior em 2025, mostra Prisma
Economistas passaram a prever um déficit primário menor neste ano, mas maior no próximo, além de projetarem uma melhora na arrecadação federal e uma dívida bruta menor para ambos os períodos, mostrou na quarta-feira o relatório Prisma Fiscal de maio, compilado pelo Ministério da Fazenda
Segundo o relatório, a expectativa mediana agora é de saldo primário negativo de 76,825 bilhões de reais em 2024, antevisão anterior de déficit de 78,615 bilhões de reais. Para 2025, no entanto, a expectativa para o resultado primário piorou, a déficit de 87,458 bilhões de reais, ante 83,450 bilhões no mês passado. Para a arrecadação, a expectativa mediana subiu para este ano e o próximo. A nova projeção indica a entrada de 2,593 trilhões de reais neste ano, contra 2,588 trilhões estimados no mês anterior. Para 2025, arrecadação federal é vista em 2,741 trilhões de reais, ante 2,732 trilhões em abril. Uma melhora na arrecadação é considerada crucial pelos mercados para que o governo consiga atingir as metas previstas no novo arcabouço fiscal. Para 2024, foi prevista receita líquida (descontados repasses a Estados e municípios) de 2,120 trilhões de reais, acima dos 2,103 trilhões do último Prisma. A expectativa também subiu para o próximo ano, a 2,231 trilhões de reais, de 2,222 trilhões antes. Em relação às despesas, no entanto, os economistas também projetaram uma alta em relação aos níveis antes previstos. Para 2024, a despesa total do governo central está prevista em 2,189 trilhões de reais, ante 2,179 trilhões no mês passado. Para 2025, a despesa total é vista em 2,313 trilhões de reais, contra 2,298 trilhões em abril. Sobre a dívida bruta do governo geral, os entrevistados projetaram uma melhora ante a previsão anterior, com queda na estimativa a 77,30% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, ante 77,45%. Para 2025, a dívida bruta é calculada em 79,90% do PIB, contra 79,94% esperados em abril. O PIB Nominal também teve melhora nas previsões, com a projeção de 2024 chegando a 11,525 trilhões de reais, ante expectativa de 11,519 trilhões no mês passado. A conta para o próximo ano atingiu 12,246 trilhões de reais, contra previsão de 12,221 trilhões de abril.
Reuters
IBC-Br recua em março, mas termina 1º tri com expansão de 1,08%, aponta BC
A atividade econômica brasileira contraiu mais do que o esperado em março, mas ainda assim fechou o primeiro trimestre de 2024 com crescimento, mostrando tração em um ambiente que favorece o consumo das famílias com o mercado de trabalho aquecido e a inflação sob controle, de acordo com dados do Banco Central divulgados na quarta-feira
O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), recuou 0,34% em março na comparação com o mês anterior, em dado dessazonalizado. A expectativa em pesquisa da Reuters era de queda de 0,25%, e o resultado foi o primeiro no vermelho depois de quatro meses de ganhos. Ainda assim, o índice fechou o primeiro trimestre do ano com expansão de 1,08%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve recuo de 2,18%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 1,68%, de acordo com números observados. "O avanço do IBC-Br no primeiro trimestre corrobora nosso cenário de crescimento de 0,7% do PIB e uma expansão da economia liderada pelo lado da demanda", disse em nota Rafael Perez, economista da Suno Research. A economia brasileira vem apresentando bom desempenho neste início de ano, favorecida principalmente pelo consumo diante de uma inflação sob controle, aumento da renda e mercado de trabalho firme. Analistas consideram ainda que o pagamento de precatórios no primeiro trimestre ajudou a atividade. O afrouxamento monetário promovido pelo Banco Central -- com a Selic atualmente em 10,50% --também deve ajudar a sustentar a economia este ano, já que favorece as condições de crédito no país. "O resultado confirma o cenário de um primeiro trimestre forte, com o impulso da demanda causado pelo pagamento de precatórios, e um carregamento mais forte deixado pelo resultado de dezembro", avaliou Gabriel Couto, economista do Santander, colocando viés de alta em sua estimativa de expansão de 1,8% do PIB em 2024. Em março, a indústria brasileira ganhou força e fechou o primeiro trimestre com crescimento de 0,9% da produção, enquanto o volume do setor de serviços expandiu 0,4%, resultado melhor do que o esperado. Já as vendas varejistas tiveram estabilidade no mês, contrariando expectativas de uma retração depois de dois meses de altas. Em março, o Banco Central melhorou sua projeção de crescimento econômico em 2024 a 1,9%, contra patamar de 1,7% estimado em dezembro. O Ministério da Fazenda, por sua vez, prevê expansão de 2,2% este ano, mas o chefe da pasta, ministro Fernando Haddad, já afirmou que a estimativa deve ser revisada para ao menos 2,5%. O IBC-Br é construído com base em proxies representativas dos índices de volume da produção da agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além do índice de volume dos impostos sobre a produção.
Reuters
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