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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 657 DE 09 DE JULHO DE 2024

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 657 | 09 de julho de 2024

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS


Boi gordo: lentidão no escoamento de carne bovina no mercado interno

Segundo apurou a Scot Consultoria, a semana começou sem mudança nos preços. “Com boa oferta de boiadas e aumento no consumo de carne, como esperado para o início do mês, o cenário é de equilíbrio no mercado pecuário”, observou a Scot. No Paraná, o boi vale R$225,00 por arroba. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de sete dias

 

Desse modo, nas regiões de São Paulo, as cotações do boi gordo estão apregoadas em R$ 220/@, a da vaca em R$ 197/@ e a da novilha em R$ 212/@, de acordo com os dados da Scot. O “boi-China” (base SP) está valendo R$ 225, /@, um ágio de R$ 5/@ sobre o boi “comum”. Na última semana, de acordo com apuração da Agrifatto, o boi gordo seguiu recuperando terreno nas cotações. “Graças ao câmbio e uma oferta de boiadas mais enxuta, as cotações subiram 0,22% na semana (em comparação com a semana anterior) para o indicador Cepea, que fechou com média de R$ 227,30/@”, informou. O indicador da consultoria apontou um avanço de 1,66% no mesmo comparativo semanal, com precificação média de R$ 224,65/@. “Com a maior média das últimas 8 semanas, os preços da arroba ainda têm espaço para melhorar no curto prazo, estimulados pela combinação da menor oferta de animais terminados, baixa disponibilidade de pastagem e o câmbio valorizado”, ressaltaram os analistas da Agrifatto. A volatilidade continua presente no câmbio brasileiro. Mesmo após recuar na quarta-feira (03/07), o dólar fechou a semana com valor médio de R$ 5,57, com alta de 1,39% no comparativo semanal. “Essa semana deve ser mais calma, no entanto, o dólar deve permanecer acima dos R$ 5,40”, que acrescenta: “o câmbio neste patamar abre mais espaço para que os frigoríficos se mantenham ativos nas compras para cumprir contratos internacionais “. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na última sexta-feira (5/7): São Paulo — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$212,00. Escalas de abates de doze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de doze dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$217,00 a arroba. O “boi China”, R$217,00. Média de R$217,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$206,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$208,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de onze dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$208,00. Média de R$204,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de onze dias; Pará — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$ 208,00. Média de R$204,00. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de catorze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dia; Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$165,00. Novilha a R$170,00. Escalas de abate de catorze dias; Maranhão — O boi vale R$195,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de onze dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/AGRIFATTO

 

Embarques de carne bovina in natura alcançam 54,2 mil toneladas na primeira semana de julho/24

Média diária exportada de carne bovina avança 41,6%. Preços médios tem queda de 6,04%

 

O volume exportado de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada atingiu 54,2 mil toneladas nos primeiros cinco dias úteis de julho/24, apontou a Secretária de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).  No mês de julho do ano anterior, o volume exportado alcançou 160,7 mil toneladas em 21 dias úteis. A média diária exportada na primeira semana de julho/24 ficou em 10,8 mil toneladas e registrou um incremento de 41,6%, frente ao volume total exportado em julho/23 que ficou em 7,6 mil toneladas. O preço médio ficou com US$ 4.436 mil por tonelada, queda de 6,04% frente aos dados divulgados em julho de 2023, com preços médios de US$ 4.740 mil por tonelada. O valor negociado para o produto na primeira semana de julho/24 ficou em US$240,4 milhões, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de julho do ano anterior foi de US$ 762,2 milhões. A média diária ficou em US$ 48 milhões e registrou um avanço de 32,5%, frente ao observado no mês de julho do ano passado, que ficou em US$ 36,2 milhões. 

Agência Safras

 

Frigoríficos mantêm escalas de abate

Na média nacional, programações das unidades brasileiras seguem confortáveis, em 10 dias úteis, informa Agrifatto

 

Os frigoríficos permanecem cautelosos, comprando apenas o necessário para manter as suas escalas de abate alongadas. Nesse cenário, a média nacional das programações de abate fechou em 10 dias úteis na última sexta-feira (5/7), mostrando estabilidade em relação à semana anterior. Quadro atual das escalas de abate em algumas das principais regiões brasileiras (Fonte: Agrifatto) Tocantins – Foi um dos destaques da última semana, com avanço de 2 dias úteis em comparação ao quadro apresentado na semana anterior —as programações de abate ficaram em 11 dias úteis, maior patamar registrado desde 21/06/2024. Mato Grosso – O estado seguiu o caminho oposto, apresentando recuo de 1 dia útil em comparação a semana anterior, encerrando o período em 10 dias úteis, mesmo nível observado em 07/06/2024. Pará – Também fechou a semana com recuo de 1 dia útil nas escalas de abate, que ficaram em 11 dias úteis. Mato Grosso do Sul/Goiás – Ambos Estados apresentaram estabilidade nas suas programações de abate, fechando a semana em 8 dias úteis. Rondônia – Registrou avanço de 1 dia útil nas escalas de abate, fechando a semana em 14 dias úteis. Paraná – Apresentou estabilidade frente sobre o fechamento da sexta-feira anterior, com escalas em 7 dias úteis. São Paulo – Também registrou estabilidade no comparativo semanal, terminando o período semanal em 11 dias úteis. Minas Gerais – Apresentou estabilidade, fechando a semana em 11 dias úteis de escala.

Portal DBO

 

SUÍNOS

 

Altas nas cotações do mercado de suínos

De acordo com a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo subiu 2,15%, com preço médio de R$ 142,00, enquanto a carcaça especial aumentou 0,90%, fechando em R$ 11,20/kg, em média

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (5), houve alta de 3,03% em Minas Gerais, chegando a R$ 7,49/kg, avanço de 1,11% no Paraná, com valor de R$ 7,27/kg, crescimento de 0,75% no Rio Grande do Sul, custando R$ 6,74/kg, aumento de 1,03% em Santa Catarina, alcançando R$ 6,84/kg, e de 1,37% em São Paulo, fechando em R$ 7,38/kg.

Cepea/Esalq

 

Exportação de carne suína in natura no início de julho têm médias de faturamento e volume maiores que julho/23

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne suína in natura até a primeira semana de julho (cinco dias úteis), tiveram aumentos consideráveis no faturamento e nas toneladas embarcadas por média diária em relação a julho do ano passado 

 

A receita obtida, US$ 75,3 milhões, representa 32,32% do total arrecadado em todo o mês de julho de 2023, que foi de US$ 233 milhões. No volume embarcado, as 31.806 toneladas representam 33,83% do total registrado em julho do ano passado, quantidade de 93.994 toneladas. O faturamento por média diária até este momento do mês foi de US$ 15 milhões, quantia 35,7% a mais do que julho de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve elevação de 35,93% observando os US$ 11 milhões, vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 6.361 toneladas, houve aumento de 42,1% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, observa-se incremento de 35,51%. Já no preço pago por tonelada, US$ 2.367, ele é 4,5% inferior ao praticado em julho passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa tímida alta de 0,30% em relação aos US$ 2.360 anteriores.

Agência Safras

 

Abates de suínos na China aumentam 0,8% entre janeiro-maio em relação a 2023

O número de suínos abatidos na China por frigoríficos aumentou 0,8% de janeiro a maio em relação ao mesmo período do ano anterior, para 136,04 milhões, mostraram dados do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais. O rebanho de suínos da China era de 39,96 milhões de cabeças no final de maio, uma queda de 6,2% em relação ao ano anterior, mostraram os dados.

Reuters

 

FRANGOS

 

Mercado do frango terminou a segunda-feira estável

As cotações no mercado do frango na segunda-feira (8) ficaram, na maioria, estáveis. De acordo com análise do Cepea, os preços dos produtos de origem avícola acompanhados pelo Cepea iniciaram julho de estáveis a ligeiramente mais altos

 

O típico aumento da demanda em começo de mês (recebimento de salários), reforçado pelo feriado de 9 de julho (Revolução Constitucionalista) no estado de São Paulo, garantiu suporte às cotações. De modo geral, a liquidez segue dentro da normalidade, com procura e oferta ajustadas. De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,00/kg, enquanto a ave no atacado subiu 1,29%, fechando em R$ 6,30/kg, em média. Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, cotado a R$ 4,37/kg, da mesma forma que no Paraná, custando R$ 4,33/kg.  Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (5), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,03/kg e R$ 7,29/kg.

Cepea/Esalq

 

Frango in natura: exportações na primeira semana de julho aceleram

De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne de aves in natura até a primeira semana de julho (cinco dias úteis), aceleraram em relação à última semana de junho

 

A receita obtida, US$ 223,5 milhões, representa 28,43% do total arrecadado em todo o mês de julho de 2023, que foi de US$ 785,9 milhões. No volume embarcado, as 121.682 toneladas representam 30,11% do total registrado em julho do ano passado, quantidade de 404.124 toneladas. O faturamento por média diária até o momento do mês foi de US$ 44,7 milhões quantia 19,4% a maior do que a registrada em julho de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve incremento de 22,59% quando comparado aos US$ 36.462,941 vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 24.336 toneladas, houve crescimento de 26,5% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, observa-se alta de 19,13% em relação às 20.427 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.836, ele é 5,6% inferior ao praticado em julho do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa elevação de 2,89% no comparativo ao valor de US$ 1.785,023 visto na semana passada.

Cepea/Esalq

 

Exportadores de frango do Brasil têm menos concorrência dos EUA e forte demanda do Oriente Médio

A média das exportações brasileiras de carne de frango nos primeiros seis meses do ano indica um cenário positivo para o restante de 2024, disse a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) na segunda-feira, citando a concorrência mais fraca com a oferta dos EUA e a forte demanda contínua dos tradicionais importadores do Oriente Médio

 

As exportações brasileiras de frango atingiram uma média de 431.400 toneladas por mês até junho, 0,8% acima da média mensal registrada em todo o ano de 2023, que foi de 428.200 toneladas, de acordo com dados da ABPA. A relativa ausência de exportadores de frango dos EUA no mercado e as vendas constantes para países como os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita são bons sinais para o Brasil, o maior exportador de frango do mundo, segundo a ABPA. O fato de o país historicamente exportar mais no segundo semestre do ano também é uma vantagem. "Com o mercado interno mais atrativo, reduz as exportações, o que é uma tendência para os próximos meses e anos", disse o diretor de Mercados da ABPA, Luis Rua, em declaração à Reuters. Ele explicou que, para as empresas brasileiras, isso significa mais volumes de exportação destinados a países da América Latina, incluindo México e Chile, permitindo que o Brasil se reposicione em mercados estratégicos para produtos como pernas e peito de frango. Em volume, as exportações brasileiras de frango foram as melhores da história entre abril e junho, segundo a ABPA. No entanto, em termos de preço, o cenário não é tão animador, já que as vendas agregadas de exportação de frango do Brasil atingiram 4,636 bilhões de dólares no primeiro semestre, 10,3% abaixo dos 5,168 bilhões de dólares do mesmo período de 2023, de acordo com dados da ABPA. As vendas para a China, o principal destino, também ficaram abaixo do nível do ano passado em junho, caindo 29%, disse a ABPA.

ABPA


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

FEIIN: governo do Paraná institui fundo voltado para investimentos em infraestrutura

O governador em exercício Darci Piana sancionou na quinta-feira (04/07) a l.ei n0  22.056/2024, que institui o Fundo Estadual em Infraestrutura Inteligente (Feiin). O objetivo do fundo é ampliar os investimentos públicos no Estado e promover o desenvolvimento de projetos estratégicos nas áreas de infraestrutura rural, transportes, logística e de sustentabilidade

 

As receitas que comporão o Feiin serão provenientes de royalties, ou seja, de pagamentos compensatórios efetuados por empresas que atuam na extração de petróleo, gás natural, xisto e outros recursos minerais, bem como na produção de energia elétrica a partir de reservatórios localizados no território paranaense. Essas compensações incluem, por exemplo, royalties da Usina de Itaipu e da operação da Unidade de Industrialização do Xisto, em São Mateus do Sul. Segundo o governador em exercício, a criação do Fundo Estadual em Infraestrutura Inteligente fortalece o Paraná para o futuro. O fundo será gerido pelo Conselho Deliberativo do Feiin, coordenado pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e composto por titulares das secretarias beneficiadas pelos recursos, além da Casa Civil e da Procuradoria-Geral do Estado. Os investimentos serão direcionados para programas, ações e projetos que visem melhorar a infraestrutura, sob a responsabilidade das secretarias da Agricultura e do Abastecimento (Seab); de Infraestrutura e Logística (Seil); e do Desenvolvimento Sustentável (Sedest); bem como do Instituto Água e Terra (IAT). Norberto Ortigara, secretário da Fazenda, ressalta que a criação do Feiin representa um avanço significativo, pois permite alavancar o direcionamento de recursos aplicados nos investimentos públicos do Paraná. O Feiin tem como objetivo criar uma destinação eficiente e estratégica para os royalties recebidos pelo Estado, de forma que priorizem o fortalecimento da infraestrutura de transporte, as políticas de incentivo e expansão para o setor agropecuário e a ações que promovam desenvolvimento econômico equitativo e resiliência às mudanças climáticas.

Agência Estadual de Notícias

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar tem leve alta com mercado à espera de dados de inflação e Powell

O dólar à vista interrompeu uma sequência de três sessões consecutivas em queda e fechou a segunda-feira em leve alta ante o real, com investidores à espera de declarações do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, e de dados de inflação no Brasil e nos EUA no restante da semana

 

Numa sessão de liquidez um pouco menor, antecedendo o feriado de terça-feira em São Paulo, o dólar à vista encerrou cotado a 5,4769 reais na venda, em leve alta de 0,26%. Em 2024, a divisa acumula elevação de 12,89%. Às 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,25%, a 5,4885 reais na venda. As cotações perderam força e se reaproximaram da estabilidade no início da tarde. Às 13h01, o dólar à vista marcou a cotação mínima de 5,4569 reais (-0,11%), para depois retomar os leves ganhos até o fechamento. Tanto os investidores no Brasil quanto no exterior, conforme um operador ouvido pela Reuters, aguardavam o restante da semana, quando haverá gatilhos com potencial para alterar as cotações. Jerome Powell prestará depoimento ao Senado dos EUA na terça-feira e à Câmara na quarta-feira, quando investidores estarão atentos às pistas sobre o futuro da política monetária norte-americana. Na quarta-feira sai o IPCA -- o índice de inflação oficial do Brasil -- e na quinta-feira será divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA. Na sexta-feira é a vez do índice de preços ao produtor (PPI) norte-americano. No Brasil, a terça-feira será de feriado em São Paulo, em comemoração à Revolução Constitucionalista de 1932. A B3 funcionará normalmente, o que inclui o mercado de câmbio. Outro profissional ouvido pela Reuters pontuou, no entanto, que apesar de as Tesourarias de bancos e corretoras em São Paulo funcionarem na terça, acompanhando a B3, muitas empresas que participam do mercado de câmbio estarão fechadas no feriado, o que pode reduzir um pouco a liquidez no mercado à vista. As demais praças do país -- incluindo o Rio de Janeiro -- funcionarão normalmente. Pela manhã, o relatório Focus do Banco Central mostrou que a projeção mediana do mercado para o IPCA em 2024 foi de 4,00% para 4,02%. Para 2025 a projeção passou de 3,87% para 3,88%, na décima elevação semanal consecutiva. O dólar projetado para o fim de 2024 e 2025 está em 5,20 reais.

Reuters

 

Ibovespa tem alta discreta com apoio de Petrobras

O Ibovespa fechou com um acréscimo tímido na segunda-feira, em mais uma sessão de volume reduzido, com o desempenho robusto das ações da Petrobras após anunciar aumento no preço da gasolina prevalecendo sobre o declínio dos papéis de Vale e Banco do Brasil

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa registrou variação positiva de 0,22%, a 126.548,34 pontos, confirmando o sexto pregão seguido fechando no azul, após marcar 125.613,54 pontos na mínima e 126.551,30 pontos na máxima da sessão. O volume financeiro somou 19,25 bilhões de reais, de uma média diária no ano de 23,6 bilhões de reais. Na visão de Gabriel Mollo, analista de investimentos do Banco Daycoval, o mercado refletiu nesta sessão o clima de espera entre agentes financeiros para a divulgação de dados de inflação, bem como para as falas do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, ao longo da semana. Da agenda macro, as atenções estarão voltadas particularmente para o IPCA de junho na quarta-feira -- na cena doméstica -- e para o índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos de junho na quinta-feira -- na cena externa. De acordo com economistas do Bradesco, o CPI nos EUA pode intensificar a percepção dos mercados de que o início do ciclo de corte de juros pelo Fed ocorrerá ainda em setembro. Powell, por sua vez, fala já na terça-feira perante o Comitê Bancário do Senado norte-americano, em sua participação semestral no Congresso dos EUA, que inclui ainda testemunho ao Comitê de Serviços Financeiro da Câmara dos Deputados na quarta-feira, ambos com previsão de começar às 11h (horário de Brasília).

Reuters

 

IGP-DI desacelera mais do que o esperado em junho com arrefecimento de alimentos, diz FGV

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou sua alta mais do que o esperado em junho devido ao arrefecimento nos preços dos alimentos tanto ao produtor quanto ao consumidor, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda-feira

 

O IGP-DI subiu 0,50% em junho, depois de avanço de 0,87% no mês anterior, abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,59%. O resultado levou o índice a subir 2,88% em 12 meses. "O índice ao produtor antecipa o arrefecimento das pressões sazonais sobre os alimentos in natura, ao mesmo tempo em que mostra a desaceleração na variação dos preços dos alimentos processados. Esses movimentos indicam a redução da influência dos alimentos na inflação ao consumidor", disse André Braz, coordenador dos índices de preços. No período, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do indicador geral, subiu 0,55%, de alta de 0,97% no mês anterior. No IPA, a alta no estágio de Bens Finais enfraqueceu a 0,41% em junho, ante 0,73% no mês anterior, sendo que a principal contribuição para esse movimento foi do subgrupo de alimentos processados, que registrou no mês uma alta de 1,14%, ante 1,92% em maio. Braz ainda destacou a desaceleração no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) -- que responde por 30% do IGP-DI -- como um fator para o resultado do índice geral. O IPC mostrou que a alta dos preços aos consumidores foi de 0,22% em junho, de 0,53% em maio. Seis das oito classes de despesa que compõem o índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (0,87% para -0,75%), Habitação (0,41% para 0,13%), Transportes (0,49% para 0,19%), Alimentação (0,72% para 0,50%), Comunicação (0,46% para -0,08%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,67% para 0,57%). O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, registrou arrefecimento da alta a 0,71% em junho, de 0,86% antes.

Reuters

 

Boletim Focus: mercado eleva previsão de inflação e de PIB para 2024

Projeções para Selic e câmbio ficaram no mesmo patamar da semana passada

 

As previsões do relatório Focus, do Banco Central, mostram um avanço da inflação para 2024. A mediana para o IPCA deste ano avançou de 4% para 4,02%, mais de 1 ponto porcentual acima do centro da meta, de 3%. Um mês atrás, era de 3,90%. A mediana para 2025, horizonte relevante da política monetária, subiu de 3,87% para 3,88%, contra 3,78% um mês antes. Para 2024, a mediana continuou em 3,60% pela quinta semana consecutiva. A partir do próximo ano, a meta de inflação passa a ser contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se ele ficar acima do teto ou abaixo do piso por seis meses consecutivos, vai se considerar que o alvo foi perdido. O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu que o centro da meta continuará em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. O alvo e a banda poderão ser alterados pelo conselho, com base em uma proposta do ministro da Fazenda e antecedência mínima de 36 meses para sua aplicação. O Banco Central espera que o IPCA fique em 4% em 2024, 3,4% em 2025 e 3,2% em 2026, considerando o cenário de referência, com a trajetória de juros extraída do Focus. Em um cenário alternativo, com a taxa Selic constante ao longo do horizonte relevante, o BC espera inflação de 4% este ano e 3,1% no próximo. Estimativas para o déficit primário de 2024 permaneceram em 0,70% do Produto Interno Bruto (PIB). Para a taxa Selic no fim de 2024, a mediana continuou em 10,5% pela terceira semana consecutiva. Um mês atrás, era de 10,25%. A mediana do Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 9,5% pela terceira semana consecutiva, de 9,25% um mês atrás. A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2024 subiu de 2,09% para 2,10%. Um mês atrás, era de 2,09%. A estimativa intermediária para o PIB de 2025 caiu de 1,98% para 1,97%, a segunda oscilação negativa seguida. Levando em conta apenas as 26 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 1,94% para 2%. O Ministério da Fazenda espera crescimento de 2,5% para o PIB brasileiro em 2024. O Banco Central aumentou a sua estimativa, de 1,9% para 2,3%, no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI). As projeções para a cotação do dólar no fim de 2024 continuaram em R$ 5,20, o mesmo nível de uma semana atrás. Um mês antes, a estimativa era de R$ 5,05. A estimativa intermediária para a moeda americana no fim de 2025 subiu de R$ 5,19 para R$ 5,20, contra R$ 5,09 quatro semanas antes. A estimativa para o fim de 2025 também avançou, de R$ 5,15 para R$ 5,19.

O Estado de São Paulo

 

Bancos elevam projeção de expansão do crédito este ano para 10% 

Segundo a Febraban, projeção de alta para a carteira direcionada subiu de 10,1% para 11,3%, com ênfase na linha destinada às empresas, de 8,7% para 11,7%, e no crédito livre, passou de 8,6% para 9,2%, puxado pelas pessoas físicas, de 9,5% para 10,6% 

 

Mesmo em meio ao cenário econômico incerto, com as dúvidas sobre a sustentabilidade da política fiscal e a interrupção no ciclo de cortes da Selic, os bancos revisaram novamente sua projeção para a expansão do crédito este ano. Segundo a Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a previsão passou para 10%, de 9,3% no levantamento anterior. O destaque ficou para a revisão de alta na projeção da carteira direcionada, cuja expectativa subiu de 10,1% para 11,3%, com ênfase na linha destinada às empresas, que passou pela maior revisão para cima (de 8,7% para 11,7%). No crédito livre, a projeção avançou de 8,6% para 9,2%, mas nesse caso puxado pelas pessoas físicas (de 9,5% para 10,6%). “A revisão para cima do crescimento do crédito total captada na pesquisa pode ser explicada por vários fatores. O segmento mostrou números positivos ao longo do 1º semestre, refletindo o ciclo de queda da taxa Selic e os índices de inadimplência. Além disso, o mercado de trabalho aquecido e o aumento da massa salarial devem continuar impulsionando as linhas voltadas ao consumo das famílias”, avalia em nota Rubens Sardenberg, diretor de economia, regulação prudencial e riscos da Febraban. Ao mesmo tempo, ela aponta que os programas públicos aprovados para a reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes devem dar um impulso importante no segundo semestre, conforme captado na projeção para a carteira direcionada destinada às empresas. “Na direção contrária, temos que acompanhar a evolução do cenário macro para ver se as turbulências recentes podem afetar o ritmo do mercado de crédito”, pondera. Em relação à taxa de inadimplência da carteira livre, a pesquisa capturou estabilidade na projeção para 2024 (4,4%) e 2025 (4,2%). Já em relação ao desempenho do crédito em 2025, a projeção para a alta da carteira total também registrou estabilidade, em 8,9%. De acordo com a pesquisa, a grande maioria dos participantes (85%) entendeu que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de interromper, de forma unânime, o ciclo de queda da taxa Selic foi adequada. Por outro lado, a expectativa para a taxa de câmbio migrou para um patamar bem superior às pesquisas anteriores, permanecendo acima de R$ 5,20 até o fim de 2024 (ante projeções próximas a R$ 5,00 no levantamento prévio).

Valor Econômico

 

Poupança tem entrada líquida de R$ 12,8 bilhões em junho

O saldo da aplicação na caderneta de poupança subiu pela terceira vez no ano, com o registro de mais depósitos do que saques no mês de junho. As entradas superaram as saídas em R$ 12,8 bilhão, de acordo com relatório divulgado na sexta-feira (05/07) pelo Banco Central (BC)

 

No mês passado, foram aplicados R$ 348,1 bilhões, contra saques de R$ 335,3 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 5,4 bilhões. Com isso, o saldo da poupança é R$ 1 trilhão. Em maio de 2024, houve entrada líquida (mais depósitos que saques) de R$ 8,2 bilhões, assim como em março (R$ 1,3 bilhão). Já em janeiro, fevereiro e abril, os resultados foram negativos, com R$ 20,1 bilhões, R$ 3,8 bilhões e R$ 1,1 bilhão a mais de saques da poupança, respectivamente. O resultado positivo do mês de junho passado ainda foi maior que o verificado em junho de 2023, quando os brasileiros depositaram R$ 2,6 bilhões a mais do que retiraram da poupança. Diante do alto endividamento da população, em 2023 a caderneta de poupança teve saída líquida (mais saques que depósitos) de R$ 87,8 bilhões. O resultado foi menor do que o registrado em 2022, quando a fuga líquida foi recorde, de R$ 103,2 bilhões, em um cenário de inflação e endividamento altos. Os saques na poupança se dão porque a manutenção da Selic – a taxa básica de juros – em alta estimula a aplicação em investimentos com melhor desempenho. De março de 2021 a agosto de 2022, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic, com sete reduções seguidas. No mês passado, o colegiado interrompeu o corte de juros em razão da alta recente do dólar e do aumento das incertezas econômicas. Hoje, a taxa básica está em 10,5% ao ano. Em 2021, a retirada líquida da poupança chegou a R$ 35,49 bilhões. Já em 2020, a caderneta tinha registrado captação líquida – mais depósitos que saques – recorde de R$ 166,31 bilhões. Contribuíram para o resultado a instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia de covid-19 e o pagamento do auxílio emergencial, depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.

Agência Brasil

 

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