Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 781|20 de janeiro de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
“Mercado do boi gordo com todas as praças com altas na arroba
Na sexta-feira (17/1), a arroba paulista subiu mais R$ 2, fechando o dia valendo R$ 327/@, no prazo (valor bruto), enquanto o “boi-China” está cotado em R$ 332/@, destacou a Scot Consultoria. No Paraná, o boi vale R$320,00 por arroba. Vaca a R$290,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de seis dias.
Em São Paulo, os preços do boi gordo tiveram mais uma semana de alta, informou o zootecnista Felipe Fabbri, da Scot Consultoria. Na sexta-feira (17/1), a arroba paulista do animal terminado “comum” subiu mais R$ 2, fechando o dia valendo R$ 327/@, no prazo (valor bruto), enquanto o “boi-China” está cotado em R$ 332/@ – portanto, com ágio de R$ 5/@ sobre o bovino sem padrão-exportação. Por sua vez, a vaca e a novilha gordas são negociadas em São Paulo por R$ 300/@ e R$ 317/@, respectivamente, segundo a Scot.
“O mercado, desde o início do ano, está comprador, com todas as 32 praças monitoradas pela Scot reportando altas”, relatou Fabbri. Destaque para Belo Horizonte, que registrou aumento de 8,4% no preço do boi gordo ao longo desta semana, observou o analista. Os fundamentos no mercado ainda são os mesmos, diz Fabbri: “Há menor pressão vendedora, com chuvas mais regulares e pastagens com boa condição, e, do lado das fêmeas, maior estímulo por parte do mercado de reposição para o repasse daquelas que não emprenharam”. Do lado da demanda, continua o analista, o mercado doméstico tem escoado mais paulatinamente a oferta de carne que chega, conforme a renda tem diminuído. Nos primeiros 15 dias do ano, ressalta Fabbri, o setor de exportação é o grande destaque, registrando bons volumes diários de embarques.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior com 9,5 mil toneladas de movimentação de média diária, houve aumento de 14,9% em relação à média diária de janeiro de 2024.
Destaque também para os preços, em dólares, que aumentaram 11,8% no período, para US$ 5,06 mil/tonelada. Cotações do boi gordo desta quinta-feira (16/1), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$335,00 a arroba. O “boi China”, R$335,00. Média de R$335,00. Vaca a R$305,00. Novilha a R$320,00. Escalas de abates de sete dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de seis dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$ 325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$295,00. Novilha R$305,00. Escalas de sete dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de seis dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de nove dias; Pará — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$290,00. Escalas de abate de dez dias; Goiás — O “boi comum” vale R$315,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$325,00. Média de R$320,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de seis dias; Rondônia — O boi vale R$280,00 a arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$280,00 por arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de oito dias.
Portal dbo/Agrifatto/Scot Consultoria
SUÍNOS
Preços do suíno vivo encerram a sexta-feira em alta no PR e SC
Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 151,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 11,60/kg, em média.
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (16), houve queda somente em São Paulo, na ordem de 0,25%, chegando a R$ 7,91/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,96/kg). Foram registradas altas de 0,13% no Paraná, com preço de R$ 7,60/kg, e de 0,52% em Santa Catarina, fechando em R$ 7,69/kg.
Cepea/Esalq
Produção de carne suína da China no quarto trimestre cai 1,8% a/a para 14,66 milhões de toneladas
A produção de carne suína da China no quarto trimestre de 2024 caiu 1,8% em relação ao ano anterior, para 14,66 milhões de toneladas, mostraram cálculos da Reuters com base em dados do Escritório Nacional de Estatísticas na sexta-feira. A China abateu 702,56 milhões de suínos em 2024, uma queda de 3,3% em relação ao ano anterior, mostraram os dados.
Reuters
FRANGOS
Estabilidade no mercado do frango do PR e SC
Segundo o Cepea, apesar do típico enfraquecimento das vendas nesta segunda quinzena de janeiro, devido ao menor poder aquisitivo da população, o incremento da demanda nos primeiros 15 dias do ano garantiu o avanço da média mensal (parcial até 15 de janeiro) para a carne de frango.
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo baixou 1,79%, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto o frango no atacado teve desvalorização de 1,01%, custando, em média, R$ 7,85/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável no Paraná, cotado a R$ 4,67/kg, da mesma maneira que em Santa Catarina, com valor de R$ 4,56/kg.
Conforme informações do Cepea/Esalq,Vivo, referentes à quinta-feira (16), a ave congelada teve queda de 0,82%, chegando a R$ 8,42/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,71%, fechando em R$ 8,37/kg.
Cepea /Esalq
Competitividade da carne de frango cai frente às carnes suína e de boi, diz Cepea
A carne de frango vem perdendo competitividade frente às principais substitutas neste início de 2025, conforme apontam levantamentos do Cepea.
Segundo o Centro de Pesquisas, enquanto os preços médios da proteína avícola registram alta no comparativo entre a primeira quinzena de janeiro deste ano e dezembro/24, os valores da carne suína caem com força e os da bovina se mostram praticamente estáveis. Pesquisadores do Cepea explicam que, apesar do típico enfraquecimento das vendas nesta segunda quinzena de janeiro, devido ao menor poder aquisitivo da população, o incremento da demanda nos primeiros 15 dias do ano garantiu o avanço da média mensal (parcial até 15 de janeiro) para a carne de frango.
Cepea
CARNES
Com aval a entrepostos comerciais, Brasil espera elevar embarques de carnes às Filipinas
Em 2024, as Filipinas se tornaram o principal cliente da carne suína brasileira, com a compra de 254,3 mil toneladas, o dobro do ano anterior
As Filipinas, um dos países que mais aumentaram a compra de carnes do Brasil em 2024, devem formalizar, em breve, o aval para que entrepostos comerciais brasileiros também possam exportar carnes de frango, suína e bovina para lá. A medida pode ampliar as oportunidades de negócios aos exportadores brasileiros, disse o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua. “Todos os entrepostos fiscalizados pelo Sistema de Inspeção Federal (SIF) poderão armazenar cargas para envio às Filipinas, desde que sejam oriundas de frigoríficos já habilitados para lá”, afirmou Rua. A perspectiva é que essa autorização ajude no fluxo e na organização do processo de produção e exportação das empresas brasileiras. Os frigoríficos têm capacidade limitada de estocagem das carnes, disse o secretário. O aval para armazenagem nos entrepostos, sem perder acesso às Filipinas, pode impulsionar a produção e as exportações para lá. A decisão já foi tomada pelo governo filipino, mas ainda precisa ser publicada. Entrepostos comerciais são estabelecimentos de armazenagem de produtos, geralmente instalados próximos a regiões de aduana e portos ou em regiões estratégicas de produção e distribuição. Assim como os frigoríficos, precisam de habilitação para que os produtos estocados possam ser exportados.
Há cerca de 140 entrepostos frigoríficos no Brasil aptos a operar cuja falta de habilitação para exportações cria um “gargalo logístico significativo”, disse Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Segundo ele, o embarque para o principal comprador de carne suína hoje ocorre diretamente nas unidades produtoras, o que limita a capacidade e competitividade das empresas e gera custos. “Em uma eventual habilitação dos entrepostos, a capacidade de armazenamento e as estratégicas comerciais das empresas são melhoradas. A habilitação também reduz a exposição aos custos logísticos em eventuais situações de escassez de contêineres, como ocorreu durante a pandemia”, disse. Em 2024, as Filipinas aprovaram o processo de habilitação de unidades exportadoras brasileiras por pré-listing. Esse é um reconhecimento da equivalência de sistemas de inspeção sanitária. Frigoríficos e entrepostos previamente auditados e habilitados pelo Ministério da Agricultura do Brasil são aceitos pelos filipinos. Na prática, todos os estabelecimentos fiscalizados pelo SIF ficam aptos a negociar com o país asiático. O mesmo pode ocorrer com os entrepostos. “Ainda não se sabe se serão habilitados conforme o SIF ou de acordo com as regras de pré-listing. Seja qual for o modelo, será um avanço importante para as relações comerciais entre exportadores brasileiros e os clientes filipinos”, afirmou Santin. Em 2024, as Filipinas se tornaram o principal cliente da carne suína brasileira, com a compra de 254,3 mil toneladas, o dobro do ano anterior. A receita com os embarques passou de US$ 285,3 milhões para US$ 545 milhões no período, de acordo com o AgroStat, do Ministério da Agricultura. As Filipinas também aumentaram as compras de carne de frango (234,7 mil toneladas) e bovina (92,2 mil toneladas). Ao todo, as exportações das três carnes geraram faturamento de US$ 1,09 bilhão em 2024, ante menos de US$ 700 milhões um ano antes.
Valor Econômico
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Mercado de Trabalho/CEPEA: Agroindústria e agrosserviços mantêm em crescimento número de pessoas atuando no agronegócio
O agronegócio brasileiro empregou 28,4 milhões de pessoas no terceiro trimestre de 2024, aumento de 1,9% (ou de aproximadamente 533 mil pessoas) frente ao mesmo período do ano anterior, conforme indicam pesquisas realizadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). A participação do setor no total de ocupações do Brasil seguiu em 26% de julho a setembro de 2024.
Pesquisadores do Cepea/CNA explicam que o número de ocupados no agronegócio foi impulsionado pelo aumento no contingente de pessoas nas agroindústrias (com avanço de 6,7% em relação ao terceiro trimestre de 2023, ou cerca de 303 mil pessoas) e, principalmente, nos agrosserviços (6,3% ou aproximadamente 611 mil pessoas). Segundo pesquisadores do Cepea/CNA, entre as atividades agroindustriais, destacaram-se os segmentos de massas e outros alimentos (13,8% ou 55.355 pessoas), móveis de madeira (11,3% ou 54.284 pessoas), açúcar (24,7% ou 31.025 pessoas), moagem e produtos amiláceos (12,5% ou 30.984 pessoas) e têxteis de base natural (8,4% ou 9.326 pessoas), que juntos adicionaram 198.166 trabalhadores. Essa expansão nas atividades agroindustriais intensificou a demanda por serviços, aquecendo o mercado de trabalho nos agrosserviços, reflexo da maior complexidade operacional de algumas atividades industriais, que mobilizam uma ampla gama de serviços.
O aumento na população ocupada no agronegócio no terceiro trimestre de 2024 frente ao mesmo período do ano anterior esteve atrelado a avanços no número de empregados com e sem carteira assinada, aos trabalhadores com maior nível educacional (seguindo uma tendência histórica do setor) e, principalmente, à maior participação feminina no período.
Cepea
Usinas da Copel pagam compensação financeira recorde a municípios, Estado e União
O total chegou a R$ 162 milhões em 2024, em compensação pelo uso da água para geração de energia elétrica. Foram R$ 94 milhões para 38 municípios paranaenses, R$ 36 milhões para o Estado e R$ 32 milhões para a União.
A operação das usinas hidrelétricas da Copel gerou R$ 162 milhões para os cofres públicos em 2024. Os recursos se referem à compensação pelo uso da água para geração de energia elétrica. O valor recorde pago no ano passado vem, em 85% do total, da produção de energia das três grandes usinas da companhia no Rio Iguaçu: Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias. Do total, R$ 94 milhões foram destinados a 38 municípios paranaenses que têm áreas ocupadas por reservatórios de dez usinas da Copel ou nas quais a companhia possui participação. Outros R$ 36 milhões foram recolhidos aos cofres do Governo do Paraná. Por fim, cerca de R$ 32 milhões foram para a União, conforme estabelecido em lei. Somados os repasses dos últimos cinco anos, o valor total da compensação chega a R$ 543 milhões. Nesse período, a contribuição da Copel foi crescendo ano a ano. O montante pago em 2024 é três vezes maior que o de 2020 – este aumento expressivo foi motivado, principalmente, pelo cenário hidrológico recente, mais favorável à geração de energia no Paraná, em especial na bacia do Rio Iguaçu. A compensação financeira pelo uso de recursos hídricos é conhecida no setor elétrico pela sigla CFURH. O pagamento é mensal e as concessionárias de usinas hidrelétricas recolhem o equivalente a 7% do valor da energia gerada em cada empreendimento. A base é a Tarifa Atualizada de Referência, definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os recursos são distribuídos conforme as regras da legislação em vigor, separados em duas parcelas: uma de 6,25% e outra de 0,75%. O percentual maior é dividido entre municípios que tiveram áreas alagadas (65%), Estados (25%) e órgãos da administração direta da União (10%). Já a fatia menor, de 0,75% da compensação paga pelas usinas, é repassada ao Ministério do Meio Ambiente. O objetivo é custear a Política Nacional de Recursos Hídricos e o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Os valores arrecadados são recolhidos em conta única do Tesouro Nacional, que distribui os montantes aos Estados, municípios e entes da União, conforme cálculo fornecido pela Aneel. O rateio entre os municípios é proporcional à área inundada para formação do reservatório de cada usina hidrelétrica. Alguns recebem, ainda, uma parcela adicional da compensação quando há outras usinas operando rio abaixo - um benefício por reservarem água para regularização das vazões. O artigo 8° da Lei nº 7.990/1989 estabelece que os recursos oriundos da CFURH não podem ser usados pelas prefeituras para pagar dívida ou custear o quadro permanente de pessoal.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar fecha a R$6,0650 à espera de Trump; Haddad diz que divisa está "cara"
Em sessão marcada pela expectativa antes da posse do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o dólar oscilou entre altas e baixas na sexta-feira e encerrou o dia próximo da estabilidade, na faixa dos 6,06 reais, ainda que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenha defendido que a divisa esteja “cara” para os fundamentos do país.
O dólar à vista fechou em leve alta de 0,16%, aos 6,0650 reais. Na semana, porém, a moeda acumulou baixa de 0,62%. Às 17h09, na B3, o dólar para fevereiro -- atualmente o mais líquido -- subia 0,16%, aos 6,0770 reais. Pela manhã o dólar registrou volatilidade maior ante o real, com investidores se preparando para a posse de Trump, na segunda-feira, e repercutindo alguns números da economia chinesa e dos EUA. O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 5,4% no quarto trimestre de 2024, ante o mesmo período do ano anterior, superando a projeção de 5,0% em pesquisa da Reuters. No acumulado do ano passado, o crescimento chinês atingiu a meta de 5% do governo. Nos EUA, a produção manufatureira aumentou 0,6% em dezembro, após ganho revisado para cima de 0,4% em novembro, informou o Federal Reserve durante a manhã. Economistas consultados pela Reuters previam aumento de 0,2%, após alta de 0,2% relatada anteriormente. Profissionais ouvidos pela Reuters pontuaram, no entanto, que não havia gatilhos fortes para o dólar se firmar em nenhuma direção. Embora a segunda-feira possa ser importante para os ativos globais, em função da posse de Trump, o dia também será coincidentemente de feriado nos Estados Unidos (Dia de Martin Luther King), o que manterá a bolsa norte-americana fechada, reduzindo a liquidez também nos mercados de câmbio em todo o mundo. Durante a tarde da sexta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pontuou durante entrevista à CNN Brasil que a cotação do dólar depende de algumas variáveis -- inclusive da geopolítica internacional -- que não estão sob o controle do governo. Ao mesmo tempo, defendeu que um dólar acima de 6,00 reais é caro, considerando os fundamentos do país. "Se eu dissesse que hoje eu compraria o dólar a 6 reais? Não, eu não compraria acima de 5,70 reais", afirmou o ministro. "Na minha opinião, qualquer coisa acima de 5,70 é caro para os fundamentos da economia brasileira hoje."
Reuters
Ibovespa fecha em alta com ajuda de Vale à espera de Trump
O Ibovespa fechou em alta na sexta-feira, em dia de vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista, com a blue chip Vale avançando forte após dados melhores do que o esperado na China.
Investidores também encerraram as negociações em clima de expectativa para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, na segunda-feira, principalmente eventuais anúncios de medidas no primeiro dia de mandato. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 0,85%, a 122.263,99 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 121.074,14 pontos na mínima e 122.674,4 pontos na máxima da sessão. Na semana, o Ibovespa acumulou uma alta de 2,87%, fechando no azul em quatro de cinco pregões. No mês, contabiliza um ganho de 1,65%, também conforme dados preliminares. O volume financeiro no pregão somava 18,8 bilhões de reais antes dos ajustes finais.
Reuters
BNDES eleva em 26% financiamentos para o agronegócio em 2024
Os financiamentos aprovados pelo BNDES em 2024 para o agronegócio brasileiro cresceram 26% ante 2023, para 52,3 bilhões de reais, à medida que o banco de fomento vem buscando participar mais dos empréstimos ao setor agropecuário nos últimos anos, de acordo com dados divulgados pela instituição na sexta-feira
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social realizou 191.231 operações para o setor, 27,9% a mais do que 2023 e 60% a mais que em 2022. As operações envolvem financiamentos diretos feitos pelos bancos e também agentes financeiros que repassaram os recursos do BNDES. Os empréstimos foram destinados a produtores rurais, cooperativas, agricultores familiares e agroindústrias, para custeio e investimentos como máquinas, equipamentos, tecnologia, armazenamento e outros fins. "O BNDES é um dos principais apoiadores do setor agropecuário brasileiro, financiando os investimentos tanto do agro empresarial quanto dos pequenos agricultores e das cooperativas. Importante destacar que incremento ao nosso crédito agrícola é acompanhado de políticas públicas de fomento à economia de baixo carbono e de preservação ambiental”, disse em nota o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. A Conab e o IBGE apontam em suas projeções mais atualizadas que a safra de 2025 deve alcançar cerca de 322 milhões de toneladas de grãos, o que seria um novo recorde. O BNDES destacou ainda que no ano passado aprovou 5,9 bilhões de reais para o Estado do Rio Grande do Sul, que foi afetado por enchentes em 2024, que causaram destruição de áreas plantadas, armazenagem, máquinas, equipamento e unidades produtivas.
Reuters
FMI melhora perspectiva de crescimento do Brasil em 2024 a 3,7% e mantém estimativa para 2025
O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima a estimativa de crescimento da economia do Brasil em 2024 e manteve a perspectiva de desaceleração para 2025, mostraram novas estimativas divulgadas na sexta-feira
Na revisão de seu relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI elevou a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 a 3,7%, de 3,0% em outubro. A projeção do FMI agora é melhor do que a do próprio governo, que em novembro projetou avanço de 3,3% do PIB em 2024, e também fica acima da estimativa do Banco Central, de 3,5%. O FMI manteve o cenário de desaceleração para 2,2% em 2025, mas reduziu a conta para 2026 em 0,1 ponto percentual, passando a ver uma expansão da economia também de 2,2%. O IBGE divulgará os dados do PIB do quarto trimestre e do acumulado de 2024 em 7 de março. No terceiro trimestre, a expansão do PIB ficou em 0,9% na comparação com os três meses anteriores. No acumulado do ano até setembro, o Brasil acumula crescimento de 3,3% em relação ao mesmo período de 2023. A expectativa para o quarto trimestre é de desaceleração gradual da economia no final do ano passado depois de surpreender nos primeiros trimestres, em meio ao ciclo de aperto monetário realizado pelo Banco Central. Mas, mesmo diante da política monetária contracionista, a economia segue aquecida em meio a um mercado de trabalho saudável e aumento da renda, o que por sua vez gera pressão inflacionária. Na véspera, o BC informou que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,1% em relação ao mês anterior, em dado dessazonalizado, melhor do que a expectativa de estagnação. No final do ano passado, a autoridade monetária elevou a taxa de juros Selic em 1,00 ponto percentual, a 12,25% ao ano, surpreendendo ao prever mais duas altas da mesma magnitude à frente. Os resultados esperados pelo FMI para o Brasil superam a perspectiva para o México, que deve crescer 1,8% em 2024, desacelerando a 1,4% em 2025 e depois indo a 2,0% em 2026. Com isso, o FMI calcula expansão da América Latina e Caribe de 2,4% no ano passado, indo a 2,5% e 2,7%, respectivamente, em 2025 e 2026. O cenário para o ano passado foi melhorado ante 2,1% antes, mas para os outros anos não houve alteração. A perspectiva para as Economias de Mercados Emergentes e em Desenvolvimento, das quais o Brasil faz parte, permaneceu em 4,2% para o ano passado e este, e subiu 0,1 ponto para 2026, para 4,3%. "Nos mercados emergentes e economias em desenvolvimento, o crescimento em 2025 e 2026 deve igualar amplamente o de 2024", disse o FMI.
Reuters
IGP-10 desacelera alta para 0,53% em janeiro com recuo em preços de commodities, diz FGV
A alta do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) desacelerou a 0,53% em janeiro e ficou abaixo do esperado, após avançar 1,14% em dezembro, em resultado puxado pelo recuo dos preços de commodities agropecuárias, de acordo com os dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na sexta-feira
Analistas consultados pela Reuters esperavam uma alta de 0,61% na base mensal. Em 12 meses, o IGP-10 passou a subir 6,73%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve alta de 0,57% em janeiro, depois de subir 1,54% no mês anterior. "Commodities que pressionaram o IPA no final de 2024 e impulsionaram a inflação ao consumidor começaram a apresentar queda em seus preços... Em contraste com o comportamento do IPA, o IPC e o INCC mostraram aceleração em relação a dezembro", disse André Braz, economista do FGV IBRE. O avanço no IPA veio na esteira da desaceleração dos preços no grupo de Matéria-Primas Brutas, que tiveram alta de 0,15% em janeiro, após subirem 2,81% no mês anterior. Os itens que mais contribuíram para o resultado foram soja em grão (1,08% para -5,00%), bovinos (7,22% para -4,19%) e leite in natura (-0,81% para -6,27%). Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do índice geral, acelerou, registrando alta de 0,26% no mês, depois de cair 0,02% em dezembro. No IPC, houve acréscimo em seis das oito classes que compõem o índice: Habitação (-1,57% para -1,08%), Alimentação (1,12% para 1,41%), Vestuário (-0,26% para 1,02%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,11% para 0,47%), Transportes (0,23% para 0,37%) e Educação, Leitura e Recreação (-0,09% para -0,06%). O café em pó e o tomate foram os itens com a variação positiva de maior destaque no IPC, subindo 6,39% e 10,06%, respectivamente, em janeiro, ante ganho de 1,96% e queda de 3,39% no mês anterior. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) também acelerou sua alta, subindo 0,74% em janeiro, depois de um avanço de 0,42% em dezembro. O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
Reuters
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