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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 694 DE 29 DE AGOSTO DE 2024

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 694 | 29 de agosto 2024


NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS


Alta do boi se mantém: escalas de abate mais curtas e exportações aquecidas

O mercado brasileiro do boi gordo continua operando com tendência de alta nas principais praças pecuárias, sustentado por fatores como demanda interna aquecida, escalas de abate mais curtas e exportações elevadas. No Paraná, o boi vale R$243,00 por arroba. Vaca a R$225,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de cinco dias.

 

O mercado paulista de carne com ossos experimentou mudanças significativas neste meio da semana, marcado pelo aumento do volume de pedidos para reposição dos estoques do varejo, informou a Agrifatto. “O varejo doméstico, que surpreendeu com o movimento consistente dos últimos dias, continua com perspectiva de melhora nas primeiras semanas de setembro”. Paralelamente, as exportações de carne bovina in natura seguem em alta, com o volume de embarques da última semana atingindo 54,32 mil toneladas. “A expectativa é de que o mês termine com exportações acima de 200 mil toneladas”, prevê a Agrifatto. Pelos dados apurados pela Agrifatto, nesta quarta-feira (28/8), o preço do boi gordo em São Paulo permaneceu em R$ 242/@ (média entre o animal “comum” e o “boi-China). Nas outras 16 regiões monitoradas pela consultoria, a média subiu para R$ 226/@. “Uma das 17 praças monitoradas registrou valorização da arroba nesta quarta-feira (Maranhão); as outras 16 mantiveram suas cotações laterais”, informa a Agrifatto. Pelos dados da Scot, o mercado paulista abriu a quarta-feira com preços estáveis. “Com a redução da oferta de boiadas, as escalas de abate das indústrias encurtaram”, destacou Scot, acrescentando que as programações atendem, em média, a sete dias. Com isso, pelos dados da Scot, o boi gordo “comum” vale R$ 238/@ no mercado paulista, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 215/@ e R$ 228/@, respectivamente. O “boi-China” (base SP) está cotado em R$ 240/@, com ágio de R$ 2/@ sobre o animal “comum”. No mercado futuro, o contrato com vencimento em outubro/24 encerrou a terça-feira (27/8) cotado a R$ 247,90/@, uma leve queda de 0,02% em relação ao dia anterior. Já o contrato para janeiro/2025 registrou alta de 0,28%, fechando a R$ 253/@. Esse valor representa um ágio de 15% em comparação com o preço físico do Cepea, que terminou a terça-feira em R$ 237,85/@ (alta de 2,3% sobre o preço do indicador registrado há um mês). Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na quarta-feira (28/8): São Paulo — O “boi comum” vale R$242,00 a arroba. O “boi China”, R$242,00. Média de R$242,00. Vaca a R$220,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abates de onze dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$230,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$230,00. Vaca a R$215,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$243,00 a arroba. O “boi China”, R$243,00. Média de R$243,00. Vaca a R$225,00. Novilha a R$230,00. Escalas de cinco dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de oito dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de onze dias; Pará — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de onze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$230,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$230,00. Média de R$230,00. Vaca a R$215,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de sete dias; Rondônia — O boi vale R$195,00 a arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de doze dias; Maranhão — O boi vale R$210,00 por arroba. Vaca a R$190,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto 

 

SUÍNOS

 

Cotações de suínos vivos sobem no PR e SC e SP

De acordo com a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 169,00, da mesma forma que a carcaça especial, fechando em R$ 13,50/kg, em média

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (27), o preço ficou estável somente em Minas Gerais (R$ 8,96/kg), e houve queda apenas no Rio Grande do Sul, na ordem de 0,12%, custando R$ 8,06/kg. Foram registradas altas de 0,24% no Paraná, alcançando R$ 8,39/kg, 0,12% em Santa Catarina, com preço de R$ 8,36/kg, e aumento de 0,23% em São Paulo, fechando em R$ 8,89/kg.

Cepea/Esalq

 

FRANGOS

 

Quarta-feira (28) com cotações estáveis no mercado do frango

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto a ave no atacado subiu 0,32%, fechando, em média, R$ 6,22/kg

 

Na cotação do animal vivo, o preço não mudou em Santa Catarina, cotado a R$ 4,38/kg, da mesma maneira que no Paraná, custando R$ 4,66/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (27), houve queda de 0,13% para o frango congelado, chegando a R$ 7,40/kg, e de 0,14% para a ave resfriada, fechando em R$ 7,26.

Cepea/Esalq

 

GOVERNO

 

Governo vai usar Fundo Clima para internalizar dinheiro para pastagens

Eco Invest, iniciativa estruturada com recursos do Fundo Clima, poderá garantir oferta de US$ 1 bilhão para financiar recuperação de pastos degradados. “Dá pra fazer a coisa andar agora que o dinheiro apareceu”, afirma Carlos Augustin 

 

O Ministério da Agricultura e a Secretaria do Tesouro Nacional encontraram uma saída para finalmente dar o pontapé no Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD) com o uso de recursos internacionais. Um modelo já existente no arcabouço legal brasileiro deverá ser usado para internalizar o dinheiro estrangeiro e poderá garantir uma oferta de cerca de US$ 1 bilhão para o financiamento da recuperação dessas áreas, com juros próximos de 6,5% ao ano. A ideia é usar o Eco Invest, programa de mobilização de capital privado externo e de proteção cambial do governo. Lançada em fevereiro, a iniciativa é estruturada com recursos do Fundo Clima e faz parte do Plano de Transformação Ecológica do Brasil, para atrair e facilitar investimentos estrangeiros privados no país. As equipes têm trabalhado para anunciar um edital específico para recuperação de pastos degradados na linha de “blended finance” do programa. A linha já foi regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e está com um edital aberto, mas para projetos em geral relacionados ao meio ambiente. Um chamamento específico para financiar projetos de recuperação de áreas degradadas seria feito, segundo apurou o Valor, devido ao forte apelo ambiental dessa ação e do interesse de bancos internacionais e multilaterais em apoiar a iniciativa. Também é uma demanda do próprio Ministério da Agricultura. Pela linha do “blended finance”, o governo abre um edital de leilão para financiamento de projetos em setores como biocombustíveis, indústria verde, saneamento, ferrovias e recuperação de áreas biodegradadas. Os agentes financeiros fazem lances para o financiamento de programas que apoiam. Os projetos que exigirem menor aporte de recursos públicos e que atendam às demais exigências do edital vencem. Entre elas está demonstrar que parte dos recursos para financiar os projetos será levantada nos mercados de capitais internacionais e que as exposições estão protegidas contra riscos cambiais. A ideia é distribuir os recursos disponíveis entre vários vencedores, não um único agente. A parte do financiamento público é bancada com recursos do Fundo Clima, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que tem sido abastecido com valores levantados pelo Tesouro Nacional nas emissões externas de títulos da dívida pública sustentáveis — ou seja, aplicados em projetos com impacto ambiental ou social positivos. Já foram feitas duas emissões, cada uma de US$ 2 bilhões. O assessor especial do Ministério da Agricultura, Carlos Augustin, disse que o modelo pode viabilizar o início do programa de conversão de pastagens degradadas e resolver o entrave. “Vamos usar parte do dinheiro do Fundo Clima e parte do dinheiro captados pelos próprios bancos para formar o valor total, que chegue em real mais juros de 6,5% ao ano aos produtores”, afirmou. Alternativas avaliadas até então previam repasse dos valores em dólar mais juros de 9% por ano, considerados proibitivos pelo setor. A ideia, segundo Augustin, é usar até US$ 1 bilhão dos recursos do Fundo Clima, via a linha de “blended finance” do Eco Invest, nessa primeira rodada. Como o dinheiro é complementar ao capitalizado pelos bancos operantes, o valor final alavancado deverá ser bem maior. Enquanto o Tesouro ajusta as regras para o leilão, o Ministério da Agricultura conversa com a Embrapa, o Banco do Brasil e o Ministério do Meio Ambiente para criar uma normativa técnica de monitoramento da aplicação correta desses recursos. “Dá pra fazer a coisa andar agora que o dinheiro apareceu e sabendo que existe um modelo pronto para fazer, mas precisamos definir quais são as práticas e qual será o monitoramento”, disse Augustin, que esteve na Europa na semana passado, onde conversou com bancos e fundos sobre aporte de recursos no programa. Gestado desde a pré-campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022, o PNCPD foi lançado oficialmente em dezembro do ano passado, mas ainda não saiu no papel. A intenção é recuperar ou converter até 40 milhões de hectares degradados em dez anos e praticamente dobrar a produção de grãos no Brasil sem abertura de novas áreas. O custo total é estimado em cerca de US$ 120 bilhões.

Valor Econômico

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Paraná foi segundo estado que mais gerou empregos no Brasil em julho, aponta Caged

Resultado de 14.185 vagas é o saldo entre 173.331 admissões e 159.146 desligamentos ao longo do mês, e representa praticamente o dobro das vagas aberta em julho de 2023

 

Com 14.185 vagas, o Paraná foi o segundo estado que mais gerou empregos no Brasil em julho, atrás apenas de São Paulo, com 61.847. O Estado ficou à frente de Santa Catarina (12.150), Minas Gerais (11.133) e Rio de Janeiro (10.598). Esse resultado é o saldo entre 173.331 admissões e 159.146 desligamentos ao longo do mês, e representa praticamente o dobro das vagas aberta em julho de 2023 (7.231). Os dados do Caged foram divulgados na quarta-feira (28). Com isso, o Paraná alcançou 124.647 novas vagas de emprego com carteira assinada no acumulado do ano, terceiro melhor resultado do Brasil, atrás apenas de São Paulo (441.076) e Minas Gerais (173.309). O resultado é maior do que a soma dos novos empregos de Bahia (64.696) e Mato Grosso (47.580), por exemplo. Foram criados 18.899 empregos em janeiro, 32.979 em fevereiro, 18.045 em março, 18.274 em abril, 8.439 em maio, 13.826 em junho e 14.185 em julho. O estoque atual de empregados no Paraná é de 3.216.048. Em julho do ano passado era de 3.082.648. Os setores que mais empregaram no mês no Paraná foram a indústria (5.731), serviços (5.010), construção civil (2.173) e comércio (1.567). Entre os subsetores, os destaques foram indústrias de transformação (5.628), serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (2.368) e atividades administrativas e serviços complementares (1.276). No ano, os destaques são serviços (65.763), indústria (31.677), construção (15.532), comércio (11.085) e agropecuária (594). Entre os municípios paranaenses, os principais empregadores no mês de julho foram Curitiba (3.153), São José dos Pinhais (972), Maringá (760), Ponta Grossa (675), Londrina (633), Araucária (617), Cascavel (614), Colombo (446) e Campo Largo (302). O mercado formal brasileiro apresentou em julho um saldo de 188.021 postos de trabalho, acumulando no ano um saldo de 1.492.214 postos de trabalho com carteira assinada. Julho foi positivo em todos os estados, com exceção do Espírito Santo, e nos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas. O setor de serviços gerou 79.167 postos, seguido da indústria, com 49.471 postos, e comércio, com geração de 33.003 vagas.

Agência Estadual de Notícias

 

Refis: prazo para programa de regularização de dívidas tributárias no Paraná encerra em setembro

Programa de Parcelamento Incentivado de dívidas tributárias foi aberto em abril pela Secretaria da Fazenda e a Receita Estadual do Paraná. Os contribuintes devem ficar atentos aos prazos para poderem regularizar seus débitos com redução de multas e de juros

 

O Refis entra em sua reta final somando mais de R$ 1,35 bilhão de débitos fiscais regularizados em quatro meses. A adesão ao Programa de Parcelamento Incentivado de dívidas tributárias, aberto em abril pela Secretaria da Fazenda (Sefa) e pela Receita Estadual do Paraná, se encerra em setembro e os contribuintes devem ficar atentos aos prazos para poderem regularizar seus débitos com redução de multas e de juros. De acordo com os dados mais recentes da Receita Estadual, R$ 1,3 bilhão foi regularizado via parcelamento, com 1.687 termos de acordo assinados no período. Os outros R$ 59 milhões foram pagos à vista, distribuídos em 5.089 operações de pagamento. Pessoas físicas e jurídicas que queiram aderir ao Refis têm até o fim de setembro para iniciar o processo de regularização — e as datas variam de acordo com o tipo de pagamento escolhido. Para parcelamentos, o prazo para adesão é 26 de setembro, enquanto os pagamentos à vista podem ser feitos até o dia 30. Contudo, a orientação é não deixar para a última hora. No caso de dívidas ativas ajuizadas, os contribuintes devem entrar em contato com a Procuradoria Geral do Estado até o dia 20 de setembro para regularização dos honorários e emissão do Termo de Regularização para Parcelamento (TRP). No caso de débitos tributários ainda em discussão administrativa, é possível reconhecer parte do débito, indicando os fatos que pretende parcelar até o dia 2 de setembro. A homologação do parcelamento se dá pelo pagamento da primeira parcela, que deverá ser feito até o último dia útil do mês da adesão. As demais parcelas devem ser quitadas até o último dia útil dos meses subsequentes. “Essa é uma grande oportunidade para que os contribuintes possam regularizar seus débitos junto ao fisco estadual”, afirma a chefe do Setor de Cobrança Administrativa da Receita Estadual, Luciana Trintim. “A redução de até 80% das multas e juros, bem como a ampliação do prazo de parcelamento, cria condições extremamente favoráveis para a quitação de multas e juros de débitos não pagos no prazo regulamentar, possibilitando a retirada do cadastro de inadimplentes (Cadin), a emissão de certidão positiva com efeitos de negativa e a suspensão de execuções fiscais, bem como evitando futuros bloqueios de ativos financeiros”, acrescenta Luciana. Aproximadamente 30 mil empresas são elegíveis para o Refis. Juntas, elas podem regularizar cerca de R$ 40 bilhões em débitos pendentes com o Estado. Entre os tributos incluídos no Refis estão o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD). O programa abrange débitos relacionados a fatos geradores ocorridos até 31 de julho de 2023.

Agência Estadual de Notícias

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Galípolo é indicado para ser novo presidente do BC, anuncia Haddad 

Diretor de política monetária era amplo favorito para assumir o cargo no lugar de Roberto Campos Neto a partir de 2025 

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou a indicação de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central (BC). Ele é o atual diretor de política monetária da autoridade monetária desde julho do ano passado. Antes, era secretário executivo o Ministério da Fazenda. "Hoje, o presidente [Lula] está encaminhando o indicado dele para a presidência do BC, que vem a ser o Gabriel Galípolo", disse Haddad em comunicado agora no Palácio do Planalto. "Agora vamos trabalhar os três nomes que irão compor a diretoria até o fim do ano", completou. "É uma honra, um prazer, uma responsabilidade imensa", disse Galípolo, ao lado de Haddad, durante o anúncio. "Estou muito contente e não vou responder perguntas em respeito ao processo." A indicação era amplamente esperada pelo mercado, já que Galípolo é um nome de confiança do ministro Haddad e ganhou também o apreço do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos últimos meses. O nome indicado precisará ser sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal e aprovado em plenário pelos senadores. O mandato do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, acaba em 31 de dezembro deste ano. Sobre esse assunto, Haddad falou que a sabatina é uma atribuição do Senado e que cabe a eles marcarem e decidir sobre a indicação. "Mas quero crer que Pacheco e Lula estão sintonizados. Saindo daqui vou voltar a ligar para o Pacheco para falarmos sobre isso." Com a ida de Galípolo para o comando do BC, a vaga de diretor de Política Monetária ficará vaga, assim como a de Regulação e de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, já que os mandatos de Otávio Damaso e Carolina de Assis, respectivamente, acabam em dezembro deste ano. Os nomes dos novos diretores não foram anunciados pelo ministro. Haddad e Galípolo não responderam perguntas, apenas fizeram o comunicado.

Valor Econômico

 

Dólar fecha com alta de quase 1%

O dólar à vista fechou a quarta-feira em alta ante o real, próxima de 1%, puxada pelo avanço da moeda norte-americana no exterior em movimento ampliado no mercado doméstico durante a tarde pela confirmação de que Gabriel Galípolo será indicado pelo governo para a presidência do Banco Central

 

O dólar à vista fechou em alta de 0,98%, cotado a 5,5565 reais. Em agosto, porém, a divisa acumula baixa de 1,76%. Às 17h04, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,89%, a 5,5580 reais na venda. A moeda norte-americana engatou ganhos ante o real desde o início da sessão, acompanhando o avanço da divisa dos EUA ante outras moedas no exterior, incluindo as de países emergentes. Por trás disso estava um movimento de recomposição de posições em dólar no exterior e a cautela antes da divulgação de dados importantes da economia dos EUA no restante da semana. Durante a tarde, porém, o dólar acelerou os ganhos ante o real, após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciar que Galípolo será indicado para a presidência do BC, em substituição a Roberto Campos Neto a partir de 2025. Atualmente diretor de Política Monetária do BC, Galípolo precisará passar por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e ser aprovado pelo plenário da Casa, que fará um esforço concentrado de votações na primeira semana de setembro, em meio às campanhas eleitorais. A indicação de Galípolo para o comando do BC já era largamente esperada pelo mercado. Pela manhã, o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, voltou a falar sobre a lógica de atuações da instituição no mercado de câmbio. Segundo ele, o fato de o câmbio no Brasil ser flutuante não significa que o BC nunca fará intervenções no mercado. Porém, as intervenções são feitas apenas em caso de disfuncionalidades. “Chegamos muito perto de fazer intervenção cambial em alguns momentos”, reconheceu Campos Neto. Mais cedo nesta quarta-feira o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional em leilão para fins de rolagem do vencimento de 1º de outubro de 2024. À tarde o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de 3,534 bilhões de dólares em agosto até o dia 23, com saídas líquidas de 4,029 bilhões de dólares pela via financeira e entradas de 494 milhões de dólares pelo canal comercial.

Reuters

 

Ibovespa fecha acima dos 137 mil pontos pela 1ª vez com impulso de Petrobras e Itaú e anúncio de galípolo

O Ibovespa abandonou a queda da primeira parte do pregão e fechou em alta na quarta-feira, acima dos 137 mil pontos pela primeira vez após três tentativas frustradas, em performance puxada principalmente pelo avanço dos blue chips Petrobras e Itaú Unibanco

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,42%, a 137.343,96 pontos, novo recorde de fechamento, tendo marcado 137.469,26 pontos na máxima, novo topo intradia. O patamar dos 137 mil pontos já havia sido testado nos pregões de 21, 26 e 27 de agosto. O volume financeiro somou 19,78 bilhões de reais. Na visão do gestor de renda variável Tiago Cunha, da Ace Capital, o movimento positivo do Ibovespa parece estar mais relacionado ao fluxo de capital externo, uma vez que a curva de juros local abriu e as empresas mais ligadas à economia doméstica estavam negativas no dia. "Por outro lado, papéis mais expostos à exportação e ao câmbio, e aqueles mais demandados por investidores internacionais, apresentaram performance positiva", observou. A tarde da quarta-feira também foi marcada pelo anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicará Gabriel Galípolo para substituir Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central a partir de 2025. Apesar do anúncio repentino, Galípolo já era visto no mercado e no governo como um nome consolidado para assumir a presidência da autarquia.

Reuters

 

Brasil abre 188.021 vagas formais de trabalho em julho, mostra Caged

O Brasil abriu 188.021 vagas formais de trabalho em julho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na quarta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego

 

O resultado do mês passado foi fruto de 2.187.633 admissões e 1.999.612 desligamentos e veio apenas um pouco abaixo de expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters de criação líquida de 190.000 vagas. O saldo de julho foi o maior para o mês desde julho de 2022, que teve abertura de 218.902 vagas. No mesmo mês em 2023 foram criados 142.702 postos de trabalho, segundo dados sem os ajustes com informações prestadas pelas empresas fora do prazo. Os cinco grupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos de vagas em julho. O setor de serviços liderou a abertura de vagas, com 79.167 postos, seguido pela indústria, com 49.471. Em último lugar, depois de comércio e construção, ficou o setor de agropecuária com 6.688 vagas. O Espírito Santo foi a única unidade da Federação a registrar um saldo negativo de postos, com o fechamento de 1.029 vagas, baixa de 0,11% frente ao mês anterior. São Paulo foi o Estado com o maior número de criação de vagas, com 61.847 novos postos, uma alta de 0,43% em relação ao mesmo período. Em 2024, o país registrou abertura de 1.492.214 vagas no acumulado até julho em dados com ajuste, o maior nível desde o mesmo período em 2022, que registrou abertura de 1.613.834 vagas. O ministério prevê a criação de 2 milhões de vagas no ano fechado.

Reuters

 

Governo prevê que corte de R$25,9 bi em 2025 atingirá principalmente INSS e BPC, mas cita incertezas

O corte de 25,9 bilhões de reais anunciado pelo governo para fechar as contas de 2025 com a revisão de programas atingirá principalmente desembolsos do INSS e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), informou na quarta-feira o Ministério do Planejamento e Orçamento, argumentando que as estimativas são conservadoras apesar de haver incerteza sobre as projeções

 

Dados apresentados pela pasta mostram que do valor total da economia de verbas, 7,3 bilhões de reais serão provenientes da implementação do sistema de concessão de benefícios do INSS, o Atestmed, além de medidas cautelares e administrativas na Previdência. Em outra frente, a pasta prevê uma redução de 6,4 bilhões de reais a partir da reavaliação de pagamentos e revisão de cadastros do BPC, pago a pessoas com deficiência e idosos de baixa renda. Outros 3,2 bilhões de reais virão de revisões em benefícios por incapacidade, além de 1,9 bilhão de reais com mudanças em regras do Proagro e 1,1 bilhão do seguro defeso (pago a pescadores). "Toda projeção é incerta, há uma incerteza associada. A questão é que temos estimativas que são as melhores que conseguimos gerar com base nas informações existentes... Boa parte das evidências corroboram nossas estimativas", disse o secretário de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas do Planejamento, Sergio Firpo. "Temos sido conservadores em diversos desses números, mas é óbvio que existe incerteza", acrescentou. No conjunto das medidas, há ainda uma previsão de corte de 6,1 bilhões de reais com o que o governo classificou como "reprogramação" e "realocação", que diz respeito a economias ainda não operacionalizadas com o Bolsa Família, gastos de pessoal e outros ajustes no Proagro. "Isso ainda não foi pactuado... Esse é um processo em construção", afirmou Firpo sobre o Bolsa Família. "Mesma coisa para (despesa de) pessoal e Proagro." O corte de 25,9 bilhões de reais foi anunciado em julho pela equipe econômica em meio a questionamentos de analistas econômicos sobre a capacidade do governo de cumprir a meta de déficit primário zero em 2024 e 2025. O secretário-executivo do Planejamento, Gustavo Guimarães, argumentou nesta quarta que a legislação resguarda o arcabouço fiscal mesmo que nem toda a economia com a revisão de programas seja alcançada. Em caso de frustração, segundo ele, o governo teria que promover congelamentos de despesas para cumprir o limite de despesas. Já o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que o governo trabalha nessa e em outras frentes para assegurar que os objetivos do arcabouço fiscal sejam alcançados. "Não estamos acabando com nenhum programa como um todo, mas dentro dos programas existentes estamos fazendo um esforço para revisar cada um dos itens, para que de fato a gente economize 25,9 bi ano que vem", disse. Os técnicos da equipe econômica ressaltaram que parte da reavaliação de gastos já está em pleno funcionamento. Em uma delas, uma revisão de 258 mil benefícios por incapacidade de trabalhadores resultou em uma cessação de 133 mil benefícios neste ano, o que vai gerar 1,3 bilhão de reais em economia ainda em 2024.

Reuters

 

Setor de serviços tem recorde de 1,6 milhão de empresas ativas e 14,2 milhões de empregados

Dados de 2022 do IBGE mostram que, em apenas um ano, foram abertas mais de 145,9 mil empresas e criados 773,1 mil postos de trabalho; resultado se deve à intensificação do retorno da atividade econômica após o auge da pandemia

 

Passado o choque inicial provocado pela pandemia de covid-19, o setor de serviços no País atingiu em 2022 o ápice de 1,640 milhão de empresas ativas, que empregaram um contingente recorde de 14,203 milhões de trabalhadores. Em apenas um ano, foram abertas mais de 145,9 mil companhias, e o setor criou mais 773,1 mil postos de trabalho. Os dados são da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) de 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Parte determinante do desempenho do setor de serviços pode estar associada à intensificação do retorno da atividade econômica após o auge da crise da pandemia de covid-19, além do impulso em setores com forte integração com outras áreas da economia”, justificou o IBGE. “Os resultados da PAS 2022 estão inseridos nesse contexto de plena retomada das atividades produtivas e intensificação de setores-chave na vida de cidadãos e empresas, como é o caso de transportes e tecnologia da informação.” Em relação ao nível pré-pandemia, o País ganhou mais 255,6 mil novas empresas de serviços, uma expansão de 18,4%, e 1,331 milhão de empregos no setor, o equivalente a um aumento de 10,3% no número de ocupados. A prestação de serviços não financeiros movimentou um auge de R$ 518,024 bilhões em salários e outras remunerações no ano de 2022. A receita operacional líquida totalizou R$ 2,712 trilhões, e o valor adicionado foi de R$ 1,537 trilhão, a preços correntes de 2022. O segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio detinha a maior participação na receita operacional líquida dos serviços não financeiros, 29,8% do total, seguido pelos serviços profissionais, administrativos e complementares (27,8%); serviços de informação e comunicação (19,4%); serviços prestados principalmente às famílias (10,7%); outras atividades de serviços (8,4%); atividades imobiliárias (2,4%); Entre os setores mais empregadores em 2022, os destaques foram os serviços profissionais, administrativos e complementares (6,2 milhões), serviços prestados principalmente às famílias (2,8 milhões) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,6 milhões), seguidos por serviços de informação e comunicação (1,3 milhão), outras atividades de serviços (642,1 mil), serviços de manutenção e reparação (429,0 mil) e atividades imobiliárias (315,5 mil). Quando consideradas as 34 diferentes atividades que compõem o setor de serviços, serviços de alimentação foi a categoria que mais empregou, com 11,6% do total, seguido por serviços técnico-profissionais (11,4%), transporte rodoviário de cargas (8,4%), serviços para edifícios e atividades paisagísticas (8,2%) e serviços de escritório e apoio administrativo (7,7%). “Portanto, quase metade dos empregos do setor de serviços estava concentrada nessas cinco atividades (47,3%)”, ressaltou o IBGE. O salário médio do setor de serviços foi de 2,3 salários-mínimos em 2022, ante um resultado de 2,2 salários-mínimos visto em 2021. Em 2022, o Estado de São Paulo concentrou 45,3% da receita bruta de serviços do País, seguido por Rio de Janeiro (10,7%), Minas Gerais (7,9%), Paraná (5,3%) e Rio Grande do Sul (4,8%).

O Estado de São Paulo

 

Confiança da indústria no Brasil fica estável em agosto e interrompe quatro altas seguidas, diz FGV

A confiança da indústria no Brasil ficou estável em agosto, interrompendo uma sequência de quatro meses consecutivos de alta, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas) na quarta-feira (28).

 

O ICI (Índice de Confiança da Indústria) permaneceu em 101,7 pontos em agosto. Já o ISA (Índice de Situação Atual), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, teve queda ligeira de 0,1 ponto no mês, indo a 103,6 pontos, após três meses de alta. Entre os componentes do ISA, destacou-se a queda no nível de demanda, com recuo de 1,7 ponto, a 103,8 pontos; e a alta no dado de situação atual dos negócios, que subiu 1,8 ponto, a 103,4 pontos, melhor marca desde julho de 2022 (104,2 pontos). O IE (Índice de Expectativas), indicador da percepção sobre os próximos meses, por outro lado, teve alta ligeira de 0,1 ponto, para 99,8 pontos, registrando o segundo aumento consecutivo e o maior patamar desde novembro de 2021 (100,7 pontos). Em agosto, houve alta da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais pesquisados. "O resultado possui uma característica de compensação após um período de seguidas melhoras na demanda e redução dos estoques. Apesar da interrupção do ciclo de altas, o empresário do setor segue com perspectivas positivas relacionadas ao ambiente de negócios para o fim do ano", analisou o economista Stéfano Pacini, do FGV-Ibre.

Folha de SP

 

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