Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 775 | 07 de janeiro de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Mercado do boi gordo abre 2025 com estabilidade, após registrar correções negativas em dez/24
Indústrias frigoríficas seguem fora do mercado, enquanto outras concretizaram algumas ordens de compras ainda tímidas de boiadas gordas, informam os analistas
Após o período de comemorações de virada do ano novo, o primeiro dia da primeira semana “comercial” de janeiro/25 apresentou estabilidade nos preços do boi gordo nas regiões brasileiras, informam as consultorias que acompanham o setor pecuário. Segundo dados apurados pela Scot Consultoria, em São Paulo, algumas indústrias frigoríficas seguem fora do mercado, enquanto outras concretizaram algumas ordens de compras – ainda bem tímidas – de alguns lotes de boiadas gordas. Com isso, diz a Scot, o boi gordo paulista segue sendo ofertado em R$ 320/@, enquanto a vaca e a novilha gordas valem R$ 292/@ e R$ 310/@, respectivamente. Por sua vez, o “boi-China”, base SP, é comercializado em R$ 325/@, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal gordo “comum”. Segundo levantamento da Scot, as escalas de abate das indústrias paulistas estão, em média, para uma semana. O último mês de 2024 ficou marcado pela queda do boi gordo na maioria das praças pecuárias brasileiras, de acordo com apuração da Agrifatto. “Durante as últimas semanas de dezembro/24 observamos as indústrias operarem com cautela”, afirmam os analistas da consultoria, acrescentando que, atualmente, os frigoríficos alegam dificuldade no escoamento da carne bovina no varejo brasileiro e usam tal constatação como justificativa para desacelerar as compras de animais terminados. Em São Paulo, o preço médio do boi gordo ficou em R$ 320,33/@, com uma baixa mensal de 5,44% – o menor patamar desde outubro/24, de acordo com o levantamento da Agrifatto.
Scot Consultoria/Portal DBO/S&P Global/Agrifatto
Diferenciais de base SP-MT
Em Mato Grosso, o preço do boi gordo registrou desvalorização de 2,84% no comparativo mensal, ficando cotado a R$ 306,65/@, relata a Agrifatto.
Com isso, calcula a consultoria, o recuo da arroba na praça de MT em dezembro/24 foi menor que a queda mensal de 5,44% apresentada em São Paulo, resultando no encurtamento de 2,6 pontos percentuais do diferencial de base entre as duas regiões – o índice atingiu -4,3%, o melhor nível para os pecuaristas mato-grossenses desde outubro/21. “O que podemos esperar para janeiro/25 é o alargamento do diferencial de base, com a melhora dos pastos no Brasil Central e uma maior oferta de bovinos vindo dessas regiões”, prevê a Agrifatto, concluindo que o comportamento histórico reforça essa expectativa. O diferencial de base é a diferença entre o preço da arroba boi gordo em São Paulo e a cotação desta mesma categoria nas demais praças pecuárias brasileiras. Como a precificação dos contratos no mercado futuro tem como referência a praça de São Paulo, o pecuarista de outras praças pecuárias tem de considerar esse diferencial para que seja possível utilizar com maior assertividade os mecanismos de proteção de preços (hedge) na bolsa B3. Na prática, diferencial de base auxilia na gestão de risco da propriedade diante da volatilidade e sazonalidade do mercado, afirmam os analistas.
Portal DBO
Exportação de carne bovina in natura alcança 202,5 mil toneladas em Dezembro/24
Preço pago pela tonelada registrou ganhos de 8,9% no comparativo anual
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic, informou que os embarques de carne bovina in natura alcançaram 202,5 mil toneladas em dezembro/24. No ano anterior, o mês de dezembro exportou 208,440 mil toneladas em 20 dias úteis. A média diária movimentada em dezembro/24 ficou em 9,6 mil toneladas, queda de 2,8%, quando comparada com a média de dezembro de 2023, com 10,4 mil toneladas. Os preços médios pagos pela carne bovina ficaram em US$ 4.952 por tonelada, ganho anual de 8,9%, quando comparado com os valores de dezembro de 2023, com US$ 4.547 por tonelada. O valor negociado para a carne bovina em dezembro ficou em US$ 1, 003 bilhão, sendo que no ano anterior a receita foi de US$ 947,8 milhões. A média diária do faturamento ficou em US$ 47,7 milhões, ganho de 5,8%, frente ao observado no mês de dezembro do ano passado, com US$ 47,3 milhões.
Secex
SUÍNOS
Segunda-feira (6) com quedas nas cotações do mercado de suínos
A segunda-feira (6) registrou preços estáveis ou com quedas para o mercado de suínos. De acordo com informações do Cepea, as quedas nos preços para o setor são fruto de um descompasso entre oferta e demanda no mercado doméstico
Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 152,00, enquanto a carcaça especial teve queda de 0,82%, fechando em R$ 12,10/kg, em média. Segundo informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (3), houve queda de 1,10% no Rio Grande do Sul, chegando a R$ 8,12/kg, e de 0,87% em São Paulo, fechando em R$ 8,01/kg. Os valores ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,96/kg), Paraná (R$ 7,58/kg), e Santa Catarina (R$ 7,76/kg).
Cepea/Esalq
Receita das exportações de carne suína em dezembro/24 supera dezembro/23, mas fica abaixo de novembro/24
Segundo informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex)do Mdic, as exportações de carne suína in natura até a quinta semana de dezembro (21 dias úteis) registraram aumento de 11,56% no faturamento em comparação ao mês de dezembro de 2023
A receita obtida, US$ 238,8 milhões representa 11,56% a mais que o total arrecadado em todo o mês de dezembro de 2023, que foi de US$ 214,1 milhões. No volume embarcado, as 94.456 toneladas representam 1,73% a menos que o total registrado em dezembro do ano passado, com 96.119 toneladas. No comparativo com o resultado das exportações de carne suína no mês de novembro de 2024, a receita obtida com as exportações de carne suína até o final de dezembro mês, US$ 238,8 milhões, representa 12,67% a menos que o total arrecadado em todo o mês de novembro de 2024, que foi de US$ 273,5 milhões. No volume embarcado, as 94.456 toneladas embarcadas até o fim de dezembro representam 3,64% a mais que o total registrado em novembro do ano passado, quantidade de 91.130 toneladas. O faturamento por média diária foi de US$ 11.3 milhões, quantia 11,6% maior do que a de dezembro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve alta de 0,48% observando os US$ 11,3 milhões, vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 4.497 toneladas, houve queda de 1,7% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, baixa de 0,16%, comparado às 4.505 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.528, ele é 13,5% superior ao praticado em dezembro passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa leve alta de 0,65% em relação aos US$ 2.512 anteriores.
Secex
FRANGOS
Estabilidade para as cotações predomina no mercado do frango nesta segunda-feira (6)
O mercado do frango iniciou a semana com a maioria das cotações estáveis
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,60/kg, enquanto o frango no atacado subiu 0,24%, custando, em média, R$ 8,27/kg. Na cotação do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,60/kg, assim como em Santa Catarina, com valor de R$ 4,56/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (3), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram com preços estáveis, custando, respectivamente, R$ 8,42/kg e R$ 8,34/kg.
Cepea/Esalq
Receita das exportações de carne de frango em dezembro/24 sobe 2,12% sobre dezembro/23
Segundo Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic, as exportações de carne de aves in natura até a quinta semana de dezembro (21 dias úteis), tiveram receita menor do que o mês de novembro de 2024, mas um pouco superior que dezembro de 2023.
A receita obtida, US$ 764,3 milhões, representa 2,12% a mais que o total arrecadado em todo o mês de dezembro de 2023, que foi de US$ 748.3 milhões. No volume embarcado, as 413.456 toneladas representam queda de 5,01% em relação ao volume registrado em dezembro de 2023, quantidade de 435.289 toneladas. No comparativo com o resultado das exportações de carne de frango no mês de novembro de 2024, a receita obtida com as exportações de carne de frango, US$ 764,3 milhões, representa 6,67% a menos que o total arrecadado em todo o mês de novembro de 2024, que foi de US$ 818,9 milhões. No volume embarcado, as 413.456 toneladas exportadas em dezembro representam 5,31% a menos que o volume registrado em novembro do de 2024, quantidade de 436.652 toneladas. O faturamento por média diária até o final do mês foi de US$ 36,3 milhões quantia 2,1% maior do que a registrada em dezembro de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve elevação de 1,87% quando comparado aos US$ 35,7 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 19.688 toneladas, baixa de 5 % no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, incremento de 2,37% em relação às 19.232 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.848, ele é 7,5% superior ao praticado em dezembro do ano passado. O resultado, frente ao valor da semana anterior, representa queda de 0,52% no comparativo ao valor de US$ 1.858,263 visto na semana passada.
Secex
INTERNACIONAL
Embarques de carne bovina da Austrália atingem recorde em 2024
País da Oceania exportou 1,34 milhão de toneladas da proteína no ano passado, superando os dados históricos de 2015 e 2016
As exportações de carne bovina da Austrália atingiram oficialmente um recorde anual histórico em 2024, chegando a 1,34 milhão de toneladas, informa o portal beefcentral.com. Em volume, os embarques de 2024 cresceram 24% (ou + 261.000 toneladas) em relação ao resultado de 2023. O novo marco (1.343.568 toneladas, em números exatos) excede os recordes anuais obtidos em 2015 e 2016, de 1,22 milhão e 1,23 milhão de toneladas, respectivamente – ambos impulsionados diretamente pela redução da produção de gado causada pela seca na época, recorda o portal australiano. Em dezembro/24, as exportações de carne bovina da Austrália foram extraordinariamente altas, atingindo um recorde mensal de 127.393 toneladas. “Dezembro e janeiro são normalmente meses calmos para a atividade de exportação de carne bovina, pois muitos processadores tiram suas férias anuais”, observa o portal. No entanto, reforça a Beef Central, dezembro/24 registrou o terceiro maior volume mensal do ano, superado apenas por outubro (130.000 toneladas) e julho (129.000 toneladas). A base para o novo recorde, diz a reportagem do portal australiano, foi a conclusão da reconstrução do rebanho nacional, após os anos de seca de 2019-20, além do aumento no peso das carcaças. A maioria dos mercados de carne bovina da Austrália apresentou forte crescimento de volume em 2024, devido ao aumento na produção australiana e à queda nas taxas de produção do principal concorrente de exportação – os Estados Unidos. Diante de tal condição, os exportadores australianos conseguiram elevar as remessas diretas para o mercado norte-americano e aumentaram os envios para países onde a carne de alta qualidade dos EUA e da Austrália competem. Com isso, no ano passado, os Estados Unidos continuaram na posição de maior comprador da carne bovina da Austrália. Os embarques totais para o mercado norte-americano atingiram 394.715 toneladas em 2024, próximo ao recorde anual histórico e acréscimo de 148.000 toneladas (ou 60%) em relação ao ano civil anterior. Segundo informa a Beef Central, os embarques em dezembro para o mercado norte-americano foram particularmente altos, refletindo a deterioração da situação de disponibilidade no mercado de carne moída dos EUA. O Japão, que também passou a importar mais carne bovina da Austrália depois da falta de disponibilidade da proteína no mercado dos EUA, comprou um volume significativamente maior em 2024, atingindo 247.604 toneladas – um aumento de quase 41.000 toneladas (ou 20%) em comparação com o resultado do ano anterior. Por razões semelhantes, a Coreia do Sul também elevou a compra de carne bovina australiana em 2024, atingindo 200.545 toneladas no final de dezembro – um avanço de 11.600 toneladas (ou 6%) sobre o desempenho de 2023. A China ocupou o quarto lugar entre os maiores clientes de exportação de carne bovina da Austrália, respondendo por 193.227 toneladas em 2024 – uma queda de quase 13.000 toneladas (ou 6%) em relação ao ano anterior.
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Agro paranaense lamenta veto presidencial ao orçamento de seguro rural
Valor orçado para o seguro rural baixou de R$ 1 bilhão para cerca de R$ 930 milhões, e ainda pode sofrer novos cortes
Entidades ligadas ao setor agropecuário no Paraná manifestaram descontentamento com uma medida tomada pelo presidente Lula (PT) no apagar das luzes de 2024, quando foi vetado o dispositivo que protegia o orçamento destinado ao Programa de Seguro Rural. Com o veto, o governo federal retirou os recursos do seguro do rol de despesas obrigatórias, o que pode fazer com que o valor destinado a esse fim sofra cortes no decorrer de 2025. O Congresso Nacional havia incluído o orçamento do chamado Programa de Subvenção Econômica ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) entre as despesas obrigatórias ou legais da União. Dessa forma, os valores destinados não poderiam sofrer limitações ou contingenciamentos. Com o veto, porém, o Programa de Seguro Rural passa a estar sujeito a cortes caso a gestão federal entenda essa necessidade. Em um despacho explicando as razões dos vetos, a Presidência da República afirmou que manter os recursos dentro das despesas obrigatórias “contraria o interesse público, uma vez que reduz a flexibilidade e a liberdade dos órgãos na gestão de suas próprias despesas orçamentárias, visto que as despesas são originalmente discricionárias”. O Ministério do Planejamento e Orçamento também foi contatado diretamente pela reportagem da Gazeta do Povo e o espaço está aberto para manifestações do órgão. Para o presidente da Federação Paranaense dos Engenheiros Agrônomos (FeaPR), o engenheiro agrônomo Cesar Veronese, o veto à proteção do seguro rural por parte do governo Lula é lamentável. Segundo ele, o setor produtivo pedia por um orçamento de R$ 4 bilhões, mas o valor efetivo para o programa ficou em cerca de R$ 1 bilhão – as cifras sofreram reajustes, e o orçamento caiu para cerca de R$ 933 milhões ao fim de 2024. Nas contas da FeaPR, há cerca de 400 empresas no Paraná ligadas à elaboração de projetos de seguro e perícias para as culturas agrícolas. De acordo com Veronese, a contratação de seguros pelos produtores rurais no estado deveria ser incentivada pelo governo federal, o que não ocorre com medidas como a tomada pelo presidente. “Esse apoio precisaria ser dado de maneira mais robusta para a cultura do trigo, em que o Brasil é deficitário e depende de outros polos produtores para abastecer principalmente o setor industrial de panificação”, detalhou ele, que anunciou uma mobilização pela liberação do mínimo R$ 1 bilhão para o programa. Em 2023, o orçamento para o seguro rural acabou em setembro. A Junta de Execução Orçamentária (JEO) recusou, naquele ano, dois pedidos feitos pelo Ministério da Agricultura para suplementações ao programa que somavam R$ 1,7 bilhão. Além do seguro rural, medidas como as Aquisições do Governo Federal e Formação de Estoques Reguladores e Estratégicos (AGF), a Garantia e Sustentação de Preços na comercialização de produtos agropecuários (PGPM) e a Garantia e Sustentação de Preços na comercialização de produtos da agricultura familiar passaram a ter seus orçamentos tratados como discricionários, e, portanto, sujeitos a limitações.
Gazeta do Povo
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar cai mais de 1% após notícia de que governo Trump pode moderar tarifas
O dólar fechou a segunda-feira com queda superior a 1% ante o real, em sintonia com o cenário positivo para as moedas de países emergentes no exterior após notícia de que o governo de Donald Trump pode adotar tarifas de importação não tão elevadas nos Estados Unidos
O dólar à vista fechou em baixa de 1,11%, aos 6,1143 reais. Às 17h03, na B3 o dólar para fevereiro -- atualmente o mais líquido -- cedia 1,18%, aos 6,1415 reais. Pela manhã, de volta das férias, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reuniu-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e afirmou, após o encontro, que não há discussão no governo que envolva mudanças no regime cambial ou aumento de impostos para conter a saída de dólares do país. "Nós tivemos um estresse no final do ano passado, no mundo todo, tivemos um estresse também no Brasil. Hoje mesmo o presidente eleito dos Estados Unidos deu declarações moderando determinadas propostas feitas ao longo da campanha, é natural que as coisas se acomodem", disse Haddad. "Mas não existe discussão de mudar regime cambial no Brasil, nem de aumentar imposto com esse objetivo", acrescentou. Logo no início do dia os mercados globais foram impactados por reportagem, publicada no Washington Post, informando que assessores do presidente eleito dos EUA estão explorando planos tarifários que seriam aplicados a todos os países, mas que abrangeriam apenas importações críticas. Em reação, o dólar cedeu ante a maior parte das demais divisas, incluindo o real, com investidores eliminando parte dos prêmios de risco incorporados às cotações no fim de 2024 em função da vitória eleitoral de Trump. Por trás do movimento estava a percepção de que um tarifário não tão rígido nos EUA seria positivo para moedas de países exportadores de commodities. Operador ouvido pela Reuters pontuou que a liquidez também seguia limitada em função do início de ano, quando muito agentes seguem fora dos negócios, em férias. Sintoma disso, o dólar para fevereiro registrava pouco mais de 205 mil contratos negociados no fim da tarde -- um montante normalmente atingido ainda no início da tarde, em dias normais.
Reuters
Ibovespa sobe com esperanças de tarifas mais moderadas nos EUA
O Ibovespa encerrou em alta na segunda-feira, chegando a retomar os 120 mil pontos no melhor momento, com a notícia de que os planos tarifários prometidos pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, podem ser mais moderados, o que também pressionou as taxas dos DIs e o dólar para baixo
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,15%, a 119.899,07 pontos, segundo dados preliminares, tendo marcado 120.322,11 pontos na máxima e 118.533,98 na mínima da sessão. O volume financeiro somava 17,11 bilhões de reais antes dos ajustes finais.
Reuters
Brasil tem superávit comercial de US$74,6 bi em 2024 e governo vê saldo de até US$80 bi neste ano
O Brasil encerrou 2024 com um saldo positivo de 74,552 bilhões de dólares na balança comercial, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados na segunda-feira, um recuo de 24,6% em relação ao resultado do ano anterior
Também na segunda, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) apresentou sua projeção para o saldo comercial em 2025, prevendo um resultado positivo de 60 bilhões a 80 bilhões de dólares. O dado da balança comercial brasileira em 2024 reflete um resultado 337,036 bilhões de dólares em exportações e de 262,484 bilhões de dólares em importações. As exportações em 2024 ficaram 0,8% abaixo do resultado do ano anterior. Já as importações subiram 9,0% em relação ao verificado em 2023. O saldo comercial do ano passado ficou acima das previsões do governo. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), projetava superávit de 70,4 bilhões de dólares para o saldo anual, em estimativa informada em outubro, com exportações de 335,7 bilhões de dólares e importações de 265,3 bilhões de dólares. Os dados da pasta mostraram ainda que o saldo comercial registrado em dezembro foi de 4,803 bilhões de dólares. O desempenho foi resultado de exportações de 24,905 bilhões de dólares, contra importações de 20,101 bilhões de dólares. Pesquisa da Reuters com economistas apontava expectativa de saldo positivo de 3,9 bilhões de dólares para o período.
Reuters
Setor de serviços do Brasil tem menor crescimento do ano em dezembro, mostra PMI
O setor de serviços no Brasil registrou em dezembro o menor crescimento do ano, com algumas empresas reportando uma demanda mais fraca, enquanto os custos de insumos sofreram o maior aumento em quase dois anos e meio, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI) da S&P Global
O PMI de serviços caiu a 51,6 no mês passado, ante 53,6 em novembro, no segundo mês consecutivo de queda, mas seguindo acima da leitura de 50 que separa crescimento de contração. No pico do ano, em julho, o indicador marcou 56,4. A pesquisa mostrou que a captação de novos negócios no setor subiu em dezembro pelo 15º mês seguido, mas a taxa de crescimento foi a mais baixa desde agosto. Já a confiança nos negócios entre as empresas de serviços, um sinalizador da atividade futura, caiu ao seu nível mais baixo em mais de três anos e meio, com entrevistados apontando preocupação com as perspectivas de crescimento. Os custos dos insumos comprados pelos fornecedores de serviços sofreram em dezembro a maior alta em 29 meses, movimento que as empresas do setor atribuíram à desvalorização do real e ao aumento das despesas com salários. Diante do aumento nas despesas, os preços cobrados pelo setor tiveram a maior alta desde agosto, marcando o 50º mês seguido de aumento. "As pressões elevadas sobre os custos parecem ter levado as empresas a adotarem uma postura mais cautelosa em relação à atividade de serviços", disse Pollyanna De Lima, diretora associada de Economia da S&P Global Market Intelligence. "Além disso, os clientes se tornaram mais prudentes com seus gastos, pois a inflação dos preços aumentou e os custos de empréstimos permaneceram altos." Apesar da desaceleração da atividade, o emprego no setor de serviços teve a maior taxa de expansão desde agosto no mês passado, com empresas citando medidas de reestruturação, resiliência da demanda e conquista de novos clientes. Os serviços, setor com maior peso no Produto Interno Bruto, impulsionaram a atividade econômica em 2024, favorecidos por um desemprego em mínima recorde e pelo aumento da renda. O aquecimento do setor levantou preocupações com a aceleração da inflação, em meio ao ciclo de aperto da política monetário pelo Banco Central. O PMI Composto, que abarca também a produção industrial, caiu de 53,5 em novembro para 51,5 em dezembro, também o dado mais fraco do ano.
Reuters
Boletim Focus: Mercado vê Selic mais alta neste ano, com inflação maior em 2025 e 2026
Analistas consultados pelo Banco Central subiram sua projeção para o nível da Selic neste ano, em meio a expectativas também mais altas para o avanço do IPCA em 2025 e 2026, indicando que o pessimismo demonstrado no ano anterior com a trajetória da inflação deve permanecer, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a mediana das expectativas para a taxa básica de juros ao fim deste ano agora é de 15,00%, de 14,75% na semana anterior. Para o fim de 2026, a projeção para a Selic, atualmente em 12,25%, manteve-se em 12,00%. O BC volta a se reunir neste mês para mais uma decisão de política monetária, tendo sinalizado no mês passado que elevará a taxa de juros em 1 ponto percentual em cada uma de suas próximas duas reuniões. Em dezembro, o Copom decidiu acelerar o ritmo de aperto nos juros ao elevar a taxa Selic em 1 ponto, em decisão unânime de sua diretoria. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda um aumento na projeção para o IPCA em 2025, agora com alta de 4,99% -- acima do teto da meta perseguida pelo BC --, ante 4,96% há uma semana. Em 2026, o avanço do índice foi estimado a 4,03%, acima dos 4,01% projetados anteriormente. Para 2024, é esperado que a inflação atinja 4,89%, segundo a mediana dos analistas, abaixo dos 4,90% previstos na semana anterior. O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Mesmo após todos os projetos fiscais do Executivo terem sido aprovados pelo Congresso e o debate sobre a reforma do IR ter sido adiado, investidores tem fornecido pouco alívio aos preços dos ativos brasileiros, que despencaram em meio à incerteza fiscal. No Focus desta segunda, houve ainda novo aumento na expectativa para a cotação do dólar em 2025, agora em 6,00 reais, de 5,96 reais na semana anterior. Em 2026, a moeda norte-americana deve atingir 5,90 reais ao fim do ano, segundo os analistas, mesma projeção da última pesquisa. Sobre o PIB brasileiro, a previsão é de que a economia do país tenha crescido 3,49% em 2024, mesma expectativa da semana anterior. Em 2025, a projeção é de que a expansão seja de 2,02%, acima da projeção anterior de 2,01%, enquanto para 2026 foi mantida a previsão de crescimento de 1,80%.
Reuters
POWERED BY
EDITORA NORBERTO STAVISKI LTDA
041 3289 7122
041 99697 8868
Comments