Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 737 | 29 de outubro de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Em 60 dias, boi gordo subiu R$ 76,20/@ em SP
O animal terminado paulista (Indicador CEPEA) saltou de R$ 237,90/@, há dois meses, para R$ 314,10/@ no fechamento da segunda-feira, 28 de outubro, avanço de R$ 76,20/@, o maior patamar desde setembro de 2022, segundo a Agrifatto. No Paraná, o boi vale R$315,00 por arroba. Vaca a R$290,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de cinco dias.
“Agora é visualizar como o consumidor irá reagir com a carne bovina no maior valor desde janeiro/23”, disse a Agrifatto. Na avaliação da consultoria, os elos da cadeia pecuária estão repassando os aumentos de preço ao consumidor. No entanto, diz a Agrifatto, é preciso ficar atento ao indicador de “margem” da indústria que, pela primeira vez desde julho/23, deve ficar no campo negativo. O preço da carcaça bovina do boi castrado em São Paulo está 0,5% abaixo do valor pago na arroba do boi gordo e, diante disso, algumas indústrias, principalmente as pequenas e médias, podem desacelerar o abate, visando reduzir o ‘prejuízo. Além disso, continua a consultoria, quando se visualiza o desempenho dos elos da cadeia pecuária desde janeiro/20, nota-se que a “margem” que o varejo detinha sobre o boi gordo e o atacado deve finalizar o mês de outubro/24 praticamente zerada. “Não há espaço agora para o varejo que não seja o aumento de preços mais vertiginoso, sendo assim, o consumidor irá sentir o aumento de preços”, comentou a Agrifatto. Segundo a consultoria, o indicador do boi gordo da Agrifatto (com 17 praças envolvidas) registrou um valor médio de R$ 309,81/@ na última semana (21 a 25 de outubro), com valorização de 2,46% sobre a semana anterior. Na segunda-feira (28/10), o preço do bovino terminado em São Paulo subiu para R$ 315/@. Nas outras 16 regiões monitoradas pela Agrifatto, a média do boi gordo também aumentou para R$ 295,05/@. “Treze das dezessete praças acompanhadas passaram por valorização da arroba (SP, AC, AL, BA, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PR, RJ e RO); as outras quatro mantiveram suas cotações laterais (PA, RS, SC e TO)”, disse a Agrifatto. Na semana passada, o volume de animais negociados não foi suficiente para alongar as escalas das indústrias, que continuaram a atender apenas cinco abates na média nacional (no fechamento da sexta-feira, 25/10). Pela apuração da Scot Consultoria, na segunda-feira, o boi “comum” subiu para R$ 312/@ em São Paulo. As demais categorias de abate, de acordo com a Scot, registraram estabilidade na mesma praça, com o “boi-China” em R$ 315/@, a novilha vendida por R$ 305/@ e a vaca gorda cotada a R$ 290/@. Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na segunda-feira (28/10): São Paulo — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$315,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abates de seis dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$305,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de cinco dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$315,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$305,00. Escalas de cinco dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de cinco dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de quatro dias; Pará — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de cinco dias; Goiás — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$310,00. Média de R$305,00. Vaca a R$285,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$290,00 a arroba. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de seis dias; Maranhão — O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$270,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de seis dias.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
SUÍNOS
Cotações em alta no mercado de suínos
Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo teve alta de 1,16%, com preço médio de R$ 175,00, enquanto a carcaça especial aumentou 1,11%, fechando em R$ 13,65/kg, em média.
Segundo informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (25), o preço ficou estável somente no Rio Grande do Sul, valendo R$ 8,46/kg. Houve alta de 0,56% em Minas Gerais, chegando a R$ 9,03/kg, avanço de 0,22% no Paraná, atingindo R$ 8,91/kg, incremento de 0,93% em Santa Catarina, com valor de R$ 8,70/kg, e de 1,87% em São Paulo, fechando em R$ 9,25/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Mercado do frango estável no PR e SC
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto o frango no atacado caiu 0,45%, fechando, em média, R$ 6,65/kg.
Na cotação do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,51/kg, da mesma forma que em Santa Catarina, valendo a R$ 4,43/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (25), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado baixaram 0,40%, valendo, ambos, R$ 7,52/kg.
Cepea/Esalq
Regras sobre bem-estar de aves são falhas, afirma ONG
Organização defende regramento detalhado de bem-estar de aves que atenda a pontos “críticos”, como ritmo de crescimento e aglomeração nos galpões. ONG afirma que falta um regramento detalhado sobre a criação de aves no país
A regulamentação da criação de aves para uso comercial no Brasil não atende atualmente os pontos “críticos” para a garantia do bem-estar animal, afirma o Observatório do Frango desenvolvido pela organização Alianima. Segundo a iniciativa, falta um regramento detalhado sobre a criação de aves no país, diferentemente da criação de suínos, que obedece a parâmetros detalhados na instrução normativa 113/2020. Um dos pontos críticos é a seleção de linhagens que levam ao crescimento acelerado dos animais, até quatro vezes mais rápido que o crescimento de linhagens menos selecionadas. Segundo a Alianima, o crescimento desproporcional de peito e coxa — cortes mais demandados — gera problemas de saúde nas aves, frustração e estresse. A recomendação da Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals (RSPCA) é de que as aves cresçam até 60 gramas por dia em sistemas fechados. Outro problema é a aglomeração de aves nos galpões, que altera o comportamento dos animais, piora a situação da cama (dejetos) e provoca problemas de saúde. A recomendação de especialistas, segundo a organização, é que a ocupação no fim da engorda seja de até 30 quilos por metro quadrado. A falta de recursos para estimular as aves a ciscarem e se empoleirar também gera frustração e problemas de saúde. Para isso, a organização ressalta a recomendação de oferecer dois metros de poleiro para cada mil aves e substratos para bicagem para animais de ao menos 10 dias. Os especialistas ainda recomendam cama seca e com ao menos 7,5 centímetros. Também é recomendado que o teor de amônia no ar (no nível da cabeça das aves) fique abaixo de 20 ppm, e de CO2, abaixo de 3.000 ppm. A criação em ambientes com iluminação artificial também pode gerar agressividade e sofrimento. Para evitar isso, a organização recomenda ao menos 8 horas seguidas de luz e 6 de escuridão. Medidas de bem-estar animal podem melhorar a imunidade e assim reduzir a necessidade de antimicrobianos para profilaxia. A organização recomenda alternativas de profilaxia, como óleos essenciais, nutracêuticos e minerais, probióticos e probióticos.
Globo Rural
EMPRESAS
Minerva paga R$ 5,68 bilhões à Marfrig em processo de compra de ativos
Maior parte do valor é referente ao preço acordado para as 13 unidades industriais e o centro de distribuição localizados no Brasil, Argentina e Chile
A Minerva Foods pagou R$ 5,68 bilhões à Marfrig na segunda-feira (28/10), em mais uma etapa do processo de compra de ativos de bovinos e ovinos na América do Sul, conforme anúncio das duas companhias ao mercado. Inicialmente, o negócio foi fechado por R$ 7,5 bilhões e a Minerva havia pagado R$ 1,5 bilhão na data da assinatura do contrato, em agosto do ano passado. O saldo restante estaria sujeito a mecanismos de ajuste pós-fechamento, previstos em contrato. A Minerva detalhou que, do montante pago hoje, R$ 5,325 bilhões são referentes ao preço acordado para as 13 unidades industriais e o centro de distribuição localizados no Brasil, Argentina e Chile, observando ainda que R$ 264,92 milhões são relativos à correção desse preço pelo CDI. Há também R$ 90,68 milhões referentes a outros ajustes de preço estabelecidos em contrato, que estão sujeitos a confirmação a ser realizada nos próximos 90 dias. A Marfrig ressaltou em fato relevante que, em 21 de maio de 2024, recebeu da Comission de Promocion y Defensa de La Competencia (CPDC) do Uruguai, resolução negando autorização para a operação de alienação dos ativos que se encontram no país. As unidades uruguaias em questão são de abate de bovinos de Colônia, Salto e San José, cujo preço de alienação atribuído foi de R$ 675 mil, e está depositado em conta garantia. "Vale destacar que a decisão não é definitiva e segue sujeita a recurso", disse a Marfrig. Com a negociação, a Minerva passa a operar 46 unidades industriais distribuídas por sete países: Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai, Colômbia, Chile e Austrália. A capacidade total de abate de bovinos foi para 41.789 cabeças/dia, e 25.716 cabeças/dia no caso de ovinos. Minerva esclarece ainda que assumiu as operações das novas plantas na data de hoje, e que, conforme o cronograma de integração a data prevista para o primeiro abate nos ativos incorporados é 4 de novembro de 2024". A empresa destacou que providenciará a convocação de uma assembleia geral para ratificação da operação por seus acionistas. "Os acionistas VDQ Holdings S.A. e SALIC International Investment Company, partes de acordo de acionistas arquivado na sede da companhia, comprometeram-se a votar favoravelmente às matérias na assembleia geral", afirmou a Minerva. A Marfrig, por sua vez, concentrou seu foco em produtos de valor agregado. A empresa reforçou no comunicado que detém o controle na BRF, da National Beef nos Estados Unidos, e continua presente nos segmentos de bovinos e processados no Brasil com a fábrica de industrializados Pampeano. Há também os complexos industriais de abate e processamento de produtos com marca e valor agregado de Várzea Grande (MT) e Promissão (SP), assim como a fábrica de hambúrgueres de Bataguassu (MS). Na Argentina, a Marfrig segue com o seu complexo industrial de San Jorge, produtor das marcas Quickfood, Paty e Vienissima! assim como com a unidade de Campo del Tesoro, além das unidades de Baradero e Arroyo Seco. No Chile, a Marfrig segue apenas com seus complexos de armazenagem, distribuição e trading.
Valor Econômico
Reforço natalino da BRF
A BRF já prepara a operação logística para atender à demanda por perus e aves nas festas de fim de ano. Entre 15 de novembro e 25 de dezembro, vai aumentar em 50% a frota de caminhões, a fim de transportar mais de 48 mil toneladas de produtos a partir de 19 centros de distribuição. A expectativa é alcançar mais de 4,5 mil municípios
Com 54% de participação de mercado em aves especiais e 70% em perus, segundo dados da Nielsen, a BRF considera as festividades de fim de ano uma das principais fontes de faturamento. No ano passado, a companhia registrou receita operacional líquida de R$ 7,39 bilhões no Brasil, entre outubro e dezembro, o que representou 27,5% dos ganhos da operação no País em 2023. E as expectativas são altas para 2024. “Nosso objetivo neste ano é fazer o melhor Natal da história da BRF”, diz Manoel Martins, vice-presidente comercial Brasil.
O Estado de São Paulo
EVENTOS
Angus realiza encontro de produtores no Paraná para difundir o Beef on Dairy
Evento vai apresentar as últimas ações de fomento do Programa Carne Angus Certificada
A Associação Brasileira de Angus promove no dia 30 de outubro, a partir das 9h, na Cooperativa Frisia (Pavilhão Digital Agro – Expofrisia) em Carambeí (PR), o tradicional encontro de produtores para apresentar as últimas ações de fomento do Programa Carne Angus Certificada. Entre os temas, o destaque é para o cruzamento Beef on Dairy. Uma tendência mundial e sucesso nos Estado0s Unidos, que consiste no cruzamento de vacas leiteiras das raças Holandês e Jersey com touros Angus, resultando em carne de alta qualidade e utilizada para atender as exportações do mercado premium. Para tratar do tema, o encontro traz o pesquisador e especialista em confinamento Pedro Carvalho, que vai apresentar a produção de carne proveniente do rebanho leiteiro nos EUA, os desafios e as oportunidades deste cruzamento para a pecuária brasileira. Representantes das principais centrais de melhoramento genético também vão destacar os ganhos genéticos deste cruzamento, tanto para os criadores de gado de leite como de corte. “Vamos mostrar as vantagens deste cruzamento que, além de impulsionar o volume de produção de carne premium e o mercado de venda de sêmen de touros Angus, mostra ser uma oportunidade para os produtores de leite de diversificação do seu negócio, trazendo novas fontes de renda”, explica a Gerente do Programa da Carne Angus, Ana Doralina. No encontro ainda está previsto um dia de campo, na Fazenda Rincão, onde os participantes poderão observar, na prática, o desenvolvimento da produção Beef on Dairy conduzida no Paraná.
Ascom ABA
Encontro Paranaense de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade (EPMAIS)
A Fiep realizará nos dias 29 e 30 de outubro a primeira edição do Encontro Paranaense de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade (EPMAIS). O evento, que já registra mais de 500 participantes inscritos, contará com um painel dedicado à Economia Circular, oferecendo uma visão abrangente sobre o tema, com destaque para a recém-publicada série de Normas ABNT NBR ISO 59.000.
FIEP
MEIO AMBIENTE
Degradação de florestas na Amazônia bateu recorde mensal em setembro
Degradação de áreas no bioma cresceu mais de 1.400% no mês passado. “Setembro costuma ser um mês marcado pelo aumento dessas práticas na Amazônia, por estar dentro de um período mais seco', diz o Imazon
A degradação florestal na Amazônia Legal atingiu 20.238 quilômetros quadrados (km²) em setembro de 2024, o que equivale a mais de 13 vezes a área da cidade de São Paulo. O número representa um aumento de 1.402% em relação a setembro de 2023, quando a degradação detectada foi de 1.347 km². O instituto de pesquisa Imazon apontou que essa foi a maior área atingida - no período de um mês - pelo dano ambiental dos últimos 15 anos. Degradação ambiental é o processo de deterioração do meio ambiente, que pode ser causado por ações humanas ou naturais. Os dados de desmatamento e degradação florestal na Amazônia, do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), são monitorados pelo Imazon por imagens de satélite desde 2008 e 2009, respectivamente. O desmatamento corresponde à remoção completa da floresta, enquanto a degradação é um dano causado por queimadas ou pela extração madeireira - não remove toda a vegetação, mas destrói parte dela. A entidade ressalta que ambos ameaçam espécies da fauna e da flora. “Setembro costuma ser um mês marcado pelo aumento dessas práticas na Amazônia, por estar dentro de um período mais seco. Porém, os números registrados em 2024 são muito mais elevados do que os vistos anteriormente. E a maioria dos alertas ocorreu devido à intensificação dos incêndios florestais”, disse, em nota, a pesquisadora Larissa Amorim, do Imazon. Ela afirmou que esse pico da degradação é bastante preocupante e que rios importantes da Amazônia estão em situação crítica. O Imazon atribui o resultado do levantamento ao aumento das queimadas causadas pela ação humana e favorecidas pela seca severa na região. Setembro deste ano foi ainda o quarto mês consecutivo com aumento nas áreas degradadas, o que contribuiu para que o acumulado desde janeiro também fosse o maior dos últimos 15 anos, atingindo 26.246 km². Antes disso, o recorde para o período era de 2022, quando a degradação alcançou 6.869 km². O Estado do Pará concentrou 57% das áreas de florestas degradadas na Amazônia em setembro deste ano. A degradação passou de 196 km² em setembro de 2023 para 11.558 km² no mesmo mês de 2024, área quase 60 vezes maior. Sete dos 10 municípios que mais degradam a região amazônica são paraenses, incluindo São Félix do Xingu (3.966 km²), Ourilândia do Norte (1.547 km²) e Novo Progresso (1.301 km²). Outros Estados com percentuais significativos, segundo o Imazon, de áreas degradadas em setembro foram Mato Grosso (25%), Rondônia (10%), Amazonas (7%). A entidade destacou, também, a situação de Rondônia, onde a degradação passou de 50 km² em setembro de 2023 para 1.907 km² no mesmo mês de 2024, o que representa uma alta de 38 vezes.
Globo Rural
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
PIB de cinco cidades do Norte Pioneiro cresceu 23% a mais com aposta na inovação
Os dados foram levantados em um estudo publicado na Revista Ensino e Pesquisa em Administração e Engenharia (Repae), que analisou os municípios de Andirá, Bandeirantes, Cambará, Jacarezinho e Santo Antônio da Platina, pioneiros na participação do Sistema Regional de Inovação (SRI), com apoio do Governo do Paraná e do Sebrae
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) mostra que, desde a criação do Sistema Regional de Inovação (SRI), em 2016, a região experimentou um crescimento significativo. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos cinco municípios que fazem parte da iniciativa aumentou, em média, 23,17%, entre 2011 e 2022, em comparação com as demais cidades da mesorregião (são 46 no total). Os dados foram levantados em um estudo publicado na Revista Ensino e Pesquisa em Administração e Engenharia (Repae), que analisou os municípios de Andirá, Bandeirantes, Cambará, Jacarezinho e Santo Antônio da Platina. A pesquisa contou com o apoio da Fundação Araucária e envolveu a participação de alunos de iniciação científica e outros pesquisadores de universidades do Paraná e de Goiás. De acordo com o professor Paulo Rogério Alves Brene, da UENP e da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), responsável pela pesquisa, o estudo revela que o desenvolvimento econômico e a retenção da população são indicativos do sucesso da governança em inovação. O trabalho analisou estatísticas como PIB per capita, níveis de emprego, densidade demográfica e população estimada, utilizando a técnica de dados em painel. “Ao compararmos os cinco municípios do SRI com as demais 41 cidades da mesorregião, identificamos um aumento de 23,17% no PIB per capita. Além disso, o êxodo populacional, que era uma preocupação, diminuiu consideravelmente, e alguns municípios apresentaram crescimento populacional”, destaca. Na média, o PIB cresceu de R$ 33.106 para R$ 37.586, em termos reais, demonstrando o potencial da inovação em dinamizar a economia regional. O PIB de Andirá, por exemplo, cresceu de R$ 43.362 para R$ 45.710, em termos reais. Outro ponto positivo destacado no estudo é o aumento da qualificação da mão de obra. A proporção de pessoas com ensino superior trabalhando na região cresceu, reforçando o papel da inovação no desenvolvimento local. Em Jacarezinho, por exemplo, a proporção de pessoas com ensino superior no mercado de trabalho passou de 18% para 24%, o que pode ser um reflexo direto das políticas e incentivos gerados pelo SRINP para fomentar a capacitação tecnológica e científica local. Hoje, o SRI do Norte Pioneiro reúne 12 cidades, e o trabalho de inovação continua a se expandir. Assaí, um dos municípios que compõe um Sistema Regional de Inovação (SRI), disputa neste ano o prêmio de comunidade mais inteligente do mundo no ranking Smart21, do Fórum de Comunidades Inteligentes (ICF). A premiação será no Smart City, em Barcelona, na Espanha. O evento, considerado um dos maiores do mundo da inovação, ocorre de 5 a 7 de novembro.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha estável ante real com mercado à espera de dados e eventos econômicos
O dólar oscilou em margens estreitas na segunda-feira e fechou praticamente estável ante o real, em sessão que antecedeu uma série de dados econômicos e eventos no Brasil e no exterior nesta semana e na próxima, com potencial para mexer nas cotações
O dólar à vista fechou o dia em leve alta de 0,03%, cotado a 5,7084 reais. Em outubro, a divisa acumula elevação de 4,76%. Às 17h04, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,04%, a 5,7115 reais na venda. No exterior, o dólar sustentou sinais mistos em relação às demais divisas de países emergentes, o que sugeria certa cautela antes da divulgação de uma bateria de dados nos EUA: o relatório Jolts de empregos na terça-feira, o PIB no terceiro trimestre na quarta, o índice de inflação PCE e os pedidos de auxílio-desemprego na quinta e o relatório de empregos payroll na sexta. Além disso, na próxima semana ocorrem a eleição presidencial norte-americana no dia 5 de novembro e a decisão de juros do Federal Reserve no dia 7. O cenário no Brasil também sugeria cautela. Passado o segundo turno das eleições municipais, investidores aguardavam pelo anúncio do governo Lula de medidas para contenção de gastos, com foco no cumprimento da meta fiscal de 2024. Já o Banco Central do Brasil decide sobre a taxa básica Selic, hoje em 10,75% ao ano, no dia 6 de novembro -- um dia depois da eleição presidencial dos EUA e um dia antes da decisão do Fed. “Essa estabilidade (do dólar) não deve perdurar até o final da semana”, comentou durante a tarde o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo. “Vamos ter formação de Ptax e reação do mercado a alguns índices”, acrescentou, citando a disputa pela formação da taxa Ptax de fim de mês, na próxima quinta-feira.
Reuters
Ibovespa avança 1% puxado por Vale e Itaú
No setor de proteínas, JBS ON subiu 4,19%, em meio a relatórios com expectativas positivas para o resultado do terceiro trimestre, no dia 13 de novembro. O Goldman Sachs destacou que se trata da empresa com melhor "momentum" de resultados da sua cobertura, reiterou compra para os papéis e elevou o preço-alvo de 40,3 para 42,9 reais - um upside de quase 25% ante sexta-feira
O Ibovespa avançou 1% na segunda-feira, em desempenho puxado pelos blue chips Vale e Itaú Unibanco, enquanto a Azul disparou na esteira de acordo com credores para financiamento adicional. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em alta de 1,02%, a 131.212,58 pontos, tendo marcado 129.893,71 pontos na mínima e 131.420,56 pontos na máxima da sessão. O volume financeiro no pregão somou 16,34 bilhões de reais, bem abaixo da média diária do ano de 23,49 bilhões de reais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve reunido na tarde de ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Alvorada. E há especulações de que o tema sendo tratado seja relacionado às medidas fiscais. A temporada dos balanços do terceiro trimestre de empresas brasileiras também ganha mais fôlego nesta semana, com os resultados de WEG, Ambev, Bradesco, CCR, entre outros. No exterior, a disputa presidencial nos Estados Unidos permanece no centro das atenções, mas dados do mercado de trabalho também estarão em foco, assim como os balanços de Alphabet, Apple e Microsoft. Wall Street fechou no azul nesta sessão, com o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, subindo 0,27%.
Reuters
Projeção do mercado para o IPCA em 2024 ultrapassa teto da meta, mostra Focus
Analistas consultados pelo Banco Central subiram pela quarta semana consecutiva sua projeção para a alta do IPCA neste ano, com a expectativa agora ultrapassando o teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central de 4,50%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira.
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a mediana das expectativas para a inflação ao consumidor no Brasil chegou a 4,55%, de 4,50% na semana anterior. Para 2025, houve um ligeiro aumento, com a projeção do IPCA marcando alta de 4,00%, de 3,99% anteriormente. O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, com uma banda de 1,5 ponto percentual permitida para cima ou para baixo. A mudança na previsão ocorre na esteira da divulgação de dados do IPCA-15 na semana passada, que mostraram uma aceleração dos preços acima do esperado em outubro. A alta do índice foi de 0,54% no mês, de um avanço de 0,13% em setembro. Economistas consultados pela Reuters esperavam um aumento de 0,50%. Nos 12 meses até outubro o IPCA-15 acumulou avanço de 4,47%, de 4,12% no mês anterior. Contribuindo para o aumento das expectativas de inflação, também está o acirramento das preocupações do mercado com o equilíbrio das contas públicas, com investidores na espera de medidas prometidas pelo governo para cumprir as regras do arcabouço fiscal. Em evento na sexta-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, citou a piora das expectativas de inflação no Brasil e destacou que o dado do IPCA-15 veio pior que o esperado, destacando que o mercado está mais "cético" em relação ao quadro fiscal. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda um aumento na projeção para o PIB neste ano, agora com alta de 3,08%%, ante 3,05% há uma semana. Em 2025, a economia brasileira deve crescer 1,93%, mesma previsão da semana anterior. Em relação à taxa Selic, foi mantida a expectativa tanto para o fim deste quanto do próximo, com a taxa básica de juros atingindo 11,75% em 2024 e 11,25% em 2025. Para o mercado de câmbio, a previsão quanto ao preço do dólar ao fim deste ano subiu para 5,45 reais, de 5,42 reais há uma semana. Em 2025, a expectativa ficou estável em 5,40 reais.
Reuters
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