Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 4 | nº 760 | 03 de dezembro de 2024
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
BOVINOS
Possibilidade de baixa nas cotações agora ronda mercado brasileiro do boi gordo
Embora com leve recuperação na sexta-feira, contratos futuros negociados na última semana na B3 perderam força, indicando possível enfraquecimento da arroba nos balcões de negócios. No Paraná o boi vale R$340,00 por arroba. Vaca a R$320,00. Novilha a R$330,00. Escalas de abate de seis dias.
Os preços futuros do boi gordo sofreram com pressão vendedora e atingiram o limite de baixa na B3, informou a Agrifatto, referindo-se à movimentação dos contratos negociados na última semana (25-29 de dezembro/24). “No físico ainda há indefinição sobre o caminho”, acrescentou a consultoria, referindo-se ao comportamento incerto da arroba no curto prazo. Segundo a Agrifatto, considerando uma “análise técnica clássica”, a confluência entre aumento do volume negociado (na B3) e queda nos preços (dos contratos futuros), “pode indicar uma reversão do movimento altista”. “Observamos esse padrão no dia 26/11 (quarta-feira), com um aumento do volume acima da média para o vencimento de dezembro/24, que encerrou a sessão com desvalorização diária de 3,27%, para R$ 344,60/@, rompendo, inclusive, a mínima do pregão anterior, de R$ 349,25/@”, relatou a Agrifatto. Segundo a consultoria, o movimento de liquidação por parte dos vendedores na B3 fez com que todos os vencimentos, após novembro/24, encerrassem com forte desvalorização. “Entre as máximas e mínimas da semana, tivemos as seguintes variações: -14,94%, -15,95%, -15,57%, – 13,56%, -11,21% e -13,72% para os meses de dezembro/24, janeiro, fevereiro, março, abril e maio de 2025, respectivamente”, destacou. O contrato de novembro finalizou sua a participação na B3 convergindo para a média do indicador Cepea (mercado físico), cotado a R$ 351,69/@, informa a consultoria. O contrato agora vigente (dezembro/24), diz a Agrifatto, encerrou o pregão da última sexta-feira a R$ 319,80/@, menor patamar desde 29/10/2024 – devolveu toda a alta do mês de novembro/24 em apenas uma semana de pregão. Entre as sextas-feiras (29/11 versus 22/11), a maior desvalorização ocorreu no contrato de jan/25 – queda de 9,48% entre os fechamentos. Fevereiro, março e abril de 2025 também apresentaram quedas – de -8,14%, -8,01% e -8,86%, respectivamente. Com isso, disse a Agrifatto, os deságios (diferenças) em relação ao mercado físico, que chegaram a bater – 4,5% na semana anterior, atingiram, ao final da última semana, -13,3% (vencimento para maio/25). “Ou seja, o mercado está descrente na manutenção dos preços atuais do boi gordo no primeiro semestre de 2025”, reforçou a Agrifatto. Depois da forte queda registrada na quinta-feira, a sexta-feira (29/12) foi marcada por uma recuperação generalizada nos contratos futuros negociados na B3, informa a consultoria. O contrato com vencimento em março/25, informa a Agrifatto, encerrou o dia cotado a R$ 307,20/@, com valorização de 1,75% em relação ao dia anterior, a maior alta entre os contratos. Na segunda-feira, o preço nominal médio em São Paulo do boi gordo permaneceu em R$ 355/@, de acordo com a apuração referente tanto o valor do animal “comum” quanto do boi-exportação (o chamado “boi-China”). Nas outras 16 regiões monitoradas pela consultoria, o preço médio do animal terminado se manteve em R$ 320,90/@. Cotações do boi gordo desta segunda-feira (2/12): São Paulo — O “boi comum” vale R$355,00 a arroba. O “boi China”, R$355,00. Média de R$355,00. Vaca a R$325,00. Novilha a R$340,00. Escalas de abates de sete dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$340,00 a arroba. O “boi China”, R$350,00. Média de R$345,00. Vaca a R$320,00. Novilha a R$330,00. Escalas de abate de seis dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$340,00 a arroba. O “boi China”, R$340,00. Média de R$340,00. Vaca a R$320,00. Novilha a R$330,00. Escalas de seis dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$320,00 a arroba. O “boi China”, R$330,00. Média de R$325,00. Vaca a R$305,00. Novilha a R$315,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$310,00 a arroba. O “boi China”, R$320,00. Média de R$315,00. Vaca a R$305,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de dez dias; Pará — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de catorze dias; Goiás — O “boi comum” vale R$340,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$350,00. Média de R$345,00. Vaca a R$320,00. Novilha a R$330,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$305,00 a arroba. Vaca a R$285,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$305,00 por arroba. Vaca a R$285,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de oito dias;
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
SUÍNOS
Preço da carcaça suína cai em SP, cotações do animal vivo estáveis
A segunda-feira (2) terminou com queda de 2,63% para a carcaça suína no mercado paulista e estabilidade nas principais praças comercializadoras de suínos vivos
Segundo análise do Cepea, os preços do suíno vivo e da carne subiram em menor intensidade nos últimos dias do mês de novembro, refletindo a combinação de oferta de animais restrita e demandas interna e externa aquecidas. Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 191,00, enquanto a carcaça especial caiu 2,63%, fechando em R$ 14,80/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (29), houve ligeira queda somente no Rio Grande do Sul, na ordem de 0,11%, chegando a R$ 9,48/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 10,26/kg, Paraná (R$ 9,84/kg), Santa Catarina (R$ 9,72/kg), e São Paulo (R$ 10,14/kg).
Cepea/Esalq
FRANGOS
Cotações fecham estáveis na segunda-feira (2) para o mercado do frango
De acordo com análise do Cepea, os preços da carne de frango seguem firmes no mercado doméstico, operando nos maiores patamares reais desde novembro de 2022
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg; já o frango no atacado teve queda de 0,67%, custando, em média, R$ 7,40/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável no Paraná, cotado a R$ 4,65/kg, e em Santa Catarina, houve aumento de 1,34%, custando R$ 4,54/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (29), a ave congelada ficou estável, custando R$ 8,14/kg, assim como o frango resfriado, fechando em R$ 8,16/kg.
Cepea/Esalq
EMPRESAS
JBS quer captar US$ 1 bilhão no exterior
Empresa pretende utilizar os recursos para propósitos gerais corporativos, incluindo o possível pagamento de dívidas existentes. Conselho de Administração da JBS aprovou a criação de seu primeiro programa de notas comerciais
O Conselho de Administração da JBS aprovou a criação de seu primeiro programa de notas comerciais, no valor de até US$ 1 bilhão (cerca de R$ 6 bilhões), com prazo de até 397 dias. O programa funcionará por meio das controladas JBS USA Holding Lux, JBS USA Food Company e JBS Luxembourg. Segundo comunicado ao mercado, a emissão consistirá em uma outra fonte de captação de recursos de curto prazo para o frigorífico e suas subsidiárias e diversificará o balanço patrimonial da companhia. A JBS pretende utilizar os recursos para propósitos gerais corporativos, incluindo o possível pagamento de dívidas existentes.
Valor Econômico
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Com rodovias do Oeste e Sudoeste, leilão do Lote 6 será no fim deste mês
A concorrência está marcada para as 14h do dia 19 de dezembro na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, com transmissão ao vivo pelo canal da instituição no YouTube. Com o Lote 6, o Paraná vai completar a concessão de todo o eixo da BR-277, desde a região Oeste, na fronteira com Paraguai e Argentina, até o Porto de Paranaguá
Faltam menos de 20 dias para a abertura dos envelopes do lote 6 do pacote de concessões rodoviárias do Paraná. A concorrência está marcada para as 14h do dia 19 de dezembro na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, com transmissão ao vivo pelo canal da instituição no YouTube. O edital, publicado pela ANTT no dia 06 de agosto, prevê tarifa básica máxima de pedágio para disputa de R$ 0,17578/km. As propostas devem ser apresentadas até o dia 16 de dezembro. A partir desta terça-feira (03) a Agência Estadual de Notícias apresenta as principais obras previstas nessa concessão em quatro matérias, nos mesmos moldes das apresentações feitas nos Lotes 1, 2 e 3 (também com leilão marcado para este mês), inclusive com mapa localizando as melhorias. Com o Lote 6, o Paraná vai completar a concessão de todo o eixo da BR-277, desde a região Oeste, na fronteira com Paraguai e Argentina, até o Porto de Paranaguá. Isso porque os dois primeiros lotes que já foram concedidos pegam os outros trechos da rodovia, na região Central, Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e litoral. Além disso, ele coloca o Sudoeste no mapa das concessões paranaenses. O lote inclui 662 quilômetros das rodovias BR-163, BR-277, PR-158, PR-180, PR-182, PR-280 e PR-483, que passam pelas cidades de Prudentópolis, Guarapuava, Candói, Cantagalo, Virmond, Laranjeiras do Sul, Diamante do Sul, Nova Laranjeiras, Guaraniaçu, Ibema, Campo Bonito, Catanduvas, Cascavel, Santa Tereza do Oeste, Céu Azul, Lindoeste, Santa Lúcia, Capitão Leônidas Marques, Realeza, Ampére, Francisco Beltrão, Manfrinópolis, Marmeleiro, Renascença, Vitorino, Pato Branco, Céu Azul, Matelândia, Medianeira, São Miguel do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu e Foz do Iguaçu. Os investimentos devem chegar a R$ 20 bilhões, sendo R$ 12,6 bilhões em grandes obras (Capex) e R$ 7,4 bilhões em manutenção (Opex). Entre os principais que a concessionária vencedora deve tirar do papel estão 462 quilômetros de duplicações, a maior parte na BR-277, mas também na PR-182, no Sudoeste. A concessão vai de Cascavel até Pato Branco, onde se encontrará com o projeto de revitalização em concreto executado pelo Governo do Estado, de Pato Branco ao Trevo do Horizonte, em General Carneiro. Também estão previstas a construção do Contorno de Marmeleiro, que fará a ligação da PRC-280 a PR-180 e terá quase sete quilômetros de extensão, e do Contorno de Lindoeste, com 6,8 km.
Agência Estadual de Notícias
Movimentação nos portos do Paraná cresce 8% no acumulado de janeiro a outubro
Portos de Paranaguá e Antonina movimentaram 57.633.026 toneladas em mercadorias nos dez primeiros meses do ano, enquanto no mesmo período de 2023 a movimentação foi de 53.360.117 toneladas.
Entre os meses de janeiro e outubro, os portos de Paranaguá e Antonina movimentaram 57.633.026 toneladas em mercadorias, representando um crescimento de 8% em comparação com o mesmo período do ano passado, que foi de 53.360.117 toneladas. “Estamos continuamente aperfeiçoando nossa infraestrutura, investindo na expansão de nossa capacidade e na administração. O resultado disso é o crescimento constante da produtividade. Atualmente, somos os portos com a melhor gestão portuária do país e trabalhamos duro para manter o alto nível de qualidade exigido pelo mercado”, afirmou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. A commodity com maior volume no período foi soja, com 12.851.300 toneladas exportadas em 2024, valor 4% maior que no mesmo período de 2023 (12.401.832). A soja em grão é utilizada como matéria-prima para indústrias de diversos segmentos, que vão desde o alimentício até os setores de cosméticos e plásticos. A segunda commodity com maior volume foi de fertilizantes, com 8.960.380 toneladas importadas este ano. No ano passado, foram 7.908.320 toneladas movimentadas entre janeiro e outubro, um crescimento de 13%. Os portos paranaenses são o principal caminho para a entrada dessa commodity no país, representando 24% da movimentação nacional. O terceiro segmento com maior operação foi a de contêineres, com 1.306.395 TEUs (unidade equivalente a contêineres de 20 pés de comprimento) movimentados tanto em importação quanto em exportação, representando um crescimento de 31% em comparação com 2023 (1.000.343 TEUs). Os contêineres com controle de temperatura lideram a movimentação, impulsionados pela grande demanda de carne congelada do Oriente Médio. “Temos que considerar também o incremento da demanda por cargas conteinerizadas em nosso terminal de contêineres, que é o mais qualificado da América do Sul em relação à capacidade de movimentação. Tivemos mais de 1,3 milhão de TEUs movimentados até o final de outubro, um resultado excelente até o momento”, afirmou o diretor de Operações, Gabriel Vieira. As importações pelos portos do Paraná foram o destaque do período. Ao todo, foram movimentadas 22.095.672 toneladas entre janeiro e outubro de 2024, em comparação com as 18.161.339 toneladas registradas no ano passado, o que representa um crescimento de 22%. As exportações apresentaram crescimento de 1% no período, passando de 35.198.778 toneladas em 2023 para 35.537.354 toneladas em 2024.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar sobe e bate novo recorde sob influência do exterior
O dólar fechou a segunda-feira em alta superior a 1% ante o real, no quinto avanço consecutivo, estabelecendo uma nova cotação recorde, com o mercado reagindo às ameaças do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, contra os Brics e ainda sensível ao pacote de medidas fiscais anunciado na semana passada no Brasil
O dólar à vista fechou o dia com alta de 1,07%, cotado a 6,0652 reais -- maior valor nominal de fechamento da história. No ano a divisa dos EUA acumula elevação de 25%. Às 17h31, o dólar para janeiro -- o mais líquido no Brasil -- subia 1,42%, aos 6,0865 reais. No sábado Trump exigiu que os países membros do Brics -- entre eles, o Brasil -- se comprometam a não lançar uma nova moeda ou apoiar outra divisa que substitua o dólar, sob pena de enfrentarem tarifas de 100% sobre seus produtos. "Exigimos que esses países se comprometam a não criar uma nova moeda do Brics nem apoiar qualquer outra moeda que substitua o poderoso dólar americano, caso contrário, eles sofrerão 100% de tarifas e deverão dizer adeus às vendas para a maravilhosa economia norte-americana", escreveu Trump em sua plataforma de mídia social, a Truth Social. Em reação, o dólar subia ante todas as divisas dos Brics nesta segunda-feira, além de avançar em relação às demais moedas em um dia marcado pela queda do euro. Internamente, o pacote fiscal lançado pelo governo na semana passada seguia como fonte de pressão de alta para o dólar. Se por um lado o corte de 71,9 bilhões de reais em despesas em dois anos foi bem recebido, por outro a isenção de Imposto de Renda para quem ganha acima de 5 mil reais por mês seguia sendo criticada. Desde o lançamento do pacote, apesar das tentativas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de reduzir a pressão, defendendo as medidas anunciadas, o dólar segue em trajetória de alta. Apesar do cenário de forte pressão para o dólar desde a semana passada, o Banco Central seguiu ausente do mercado. Durante evento pela manhã em São Paulo, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, reiterou que a autarquia só atua no câmbio em caso de disfuncionalidades. "Efetivamente, a gente vai continuar fazendo atuações só por questões de disfuncionalidades, como essa de você ter uma sazonalidade de final de ano de dividendos que vão para fora e coisas desse tipo", afirmou. Ele disse ainda não esperar mudanças na política cambial do BC com a chegada de Nilton David, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a diretoria de Política Monetária a partir de janeiro, quando Galípolo tomará posse como presidente da autarquia.
Reuters
Ibovespa fecha em queda e começa dezembro sem catalisadores para rali de fim de ano
O Ibovespa fechou com uma queda discreta na segunda-feira, sem catalisadores positivos para as ações brasileiras no curto prazo no radar de investidores, que permanecem pessimistas sobre a situação fiscal no país e enxergam um ambiente menos favorável a mercados emergentes após a eleição norte-americana
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,09%, a 125.558,02 pontos, de acordo com dados preliminares, com Vale e Ambev oferecendo algum contrapeso. Durante a sessão, marcou 124.733,89 pontos na mínima e 125.901,06 pontos na máxima. O volume financeiro no pregão somava 22,5 bilhões de reais antes dos ajustes finais. No ano, o Ibovespa acumula um declínio de 6,43%, que se mantido durante dezembro reverterá a tendência apurada nos dois anos anteriores -- +22,28% em 2023 e +4,69% em 2022.
Reuters
Mercado eleva novamente projeção da Selic em 2025 com inflação mais alta, mostra Focus
Analistas consultados pelo Banco Central subiram novamente sua projeção para o nível da Selic no próximo ano, em meio a expectativas também mais altas para o avanço do IPCA em 2024, 2025 e 2026, confirmando ainda uma esperada alta de 0,5 ponto percentual para a taxa básica de juros na última reunião do Copom no ano, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira.
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a mediana das expectativas para a taxa básica de juros ao fim do próximo ano agora é de 12,63%, de 12,25% na semana anterior. Para o fim de 2024, a projeção para a Selic, atualmente em 11,25%, manteve-se em 11,75% pela nona semana consecutiva. O BC volta a se reunir neste mês para a última decisão de política monetária do ano. Em novembro, o Copom decidiu acelerar o ritmo de aperto nos juros ao elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, a 11,25% ao ano, em decisão unânime de sua diretoria que não indicou os próximos passos da política monetária. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda um aumento na projeção para o IPCA neste ano, agora com alta de 4,71% -- acima do teto da meta perseguida pelo BC --, ante 4,63% há uma semana. Em 2025, o avanço do índice deve chegar a 4,40%, acima dos 4,34% projetados anteriormente. Já em 2026, a nova projeção é de que o IPCA tenha alta de 3,81%, de 3,78% há uma semana. O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. As alterações nas projeções para a Selic e a inflação ocorrem na esteira de dados acima do esperado para o IPCA-15 na semana passada, além do pessimismo que marcaram as últimas sessões em decorrência do anúncio pelo governo de um projeto de reforma do Imposto de Renda. Em 12 meses, o IPCA-15 atingiu uma alta de 4,77% em novembro, ante 4,47% em outubro, superando o teto da meta para a inflação. Investidores avaliaram que o pacote fiscal, que prevê uma economia de 71,9 bilhões de reais nos próximos dois anos, veio em linha com as expectativas, mas o anúncio concomitante da reforma do IR teria sinalizado um descompromisso do Executivo com o ajuste das contas públicas, uma vez que o projeto tem sido visto como um contraponto às medidas de contenção de gastos. No Focus da segunda, houve novo aumento na expectativa para a cotação do dólar em 2025, agora em 5,60 reais, de 5,55 reais na semana anterior. Em 2024, a moeda norte-americana deve atingir 5,70 reais ao fim do ano, segundo os analistas, mesma projeção da última pesquisa. Sobre o PIB brasileiro, a previsão é de que a economia do país cresça 3,22% neste ano, acima da expectativa de 3,17% semana anterior. Em 2025, a projeção é de que a expansão seja de 1,95%, a mesma da semana anterior.
Reuters
Indústria do Brasil perde força em novembro mesmo com resiliência da demanda, mostra PMI
A expansão do setor industrial brasileiro perdeu força em novembro pelo segundo mês seguido mesmo com a resiliência da demanda encorajando as empresas a elevarem os volumes de produção, mostrou na segunda-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI)
O levantamento, compilado pela S&P Global, mostrou que o PMI caiu a 52,3 em novembro, de 52,9 em outubro, marcando a menor taxa de expansão em três meses. Ainda assim, o índice permanece acima da marca de 50 que separa crescimento de produção pelo 11º mês seguido.
A categoria de bens intermediários registrou a melhora mais forte das condições operacionais, seguida por bens de capital e bens de consumo. As empresas elevaram os volumes de produção em novembro pelo terceiro mês seguido, mas no ritmo mais fraco nesse período, e os dados de novembro mostraram aumento das novas encomendas aos produtores do Brasil pelo 11º mês seguido. A alta das vendas totais foi impulsionada pela demanda doméstica, já que novos pedidos de exportação mostraram contração, interrompendo sete meses de crescimento. Os entrevistados citaram demanda fraca de clientes na América do Sul, Reino Unido e Estados Unidos. Os produtores também contrataram novos trabalhadores, ainda que num ritmo similar ao de outubro, graças à melhor das novas encomendas e projeções positivas de crescimento. Em relação aos preços, houve aumentos mais fracos nos custos de insumos e nos preços de venda, mas as taxas de inflação seguiram em níveis elevados. Os custos de insumos recuaram para o menor patamar em seis meses em novembro, mas entrevistados citaram fraqueza cambial, além de preços mais altos de combustíveis e frete. "A depreciação cambial continuou a exacerbar os custos para os produtores, com os resultados do PMI de novembro indicando que outro aumento significativo nos custos de insumos levou as empresas a mais uma vez aumentar seus preços de venda", disse Pollyanna De Lima, diretora associada de Economia S&P Global Market Intelligence. Os produtores brasileiros ainda permaneceram otimistas em relação ao cenário para o próximo ano, com a confiança alimentada por investimentos, oportunidades de exportação e perspectivas positivas para outros setores.
Reuters
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