
Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 818 | 11 de março de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Preços do boi gordo abrem a semana com estabilidade
Na segunda-feira (10/3), o mercado físico do boi gordo registrou estabilidade na maioria das praças brasileiras, informaram a Agrifatto e a Scot Consultoria, empresas que acompanham diariamente o setor pecuário. No Paraná, o boi vale R$305,00 por arroba. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de oito dias.
Na visão da Agrifatto, apesar da elevada oferta de fêmeas gordas, o mercado do boi gordo tende a se fortalecer, com possibilidade de leve valorização no médio prazo, especialmente no Norte do País, em Estados como Pará e Tocantins. Além disso, continua a consultoria, o crescimento contínuo das exportações de carne bovina in natura, que atingiram 195 mil toneladas no mês passado — um recorde para fevereiro —, reforça esse cenário positivo. Por outro lado, diz a Agrifatto, o mercado enfrenta desafios, como a pressão baixista dos frigoríficos, especialmente sobre os preços das vacas, além das restrições sanitárias temporárias impostas pela China a três unidades exportadoras brasileiras. Pelos dados da Agrifatto, na segunda-feira, o mercado manteve baixa movimentação, com estabilidade para o preço do boi gordo paulista, cotado em R$ 305/@ (animal “comum”) e R$ 315/@ (“boi China”). Nas outras 16 regiões monitoradas pela consultoria, a média do boi gordo seguiu em R$ 288,45/@. “Pelo segundo dia consecutivo, as 17 praças acompanhadas não registraram variações nas cotações”, ressaltou a consultoria. Pela apuração da Scot Consultoria, a semana começou com o mercado equilibrado. “Apesar da ponta vendedora estar retendo a boiada em busca de negócios acima dos preços de referência, reduzindo, assim, a oferta, as vendas de carne seguem em ritmo lento, mantendo as cotações da arroba estáveis”, observou a Scot, referindo-se ao mercado de São Paulo. Com isso, o boi gordo segue cotado em R$ 310/@, a vaca em R$ 280/@, a novilha em R$ 298/@ e o “boi-China” está negociado em R$ 313/@ (todos os preços são brutos e com prazo). No mercado futuro, na última sexta-feira (7/3), a B3 teve um desempenho positivo. O destaque do dia foi o contrato com vencimento em junho/25, que finalizou com a arroba cotada a R$ 301,20, uma valorização de 0,53% comparado ao fechamento do dia anterior. No setor atacadista, as distribuições realizadas na sexta-feira, sábado e na noite de domingo para segunda-feira foram avaliadas como boas, refletidas pelo fluxo consistente de pedidos para reposição de estoques no varejo. “Nesta segunda-feira, todas as mercadorias que chegam aos distribuidores dentro da programação são prontamente descarregadas”, afirmou a Agrifatto. Segundo a consultoria, há uma demanda considerável por dianteiros para entregas ao longo da semana, especialmente a partir de quarta-feira (12/3). Para as negociações semanais da próxima quinta-feira (13/3), destinadas ao abastecimento da primeira semana da segunda quinzena de março — período que, historicamente, registra menor demanda —, a previsão é de preços estáveis, com sustentação apenas moderada, projeta a Agrifatto. Cotações do boi gordo desta segunda-feira (10/3), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$305,00 a arroba. O “boi China”, R$315,00. Média de R$310,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abates de nove dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China”, R$290,00. Média de R$285,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$270,00. Novilha R$280,00. Escalas de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$295,00 a arroba. O “boi China”, R$305,00. Média de R$300,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China”, R$290,00. Média de R$285,00. Vaca a R$255,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de seis dias; Pará — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China”, R$290,00. Média de R$285,00. Vaca a R$255,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de seis dias; Goiás — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$290,00. Média de R$295,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de sete dias; Rondônia — O boi vale R$265,00 a arroba. Vaca a R$250,00. Novilha a R$255,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$280,00 por arroba. Vaca a R$255,00. Novilha a R$260,00. Escalas de abate de sete dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
Volume exportado de carne bovina in natura alcança 60,5 mil toneladas até a primeira semana de março/25
Na segunda-feira (10), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou que os embarques de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada chegaram a 60,5% na primeira semana de março/25.
No ano anterior, o mês de março exportou 166,2 mil toneladas em 20 dias úteis. Já a média diária exportada até a primeira semana de março/25 ficou em 20,1 mil toneladas e registrou alta de 142,7%, quando se compara com a média observada em março de 2024, que estava em 8,3 mil toneladas. Os preços médios pagos pela carne bovina ficaram em US$ 4.876 por tonelada na primeira semana de março/25, isso representa um ganho anual de 7,7%, quando se compara com os valores observados em março de 2024, em que estavam precificados em US$ 4.529 por tonelada. O valor negociado para a carne bovina até a primeira semana de março ficou em US$ 295,2 milhões, sendo que no ano anterior a receita total foi de US$ 753,1 milhões. A média diária do faturamento ficou em US$ 98,405 milhões e registrou um ganho de 161,3%, frente ao observado no mês de fevereiro do ano passado, que ficou em US$ 37,656 milhões.
SECEX
Consumo doméstico de carne bovina deve cair em 2025, diz Rabobank
O consumo doméstico de carne bovina no Brasil deve cair em 2025 devido ao aumento nos preços da proteína, segundo relatório divulgado pelo Rabobank à imprensa na segunda-feira (10).
“Após dois anos de forte recuperação, o consumo local deverá cair de 6% a 8% devido aos preços elevados”, disse o Rabobank. Apesar da redução prevista, o apelo cultural da carne bovina continua forte e o Rabobank não espera que os níveis de consumo per capita da proteína caiam muito abaixo de 30 kg. “Isso levantará questões para a indústria, que precisa encontrar um equilíbrio entre sinais de preços mais fortes para aumentar os mercados de exportação, licenciamento e utilização de carcaças. Pode ser o caso de um setor de processamento mais informal se desenvolver para atender às necessidades de consumo doméstico”, disse o Rabobank. A tendência de queda no consumo doméstico é observada em mercados na América do Sul devido às condições econômicas e à competição com mercados de exportação que eleva o custo da carne bovina. Segundo o Rabobank, o volume de carne bovina que poderia ser comprado com o salário-base caiu em todos os países da América do Sul entre 2020 e 2024. No Brasil, o consumidor compra hoje 20% menos carne bovina com o salário-mínimo do que há quatro anos. O Rabobank acredita que essa tendência de redução no consumo de carne bovina continuará na América do Sul nos próximos anos, resultando em mais proteína disponível para o mercado de exportação. A carne de frango é a proteína mais consumida no Brasil, Paraguai e Argentina. Já a carne suína e frutos do mar têm fatias menores da dieta do que em outros mercados e, portanto, o consumo destas proteínas tem espaço para crescer, segundo o Rabobank.
Carnetec
SUÍNOS
Cotação da carcaça suína especial registra baixa de 0,77% em São Paulo
De acordo com o levantamento realizado pela Scot Consultoria, a cotação da carcaça suína especial registrou desvalorização de 0,77%, em que está cotada em R$ 12,90/kg
O preço médio da arroba do suíno CIF teve recuo de 1,18% e está sendo negociado em R$ 168,00/@. De acordo com o levantamento realizado pelo Cepea na última sexta-feira (07), o Indicador do Suíno Vivo em Minas Gerais registrou recuo de 1,36% e está precificado em R$ 8,71/kg. No Paraná, o preço do animal registrou queda de 0,35% e está precificado em R$ 8,59/kg. Já na região do Rio Grande do Sul, o animal teve queda de 0,70% e está precificado em R$ 8,46/kg. Em São Paulo, o valor ficou próximo de R$ 9,00/kg e teve baixa de 0,22%. Em Santa Catarina, o valor do suíno apresentou desvalorização de 1,53% e está cotado em R$ 8,38/kg.
Cepea/Esalq
FRANGOS
Mercado do frango inicia a semana com estabilidade
A tendência é que o escoamento da proteína continue com um bom ritmo no mercado interno antes da entrada da segunda quinzena do mês
A Scot Consultoria reportou que houve movimentação apenas para o preço da ave no atacado paulista, que registrou alta de 0,12% e está sendo negociada em R$ 8,08/kg. Já a cotação da ave na granja seguiu estável e está cotada em R$ 5,50/kg. Com base no levantamento realizado na última sexta-feira (07), o preço do frango congelado apresentou desvalorização de 0,36% e está precificado em R$ 8,35 por quilo. Já o valor para o frango resfriado, a cotação também teve recuo de 0,24% e está próximo de R$ 8,35 por quilo. A referência para o animal vivo no Paraná apresentou estabilidade e está cotado em R$ 4,20/kg. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) também seguiu estável e está sendo negociada em R$ 4,64/kg.
Cepea/Esalq
Exportações de carne de frango crescem 17,9% em fevereiro
Receita dos embarques é 23,1% maior
As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) cresceram 17,9% em volumes no mês de fevereiro, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram embarcadas 468,4 mil toneladas no segundo mês deste ano, contra 397,2 mil toneladas no mesmo período do ano passado. É o melhor desempenho já registrado em um mês de fevereiro. O resultado em dólares registrou crescimento ainda mais expressivo, de 23,1%, com US$ 870,4 milhões em fevereiro deste ano, contra US$ 707 milhões no mesmo período do ano passado. A soma das exportações deste ano (janeiro e fevereiro) chegaram a 911,4 mil toneladas, número 13,6% maior em relação ao mesmo período do ano passado, com 802,2 mil toneladas. Em receita, o crescimento obtido no primeiro bimestre chegou a US$ 1,696 bilhão, saldo 22% maior em relação ao total registrado no ano passado, com US$ 1,390 bilhão. Entre os destinos de exportação de fevereiro, a China segue na liderança, com 49,6 mil toneladas, volume 18,1% superior ao obtido no mesmo período do ano passado. Em seguida estão Emirados Árabes Unidos, com 38,8 mil toneladas (-1,5%), Arábia Saudita, com 31,5 mil toneladas (-3,6%), Japão, com 27,7 mil toneladas (-24%), África do Sul, com 24,5 mil toneladas (+36,1%), Filipinas, com 23,2 mil toneladas (+2,1%), México, com 20,9 mil toneladas (+272,3%), União Europeia, com 20,6 mil toneladas (+11,5%), Coreia do Sul, com 18 mil toneladas (+23,3%), e Iraque, com 15,6 mil toneladas (-2,6%). Paraná segue como maior exportador de carne de frango do Brasil, com 186 mil toneladas exportadas em fevereiro (+15,9% em relação ao mesmo período do ano passado), seguido por Santa Catarina, com 106,6 mil toneladas (+15,5%), Rio Grande do Sul, com 69,8 mil toneladas (+19,5%), São Paulo, com 27,1 mil toneladas (+40,3%) e Goiás, com 20,5 mil toneladas (+18,7).
ABPA
JBS faz oferta para comprar maior empresa avícola do Oriente Médio, diz agência
Empresa saudita foi fundada por família que não é da realeza e está entre as mais ricas do país. Segundo o publicado pela agência Bloomberg, JBS manifestou interesse e fez oferta por empresa avícola da Arábia Saudita
A JBS está entre as empresas interessadas em comprar a maior companhia avícola do Oriente Médio, a Alwatania, e fez uma oferta pela empresa, disseram fontes à agência de notícias Bloomberg. A saudita Almarai também apresentou uma oferta não vinculante, conforme a publicação da agência. Também estão na disputa a empresa saudita Tanmiah Food e um consórcio liderado pela empresa ucraniana de tecnologia agrícola MHP, de acordo com as pessoas familiarizadas com o assunto. A Alwatania, sediada na Arábia Saudita, vem explorando um potencial venda desde o final do ano passado, em uma transação que pode render até 2 bilhões de riais (US$ 533 milhões). De acordo com as fontes, as negociações estão em andamento e os licitantes ainda podem desistir ou a Alwatania pode decidir não prosseguir com a venda. A Alwatania foi fundada em 1977 por Sulaiman Al Rajhi, que também fundou o Al Rajhi Bank. A empresa processa mais de 1 milhão de aves e 1,5 milhão de ovos por dia. O Al Rajhi Bank é o maior credor por capitalização de mercado no reino e um dos maiores bancos islâmicos do mundo. A família Al Rajhi está entre os não-reais mais ricos da Arábia Saudita.
Procurada pela reportagem, a JBS informou pela sua assessoria de imprensa, que não vai comentar o assunto.
Valor Econômico
INTERNACIONAL
Cotações globais de carnes bovina e ovina sobem em fevereiro
O índice global de preços de carnes da FAO ficou praticamente estável em fevereiro ante janeiro, já que a alta nas cotações de carnes bovina e ovina quase compensou declínios nos preços das carnes de frango e suína, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO)
O índice teve média de 118 pontos em fevereiro, queda de 0,1% ante janeiro. As cotações da carne bovina aumentaram em fevereiro, impulsionadas pela alta dos preços australianos em meio à forte demanda global, principalmente dos Estados Unidos. “No entanto, o aumento foi parcialmente compensado pelos menores preços da carne bovina brasileira devido à ampla oferta de gado”, disse a FAO em comunicado na sexta-feira (7). Os preços da carne ovina também tiveram alta sustentados pela forte demanda global. Os volumes de exportação da Nova Zelândia caíram devido à menor produção, mas as maiores taxas de abate na Austrália aumentaram a oferta, limitando os aumentos de preços. Já os preços internacionais da carne de aves caíram, impulsionados por abundantes suprimentos globais, principalmente devido às altas disponibilidades de exportação do Brasil, apesar dos contínuos surtos de gripe aviária em outros grandes países produtores. Os preços de carne suína também tiveram queda, pressionados por cotações mais baixas na União Europeia. “Embora os preços tenham mostrado sinais de estabilização, eles permaneceram abaixo dos níveis do início de janeiro (antes do surto de febre aftosa na Alemanha) devido a um superávit causado por restrições comerciais à carne suína alemã”, disse a FAO. Apesar da queda na comparação mensal, o índice global de preços de carnes da FAO em fevereiro ainda ficou 4,8% acima do valor registrado em fevereiro do ano passado.
Carnetec
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
BNDES aprova crédito para Piracanjuba produzir biogás no Paraná
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 150 milhões com recursos do Fundo Clima para o Grupo Piracanjuba. O valor será destinado para a implantação de quatro estações de tratamento de efluentes industriais (ETEs) com produção de biogás nas unidades de Araraquara (SP), Três Rios (RJ), Carazinho (RS) e São Jorge D´Oeste (PR).
Os recursos também serão destinados para substituir caldeiras que atualmente consomem combustível fóssil nas duas primeiras unidades citadas. A captação do biogás poderá evitar a emissão de 152,7 mil toneladas de CO₂ equivalente (CO₂e) por ano, logo que as plantas atingirem seus máximos de produção. Além de evitar emissões, são esperadas nessas ETEs a elevação na eficiência, a melhora nos controles operacionais e a redução de custos. As plantas de biogás, tão logo atinjam seus máximos de produção, terão o potencial de gerar cerca de 11,7 milhões de metros cúbicos normais (Nm³) de biogás por ano. Para ter uma ideia de grandeza, seria como se um carro de passeio utilizasse esse biocombustível por uma distância de 600 mil quilômetros todos os anos. “Todas as intervenções presentes no projeto aprovado pelo BNDES têm como finalidade a descarbonização, a redução na geração de resíduos sólidos e a substituição de combustíveis fósseis por renováveis como fonte de energia da empresa. Objetivos que integram a política de transição energética do governo do presidente Lula e que são possíveis a partir do Novo Fundo Clima, que destinou R$ 10 bilhões a projetos com essa finalidade em 2024”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. "Estamos entusiasmados em anunciar a captação de R$ 150 milhões do BNDES, através do Fundo Clima, para investir em quatro projetos inovadores de tratamento de efluentes. Esses projetos irão gerar biogás, que será utilizado nas caldeiras, reduzindo assim as emissões de gases de efeito estufa e os custos com combustíveis. Além disso, substituiremos caldeiras que atualmente consomem combustíveis fósseis por alternativas mais sustentáveis. Esse investimento reafirma nosso compromisso com a sustentabilidade e a proteção do meio ambiente, garantindo um futuro mais limpo e sustentável para todos", disse o presidente do Grupo Piracanjuba, Luiz Claudio Lorenzo.
Gazeta do Povo
Cesta básica: Paraná tem o maior número de produtos isentos entre os 26 estados e DF
Dos 32 itens mais consumidos pelos brasileiros, 21 têm a alíquota de ICMS zerada no Estado
No caso de proteínas animais, o Paraná é o único que isenta as carnes bovina, suína, de frango, ovos e peixes. Desde 2019, 500 mil produtos da cesta básica passaram a ser isentos de ICMS no Estado, chegando atualmente a 1,8 milhão atendidos. O Paraná tem o maior número de produtos da cesta básica isentos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Brasil. O levantamento mais recente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), de 2023, mostra que dos 32 produtos mais consumidos, 21 têm a alíquota do tributo zerada no Estado, 65% do total. Embora produtores e atacadistas possam, em alguns casos, estar sujeitos ao imposto, o Paraná garante 100% da isenção para a venda ao consumidor final. No caso de proteínas animais, o Paraná é o único que isenta todas. Alagoas, no Nordeste do País, por exemplo, isenta apenas as carnes bovina, suína e de frango. Maranhão, também no Nordeste, não cobra o imposto de carne de frango, ovos e peixe. Os demais estados têm no máximo dois tipos de proteínas sem a cobrança de ICMS. Rio Grande do Sul e Santa Catarina isentam apenas ovos na categoria proteínas. A desoneração no Paraná inclui ainda queijos; manteiga; arroz; feijão; frutas; verduras; legumes; café; açúcar; óleo de soja; óleo vegetal; farinhas de trigo, mandioca e milho; massas alimentícias; e leite em pó. Em relação ao número de produtos sem a incidência de ICMS, o Amazonas vem logo após o Paraná, com 17 itens, seguido por Amapá, com 14, e Alagoas, com 13 produtos. No sentido inverso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal (DF) possuem apenas quatro itens desonerados. Os outros 11 produtos (35% do total) contam com alíquotas entre 7% e 19%. Entretanto, a venda da cesta básica no Paraná é isenta para o consumidor final, ou seja, ele não paga o ICMS dos itens, ficando a cargo do comerciante o pagamento do imposto. Apenas Paraná e Amazonas isentam a farinha de trigo no Brasil. Já o café é isento apenas no Paraná e no Amapá. A maioria dos estados pratica a alíquota de 7%, com os maiores índices no Amazonas (20%), Roraima (20%) e Bahia (19%). A manteiga é isenta apenas no Paraná e em Alagoas. Além da desoneração praticada nas operações do comércio varejista, o Paraná aplica diversos outros benefícios fiscais ao longo de toda a cadeia produtiva. Em relação à carne, há desoneração do ICMS em todas as etapas, por meio de reduções de base de cálculo e créditos presumidos.
Agência Estadual de Notícias
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar à vista encerra sessão em alta com temor de recessão nos EUA
A apreensão foi engatilhada por dados econômicos mais fracos e por recentes comentários do próprio presidente americano, Donald Trump, e do secretário do Tesouro, Scott Bessent
O dólar à vista encerrou a sessão da segunda-feira em forte alta, superior a 1%, em um dia marcado pelo temor de que a economia dos Estados Unidos entre em recessão. A apreensão foi engatilhada por dados econômicos mais fracos e por recentes comentários do próprio presidente americano, Donald Trump, e do secretário do Tesouro, Scott Bessent, de que a maior economia do planeta pode passar por um “período de detox” por conta de ajustes nos gastos públicos. Isso bastou para que os investidores enxergassem espaço para ajustes em posições, com os índices acionários em Wall Street derretendo, assim como outros ativos de risco, como moedas de mercados emergentes. Encerradas as negociações, o dólar à vista registrou valorização de 1,06%, cotado a R$ 5,8515, depois de ter tocado na mínima de R$ 5,7730 e batido na máxima de R$ 5,8710. Já o euro comercial exibiu apreciação de 0,96%, cotado a R$ 6,3396. No exterior, perto do horário de fechamento, o índice DXY avançava 0,09%, aos 103,927 pontos. No mesmo horário, o dólar apreciava 1,57% ante o peso chileno, 1,22% contra o peso colombiano, 0,86% ante o florim da Hungria, 0,44% ante o peso mexicano e 0,30% contra o rand sul-africano.
Valor Econômico
Ibovespa fecha em queda com NY e commodities
O Ibovespa fechou em baixa na segunda-feira, minado pelas fortes quedas nos pregões em Wall Street e pelo declínio de commodities como petróleo e minério de ferro, enquanto Magazine Luiza foi destaque positivo após anunciar mudanças na estrutura organizacional para acelerar sua plataforma digital
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,56%, a 124.333,68 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo chegado a 125.031,3 pontos na máxima e a 123.471,46 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somava R$18 bilhões antes dos ajustes finais.
Reuters
Mercado volta a elevar projeção do IPCA de 2025, de 5,65% para 5,68%, diz Focus
Para 2026, a mediana das expectativas para a inflação oficial foi mantida em 4,40%, assim como para 2027, que seguiu em 4,00%
Depois de ter interrompido há uma semana uma sequência de 19 altas consecutivas, os economistas de mercado voltaram a elevar a mediana das projeções para a inflação oficial brasileira em 2025, de 5,65% para 5,68%, segundo o relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado na segunda-feira (10) com estimativas coletadas até a última sexta-feira (07). Para 2026, a mediana das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi mantida em 4,40%, assim como para 2027, que seguiu em 4,00%. Para a taxa básica de juros (Selic), a mediana das estimativas foi mantida em 15% no fim de 2025, em 12,50% no fim de 2026, e em 10,50% em 2027. A mediana das projeções para o crescimento da economia brasileira em 2025 foi mantida em 2,01%. Para 2026, a mediana das expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida em 1,70%, e, para 2027, seguiu em 2,00%. A mediana das projeções para o dólar no fim de 2025 foi mantida em R$ 5,99. Para 2026, a mediana das expectativas para a moeda americana foi mantida em R$ 6,00 entre uma semana e outra. Para 2027, também foi mantida, em R$ 5,90.
Valor Econômico
Balança comercial brasileira tem superávit de US$ 3,156bi na 1ª semana de março
O valor é resultado de US$ 7,034 bilhões em exportações e US$ 3,878 bilhões em importações no período de 1 a 9 de março, com três dias úteis
A balança comercial registrou superávit de US$ 3,156 bilhões na primeira semana de março, informou a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/Mdic), na segunda-feira (10). O valor é resultado de US$ 7,034 bilhões em exportações e US$ 3,878 bilhões em importações no período — 1 a 9 de março, com três dias úteis. No ano, a balança acumula superávit de US$ 5,09 bilhões. A média diária de exportações na primeira semana do mês deu um salto de 69,6% para US$ 2,345 bilhões, quando comparada com março de 2024, impulsionada pelos embarques da agropecuária (+86,1%) e indústria de transformação (+79,9%), seguidas pelas vendas da indústria extrativa (+29,4%). Já a média diária das importações na primeira semana de março avançou 26,2% para US$ 1,292 bilhão, na comparação com março do ano passado. O desempenho foi puxado pelas compras da agropecuária (+75,1%) e indústria de transformação (+27,1%). Também cresceram os desembarques da indústria extrativa (+2,2%).
Valor Econômico
IGP-DI sobe 1% em fevereiro e acumula alta de 8,78% em 12 meses
O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 1% em fevereiro, após ter subido 0,11% em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) na segunda-feira
A variação ficou abaixo da mediana das estimativas de 12 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de 1,17%, com intervalo das projeções entre 0,96% e 1,22%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 8,78% em 12 meses, desempenho que ficou abaixo da mediana de 8,98% das estimativas colhidas pelo Valor Data. O intervalo das projeções ia de 8,75% a 9,03%. No primeiro bimestre, o índice registrou elevação de 1,11%. Em fevereiro de 2024, o IGP-DI havia caído 0,41% e acumulava recuo de 4,04% em 12 meses. “As principais influências nos preços ao produtor vieram de ovos e milho, ambos impactados em fevereiro pelo mesmo fator: demanda elevada e baixa disponibilidade. No caso do milho, somam-se desafios logísticos, o que tem pressionado os preços de forma temporária, com potencial de afetar outros produtos da cadeia alimentar, especialmente as proteínas animais. No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o principal impacto veio do fim do bônus de Itaipu nas tarifas de energia elétrica em fevereiro, que respondeu por quase 50% da pressão sobre os preços ao consumidor. No INCC, o grupo Mão de Obra foi o principal fator para a desaceleração do índice", destacou Matheus Dias, economista da FGV Ibre. Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) registrou alta de 1,03% em fevereiro, depois de ter ficado praticamente estável em janeiro, com variação de 0,03%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais saiu de 0,04% em janeiro para 0,79% um mês depois. O Índice de Bens Finais “ex”, que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,08% em fevereiro, seguindo aumento de 0,23% em janeiro. A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 1,22% em janeiro para 0,51% em fevereiro. O Índice de Bens Intermediários “ex”, calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 0,06% em fevereiro, após avanço de 1,33% em janeiro. O estágio das Matérias-Primas Brutas aumentou 1,53% em fevereiro, depois de ter cedido 0,74% um mês antes. Com peso de 30% no IGP-DI, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) subiu 1,18% em fevereiro, depois de apresentar variação de 0,02% em janeiro. Das oito classes de despesa componentes, mudaram de rumo Habitação (-2,43% para 3,80%) e Educação, Leitura e Recreação (0,18% para -2,54%). Subiram mais entre janeiro e fevereiro Transportes (0,83% para 1,41%), Despesas Diversas (0,26% para 1,07%) e Comunicação (0,01% para 0,28%). Tiveram abrandamento no ritmo de alta Saúde e Cuidados Pessoais (0,66% para 0,38%), Alimentação (1,22% para 1,02%) e Vestuário (0,22% para 0,14%). O núcleo do IPC-DI registrou taxa de 0,48% em fevereiro, mesma taxa apurada um mês antes. Dos 85 itens componentes do IPC, 38 foram excluídos do cálculo do núcleo. Desses, 24 apresentaram taxas abaixo de 0,14%, linha de corte inferior, e 14 registraram variações acima de 0,92%, linha de corte superior. O Índice de Difusão, que mede a proporção de itens com alta de preços para o consumidor, ficou em 64,52%, 10,32 pontos percentuais (p.p.) abaixo do registrado em janeiro, quando o índice foi de 74,84%. Por fim, com os 10% restantes do IGP-DI, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) subiu 0,40% em fevereiro, ante 0,83% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de janeiro para fevereiro: Materiais e Equipamentos (0,49% para 0,42%), Serviços (+0,76% para 0,42%) e Mão de Obra (1,27% para 0,37%).
Valor Econômico
POWERED BY
EDITORA NORBERTO STAVISKI LTDA
041 3289 7122
041 99697 8868
Comments