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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 721 DE 07 DE OUTUBRO DE 2024

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 4 | nº 721 | 07 de outubro de 2024                     

                       

NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL

 

BOVINOS

 

Boi gordo: negócios a R$ 300/@ já surgem em algumas praças do País

De acordo com a Agrifatto, ocorreram negócios pontuais a R$ 300/@ para o ‘boi comum’ (sem padrão-exportação) nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. No Paraná, o boi vale R$280,00 por arroba. Vaca a R$260,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de cinco dias.

“É importante destacar que ocorreram negócios pontuais a R$ 300/@ para o ‘boi comum’ (sem padrão-exportação) nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná”, afirmam os analistas da consultoria, que acrescentam: “no entanto, devido ao baixo volume comercializado, esse preço ainda não se consolidou como referência”. Segundo a Agrifatto, a oferta reduzida causada pelo clima seco da entressafra, que diminuiu o valor nutritivo das pastagens, aliada à forte demanda interna e externa por carne bovina, criou um cenário favorável à valorização da arroba. Na sexta-feira (4/10), o preço do boi gordo em São Paulo subiu para R$ 285/@ (média entre o “boi-China” e o animal “comum”, de acordo com o levantamento diário da Agrifatto. Nas demais 16 regiões monitoradas pela consultoria, a média de preço da arroba aumentou para R$ 256,70/@. “Oito das 17 praças valorizaram a arroba: SP, AL, GO, MA, MG, MS, MT e RJ; as outras 9 mantiveram suas cotações inalteradas (AC, BA, ES, PA, PR, RO, RS, SC e TO)”, informou a Agrifatto. Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, a semana terminou com a cotação do “boi-China” subindo R$ 5/@ no mercado paulista, agora negociado em R$285,00/@, um ágio de R$ 8/@ sobre o preço do animal gordo “comum”, que vale R$ 277/@ no mercado paulista. Os preços das fêmeas, diz a Scot, também registraram avanço diário de R$ 5/@ nesta sexta-feira, em São Paulo, chegando em R$ 255/@ (vaca gorda) e R$ 275/@ (novilha gorda). “O mercado está com forte volatilidade, com a cotação subindo praticamente todos os dias”, ressalta a Scot, completando: “negócios acima da cotação de referência estão acontecendo, notadamente para rebanhos destinados à exportação”. No mercado futuro, os contratos do boi gordo passaram por ajustes negativos na última quinta-feira (3/10). O vencimento para outubro/24 fechou cotado a R$ 286,80/@, com queda de 0,74% em relação ao dia anterior. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na sexta-feira (4/10): São Paulo — O “boi comum” vale R$285,00 a arroba. O “boi China”, R$285,00. Média de R$285,00. Vaca a R$260,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abates de nove dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$270,00 a arroba. O “boi China”, R$270,00. Média de R$270,00. Vaca a R$250,00. Novilha a R$260,00. Escalas de abate de seis dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China”, R$280,00. Média de R$280,00. Vaca a R$260,00. Novilha a R$270,00. Escalas de cinco dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$240,00 a arroba. O “boi China”, R$245,00. Média de R$242,50. Vaca a R$230,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$250,00 a arroba. O “boi China”, R$260,00. Média de R$255,00. Vaca a R$230,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de cinco dias; Pará — O “boi comum” vale R$245,00 a arroba. O “boi China”, R$255,00. Média de R$250,00. Vaca a R$230,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de seis dias; Goiás — O “boi comum” vale R$270,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$270,00. Média de R$270,00. Vaca a R$250,00. Novilha a R$260,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$250,00 a arroba. Vaca a R$230,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abate de nove dias; Maranhão — O boi vale R$245,00 por arroba. Vaca a R$230,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de seis dias.

Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto

 

Escalas de abate seguem desconfortáveis aos frigoríficos brasileiros

No fechamento da sexta-feira (4/10), a média nacional das programações das indústrias permaneceu estagnada em 7 dias úteis, segundo dados da Agrifatto

 

O mês de outubro/24 começou com as escalas de abate apertadas em todo o País, predominando programações entre 5 a 7 dias úteis, informou a Agrifatto. Nesta entressafra, a oferta de boiadas gordas segue reduzida, com o clima seco e as queimadas dificultando as entregas dos lotes terminados, relatou a consultoria. Diante disso, diz a Agrifatto, a média nacional das escalas de abate permaneceu estagnada em 7 dias úteis na primeira semana de setembro. Veja abaixo o movimento das programações das indústrias em algumas das principais regiões de pecuária do País, conforme apuração semanal da Agrifatto: Rondônia – Foi o destaque desta semana, demonstrando estabilidade nas escalas em relação ao quadro apresentando na semana anterior, mas indicando o maior patamar de dias úteis, com 9 dias no fechamento da sexta-feira (4/10). São Paulo – Registrou declínio semanal de 1 dia útil nas suas escalas de abate, encerrando a semana com as programações atendendo 8 dias úteis. Mato Grosso – Também apontou queda de 1 dia útil em suas programações de abate, resultando em 6 dias úteis de escalas neste 4 de outubro/24. Minas Gerais – Foi o único Estado que registrou avanço semanal nas escalas, de 1 dia, fechando a sexta-feira com 6 dias úteis. PR/MS/PA/TO – O quatro Estados registraram estabilidade no comparativo semanal, encerrando o período com escalas de 5, 5, 6, 7 e 7 dias úteis, respectivamente.

Portal DBO

 

Volume exportado de carne bovina in natura tem novo recorde com 251,7 mil toneladas em setembro/24

Média diária embarcada ficou em 11,98 mil toneladas. Os embarques de carne bovina in natura finalizaram o mês de setembro/24 com 251,7 mil toneladas, segundo as informações divulgadas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) na sexta-feira (04)

 

No comparativo anual, o volume embarcado em setembro do ano anterior foi de 195,04 mil toneladas em 23 dias úteis. Isso representou um avanço de 29,05%. Já no comparativo mensal, o volume exportado registrou uma alta de 15,78%, frente ao total embarcado em agosto/24 que exportou 217,04 mil toneladas. A média diária movimentada até a quinta semana de setembro/24 ficou em 11,9 mil toneladas, incremento de 23,51%, frente ao volume total exportado em setembro/23 que ficou em 9,7 mil toneladas. O preço médio até a quinta semana de setembro/24 ficou com US$ 4.513 mil por tonelada, queda de 0,50% frente aos dados divulgados em setembro de 2023, em que os preços médios registraram o valor médio de US$ 4.537 mil por tonelada. O valor negociado para o produto na quinta semana de setembro/24 ficou em US$ 1,136 bilhão, frente ao mês de setembro do ano anterior com US$ 884. A média diária ficou em US$ 54,1 milhões, avanço de 28,4%, frente ao observado no mês de setembro do ano passado, com US$ 44,2 milhões. 

Agência Safras

 

SUÍNOS

 

Cotações estáveis no mercado de suínos na sexta-feira (4)

Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 169,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 13,20/kg, em média

 

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (3), houve queda de 0,47% apenas no Paraná, chegando em R$ 8,49/kg. OS preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,96/kg), Rio Grande do Sul (R$ 8,19/kg), Santa Catarina (R$ 8,38/kg), e em São Paulo (R$ 8,96/kg).

Cepea/Esalq

 

Receita das exportações de carne suína em setembro/24 sobe 17,79% em relação a setembro /23

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, as exportações de carne suína in natura, até a quarta semana de setembro (21 dias úteis), registraram aumento de mais de 17% em faturamento

 

A receita obtida, US$ 269,1 milhões representam aumento de 17,79% sobre o total arrecadado em todo o mês de setembro de 2023, que foi de US$ 228,5 milhões. No caso do volume embarcado, as 107.705 toneladas representam elevação de 9,41% sobre o total registrado em agosto do ano passado, quantidade de 98.438 toneladas. O faturamento por média diária até este momento do mês foi de US$ 12,8 milhões, quantia 17,8% maior do que a de setembro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve diminuição de 9,16% observando os US$ 11.7 milhões, vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 5.128 toneladas, elevação de 9,4% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, incremento de 7,92%, comparado às 4.752 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.499, ele é 7,7% superior ao praticado em setembro passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa aumento de 1,14% em relação aos US$ 2.471,005 anteriores.

Agência Safras 

 

FRANGOS

 

Cotações estáveis para o frango na sexta-feira (4)

De acordo com a Scot Consultoria, o15:52 03/10/2024 valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, assim a ave no atacado, fechando, em média, R$ 6,75/kg

 

Na cotação do animal vivo, o preço aumentou 0,22% no Paraná, cotado a R$ 4,66/kg, enquanto em Santa Catarina, o valor não mudou, valendo a R$ 4,43/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (3), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,41/kg e R$ 7,55/kg.

Cepea/Esalq

 

Frango/Cepea: Preços do vivo sobem pelo 4º mês

Os preços do frango vivo subiram em setembro pelo quarto mês consecutivo. Na média do estado de SP, o quilo do animal foi negociado a R$ 5,44 em setembro, aumento de 1,4% em relação à de agosto

 

Pesquisadores do Cepea explicam que o impulso veio da demanda aquecida nos mercados interno e externo. Para a carne de frango, o movimento também foi de alta nos preços, refletindo, além da procura firme, a oferta mais enxuta em boa parte do mês, o que, por sua vez, foi resultado do forte ritmo das exportações da proteína, ainda conforme pesquisas do Cepea.

Cepea

 

Exportações de carne de frango têm altas em setembro/24 no volume e receita

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, as exportações de carne de aves in natura até a terceira semana de setembro (21 dias úteis), tiveram expressivas altas em volume e faturamento em relação ao mesmo mês do ano passado

 

A receita obtida, US$ 608,4 milhões, representa elevação de 30,88% sobre o total arrecadado em todo o mês de setembro de 2023. No volume embarcado, as 451.796 toneladas representam 21,09% sobre o total registrado em agosto do ano passado, quantidade de 373.083 toneladas. O faturamento por média diária até o momento do mês foi de US$ 41,2 milhões quantia 30,9% maior do que a registrada em setembro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve diminuição de 10,27% quando comparado aos US$ 46 milhões vistos na semana passada. No caso das toneladas por média diária, foram 21.514 toneladas, elevação de 21,1% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, retração de 10,99% em relação às 24.171 toneladas da semana passada.

No preço pago por tonelada, US$ 1.919, ele é 8,1% superior ao praticado em setembro do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa tímida alta de 0,80% no comparativo ao valor de US$ 1.903 visto na semana passada.

Agência Safras

 

Falta de adaptação a abate kosher trava exportação de frango brasileiro a Israel

Mercado israelense abriu-se para o produto brasileiro em agosto de 2023

 

A abertura do mercado israelense para a carne de frango brasileira, anunciada em agosto do ano passado, ainda não se converteu em embarques efetivos do produto. A razão, segundo Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), é que a indústria nacional ainda precisa se adaptar ao protocolo de abate kosher exigido pelas autoridades judaicas. “O protocolo kosher exige que a empresa tenha uma linha de produção dedicada. A unidade de abate precisa passar por preparações técnicas que incluem pequenas obras de adaptação que estão sendo feitas”, explica o executivo. Atualmente, Brasil é o único país do mundo com autorização para exportar carne de frango ao mercado israelense. Israel é o maior consumidor per capita de frango do mundo: são 65 quilos por habitante a cada ano.

Globo Rural

 

LEGISLAÇÃO

 

Regulamentação de produtos vegetais análogos aos de proteína animal avança no Mapa

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou audiência pública na semana passada sobre a proposta para regulamentar os produtos de proteína vegetal análogos aos de proteína animal, segundo diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Mapa, Hugo Caruso

A regulamentação visa estabelecer requisitos mínimos de identidade e qualidade, identidade visual e regras de rotulagem para os produtos de proteína vegetal que buscam espelhar características de produtos de origem animal existentes, como, por exemplo, hambúrgueres veganos, entre outros. Em 2019, alguns representantes do setor de proteína animal defendiam a proibição desse tipo de produto de proteína vegetal, argumentando que estes não seguiam as mesmas regras exigidas para os produtos cárneos, levando a uma concorrência desleal, segundo Caruso, durante o 3º Seminário de Especialistas em Defesa Agropecuária, Auditores Fiscais Federais Agropecuários, promovido pela Anffa Sindical em evento paralelo à feira Expomeat. Desde então, o Dipov vem conduzindo reuniões e consultas sobre o tema e, segundo Caruso, a indústria de proteína animal passou a aceitar que a regulamentação é o melhor caminho. “Para nós, nunca foi uma alternativa proibir. Nós preferimos demorar bastante tempo, conversar com todos os segmentos e mostrar que a proibição não resolve”, disse Caruso, durante a apresentação. Após a audiência pública realizada na semana passada, o texto da proposta ainda deverá passar por ajustes internos no Mapa, para evitar conflitos com a norma existente para produtos de origem animal, e ser submetido a outras etapas regulatórias previstas na legislação antes de ser publicado. “Nós temos o desafio de encontrar uma solução para atender a esse setor novo e não podemos perder de vista o principal ator que é o consumidor”, disse Caruso. “O consumidor tem que estar no centro das nossas atenções. Nós no Mapa temos uma missão muito importante (...) que é promover o desenvolvimento das cadeias agropecuárias em benefício da sociedade brasileira, que é o consumidor.”

Carnetec

 

NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ

 

Aumento da tensão no Oriente Médio impõe desafios logísticos às exportações do agro

Venda de carnes a países da região, incluindo Israel, segue em alta apesar da guerra na Faixa de Gaza, mas necessidade de desviar rotas encareceu frete. Carnes são o item que o agro brasileiro mais exporta para o Oriente Médio

 

Um ano após o ataque do grupo extremista Hamas a Israel, que levou à guerra na Faixa de Gaza e gerou mais uma onda de violência no Oriente Médio, as exportações do agronegócio brasileiro encaram um novo desafio na região. A escalada das tensões, com o envolvimento de Líbano e Irã no conflito, pode impor obstáculos logísticos na região, o que significa aumento de custos. “No ano passado houve um aumento entre 15% e 20% no custo de frete para a região, mas depois, com ao arrefecimento das tensões, os preços voltaram ao que era antes. Agora, com uma nova crise, pode ser que haja um aumento semelhante”, avalia o consultor e diretor regional da Câmara de Comércio do Estado de São Paulo (Caesp), Michel Alaby. Para Maurício Palma Nogueira, diretor da consultoria pecuária Athenagro, o cenário poderia ficar ainda mais complicado caso outros países se envolvessem no conflito, como Rússia, Estados Unidos e China. “Por enquanto, não há nada indicando problemas desse nível, mas o cenário é um pouco mais tenso. As chances de se tornar uma guerra regional é maior”, diz. A guerra em Gaza, que completa um ano, não chegou a afetar as exportações do agronegócio à região. No acumulado de janeiro a agosto deste ano, o Brasil exportou US$ 11,9 bilhões a países árabes, o que representou um aumento de 22% em relação ao mesmo período de 2023. Para Israel, foram US$ 316,2 milhões, montante praticamente igual ao do ano passado, segundo dados da plataforma Agrostat. Principal item da pauta de exportações brasileiras à região, as carnes cresceram em volume e em receita. Para Israel, o volume cresceu 22% em relação a 2023, para 24,5 mil toneladas de carne bovina, e para os países árabes, 19%, a 1,5 milhão de toneladas (entre carnes bovina e de frango). Segundo o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, a indústria já vinha se preparando para diferentes cenários desde os ataques do Hamas a Israel. “Esse volume é justamente reflexo de já ter se criado alternativas desde quando começou o conflito já prevendo uma possível escalada”, afirma. No lugar das rotas tradicionais, via Mediterrâneo, os navios que saem do Brasil rumo ao Oriente Médio têm contornado a África e realizado o desembarque em portos da Turquia e do Golfo Pérsico, ou atravessado o canal do Panamá como alternativa ao Canal de Suez, no Egito. Com isso, o tempo de viagem até a região passou de 30 a 35 dias para até 60 dias. Santin afirma que cerca de 5% a 10% das exportações ainda seguem a rota padrão, via Suez. Ele acrescenta que o crescimento superior a 20% no volume embarcado está dentro das expectativas do setor. “Esse volume não decorre da guerra, é um aumento normal de mercado de consumo que tem acontecido dentro da previsão normal que já tínhamos”, diz. De acordo com Alaby, o Brasil ocupa uma posição privilegiada no fornecimento de proteína animal para os países árabes, sobretudo em tempos de guerra. “O Brasil hoje é o primeiro produtor mundial de carne halal [que segue os preceitos muçulmanos]. E isso é condição sine qua non para comprar proteína animal”, diz. Outro fator que contribui para o desempenho positivo das exportações é o fato de os principais destinos da proteína animal, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, e Iraque, não estarem diretamente envolvidos no conflito. Juntos, os três países respondem por cerca de 22% das exportações brasileiras de carne de frango.

Globo Rural

 

ECONOMIA/INDICADORES

 

Dólar cai ante real com fluxo de venda de moeda e alta do petróleo

O dólar perdeu força durante o dia e fechou a sexta-feira em baixa ante o real, com agentes aproveitando as cotações mais elevadas no Brasil para vender divisas e em meio ao avanço firme do petróleo no exterior

 

A queda do dólar ante o real contrastou com o avanço da moeda norte-americana ante outras divisas, após a divulgação de dados fortes do mercado de trabalho dos EUA. O dólar à vista fechou em baixa de 0,32%, cotado a 5,4564 reais. Na semana, porém, a moeda acumulou alta de 0,37%. Às 17h18, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,36%, a 5,4745 reais na venda. Principal dado do dia, o relatório de emprego payroll mostrou pela manhã que a economia norte-americana abriu 254.000 vagas fora do setor agrícola em setembro, ante 159.000 em agosto (dado revisado para cima). O resultado ficou bem acima dos 140.000 postos projetados por economistas ouvidos pela Reuters, contra 142.000 em agosto no dado informado originalmente. Outros números revelaram a força da economia norte-americana: a média de ganhos por hora aumentou 0,4% em setembro, os salários aumentaram 4,0% ante o ano anterior e a taxa de desemprego caiu para 4,1% em setembro. Outro fator de influência sobre o mercado de câmbio, na avaliação da analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, era o avanço firme do petróleo no exterior, em mais um dia de preocupações em torno da escalada do conflito no Oriente Médio. Como o Brasil é exportador de petróleo, a alta da commodity no exterior favorece a alta do real ante o dólar. Com isso, o dólar à vista marcou a cotação mínima de 5,4516 reais (-0,41%) às 12h00. Durante a tarde, demonstrou certa volatilidade, mas ainda encerrou em baixa. À tarde, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) informou que a balança comercial brasileira registrou superávit de 5,363 bilhões de dólares em setembro. Ao fazer sua revisão trimestral de projeções para o ano, o MDIC estimou que a balança comercial fechará 2024 com um saldo positivo de 70,4 bilhões de dólares, ante previsão anterior de superávit de 79,2 bilhões de dólares.

Reuters

 

Ibovespa fecha com alta tímida em dia de ajustes e volume fraco

O Ibovespa fechou com um acréscimo modesto nesta sexta-feira, após uma sessão sem tendência definida marcada por ajustes técnicos, com agentes financeiros também analisando dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos.

 

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,09%, a 131.791,55 pontos, tendo marcado 131.156,35 pontos na mínima e 131.935,97 pontos na máxima do dia. Na semana, o Ibovespa caiu 0,71%. O volume financeiro nesta sexta-feira somou apenas 16,28 bilhões de reais, bem abaixo da média diária do ano, de 23,597 bilhões de reais. Para o analista Alex Carvalho, da CM Capital, foi uma sessão de estabilização após a queda mais expressiva da véspera, quando o Ibovespa fechou em baixa de 1,38%. A agenda do dia destacou dados dos EUA sobre criação de empregos que endossaram a tese de pouso suave da maior economia do mundo, mantendo apostas de novo corte de juro pelo Federal Reserve, embora em um ritmo mais brando. Na visão de economistas da Genial, os dados reforçam a percepção de um maior vigor da economia norte americana, contribuindo para afastar os temores de recessão e de uma desaceleração mais forte dos dados de emprego. Em Wall Street, o S&P 500 subiu 0,9%, enquanto agentes permanecem monitorando o aumento da tensão no Oriente Médio. O rendimento do título de 10 anos do Tesouro norte-americano subiu para 3,973%, de 3,85% na véspera.

Reuters

 

Balança comercial brasileira tem superávit de US$5,4 bi em setembro e governo piora projeção para ano

A balança comercial brasileira registrou superávit de 5,363 bilhões de dólares em setembro, segundo dados divulgados na sexta-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que também reduziu sua projeção para o saldo total no fechamento deste ano

 

O resultado de setembro veio acima do esperado pelo mercado. Pesquisa da Reuters com economistas apontava expectativa de saldo positivo de 4,7 bilhões de dólares para o período. O dado do mês passado é fruto de 28,789 bilhões de dólares em exportações e 23,426 bilhões de dólares em importações. Na apresentação da sexta-feira, o MDIC fez sua revisão trimestral de projeções para o ano, estimando que a balança comercial fechará 2024 com um saldo positivo de 70,4 bilhões de dólares, ante previsão anterior de superávit de 79,2 bilhões de dólares. Com a piora, o resultado previsto para o ano fica 28,9% abaixo do observado em 2023, quando houve superávit de 98,9 bilhões de dólares. A projeção considera que o país fechará 2024 com 335,7 bilhões de dólares em exportações, contra 345,4 bilhões de dólares estimados em julho. A estimativa para as importações ficou em 265,3 bilhões de dólares, ante 266,2 bilhões de dólares.

Reuters 

 

Índice de Preços de Alimentos da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO) sobe 3%

O índice de setembro deste ano foi 2,1% maior que o valor correspondente de 2023, mas ficou 22,4% abaixo do pico de 160,3 pontos alcançado em março de 2022. O subíndice de preços da Carne da FAO teve média de 119,6 pontos em setembro, alta de 0,4 ponto (0,4%) ante agosto e 5,5 pontos (4,8%) acima do valor de 2023

 

O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) de setembro subiu 3% em relação ao mês anterior, marcando a maior alta na variação mensal desde março de 2022. A média ficou em 124,4 pontos no nono mês do ano, impulsionada por ganhos em todas as commodities analisadas, com destaque para o açúcar. O índice de setembro deste ano foi 2,1% maior que o valor correspondente de 2023, mas ficou 22,4% abaixo do pico do índice de 160,3 pontos alcançado em março de 2022. O subíndice de preços dos Cereais registrou média de 113,5 pontos em setembro, alta de 3,3 pontos (3%) ante agosto, mas recuo de 12,8 pontos (10,2%) diante de setembro de 2023. Depois de três quedas seguidas, os preços do trigo subiram no mês passado, com a preocupação com condições climáticas desfavoráveis. O excesso de umidade no Canadá causou atrasos na colheita e levaram a cortes na projeção de safra da União Europeia, disse a FAO. No entanto, os preços competitivos da região do Mar Negro limitaram o aumento. Os preços do milho subiram com os baixos níveis do Rio Madeira no Brasil e do Rio Mississippi nos Estados Unidos, juntamente com a forte demanda doméstica no Brasil e o ritmo sólido de exportação na Argentina. Entre outros grãos, os preços da cevada se firmaram enquanto os do sorgo caíram. O Índice de Preços do Arroz da FAO caiu 0,7% em setembro. O levantamento mostrou, ainda, que o subíndice de preços dos Óleos Vegetais teve média de 142,4 pontos no mês passado, alta de 6,2 pontos (4,6%) ante agosto, e alcançando o nível mais alto desde o início de 2023. Segundo a FAO, os preços do óleo de palma subiram pelo quarto mês consecutivo em setembro, sustentados por preocupações com uma produção menor do que a esperada. Enquanto isso, as cotações do óleo de soja se recuperaram, devido ao recuo nos esmagamentos dos EUA. Quanto aos óleos de girassol e colza, as recuperações de preços em setembro foram apoiadas por uma perspectiva de oferta mais restrita, após a redução da produção das oleaginosas na temporada 2024/25. O subíndice de preços da Carne da FAO teve média de 119,6 pontos em setembro, alta de 0,4 ponto (0,4%) ante agosto e 5,5 pontos (4,8%) acima do valor de 2023. O avanço foi atribuído aos preços maiores da carne de aves, com a forte demanda pelo produto brasileiro após o alívio das restrições comerciais relacionadas à doença de Newcastle, segundo a FAO. Os preços da carne bovina ficaram estáveis, com ofertas limitadas que foram suficientes para atender à demanda global. Da mesma forma, os preços da carne suína permaneceram inalterados, com a oferta cobrindo adequadamente o aumento da demanda. Já a carne ovina teve um ligeiro recuo, com a fraca demanda chinesa. O relatório mostrou, ainda, que o subíndice de preços de lácteos teve média de 136,3 pontos em setembro, alta de 5 pontos (3,8%) ante agosto e de 24,3 pontos (21,7%) ante o valor de um ano atrás. O aumento foi impulsionado por preços mais altos em todos os produtos lácteos. O leite em pó desnatado subiu com a oferta limitada. Enquanto isso, os preços da manteiga aumentaram pelo décimo primeiro mês consecutivo, sustentados pela demanda sólida, estoques restritos e oferta limitada de leite na Europa Ocidental. Os preços do queijo também aumentaram, refletindo a forte demanda global e ofertas exportáveis restritas na Europa Ocidental. De acordo com a FAO, o subíndice de preços do Açúcar teve média de 125,7 pontos no mês passado, avanço de 11,9 pontos (10,4%) ante agosto, mas 37 pontos (22,7%) abaixo de 2023. O avanço mensal ocorreu com preocupações com uma oferta global mais restrita na temporada 2024/25. “A piora das perspectivas de safra no Brasil, devido ao tempo seco prolongado e aos incêndios que danificaram os canaviais no final de agosto, foram os principais impulsionadores dos preços globais”, afirmou a FAO. Além disso, preocupações de que a oferta exportável da Índia poderia ser afetada pela decisão do governo de suspender as restrições ao uso de cana-de-açúcar para a produção de etanol também contribuíram para a alta.

Estadão Conteúdo

 

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