
Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná
Ano 5 | nº 821|14 de março de 2025
NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL
Exportações seguram baixas mais expressivas na arroba do boi
O setor de vendas externas da proteína “continua firme e em bons patamares”, prevê o zootecnista Ygor Maggiori, da consultoria Scot com sede em Bebedouro (SP). No Paraná, o boi vale R$300,00 por arroba. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de oito dias.
Com o mercado doméstico de carne bovina travado, a exportação torna-se um importante canal de escoamento, limitando a pressão de baixa nos preços do boi gordo, disse o zootecnista Ygor Maggiori, analista da Scot Consultoria. Segundo ele, o mercado pecuário segue pressionado, em razão das ofertas de boiadas ainda confortáveis para a ponta compradora, um reflexo do descarte de fêmeas que não emprenharam na estação de monta, aliado a um escoamento de carne aquém do esperado para o período. Até a primeira semana de março/25, a média diária embarcada de carne bovina in natura ficou 142,7% acima do volume diário registrado em março/24, aponta o analista da Scot, citando os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Na quinta-feira (13/3), pelos dados da Scot, o boi gordo paulista seguiu cotado em R$ 310/@, a vaca em R$ 280/@, a novilha em R$ 298/@ e o “boi-China” em R$ 313/@. (todos os preços são brutos e com prazo). Segundo o levantamento da Agrifatto, o “boi comum” vale R$ 300/@ na praça de São Paulo, enquanto o “boi-China” está cotado em R$ 310/@ – portanto, uma média de R$ 305 entre as duas categorias. Desde o início da semana, diz a Agrifatto, o mercado brasileiro do boi gordo vem enfrentando pressão baixista sobre os valores da arroba, especialmente nos preços das fêmeas. Na quinta-feira, das 17 praças acompanhadas, 3 apresentaram leve desvalorização (AL, BA e ES); as outras 14 mantiveram suas cotações estáveis. No mercado futuro, na quarta-feira (12/3), o destaque ficou para o contrato com vencimento em maio/25, que encerrou o pregão da B3 cotado a R$ 309/@, com valorização de 2,52% em relação ao dia anterior. É importante destacar, relata a Agrifatto, que “alguns frigoríficos vêm embarcando mercadorias sem destino/venda definido, a fim de liberar espaço nas câmaras frias”. “Esse cenário já aponta para uma retração no consumo doméstico de carne bovina, comportamento típico da segunda metade do mês”, observou a Agrifatto. Por sua vez, na indústria de processamento de carne desossada, que opera principalmente com vaca e, em menor escala, com boi inteiro, o atual cenário aponta para uma alta nos preços dessas matérias-primas, prevê a consultoria. Por outro lado, o dianteiro segue com demanda firme e preços sustentados, acrescenta a Agrifatto. Mercadorias originárias de regiões distantes da capital paulista, como AC, RO, PA e TO, apresentam preços ligeiramente inferiores aos de MS, PR, MG e GO, informa a consultoria. Cotações do boi gordo desta quinta-feira (13/3), conforme levantamento diário da Agrifatto: São Paulo — O “boi comum” vale R$300,00 a arroba. O “boi China”, R$310,00. Média de R$305,00. Vaca a R$280,00. Novilha a R$295,00. Escalas de abates de oito dias; Minas Gerais — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China”, R$290,00. Média de R$285,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de nove dias; Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$270,00. Novilha R$280,00. Escalas de oito dias; Mato Grosso — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$300,00. Média de R$295,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins — O “boi comum” vale R$285,00 a arroba. O “boi China”, R$295,00. Média de R$290,00. Vaca a R$255,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de seis dias; Pará — O “boi comum” vale R$285,00 a arroba. O “boi China”, R$295,00. Média de R$290,00. Vaca a R$255,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de cinco dias; Goiás — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$290,00. Média de R$285,00. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de sete dias; Rondônia — O boi vale R$260,00 a arroba. Vaca a R$245,00. Novilha a R$250,00. Escalas de abate de dez dias; Maranhão — O boi vale R$280,00 por arroba. Vaca a R$250,00. Novilha a R$250,00. Escalas de abate de oito dias; Paraná — O boi vale R$300,00 por arroba. Vaca a R$275,00. Novilha a R$285,00. Escalas de abate de oito dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
Abertura de mercado para exportação de carne bovina para Bósnia e Herzegovina
Com o anúncio, o agronegócio brasileiro alcança a 35ª abertura de mercado em 2025, totalizando 335 novas oportunidades de negócios desde o início de 2023
O governo brasileiro informou que as autoridades sanitárias da Bósnia e Herzegovina aceitaram o Certificado Sanitário Internacional proposto pelo Brasil para a exportação de carne bovina. A decisão do país de abrir seu mercado para a carne bovina reflete o elevado nível de confiança internacional no sistema de controle sanitário brasileiro e deverá fortalecer as relações comerciais entre os países. Com uma população de aproximadamente 3,2 milhões de habitantes, a Bósnia e Herzegovina, que já importa produtos florestais e do complexo sucroalcooleiro do Brasil, possui demanda crescente por carne bovina, com espaço importante para o abastecimento por importação. Com o anúncio, o agronegócio brasileiro alcança a 35ª abertura de mercado em 2025, totalizando 335 novas oportunidades de negócios desde o início de 2023. Tais resultados são fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE), que seguem atuando para ampliar e diversificar os mercados para os produtos agropecuários brasileiros.
MAPA
Boi/Cepea: Preços operam próximos da estabilidade
Os preços do boi gordo e da carne têm variado pouco nesta parcial de março, conforme apontam levantamentos do Cepea
Até o dia 11, a carcaça casada no atacado da Grande SP acumulava pequena valorização de 0,46%, fechando a R$ 21,93 nessa terça-feira. O Indicador do Boi CEPEA/ESALQ registra leve alta de 0,32% na parcial do mês, a R$ 311,95 na terça. Na maioria das regiões pesquisadas pelo Cepea, também prevalece a estabilidade. Segundo o Centro de Pesquisas, frigoríficos tentam negociar nos valores mínimos dos intervalos ou mesmo baixar as cotações, mas pecuaristas se mostram resistentes. O resultado tem sido baixa liquidez, inclusive no segmento de reposição.
Cepea
CARNES
Isenção de imposto de importação sobre alimentos começa a valer nesta sexta; carnes de porco e de frango ficaram de fora
Impacto estimado na arrecadação federal é de R$ 650 milhões em um ano
O Comitê-Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex/Camex) aprovou, em reunião extraordinária realizada hoje, a redução a zero do imposto de importação de uma cesta de produtos agrícolas e alimentos e a expansão da cota isenta para a compra de óleo de palma estrangeiro. As medidas haviam sido anunciadas na semana passada pelo governo federal como forma de tentar conter a alta da inflação da comida no Brasil. A isenção valerá para nove produtos: carnes desossadas de bovinos e congeladas; sardinha enlatada, com cota de 7,5 toneladas; café torrado não descafeinado, café não torrado não descafeinado e em grão; milho em grão, exceto para semeadura; massas alimentícias secas, não cozidas, nem recheadas; bolachas e biscoitos em geral; azeite de oliva extravirgem; óleo de girassol e açúcar de cana não refinado, como cristal e demerara.
Valor Econômico
SUÍNOS
Queda nas cotações no mercado de suínos do PR e SC. Estabilidade em SP e MG
De acordo com levantamentos do Cepea, após atingirem as máximas nominais para um mês de fevereiro, os preços do suíno vivo e da carne têm acumulado queda nesta primeira quinzena de março.
Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 165,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 12,70/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (12), houve alta tímida somente no Rio Grande do Sul, na ordem de 0,24%, chegando a R$ 8,35/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 8,65/kg) e em São Paulo (R$ 8,87/kg). Houve queda de 0,36% no Paraná, atingindo R$ 8,30/kg, e de 0,96% em Santa Catarina, fechando em R$ 8,27/kg. As principais bolsas de suínos que comercializam animais na modalidade independente tiveram novas baixas nos preços do quilo do animal vivo nesta quinta-feira (13). Ainda que não haja ampla oferta de animais e que estes estejam com pesos mais baixos, são os frigoríficos que têm a força nesta 'queda de braço' atual.
Cepea/Esalq
Suinocultura independente: preços continuam em queda
As principais bolsas de suínos que comercializam animais na modalidade independente tiveram novas baixas nos preços do quilo do animal vivo na quinta-feira (13).
Em São Paulo, o preço cedeu, passando de R$ 9,07/kg vivo para R$ 8,80/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos. Ao todo, durante a Bolsa, foram negociados 20.400 animais. As informações são da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, o preço caiu, saindo de R$ 8,70/kg vivo para R$ 8,40/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal retrocedeu, passando de R$ 8,44/kg vivo para R$ 8,34/kg vivo.
APCS/ Asemg/ ACCS
Suínos/Cepea: Vivo e carne se desvalorizam nesta 1ª quinzena de março
Após atingirem as máximas nominais para um mês de fevereiro, os preços do suíno vivo e da carne têm acumulado queda nesta primeira quinzena de março
Pesquisadores do Cepea explicam que a pressão vem do fato de compradores terem reduzido a aquisição de novos lotes de animais, devido à baixa liquidez nas vendas da carne. Quanto às exportações brasileiras de carne suína (considerando-se produtos in natura e processados), o volume escoado e a receita obtida atingiram recordes para fevereiro, de acordo com a série histórica da Secex, iniciada em 1997. Segundo dados da Secex compilados pelo Cepea, nos 20 dias úteis do último mês, o setor suinícola nacional embarcou 113,1 mil toneladas de carne, 8,1% a mais que em janeiro/25 e 16,8% acima da quantidade enviada em fevereiro/24.
Cepea
FRANGOS
Frango: ave congelada ou resfriada sobem no mercado de São Paulo
Segundo análise do Cepea, o poder de compra de avicultores paulistas frente ao milho caiu em fevereiro
No mercado de frango, colaboradores do Cepea relataram enfraquecimento na demanda por lotes de animais em alguns períodos do mês, o que pressionou as cotações no balanço mensal. De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, da mesma forma que a ave no atacado, custando, em média, R$ 8,05/kg. Na cotação do animal vivo, o valor não mudou no Paraná, custando R$ 4,20/kg, assim como em Santa Catarina, com preço de R$ 4,64/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (12), houve alta de 2,14% para o preço da ave resfriada, chegando a R$ 8,59/kg e de 1,19% para a ave congelada, fechando em R$ 8,51/kg.
Cepea/Esalq
NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ
Para aumentar competitividade, Paraná retira carnes temperadas da Substituição Tributária
Com isso, a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e a Receita Estadual atendem a uma antiga demanda do setor produtivo. Embora o produto seja visto como uma pequena parcela da produção industrial do Estado, ela é considerada importante por agregar valor a um setor no qual o Paraná já é líder
O Governo do Paraná retirou as carnes temperadas do regime de Substituição Tributária (ST), medida que deve aumentar a competitividade dos produtos paranaenses no mercado nacional. Com isso, a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e a Receita Estadual atendem a uma antiga demanda do setor produtivo. O decreto 9.150/2025, publicado no Diário Oficial na quarta-feira (12), destaca que a novidade passa a valer a partir do próximo dia 1° de maio, primeiro dia do segundo mês seguinte à publicação do texto. Esse prazo serve justamente para que a indústria se adeque às mudanças, integrando as carnes temperadas ao regime regular do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Na substituição tributária, o recolhimento do ICMS não é feito pelo estabelecimento que vende o produto, mas diretamente na indústria de forma antecipada. Na prática, isso faz com que os comerciantes paguem para manter os produtos em estoque — o que faz com que os produtos produzidos no Paraná tenham dificuldade de competir com carnes de outros estados, em que a tributação já acontecia fora da ST. Com a mudança, eles arcarão com os custos tributários apenas no momento da venda efetiva. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre janeiro e setembro de 2024, o Paraná produziu mais de 1,66 bilhão de unidades de aves — o que corresponde a mais de um terço de toda a produção nacional. Além disso, foram produzidos 9,5 milhões de suínos e 1 milhão de bovinos no período. “Trata-se de um setor mais do que relevante, mas essencial para toda a economia paranaense. Então, ficamos muito felizes em tirar mais um item da substituição tributária, o que ajuda a tornar as indústrias e cooperativas do Estado muito mais competitivas em todo o Brasil”, explica o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara. “É mais uma ação que tomamos para fomentar o desenvolvimento sustentável de nossa agroindústria ao mesmo tempo em que modernizamos a gestão pública para melhorar o ambiente de negócios”.
Agência Estadual de Notícias
Setor de serviços acumula alta de 3,1% em 12 meses no Paraná; turismo cresce 7,1%
Variação no volume de atividades das empresas destes segmentos ficou acima da média nacional, o que também resultou no crescimento da receita nominal do setor. No turismo, o desempenho do Paraná foi o 3º maior do Brasil no período, superando vários estados que tradicionalmente recebem muitos visitantes.
As empresas ligadas ao setor de serviço no Paraná registraram um crescimento de 3,1% no volume das suas atividades nos últimos doze meses analisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que compreende o período entre fevereiro de 2024 e janeiro de 2025. Os dados, divulgados pelo órgão federal nesta quinta-feira (13), também apontam para um aumento acima da média das atividades específicas de turismo no Estado, que tiveram alta de 7,1% no mesmo período. O aumento no volume de atividades em nível estadual ficou acima da média nacional no mesmo recorte, cuja variação foi de 2,9% nos serviços em geral. Esse crescimento também deu um fôlego maior ao caixa das empresas que atuam com a prestação de serviços. A receita nominal – que considera a receita bruta do período sem considerar a influência dos preços – aumentou 7,8% em relação aos doze meses anteriores no Estado. Os grupos que mais cresceram entre fevereiro de 2024 e janeiro de 2025 foram os das empresas que prestam serviços às famílias e serviços profissionais, administrativos e complementares, ambos com alta de 5,7% no volume das suas atividades neste período. Os serviços de informação e comunicação aparecem na sequência, com variação de 4,6%, seguido pelos outros serviços, com 4,1% e os serviços de transportes e correios, com 0,8%. Em relação a dezembro, não houve variação no volume das atividades do Paraná em janeiro na série com ajuste sazonal – que corrige as diferenças que tipicamente ocorrem ao longo do ano. Essa estabilidade, no entanto, representa um resultado melhor do que o total do País, que caiu 0,2% entre os dois meses. Também houve queda na maioria dos estados do Norte, Nordeste, no Distrito Federal (-8,7%), Espírito Santo (-5,2%), Mato Grosso (-2,1%) e Minas Gerais (-1,7%).
Assim como os demais segmentos de serviços, as empresas ligadas ao setor de turismo, o que inclui a hotelaria, gastronomia, transporte e agências de viagem, tiveram um desempenho acima da média do Brasil no período mais recente analisado pelo IBGE. A alta de 7,1% no volume de atividades em 12 meses foi acompanhada de um crescimento de 11,2% na receita nominal destas empresas. Em nível nacional, a variação foi de 3,8% nas atividades e de 9,7% nas receitas.
Agência Estadual de Notícias
Paraná lidera exportações da região Sul no 1º bimestre de 2025
Porto de Paranaguá é a principal saída para exportação do Paraná
As exportações do Paraná somaram US$ 3,25 bilhões nos dois primeiros meses de 2025, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), levantados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). É o maior valor entre os estados da região Sul, superando os resultados do Rio Grande do Sul (US$ 3,19 bilhões) e Santa Catarina (US$ 1,77 bilhão). A pauta das exportações do Paraná é encabeçada pela carne de frango in natura, com vendas da ordem de US$ 663,46 milhões no primeiro bimestre, seguida da soja em grão (US$ 467,92 milhões), cereais (US$ 221,47 milhões) e farelo de soja (US$ 165,03 milhões). Segundo o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, com o avanço da comercialização dos principais produtos da safra, a tendência é de que as exportações paranaenses acelerem ao longo do ano. “O Paraná registrará, neste ano, um volume de produção primária próxima do nível recorde, o que terá efeitos positivos sobre as exportações do Estado e sobre o nosso PIB”, ressalta. O principal destino das exportações paranaenses foi a China, que adquiriu US$ 598,66 milhões em mercadorias produzidas no Estado. Na sequência estão a Argentina (US$ 234,78 milhões), Estados Unidos (US$ 214,05 milhões), Irã (US$ 127,13 milhões) e Bangladesh (US$ 111,05 milhões). Bangladesh, inclusive, vem elevando substancialmente as compras de produtos paranaenses, com um incremento de 195,4% em relação ao primeiro bimestre de 2024, quando os embarques para o país resultaram em receitas de US$ 37,6 milhões. Além desses países, os bens produzidos no Paraná chegaram a 177 mercados diferentes nos dois primeiros meses de 2025, o que inclui não somente conhecidos compradores, como os Estados Unidos e os vizinhos sul-americanos, mas também economias menores, como as de Botsuana (África) e do Laos (Ásia). O estado também fechou com superávit na balança comercial nos dois primeiros meses do ano, com saldo comercial de US$ 106,03 milhões. O resultado é a diferença entre os US$ 3,25 bilhões das exportações e US$ 3,14 bilhões de importações. As principais mercadorias adquiridas no mercado internacional que entraram pelo Paraná foram os adubos e fertilizantes, que somaram US$ 331,86 milhões em movimentação, seguidos dos produtos químicos orgânicos (US$ 245,22 milhões) e autopeças (US$ 204,32 milhões).
Gazeta do Povo
ECONOMIA/INDICADORES
Dólar recua abaixo de R$5,80 em dia positivo para ativos brasileiros
O dólar oscilou em margens estreitas e encerrou a quinta-feira em leve baixa ante o real, pouco abaixo dos R$5,80, com as cotações refletindo por um lado as novas ameaças de tarifas pelos Estados Unidos e por outro o fluxo de venda de moeda em níveis mais altos, em um dia de modo geral positivo para os ativos brasileiros.
A moeda norte-americana à vista fechou com leve baixa de 0,19%, aos R$5,7974. Em março, a divisa acumula queda de 2,01%. Às 17h08 na B3 o dólar para abril -- atualmente o mais líquido no Brasil -- cedia 0,09%, aos R$5,8225. Pela manhã as preocupações giraram novamente em torno da guerra tarifária entre os EUA e alguns de seus principais parceiros comerciais. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que aplicará tarifa de 200% sobre vinhos e outros produtos alcoólicos provenientes da União Europeia, caso o bloco não retire a tarifa sobre o uísque norte-americano. Na quarta-feira, a Comissão Europeia prometeu impor tarifas contrárias sobre 26 bilhões de euros em produtos norte-americanos a partir do próximo mês, aumentando a guerra comercial em resposta às tarifas norte-americanas sobre aço e alumínio. A perspectiva de que as tarifas possam encarecer produtos consumidos nos EUA e, com isso, impulsionar a inflação e os juros deu força ao dólar ante boa parte das demais divisas. “O mercado sabe que Trump chuta lá para cima as tarifas, depois se senta para negociar. Então, o mercado já aprendeu a reagir ao Trump”, disse durante a tarde Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos. Em um dia de forte alta do Ibovespa e de busca dos estrangeiros pela renda fixa brasileira, o dólar à vista marcou a mínima de R$5,7916 (-0,29%) às 16h52, pouco antes do fechamento. No geral, o ambiente de negócios no Brasil contrastava com o movimento de fuga do risco visto no exterior.
Reuters
Ibovespa fecha em alta com cena corporativa sob holofote; B3 salta 10%
O Ibovespa fechou em alta de mais de 1% nesta quinta-feira, recuperando o patamar dos 125 mil pontos, com B3 disparando 10% após decisão favorável à companhia em processo de R$5,77 bilhões envolvendo amortização de ágio.
A CSN também ocupou os holofotes, saltando mais de 7% após balanço com forte resultado operacional, assim como Cogna, que recuou cerca de 6% mesmo após desempenho forte de Ebitda e receita, além de anúncio de dividendos. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,44%, a 125.646,04 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 123.589,56 pontos na mínima, no começo do pregão, e 125.774,17 pontos na máxima do dia. O volume financeiro no pregão somava R$18,4 bilhões antes dos ajustes finais.
Reuters
Varejo tem queda mensal de 0,9% em vendas em fevereiro, diz Stone
As vendas no varejo no mês passado recuaram 0,9% ante janeiro e 1% sobre fevereiro do ano passado, segundo dados de levantamento da empresa de meios de pagamento Stone divulgados na quinta-feira
"O mercado de trabalho ainda está aquecido, mas os sinais de desaceleração ficaram ainda mais evidentes em fevereiro", afirmou em comunicado à imprensa, Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone. "A queda registrada no varejo reflete um enfraquecimento mais amplo da economia brasileira", acrescentou, citando alta no desemprego, perda de força na criação de empregos e alta nos preços dos alimentos. Na análise mensal, apenas dois dos oito segmentos analisados pela Stone registraram alta em fevereiro: Material de Construção (0,7%), Móveis e Eletrodomésticos (0,2%). Outros cinco segmentos apresentaram queda: Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (5,9%), Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (2,6%), Combustíveis e Lubrificantes (1,9%), Artigos Farmacêuticos (1,5%) e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (0,7%). Já o setor de Tecidos, Vestuário e Calçados, apresentou estabilidade. No comparativo anual, o segmento de Combustíveis e Lubrificantes teve o melhor desempenho, com alta de 4,1%, seguido por Material de Construção, que cresceu 2,5%. Os demais setores registraram queda: Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (7,7%), Móveis e Eletrodomésticos (6,4%), Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (3,9%), Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (2,8%), Artigos Farmacêuticos (2,6%) e Tecidos, Vestuário e Calçados (0,6%), segundo a Stone. A companhia afirmou ainda que em fevereiro o comércio digital teve alta mensal de 0,4%, enquanto o físico apresentou queda de 1,6%. Já no comparativo anual, o comércio digital cresceu 10,8% e o físico recuou 3,7%.
Reuters
Volume de serviços do Brasil volta a cair em janeiro sob pressão de transportes
O volume de serviços no Brasil voltou a recuar em janeiro sob pressão de transportes, iniciando 2025 com fraqueza um pouco maior do que a esperada em meio a uma política monetária restritiva que tende a desacelerar a atividade econômica. Em janeiro houve queda de 0,2% no volume de serviços em relação ao mês anterior, após estabilidade em dezembro, contra expectativa em pesquisa da Reuters de recuo de 0,1%.
Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira mostraram ainda avanço de 1,6% na comparação com janeiro do ano anterior, ante a projeção de alta de 1,9% na pesquisa da Reuters. "Após alcançar o ápice de sua série histórica em outubro de 2024, o setor de serviços apresentou duas taxas negativas e uma estabilidade nos últimos três meses. Nesse período, acumulou perda de 1,1%, que pode ser explicada pela alta margem de comparação", disse o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo. O setor de serviços brasileiro registrou ganhos em 2024, mas mostrou perda de força a partir do final do ano, em conjunto com a economia como um todo, em meio ao aumento da taxa básica de juros, o que afeta o crédito. Dados do PIB mostraram que o setor de serviços, que respondem por cerca de 70% da economia do país, teve expansão de 3,7% em 2024. No entanto, o setor deve sentir neste ano os efeitos da elevação da taxa de juros. O Banco Central já subiu a Selic a 13,25% ao ano e indicou novo aumento de 1 ponto percentual neste mês. "O dado de janeiro reforça a visão de acomodação no ritmo de atividade da economia brasileira. Nota-se uma piora tanto nos serviços mais ligados à demanda, quanto nos serviços mais ligados à oferta, refletindo o menor consumo", disse André́ Valério, economista sênior do Inter. O IBGE destacou em janeiro a queda de 1,8% dos serviços de transportes, sendo as maiores taxas negativas nos segmentos dutoviário, aéreo, rodoviário coletivo de passageiros, ferroviário de cargas e correio. "Houve quedas importantes no transporte dutoviário, com perda de receita de empresas relevantes que atuam nesse segmento, disse Lobo. Os outros dois serviços com desempenho negativo em janeiro foram os prestados às famílias (-2,4%) e os profissionais, administrativos e complementares (-0,5%). Os únicos avanços registrados em janeiro foram de informação e comunicação (2,3%) e outros serviços (2,3%).
Reuters
Concessões de empréstimos caem 16% no Brasil em janeiro ante dezembro, diz BC
As concessões de empréstimos no Brasil caíram 16% em janeiro na comparação com o mês anterior, informou o Banco Central nesta quinta-feira, com o estoque total de crédito ficando praticamente estável no período, a R$6,462 trilhões de reais.
No mês, as concessões de financiamentos com recursos livres, nos quais as condições dos empréstimos são livremente negociadas entre bancos e tomadores, recuaram 14,8% em relação dezembro. Para as operações com recursos direcionados, que atendem a parâmetros estabelecidos pelo governo, houve queda de 26,9% no período. A inadimplência no segmento de recursos livres, ficou em 4,4% em janeiro, contra 4,1% no mês anterior e 4,6% um ano antes. Já as taxas bancárias médias aumentaram em janeiro. Os juros cobrados pelas instituições financeiras no crédito livre ficaram em 42,3%, uma alta de 1,6 ponto percentual em relação ao mês anterior. Um ano antes os juros estavam em 40,3%. Nos recursos direcionados, houve avanço de 1,0 ponto no mês, a 12,0%. O spread bancário, diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa final cobrada do cliente, subiu para 28,2 pontos percentuais nos recursos livres, contra 27,1 pontos no mês anterior e 29,8 um ano antes.
Reuters
Brasil deve ter produção recorde de grãos: 328,3 milhões de toneladas
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) atualizou as estimativas para a temporada 2024/25
Com o andamento da colheita de verão, principalmente de soja, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) atualizou suas perspectivas de safra para 2024/25. A autarquia elevou em 2,6 milhões de toneladas sua projeção sobre a produção de grãos e fibras, para 328,3 milhões de toneladas. O número corresponde a um incremento de 10,3%, ou 30,6 milhões de toneladas, se comparado com o volume obtido no ciclo anterior. Esse resultado reflete tanto um aumento na área plantada, estimada em 81,6 milhões de hectares, como uma recuperação na produtividade média das lavouras, projetada em 4.023 quilos por hectare. Caso o panorama se confirme ao final do ciclo, este será um novo recorde para a produção nacional. Principal produto cultivado no verão, a soja tem estimativa de produção calculada em 167,4 milhões de toneladas, 13,3% superior à safra passada. “Após o início de colheita mais lento, devido a atrasos no plantio e excesso de chuvas em janeiro, a redução das precipitações em fevereiro propiciou um grande avanço na área colhida. Nesta semana o índice de colheita se encontra em 60,9% da área, superior ao registrado no mesmo período na temporada anterior bem como na média dos últimos cinco anos”, escreveu a Conab em seu sexto levantamento sobre a temporada. Os rendimentos obtidos até o momento têm superado positivamente as expectativas iniciais em importantes Estados produtores, como Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Por outro lado, no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso do Sul, a irregularidade e a ausência de precipitações já afetaram o potencial produtivo da cultura, como mostraram Valor e Globo Rural, esta semana. No caso do milho, a perspectiva é que a colheita de verão cresça 8,3% entre as safras e fique em 24,9 milhões de toneladas. A colheita da soja dita o ritmo de avanço do plantio do milho segunda safra, que já atinge 83,1% da área prevista. O índice está abaixo do registrado no último ciclo em período semelhante, porém mais alto do que a média dos últimos cinco anos. Sobre essa segunda safra, a Conab espera um crescimento da área de plantio de 1,9%, chegando a 16,75 milhões de hectares. Com as condições climáticas favoráveis, a expectativa é que a produção alcance 95,5 milhões de toneladas, 5,8% mais que em 2023/24. Esse bom desempenho influencia na estimativa esperada para a produção total de milho no país, que ainda tem uma terceira safra de 2,4 milhões de toneladas, de forma que o total chegue a 122,8 milhões de toneladas, crescimento de 6,1%. A Conab também elevou a estimativa de produção de arroz em 14,3%, para 12,1 milhões de toneladas. Isso ocorre pelo aumento de 6,5% na área plantada, que chegou a 1,7 milhão de hectares. Além disso, as boas condições climáticas vêm favorecendo as lavouras, permitindo uma recuperação de 7,3% na produtividade média, estimada em 7.063 quilos por hectare. “Os índices de colheita se apresentam superiores ao mesmo período da safra passada em quase todos os principais Estados produtores, apenas Tocantins o ritmo de colheita se encontra em percentual um pouco abaixo do ciclo passado”, escreveu a Conab no texto. Outro importante produto para os brasileiros, o feijão deverá registrar um ligeiro aumento na produção total, de 1,5%, na safra 2024/25, para 3,29 milhões de toneladas. O resultado é influenciado principalmente pela expectativa de uma leve melhora na produtividade média das lavouras, uma vez que a área destinada para a leguminosa se mantém praticamente estável. No caso do algodão, a expectativa é que o aumento na área semeada, estimada em cerca de 2 milhões de hectares, reflita em incremento de 3,3% na produção. A expectativa é de uma boa produtividade média nas lavouras, podendo ser a terceira maior já registrada na série histórica perdendo apenas para os últimos dois ciclos. Nesse cenário, o país deve produzir 3,82 milhões de toneladas da pluma. Sobre a safra de inverno, a Conab manteve sua estimativa para o trigo, em 9,12 milhões de toneladas, por enquanto, apenas levando em consideração a intenção de plantio dos produtores.
Globo Rural
Exportações do agronegócio brasileiro caem 2,5% em fevereiro
Óleos essenciais e pimenta impulsionam exportações
As exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 11,24 bilhões em fevereiro de 2025, registrando uma queda de 2,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Apesar da redução nos embarques de produtos tradicionais, como o complexo soja, o setor ampliou a presença de itens menos tradicionais no mercado internacional. Entre os destaques, as exportações de óleos essenciais de laranja totalizaram US$ 37,1 milhões nos primeiros dois meses do ano, um crescimento de 14,9%, com aumento da demanda na União Europeia e na China. A pimenta piper seca também apresentou resultados expressivos, alcançando US$ 49,2 milhões no período, com alta de 146,6%, refletindo o interesse internacional por produtos diferenciados e de maior valor agregado. As sementes oleaginosas, especialmente o gergelim, registraram US$ 33,7 milhões em exportações, um avanço de 213,8%, impulsionado pela demanda da Ásia e do Oriente Médio. O setor de sucos também se destacou, com um crescimento de 77,8% nos embarques para mercados exigentes. O melão, com exportações de US$ 29,6 milhões, teve alta de 57,1%, consolidando o potencial das frutas brasileiras no exterior. A diversificação das exportações fortalece a economia brasileira ao ampliar as oportunidades comerciais e reduzir riscos. "A abertura de novos mercados e a ampliação da oferta interna de produtos são fatores essenciais para garantir maior resiliência e competitividade ao agronegócio nacional", destaca o instituto. O avanço das exportações de produtos menos tradicionais resulta de uma atuação conjunta entre o setor público e privado, com foco na segurança sanitária, promoção comercial e abertura de mercados estratégicos.
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