CLIPPING DO SINDICARNE NÂș 844 DE 16 DE ABRIL DE 2025
- prcarne
- 16 de abr.
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Sindicato da IndĂșstria de Carnes e Derivados no Estado do ParanĂĄ
Ano 5 | nÂș 844 | 16 de abril de 2025
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NOTĂCIAS SETORIAIS â BRASIL
Boi gordo: MS, MT e PR apresentam preços similares aos praticados em SP
O mercado fĂsico do boi gordo segue aquecido, estimulado pela oferta restrita de animais terminados, pelo bom desempenho das exportaçÔes de carne bovina in natura nos Ășltimos meses e pela demanda firme do varejo interno desde o inĂcio de abril/25, informou a Agrifatto.
No ParanĂĄ, o boi vale R$330,00 por arroba. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de cinco dias.
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JĂĄ a partir desta quarta-feira (16), as vendas brasileiras de carne bovina no varejo e as distribuiçÔes da mercadoria no atacado tendem a ganhar ritmo, impulsionadas pelo feriado prolongado no PaĂs, prevĂȘ a consultoria. Na terça-feira (15/6), de acordo com apuração da Agrifatto, entre as 17 praças acompanhadas pelas consultorias, 9 registraram valorização nos preços do boi gordo (AC, BA, ES, MS, MT, PR, RJ, RO e SC), enquanto as 8 demais regiĂ”es mantiveram os preços estĂĄveis (SP, AL, GO, MA, MG, PA, RS e TO). A arroba do boi gordo paulista segue negociada em R$ 335, enquanto o preço mĂ©dio do animal terminada nas outras 16 regiĂ”es monitoradas avançou para R$ 306/@. Segundo a Agrifatto, Estados como MS, MT, PR e SC apresentaram dia 15 de abril preços da arroba similares aos praticados em SP, tradicional referĂȘncia nacional. Pelo levantamento da Scot Consultoria, em SĂŁo Paulo, a arroba Ă© negociada em R$ 325 para o boi âcomumâ e R$ 330 para o âboi- Chinaâ. Os dados da Secretaria de ComĂ©rcio Exterior (Secex) apontaram um novo recorde de embarques de carne bovina in natura para o mĂȘs de março/25, com 215 mil toneladas enviadas ao exterior. Neste mĂȘs de abril/25, o ritmo segue aquecido â atĂ© a segunda semana, a Secex apontou crescimento de 15,6% na mĂ©dia diĂĄria exportada (10,9 mil toneladas/dia) em relação Ă mĂ©dia de abril de 2024. AtĂ© o momento, 98,2 mil toneladas foram embarcadas. âO bom volume dos embarques traz a expectativa de que 2025 tambĂ©m registre o melhor abril para a exportação brasileira de carne bovinaâ, destaca o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot. Segundo Fabbri, a oferta limitada de boiadas gordas tem colaborado com o viĂ©s de alta da arroba do boi gordo neste mĂȘs. âEm nossa interpretação, este quadro enxuto de oferta de animais terminados deverĂĄ limitar a pressĂŁo baixista do final da safra de capim, esperada para os prĂłximos mesesâ, prevĂȘ o analista. No mercado futuro, os contratos do boi gordo continuam em ritmo de alta. Na segunda-feira (14/4), houve valorização em todos os vencimentos, informou a Agrifatto. O destaque foi o contrato com vencimento em maio/25, que encerrou o dia cotado a R$ 326,80/@, com alta de 1,27% em relação ao fechamento do dia anterior. CotaçÔes do boi gordo desta terça-feira (15/4), conforme levantamento diĂĄrio da Agrifatto: SĂŁo Paulo â O âboi comumâ vale R$335,00 a arroba. O âboi Chinaâ, R$335,00. MĂ©dia de R$335,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abates de cinco dias; Minas Gerais â O âboi comumâ vale R$320,00 a arroba. O âboi Chinaâ, R$320,00. MĂ©dia de R$320,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de cinco dias; Mato Grosso do Sul â O âboi comumâ vale R$330,00 a arroba. O âboi Chinaâ, R$330,00. MĂ©dia de R$330,00. Vaca a R$300,00. Novilha R$310,00. Escalas de cinco dias; Mato Grosso â O âboi comumâ vale R$330,00 a arroba. O âboi Chinaâ, R$330,00. MĂ©dia de R$330,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de cinco dias; Tocantins â O âboi comumâ vale R$300,00 a arroba. O âboi Chinaâ, R$310,00. MĂ©dia de R$305,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de cinco dias; ParĂĄÂ â O âboi comumâ vale R$295,00 a arroba. O âboi Chinaâ, R$305,00. MĂ©dia de R$300,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de cinco dias; GoiĂĄs â O âboi comumâ vale R$320,00 a arroba. O âboi China/Europaâ, R$320,00. MĂ©dia de R$320,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de cinco dias; RondĂŽnia â O boi vale R$285,00 a arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de sete dias; MaranhĂŁo â O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de cinco dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
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Exportação de carne bovina subiu 41% em março, dizem frigorĂficos
Em receita, embarques somaram US$ 1,216 bilhĂŁo no Ășltimo mĂȘs, avanço de 42%. O Brasil exportou 289.9 mil toneladas de carne bovina em março, diz Abrafrigo
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As exportaçÔes brasileiras de carne bovina registraram alta de 41% em março, com 289.9 mil toneladas embarcadas comparadas a 206 mil toneladas registradas em igual perĂodo do ano passado, segundo levantamento da Associação Brasileira de FrigorĂficos (Abrafrigo) com base em dados da Secretaria de ComĂ©rcio Exterior (Secex) do MinistĂ©rio do Desenvolvimento, IndĂșstria, ComĂ©rcio e Serviços (MDIC). Em receita, as exportaçÔes de carne bovina somaram US$ 1,216 bilhĂŁo no Ășltimo mĂȘs, avanço de 42% na comparação com o mesmo perĂodo do ano passado, quando os embarques geraram receita de US$ 856,7 milhĂ”es. Com isso, a carne bovina exportada pelo Brasil teve preço mĂ©dio de US$ 4.193 a tonelada em março deste ano, acima das US$ 4.158 por tonelada registradas hĂĄ um ano. Dentre os principais destinos, destaca-se a China com 279,7 mil toneladas, contra 276,3 mil toneladas em março do ano passado - crescimento de 1,25%. Para os EUA, segundo principal destino, foram 164,6 mil toneladas embarcadas no Ășltimo mĂȘs, crescimento de 46,7% na comparação anual, e receita 68,7% maior, de US$ 557,15 milhĂ”es comparados a US$ 330,2 milhĂ”es no ano passado. Com isso, a participação relativa dos EUA nas receitas totais de exportação subiu de 12,2% em 2024 para 17% em 2025, segundo a Abrafrigo. Ao todo, 102 paĂses aumentaram suas compras de carne bovina brasileira nos trĂȘs primeiros meses deste ano, enquanto outros 48 reduziram suas aquisiçÔes.
Valor EconĂŽmico
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INTERNACIONAL
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Aftosa: Reino Unido estende proibição de importação de carne para todos os paĂses da UE
A medida, que entrou em vigor no sĂĄbado (12/4), visa âproteger a saĂșde do gado britĂąnico, a segurança dos agricultores e a segurança alimentar do Reino Unidoâ
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Viajantes que entrarem no Reino Unido vindos de todos os paĂses-membros da UniĂŁo Europeia (UE) nĂŁo podem mais trazer (para consumo pessoal) carne bovina, ovina, caprina e suĂna, bem como laticĂnios. A medida, que entrou em vigor no sĂĄbado (12/4), visa âproteger a saĂșde do gado britĂąnico, a segurança dos agricultores e a segurança alimentar do Reino Unidoâ, apĂłs o aumento do nĂșmero de casos de febre aftosa em toda a Europa, informou o ministro da Agricultura, Daniel Zeichner, segundo informaçÔes divulgadas por sites internacionais. âEste governo farĂĄ tudo o que for preciso para proteger os agricultores britĂąnicos da febre aftosaâ, ressaltou ele. O GOVERNO DO Reino Unido jĂĄ havia proibido a importação desses mesmos produtos da Alemanha, Hungria e EslovĂĄquia, devido aos surtos confirmados de febre aftosa nesses paĂses. Antes do primeiro surto este ano na Alemanha, a Europa nĂŁo tinha um caso positivo de febre aftosa desde o registro de 2011 na BulgĂĄria. Desde 7 de março, a Hungria registrou quatro casos de febre aftosa, afetando mais de 7.000 cabeças de gado. Na quinta-feira, o chefe de gabinete do primeiro-ministro hĂșngaro, Viktor Orban, Gergely Gulyas, afirmou que nĂŁo podia descartar um âataque biolĂłgicoâ sobre como o vĂrus entrou no paĂs apĂłs mais de 50 anos sem febre aftosa. Na semana passada, um sexto surto de febre aftosa foi confirmado na EslovĂĄquia. A fazenda localizada no distrito de DunajskĂĄ Streda, no oeste da EslovĂĄquia, tinha 870 touros. Mais de 6.000 cabeças de gado na EslovĂĄquia foram afetadas desde que os primeiros surtos foram confirmados em 21 de março. A febre aftosa foi erradicada dos Estados Unidos em 1929. A febre aftosa nĂŁo afeta diretamente os seres humanos, mas pode ser devastadora para o gado. Em um comunicado, o Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais afirmou que a doença pode causar âperdas econĂŽmicas significativas devido Ă queda na produção dos animais afetados, bem como Ă perda de acesso a mercados estrangeiros para animais, carne e laticĂniosâ. Segundo artigo recente publicado na agĂȘncia de notĂcias Euractiv, assinado por Joanna Swabe, diretora sĂȘnior de relaçÔes pĂșblicas da Humane World for Animals Europe, durante o Ășltimo grande surto na Europa continental, em 2001, a febre aftosa levou ao abate de mais de 280.000 animais nos PaĂses Baixos, com perdas financeiras estimadas em 2,8 bilhĂ”es de florins (cerca de ⏠1,27 bilhĂŁo em valores atuais). âOs custos sociais foram enormes, incluindo os trĂĄgicos suicĂdios de fazendeiros que perderam seus rebanhos inteiros para a doençaâ, relata ela.
Portal DBO
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EMPRESAS
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BRF lidera segmento de aves e suĂnos em ranking global
A BRF Ă© a companhia do segmento de proteĂna de aves e suĂnos mais bem posicionada no Benchmark on Farm Animal Welfare (BBFAW), o mais importante ranking global de gestĂŁo do bem-estar dos animais de fazenda, informou a empresa na semana passada
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A BRF manteve sua posição no Tier4, com avanços nos pilares de 'Governança e GestĂŁo', que compreende a estratĂ©gia de bem-estar animal, os processos internos estabelecidos, a adoção de padrĂ”es, alĂ©m da publicação dos resultados; e no de 'Desempenho de Fornecedores', que contempla o bem-estar animal de toda a cadeia de suprimentos, para todas as espĂ©cies. âEsse resultado Ă© reflexo do compromisso constante da BRF com a implementação de prĂĄticas exemplares na criação dos animais, mediante os temas presentes no ranking, como o estabelecimento de compromissos e metas globaisâ, disse em nota Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade da BRF. Em dezembro de 2024, a BRF concluiu a certificação em bem-estar animal de 100% de suas unidades de abate de aves e suĂnos globalmente, antecipando em um ano a meta de adequação aos protocolos internacionais. O marco foi alcançado com a certificação das operaçÔes na Turquia, que se somaram Ă s unidades brasileiras, certificadas desde 2023. As auditorias foram realizadas por especialistas capacitados pela Organização Profissional de Certificação de Auditores Animais (PAACO), seguindo critĂ©rios rigorosos estabelecidos pelo Instituto Norte-Americano da Carne e pelo Conselho Nacional do Frango, dos Estados Unidos. AlĂ©m da certificação de bem-estar animal em todas as suas plantas de abate, a BRF jĂĄ cumpriu outros compromissos significativos no tema, como a eliminação do uso de antibiĂłticos como promotores de crescimento na criação de animais e o compromisso de criar 100% das aves do sistema de integração no Brasil e na Turquia livres de gaiolas. Adicionalmente, passou a utilizar exclusivamente ovos de galinhas livres de gaiolas em seus processos industriais no Brasil, reforçando sua posição como referĂȘncia em prĂĄticas Ă©ticas e sustentĂĄveis no setor. O compromisso com o bem-estar dos animais da empresa se reflete na maneira como maneja o ciclo de vida das aves e dos suĂnos. Os procedimentos sĂŁo norteados pelas diretrizes do Programa de Bem-Estar Animal da prĂłpria BRF, por parĂąmetros zootĂ©cnicos e pelo atendimento Ă s condiçÔes de conforto ambiental e bem-estar para os animais, alĂ©m do alinhamento a padrĂ”es internacionais como o Global S.L.P. e Certified Humane. Entre os diversos indicadores acompanhados estĂŁo a densidade de alojamento, o nĂșmero de comedouros e bebedouros, os sistemas de aquecimento e/ou resfriamento, a qualidade e a disponibilidade de ĂĄgua, os nĂveis nutricionais e o controle de umidade, a ventilação, a sensação tĂ©rmica, a iluminação e a qualidade de âcamaâ, entre outros. A BRF conta com um sistema de integração vertical, que contempla a parceria com 9,5 mil produtores de criação de animais no Brasil e na Turquia. A companhia fornece os animais â no caso dos suĂnos, grande parte com genĂ©tica prĂłpria â, insumos e assistĂȘncia tĂ©cnica, enquanto os integrados dispĂ”em de instalaçÔes, equipamentos, ĂĄgua, energia elĂ©trica e mĂŁo de obra necessĂĄrios Ă criação e ao desenvolvimento dos plantĂ©is.
Carnetec
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GOVERNO
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Ministérios da Fazenda e Agricultura divergem sobre crédito e juros para recuperação de pastagens
Discordùncias estão atrasando a implementação do programa. Fazenda exige que o plano abranja a Caatinga, bioma que não estå contemplado nas regras de implementação da primeira fase do programa
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Os ministĂ©rios da Fazenda e da Agricultura estĂŁo divergindo a respeito das regras para a concessĂŁo de crĂ©dito para a conversĂŁo de pastagens degradadas em culturas agrĂcolas no Ăąmbito do Plano de ConversĂŁo de Pastagens Degradadas, o que estĂĄ atrasando a implementação do programa, apurou o Valor. Um dos pontos de divergĂȘncia Ă© a respeito da taxa de juros. Inicialmente, a Agricultura queria uma taxa subsidiada de 6,5% ao ano. PorĂ©m, com a alta da Selic, a Fazenda jĂĄ havia indicado que a taxa deverĂĄ ficar mais alta, mesmo que subsidiada, e recentemente sugeriu que as taxas se deem de forma livre, e nĂŁo controlada. A sugestĂŁo desagradou o ministĂ©rio comandado por Carlos FĂĄvaro, jĂĄ que isso desestimularia os produtores com pastagens a realizar a conversĂŁo, jĂĄ que seriam taxas similares Ă s do Plano Safras. AlĂ©m disso, sob orientação do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva, a Fazenda vem defendendo que o plano seja focado na implantação de lavouras para a produção de alimentos para o mercado interno no lugar de pastos degradados. Para a equipe da Agricultura, porĂ©m, impor essa exigĂȘncia dificulta a implementação do programa. "NĂŁo dĂĄ para saber se o milho que serĂĄ plantado vai virar asinha de frango do nosso churrasco ou se vai virar frango na ArĂĄbia Saudita", comentou uma fonte a par das discussĂ”es, sob reserva porque as discussĂ”es nĂŁo sĂŁo pĂșblicas. A ideia do MinistĂ©rio da Fazenda Ă© aproveitar o Programa de ConversĂŁo de Pastagens Degradadas para impulsionar a oferta domĂ©sticas de alimentos e debelar a inflação, que vem afetando a popularidade do presidente Lula. Outra exigĂȘncia da Fazenda Ă© que o plano abranja a Caatinga, bioma que nĂŁo estĂĄ contemplado nas regras de implementação da primeira fase do programa. Pelos estudos tĂ©cnicos contratados pelo MinistĂ©rio da Agricultura, as primeiras regiĂ”es que receberiam os recursos subsidiados para a realização da conversĂŁo de pastagens iriam para o Centro-Oeste e o Matopiba (confluĂȘncia entre MaranhĂŁo, Tocantins, PiauĂ e Bahia). HĂĄ ainda uma discussĂŁo entre o MinistĂ©rio da Agricultura e o MinistĂ©rio do Meio Ambiente (MMA) a respeito da data de corte atĂ© o qual o desmatamento legal serĂĄ aceito. A princĂpio, a Agricultura defende que sĂł seja aceito desmatamento realizado atĂ© 2023 (data de assinatura do decreto que criou o Plano de ConversĂŁo de Pastagens Degradadas). JĂĄ o MMA defende que a data de corte seja anterior, prĂłxima a 2020 - mesma data de corte da lei antidesmatamento da UniĂŁo Europeia -, o que excluiria do programa as ĂĄreas desmatadas entre 2021 e 2023. Na Agricultura, hĂĄ a expectativa de que essas divergĂȘncias sejam superadas ainda neste mĂȘs, para que em maio seja realizada a internalização dos recursos internacionais e o leilĂŁo do EcoInvest, programa do MinistĂ©rio da Fazenda para catalisar capital do mercado com taxas de juros mais baixas. Se essa expectativa se confirmar, os recursos do Plano de ConversĂŁo de Pastagens Degradadas poderiam ser lançados juntos com o Plano Safra 2025/26.
Valor EconĂŽmico
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NOTĂCIAS SETORIAIS â PARANĂ
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Movimentação de cargas nos portos do Paranå cresce 6,3% no primeiro trimestre
A movimentação de cargas cresceu 6,3% nos portos paranaenses no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo perĂodo do ano passado. Foram 17.420.779 toneladas de janeiro a março de 2025, contra 16.384.054 toneladas em 2024.
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A exportação de grĂŁos de soja alcançou a marca de 4.177.143 toneladas, 13% a mais que no ano passado, quando foram exportadas 3.694.168 toneladas. JĂĄ os fertilizantes lideraram as importaçÔes, com 2.739.120 toneladas neste ano, ante 2.653.354 toneladas nos trĂȘs primeiros meses de 2024. O maior salto na movimentação de cargas do trimestre ocorreu em março, impulsionado principalmente pela soja em grĂŁos, com 2.073.092 toneladas enviadas para outros paĂses. Em relação ao farelo de soja foram 769.619 toneladas. Outro destaque foi o Terminal de ContĂȘineres, com 804.939 toneladas embarcadas. Nas importaçÔes, os principais insumos movimentados em março foram os fertilizantes (899.073 toneladas), os contĂȘineres (580.469 toneladas) e os derivados de petrĂłleo (403.863 toneladas). Para atender ao crescente volume comercial, a empresa pĂșblica segue com as obras do MoegĂŁo, um investimento de R$ 600 milhĂ”es que centralizarĂĄ as linhas fĂ©rreas que chegam ao Porto de ParanaguĂĄ. A nova estrutura aumentarĂĄ em mais de 60% a capacidade de recepção de granĂ©is sĂłlidos vegetais vindos do interior do ParanĂĄ e de outros estados. Com 35% das obras concluĂdas, a previsĂŁo de entrega Ă© para o final deste ano. O MoegĂŁo visa atender Ă s demandas atuais e futuras. Outro caminho para suprir o aumento da movimentação sĂŁo as ĂĄreas arrendadas. No prĂłximo dia 30, mais trĂȘs ĂĄreas estarĂŁo em disputa na B3. Em 2019, a Portos do ParanĂĄ foi a primeira do PaĂs a receber delegação do governo federal para conduzir licitaçÔes de ĂĄreas portuĂĄrias e, atĂ© o momento, cinco jĂĄ foram arrematadas. Com isso, ParanaguĂĄ serĂĄ o primeiro porto brasileiro com 100% dos espaços de arrendamentos regularizados, somando R$ 3,8 bilhĂ”es em investimentos. Esse resultado Ă© impulsionado tambĂ©m pelo compromisso de parceiros comerciais da Portos do ParanĂĄ. A TCP, que administra o Terminal de ContĂȘineres de ParanaguĂĄ, celebrou 27 anos de operaçÔes nesta semana comemorando recordes. O terminal teve o melhor desempenho mensal de 2025 em março, com destaque para a movimentação de contĂȘineres refrigerados 38% superior em relação ao mesmo mĂȘs do ano passado, alĂ©m de uma movimentação total de 401.131 TEUs no trimestre, alta de 7%. Em 2024, a empresa concluiu a expansĂŁo de seu pĂĄtio de contĂȘineres refrigerados, aumentando em 45% o nĂșmero de tomadas, que passou de 3.624 para 5.268 â a maior capacidade da AmĂ©rica do Sul. A medida foi estratĂ©gica para consolidar o terminal como o principal corredor de exportação de carnes do PaĂs, com 610 mil toneladas de carne de frango movimentadas no primeiro trimestre de 2025, o equivalente a 44% do market share nacional no segmento.
AgĂȘncia Estadual de NotĂcias
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ECONOMIA/INDICADORES
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DĂłlar volta a subir e se reaproxima dos R$5,90 de olho no exterior
Após duas sessÔes mais favoråveis aos ativos brasileiros, o dólar fechou a terça-feira em alta, se reaproximando dos R$5,90, num pregão marcado pelo avanço da moeda norte-americana ante boa parte das demais divisas no exterior e por ajustes técnicos no Brasil.
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O dĂłlar Ă vista fechou em alta de 0,66%, aos R$5,8909. Em abril, a divisa acumula elevação de 3,22%. Ăs 17h07 na B3 o dĂłlar para maio -- atualmente o mais lĂquido no Brasil -- subia 0,45%, aos R$5,9005. Nas duas Ășltimas sessĂ”es o dĂłlar havia acumulado um recuo de 0,80%, em meio Ă busca dos investidores por ativos de maior risco, passada a turbulĂȘncia inicial causada pela guerra de tarifas entre EUA e alguns de seus principais parceiros comerciais, como a China. A terça-feira, conforme profissionais ouvidos pela Reuters, foi de ajustes tĂ©cnicos das cotaçÔes no Brasil. âĂ um dia de correção. Vimos o dĂłlar perdendo força nos Ășltimos pregĂ”es, mas ainda continua essa incerteza em relação ao tarifaçoâ, comentou durante a tarde Thiago Avallone, especialista em cĂąmbio da Manchester Investimentos. âNĂŁo imagino o mercado com viĂ©s de queda para este dĂłlar, dado todo o contexto das tarifasâ, acrescentou. A China ordenou que suas companhias aĂ©reas nĂŁo aceitem mais jatos Boeing, em resposta Ă decisĂŁo do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas de 145% sobre os produtos chineses. Pequim tambĂ©m ordenou que as companhias aĂ©reas chinesas suspendam as compras de equipamentos e peças relacionadas a aeronaves de empresas norte-americanas. Na outra ponta, a Casa Branca afirmou que Trump estĂĄ aberto a fazer um acordo comercial com a China, mas Pequim deve dar o primeiro passo. Em meio Ă incerteza sobre os desdobramentos da guerra comercial, no exterior o dia tambĂ©m foi de alta para o dĂłlar ante boa parte das demais divisas, incluindo moedas pares do real como o rand sul-africano, o peso chileno e a lira turca.
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Ibovespa fecha com declĂnio modesto em dia de ajustes
O Ibovespa fechou com um declĂnio modesto na terça-feira, sem fĂŽlego para superar os 130 mil pontos, em sessĂŁo de ajustes apĂłs duas altas seguidas, com as blue chips Petrobras e Vale pesando negativamente, enquanto ItaĂș Unibanco e Embraer ajudaram a atenuar a perda.
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Ăndice de referĂȘncia do mercado acionĂĄrio brasileiro, o Ibovespa encerrou em baixa de 0,16%, 129.245,39 pontos, tendo marcado 129.927,08 pontos na mĂĄxima e 128.951,12 pontos na mĂnima do dia. O volume financeiro somou R$20,4 bilhĂ”es. A nova polĂtica comercial dos Estados Unidos continua sob os holofotes, mas sem novidades efetivas. A secretĂĄria de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, reiterou que o presidente norte-americano, Donald Trump, estĂĄ aberto a um acordo comercial com a China, mas Pequim deve dar o primeiro passo. Ela tambĂ©m disse que hĂĄ mais de 15 propostas de acordo comercial com outros paĂses que estĂŁo sendo avaliadas. De acordo com Willian Queiroz, sĂłcio e advisor da Blue3 Investimentos, foi um dia com baixa volatilidade, tanto na bolsa paulista quanto no mercado internacional, com investidores ainda aguardando novidades sobre o plano tarifĂĄrio de Trump.
Ele "não disse quais os próximos passos, as próximas intençÔes... de como deve finalizar a questão tarifåria nos Estados Unidos, deixando muitas pontas em aberto e, assim, algumas incertezas que o mercado ainda não consegue precificar", afirmou, observando que os investidores ainda estão mais na defensiva.
Reuters
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Mercado reduz projeçÔes para dĂ©ficit primĂĄrio e dĂvida pĂșblica em 2025 e 2026, mostra Prisma
Economistas consultados pelo MinistĂ©rio da Fazenda melhoraram sua previsĂŁo para o resultado primĂĄrio do governo em 2025 e 2026, prevendo tambĂ©m uma dĂvida pĂșblica bruta menor em ambos os perĂodos, mostrou nesta terça-feira o relatĂłrio Prisma Fiscal de abril.
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Segundo o relatĂłrio, a expectativa mediana agora Ă© de saldo primĂĄrio negativo de R$73,657 bilhĂ”es em 2025, antevisĂŁo anterior de dĂ©ficit de R$75,088 bilhĂ”es. Para 2026, a expectativa para o resultado primĂĄrio tambĂ©m melhorou e foi a um dĂ©ficit de R$78,157 bilhĂ”es, ante R$79,469 bilhĂ”es previstos no mĂȘs passado. Em relação Ă dĂvida bruta do governo geral, os economistas agora esperam que ela chegue a 80,50% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2025, abaixo dos 80,73% projetados em março. Em 2026, a previsĂŁo Ă© de que a dĂvida chegue a 84,55% do PIB, ante projeção anterior de 84,89%. Apesar da melhora nas previsĂ”es para o resultado primĂĄrio, as estimativas ainda estĂŁo distantes das metas estabelecidas pelo governo de dĂ©ficit zero em 2025 e superĂĄvit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026. Agentes de mercado tĂȘm demonstrado preocupação com a capacidade do governo de melhorar a trajetĂłria das contas pĂșblicas, com dĂșvidas sobre a sustentação do arcabouço fiscal e a trajetĂłria de gastos com a aproximação do ano eleitoral de 2026, enquanto o choque nos juros bĂĄsicos pelo Banco Central tende a elevar o custo da dĂvida pĂșblica. Para a receita lĂquida do governo, a expectativa mediana subiu para este ano e o prĂłximo. A nova projeção indica a entrada de R$2,307 trilhĂ”es em 2025, contra R$2,302 trilhĂ”es estimados no mĂȘs anterior. Em 2026, o dado Ă© visto em R$2,463 trilhĂ”es, contra R$2,457 trilhĂ”es projetados em março. Os economistas consultados no Prisma ainda aumentaram a projeção para as despesas totais do governo central neste ano para R$2,381 trilhĂ”es, de R$2,380 trilhĂ”es anteriormente, e elevaram a R$2,559 trilhĂ”es em 2026, de R$2,541 trilhĂ”es antes.
Reuters
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IGP-10 passa a cair 0,22% em abril com recuo em preços de commodities
O Ăndice Geral de Preços-10 (IGP-10) passou a cair em abril, registrando baixa de 0,22%, apĂłs avançar 0,04% em março, em resultado puxado pelo forte recuo dos preços de commodities, de acordo com os dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na terça-feira.
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Analistas consultados pela Reuters esperavam uma queda de 0,27% na base mensal. Em 12 meses, o IGP-10 passou a subir 8,71%. O Ăndice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do Ăndice geral, teve baixa de 0,47% em abril, depois de cair 0,26% no mĂȘs anterior. "Dentre os itens do IPA com as maiores contribuiçÔes para a queda do IGP-10 estĂŁo commodities como: cafĂ©, proteĂnas e minerais metĂĄlicos", disse Matheus Dias, economista do FGV IBRE. Os itens que mais contribuĂram para o resultado do IPA foram minĂ©rio de ferro (-2,12% para -3,79%), cafĂ© em grĂŁo (5,96% para -2,71%), e arroz em casca (-4,51% para -12,14%). A queda no IPA veio na esteira do recuo dos preços no grupo de MatĂ©ria-Primas Brutas, que tiveram deflação de 1,0% em abril, ainda que acima da queda de 1,36% do mĂȘs anterior. JĂĄ a alta do Ăndice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do Ăndice geral, desacelerou, registrando alta de 0,42% no mĂȘs, depois de avançar 1,03% em março. No IPC, houve decrĂ©scimo em seis das oito classes que compĂ”em o Ăndice: Habitação (2,77% para 0,31%), Transportes (1,03% para 0,39%), Alimentação (1,31% para 1,06%), Despesas Diversas (0,84% para 0,20%), VestuĂĄrio (0,24% para 0,02%) e Comunicação (0,40% para 0,29%). A tarifa de eletricidade residencial e o arroz foram os itens de maior destaque para a desaceleração do IPC, caindo 0,74% e 1,90%, respectivamente, em abril, ante a alta de 11,31% e a queda de 1,28% no mĂȘs anterior. O Ăndice Nacional de Custo da Construção (INCC-10), por sua vez, acelerou ligeiramente, subindo 0,45% em abril, depois de um avanço de 0,43% em março. O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mĂȘs anterior e 10 do mĂȘs de referĂȘncia.
Reuters
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