CLIPPING DO SINDICARNE NÂș 847 DE 23 DE ABRIL DE 2025
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Sindicato da IndĂșstria de Carnes e Derivados no Estado do ParanĂĄ
Ano 5 | nÂș 847 | 23 de abril de 2025
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NOTĂCIAS SETORIAIS â BRASIL
Boi gordo: preços eståveis nas principais praças pecuårias brasileiras
Após o feriado de Påscoa e Tiradentes, semana abre com poucos negócios nas regiÔes pecuårias. No Paranå, o boi vale R$330,00 por arroba. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de sete dias.
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ApĂłs o feriado de PĂĄscoa e Tiradentes, compradores e vendedores ficaram âem cima do muroâ, o que resultou em poucos negĂłcios envolvendo boiadas gordas nas praças pecuĂĄrias brasileiras. Com isso, segundo apuração da Scot Consultoria, os preços ficaram estĂĄveis nas praças do Estado de SĂŁo Paulo, uma das principais referĂȘncias para o mercado brasileiro do boi gordo. Dessa maneira, nas regiĂ”es paulistas, o boi gordo âcomumâ segue cotado em R$ 330/@, a vaca gorda em R$ 290/@, a novilha gorda em R$ 310/@ e o âboi-Chinaâ em R$ 335/@ (todos os preços sĂŁo brutos e com prazo), de acordo com os dados da Scot. Segundo a Agrifatto, diante de uma semana mais curta, em compasso de espera pelos feriados da PĂĄscoa e de Tiradentes, âa indĂșstria demonstrou pouca agressividade nas compras de boiadas gordasâ. Durante o feriado prolongado, relata a Agrifatto, a redução no ritmo de abates por parte dos frigorĂficos resultou em menor oferta de carne bovina no mercado, o que impulsionou os preços da proteĂna. A carcaça casada registrou valorização de 2,31% na terceira semana de abril, em relação Ă semana anterior, sendo comercializada a R$ 22,74/kg. Os cortes bovinos tiveram alta demanda no perĂodo, com destaque para o dianteiro, que apresentou alta semanal de 2,73%, alcançando o preço de R$ 20,55/kg, informa a Agrifatto. Cortes tradicionalmente mais valorizados, como os do traseiro bovino, tambĂ©m registraram avanço na terceira semana do mĂȘs, com mĂ©dia de R$ 25,23/kg, com acrĂ©scimo de 1,73%, acrescenta a consultoria. O movimento de valorização foi acompanhado pelos cortes de ponta de agulha, que apresentaram aumento semanal de 2,28%, sendo comercializados a R$ 19,52/kg. A vaca casada seguiu a tendĂȘncia de valorização observada no mercado do boi gordo, com o preço mĂ©dio atingindo R$ 20,55/kg. Segundo o Indicador do Cepea, na terceira semana, a arroba foi negociada, em mĂ©dia, a R$ 327,04 em SĂŁo Paulo, com valorização de 0,98% em relação Ă semana anterior. Por sua vez, o Indicador Agrifatto apontou um preço mĂ©dio de R$ 330,09/@, com alta semanal de 0,47%. No levantamento do Datagro, a arroba de SĂŁo Paulo ficou em R$ 326,24, com avanço semanal de 0,71%. CotaçÔes do boi gordo desta terça-feira (22/4), conforme levantamento diĂĄrio da Agrifatto: SĂŁo Paulo â O âboi comumâ vale R$335,00 a arroba. O âboi Chinaâ, R$335,00. MĂ©dia de R$335,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abates de nove dias; Minas Gerais â O âboi comumâ vale R$320,00 a arroba. O âboi Chinaâ, R$320,00. MĂ©dia de R$320,00. Vaca a R$290,00. Novilha a R$300,00. Escalas de abate de sete dias; Mato Grosso do Sul â O âboi comumâ vale R$330,00 a arroba. O âboi Chinaâ, R$330,00. MĂ©dia de R$330,00. Vaca a R$300,00. Novilha R$310,00. Escalas de sete dias; Mato Grosso â O âboi comumâ vale R$330,00 a arroba. O âboi Chinaâ, R$330,00. MĂ©dia de R$330,00. Vaca a R$300,00. Novilha a R$310,00. Escalas de abate de sete dias; Tocantins â O âboi comumâ vale R$300,00 a arroba. O âboi Chinaâ, R$310,00. MĂ©dia de R$305,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de sete dias; ParĂĄÂ â O âboi comumâ vale R$295,00 a arroba. O âboi Chinaâ, R$305,00. MĂ©dia de R$300,00. Vaca a R$270,00. Novilha a R$280,00. Escalas de abate de sete dias; GoiĂĄs â O âboi comumâ vale R$320,00 a arroba. O âboi China/Europaâ, R$320,00. MĂ©dia de R$320,00. Vaca a R$295,00. Novilha a R$305,00. Escalas de abate de sete dias; RondĂŽnia â O boi vale R$285,00 a arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de nove dias; MaranhĂŁo â O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$270,00. Escalas de abate de seis dias.
Scot Consultoria/Agrifatto/Portal DBO
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ExportaçÔes de carne bovina sobem 12% no 1Âș trimestre de 2025
No mercado atacadista paranaense, o cenårio também é de alta
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As exportaçÔes brasileiras de carne bovina registraram aumento de 12% no primeiro trimestre de 2025, em comparação ao mesmo perĂodo do ano passado. O resultado gerou uma receita de US$ 3,2 bilhĂ”es, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (17) no Boletim de Conjuntura AgropecuĂĄria, elaborado pelos analistas do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), do ParanĂĄ. De acordo com o relatĂłrio, o preço mĂ©dio do quilo exportado chegou a US$ 4,78, frente aos US$ 4,40 praticados no primeiro trimestre de 2024. A valorização da carne no mercado externo tem contribuĂdo para impulsionar a receita do setor. No mercado atacadista paranaense, o cenĂĄrio tambĂ©m Ă© de alta. As peças do dianteiro e do traseiro bovino seguem com preços em elevação. O quilo do traseiro estĂĄ sendo comercializado, em mĂ©dia, a R$ 25,01, enquanto o dianteiro chega a R$ 18,54. âAmbos os cortes acumulam elevaçÔes expressivas nos Ășltimos 12 mesesâ, informa o boletim. O corte traseiro teve valorização de 35% e o dianteiro, de 24%, no perĂodo, refletindo a pressĂŁo da demanda e o comportamento do mercado interno.
Agrolink
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Auditores fiscais federais agropecuårios aprovam mobilização contra privatização da inspeção
Anffa Sindical reitera riscos, como a perda da qualidade da carne brasileira e graves danos Ă saĂșde pĂșblica, caso a medida seja implementada pelo governo federal
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Auditores fiscais federais agropecuĂĄrios aprovaram o estado de mobilização em oposição Ă regulamentação do artigo 5Âș da Lei do Autocontrole (Lei nÂș 14.515/2022), que prevĂȘ a privatização da inspeção ante-mortem e post-mortem de animais destinados ao abate, com a transferĂȘncia de atividades tĂpicas de Estado para empresas privadas. AlĂ©m disso, 86% dos participantes da assembleia rejeitaram a minuta da portaria apresentada pelo Grupo de Trabalho TĂ©cnico criado pelo MinistĂ©rio da Agricultura e PecuĂĄria (Mapa) para debater o tema. Agora, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais AgropecuĂĄrios (Anffa Sindical) vai definir os representantes do Comando Nacional de Mobilização (CNM), que irĂŁo debater a estratĂ©gia do movimento. A conclusĂŁo das discussĂ”es sobre a regulamentação da legislação aumentou ainda mais a preocupação dos servidores pĂșblicos com a proposta apresentada pelo governo. Ela permite que os prĂłprios frigorĂficos paguem empresas privadas para fiscalizĂĄ-los, abrindo margem para conflitos de interesse que podem comprometer seriamente a qualidade da carne brasileira. O Anffa Sindical Ă© contrĂĄrio Ă medida e defende a realização de uma ampla consulta pĂșblica sobre o tema, que coloca em risco a saĂșde de milhĂ”es de consumidores de produtos brasileiros de origem animal, exportados para 157 paĂses. Uma prova disso Ă© a decisĂŁo de 77% dos profissionais pela mobilização. Durante as discussĂ”es sobre a regulamentação da lei, que duraram pouco mais de uma semana, o Anffa enfatizou que a minuta apresentada pelo Mapa Ă© inconstitucional, ao propor que atividades tĂpicas de Estado sejam delegadas a entes privados â o que viola o §1Âș do artigo 5Âș da prĂłpria Lei nÂș 14.515/2023, que veda expressamente aos credenciados o exercĂcio de funçÔes que envolvam poder de polĂcia administrativa. De acordo com a proposta do Mapa, os mĂ©dicos veterinĂĄrios terceirizados serĂŁo responsĂĄveis por inspecionar as empresas que os contratam e atestar tanto a saĂșde dos animais a serem abatidos quanto a qualidade da carne e os procedimentos adotados nas linhas de produção. OcorrĂȘncias nĂŁo reportadas, como seleção de animais velhos, doentes ou carnes contaminadas, podem gerar sĂ©rias consequĂȘncias para a saĂșde pĂșblica, impactando toda a sociedade. Outro ponto de crĂtica refere-se Ă designação de servidores como âencarregados tĂ©cnico-administrativosâ sem a devida retribuição financeira por funçÔes equivalentes Ă s de chefia, o que contraria dispositivos da Lei nÂș 8.112/1990, do Decreto-Lei nÂș 200/1967 e da Portaria nÂș 461/2017. AlĂ©m disso, a entidade nĂŁo descarta recorrer Ă Justiça para impedir o desmonte da fiscalização federal e reitera o compromisso com a produção de alimentos seguros e confiĂĄveis para a população brasileira e a comunidade internacional.
Anffa Sindical
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SUĂNOS
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Receita das exportaçÔes de carne suĂna em 13 dias Ășteis chega a 83,94% do total de abril/24
Segundo a Secretaria de ComĂ©rcio Exterior (Secex) do Mdic, as exportaçÔes de carne suĂna in natura atĂ© a terceira semana de abril (13 dias Ășteis), teve um faturamento que jĂĄ atingiu 83,94% do total registrado em abril de 2024.
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A receita obtida atĂ© este momento do mĂȘs, US$ 186,8 milhĂ”es, representa 83,94% do total arrecadado em todo o mĂȘs de abril de 2024, que foi de US$ 222,5 milhĂ”es. No volume embarcado, as 75.027 toneladas representam 77,55% do total registrado em abril do ano passado, quantidade de 96.743 toneladas. O faturamento por mĂ©dia diĂĄria atĂ© a terceira semana de abril foi de US$ 14,3 milhĂ”es, quantia 42,1% maior do que a de abril de 2024. No comparativo com a semana anterior, houve aumento de 14,22% observando os US$ 12,5 milhĂ”es, vistos na semana passada. Em toneladas por mĂ©dia diĂĄria, foram 5.771 toneladas, houve elevação de 31,2% no comparativo com o mesmo mĂȘs de 2024. Quando comparado ao resultado da semana anterior, incremento de 11,42%, comparado Ă s 5.179 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.490, ele Ă© 8,2% superior ao praticado em abril passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa avanço de 2,50% em relação aos US$ 2.429 anteriores.
SECEX/MDIC
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FRANGOS
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Preço por tonelada da carne de frango exportada na terceira semana de abril segue eståvel
Segundo a Secretaria de ComĂ©rcio Exterior (Secex) do Mdic, as exportaçÔes de carne de aves in natura atĂ© a terceira semana de abril (13 dias Ășteis), continua 'patinando' no preço pago por tonelada
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A receita obtida com as exportaçÔes de carne de frango atĂ© a terceira semana de abril, US$ 515,8 milhĂ”es, representa 63,15% do total arrecadado em todo o mĂȘs de abril de 2024, que foi de US$ 816,7 milhĂ”es. No volume embarcado, as 283.375 toneladas representam 62,62% do volume registrado em abril de 2024, quantidade de 452.486 toneladas. O faturamento por mĂ©dia diĂĄria atĂ© a segunda semana do mĂȘs foi de US$ 39.6 milhĂ”es quantia 6,9% maior do que a registrada em abril de 2024. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 1,39% quando comparado aos US$ 40.2 milhĂ”es vistos na semana passada. Em toneladas por mĂ©dia diĂĄria, foram 21.798 toneladas, houve alta de 6,0% no comparativo com o mesmo mĂȘs de 2024. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, baixa de 2,56% em relação Ă s 22.372 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.820, ele Ă© 0,8% superior ao praticado em abril do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa tĂmida alta de 1,20% no comparativo ao valor de US$ 1.798 visto na semana passada.
SECEX/MDIC
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CARNES
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CenĂĄrio para avicultura de corte e suinocultura devem seguir favorĂĄveis, apesar de custos mais altos com milho
Em anĂĄlise divulgada pelo ItaĂș BBA, o equilĂbrio entre os abates e a demanda por carne de frango e carne suĂna, alĂ©m das exportaçÔes, trazem uma perspectiva favorĂĄvel para os setores da avicultura de corte e suinocultura, mesmo em um cenĂĄrio de preços do milho mais elevados.Â
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Do ponto de vista dos custos de produção, o milho, ingrediente vital e comum na ração para as duas criaçÔes, tem como decisivos os meses de abril e maio (segunda safra). AtĂ© o momento, de acordo com a anĂĄlise do banco, a previsĂŁo Ă© de chuvas nas regiĂ”es produtoras, afastando o risco de alta exacerbada no preço das raçÔes. Entretanto, um efeito de maior alĂvio para a nutrição dos animais deve vir no segundo semestre, com a entrada deste milho no mercado. A oferta de suĂnos para abate estĂĄ equilibrada com a demanda, assim como o abate de frangos, sem expansĂŁo desproporcional. O grande canal de escoamento das proteĂnas, as exportaçÔes, devem ser olhadas com atenção, jĂĄ que hĂĄ uma Guerra Comercial em curso, iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e que mira no principal parceiro comercial do Brasil quando se fala em compra de carnes: a China. âCom histĂłricos laços comerciais com os EUA, o MĂ©xico Ă© o segundo maior importador mundial de carne de frango, atrĂĄs somente do JapĂŁo e se aproximando da primeira colocação. Em 2024, os mexicanos importaram aproximadamente 900 mil toneladas dos EUA e 200 mil toneladas do Brasil. Na hipĂłtese do encarecimento do produto dos EUA, o Brasil poderia capturar parte da demanda mexicana. Outros destinos das exportaçÔes americanas pouco acessados pelo Brasil sĂŁo Cuba, CanadĂĄ, Guatemala e VietnĂŁâ, apontou o banco. Na esteira das exportaçÔes, a carne suĂna brasileira Ă© considerada a mais competitiva, conforme explicam os analistas do ItaĂș BBA, e prevĂȘ aumentos de 2,2% na produção, chegando a 4,6 milhĂ”es de toneladas e 4,5% nas exportaçÔes, alcançando 1,6 milhĂ”es de toneladas. Isso renovaria os recordes atingidos pelo Brasil em 2024, e caso estas previsĂ”es se concretizem, o paĂs serĂĄ o Ășnico entre os cinco maiores players exportadores a ter crescimento em 2025. Entre os importadores de carne suĂna, a UniĂŁo Europeia deve ter menor produção este ano, devido aos altos custos de produção e impactos da Peste SuĂna Africana (PSA). Na China, o consumo nĂŁo tem previsĂŁo de crescimento, mas ainda assim hĂĄ previsĂŁo de importação de 1,3 milhĂ”es de toneladas de forma geral, recuo pelo quinto ano consecutivo nas compras chinesas. âCom este cenĂĄrio, o Brasil deve ampliar sua participação na exportação mundial de 15% para 16% em 2025, sendo que, em 2020, era de 9%. Vale dizer que, a depender da magnitude das tarifas sobre as exportaçÔes americanas de carne suĂna ao MĂ©xico, JapĂŁo e Coreia do Sul, grandes importadores e ainda pouco acessados pelo Brasil, o cenĂĄrio para os embarques brasileiros pode ficar ainda mais interessanteâ.
ItaĂș BBA
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EMPRESAS
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TCP anuncia aumento nos embarques de carne de frango e bovina
Resultados se devem Ă ampliação de capacidade do terminal. O Terminal de ContĂȘineres de ParanaguĂĄ (TCP) anunciou um nove recorde na movimentação de cargas refrigeradas no primeiro trimestre deste ano
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O Terminal de ContĂȘineres de ParanaguĂĄ (TCP) anunciou na terça-feira (22/4) um nove recorde na movimentação de cargas refrigeradas no primeiro trimestre deste ano. Foram 35,8 mil unidades, 17% a mais do que no mesmo perĂodo em 2024. Os destaques do perĂodo foram os carregamentos de carnes de frango e bovina, que tambĂ©m registraram marcas histĂłricas. Os embarques de frango pelo TCP somaram 610 mil toneladas, informou a empresa que administra o terminal. O volume corresponde a 43,97% do que o setor exportou no internado de janeiro e março deste ano. No total, a Associação Brasileira de ProteĂna Animal (ABPA) contabilizou remessas de 1,387 milhĂŁo de toneladas, com uma receita de US$ 2,587 bilhĂŁo. O ParanĂĄ lidera o ranking de origens do produto, seguido por Santa Catarina. Os principais destinos da carne de frango brasileira nos primeiros trĂȘs meses do ano foram China e ArĂĄbia Saudita. JĂĄ as exportaçÔes de carne bovina pelo TCP somaram 217 mil toneladas no primeiro trimestre, o equivalente a 32,1% de tudo o que os frigorĂficos mandaram para o exterior no perĂodo. De acordo com a Associação Brasileira das IndĂșstrias Exportadoras de Carnes (Abiec), os embarques totais somaram 676 mil toneladas, com um faturamento de US$ 3,22 bilhĂ”es. O resultado foi obtido, apesar do ParanĂĄ nĂŁo estar entre os principais pontos de origem da carne bovina do Brasil. SĂŁo Paulo, Mato Grosso e GoiĂĄs lideram o ranking. China e Estados Unidos foram os principais compradores do produto no intervalo de janeiro a março deste ano. Em nota, a direção do TCP associa os resultados Ă ampliação de capacidade. Em junho de 2024, a empresa concluiu obras de expansĂŁo de seu pĂĄtio para contĂȘineres refrigerados, usados para a exportação de carnes congeladas e resfriadas, entre outros produtos. O local passou de 3,624 mil para 5,268 mil tomadas. âA conclusĂŁo das obras de expansĂŁo, aliada a fatores como uma taxa de ocupação de pĂĄtio normalizada, e um sistema eficiente para agendamento de entrega e retirada de cargas, o Terminal encerra o primeiro trimestre de 2025 convertendo novos clientes e ampliando sua participação de mercado no segmento de carnes e congeladosâ, comenta Giovanni Guidolim, gerente comercial, de logĂstica e de atendimento da TCP, em nota.
Globo Rural
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NOTĂCIAS SETORIAIS â PARANĂ
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Chile reconhece ParanĂĄ como livre de febre aftosa sem vacinação para carne suĂna
AnĂșncio feito pelo Mapa abre portas para expansĂŁo comercial, enquanto Brasil avança em negociaçÔes com China, VietnĂŁ e JapĂŁo
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O Chile reconheceu o estado do ParanĂĄ como ĂĄrea livre de febre aftosa sem vacinação para carne suĂna. A confirmação foi dada pelo secretĂĄrio de ComĂ©rcio e RelaçÔes Internacionais do MinistĂ©rio da Agricultura e PecuĂĄria (Mapa), Luis Rua, durante coletiva de imprensa realizada na terça-feira, 22. âOntem mesmo, o ministro da Agricultura do Chile, Esteban Valenzuela, jĂĄ verbalizou, e isso deve acontecer pessoalmente. Entre hoje e amanhĂŁ, deve ser feito esse anĂșncio, juntamente com o nosso anĂșncio da abertura do mercado de mel para o Brasilâ, destacou Rua. De acordo com o Mapa, alĂ©m do ParanĂĄ, o Chile jĂĄ reconhece tambĂ©m o Rio Grande do Sul e Santa Catarina como estados livres de febre aftosa sem vacinação para carne suĂna. TambĂ©m na terça-feira, 22, representantes da AlfĂąndega Chinesa (General Administration of Customs China â GACC) realizaram uma visita de rotina ao Brasil para discutir a expansĂŁo dos negĂłcios bilaterais. O secretĂĄrio destacou que, embora nĂŁo haja confirmação de novas habilitaçÔes de plantas frigorĂficas, a possibilidade sempre existe. No inĂcio de abril, o governo chinĂȘs rejeitou as carnes bovinas de 28 frigorĂficos brasileiros indicados pelo Mapa. Na semana passada, o ministro da Agricultura, Carlos FĂĄvaro, esclareceu que nĂŁo se trata de uma rejeição, mas de uma âavaliaçãoâ. Aos jornalistas, Luis Rua explicou que o processo de solicitar o aval do governo chinĂȘs Ă© um procedimento comum e corriqueiro, podendo ser feito tanto por lote quanto por planta. âMas o Brasil mantĂ©m as habilitaçÔes [que jĂĄ tinha]â, afirmou. Ele ressaltou que a reuniĂŁo agendada para hoje tem como objetivo discutir o encaminhamento dessas situaçÔes. Segundo o secretĂĄrio, se nĂŁo houver conformidades em relação Ă s normas chinesas, as empresas citadas deverĂŁo resolver os problemas individualmente, seguindo o processo habitual, com a devida orientação e aprovação final. Em relação ao VietnĂŁ, apĂłs a abertura e mercado para a carne bovina brasileira em março, Luis Rua informou que os dois governos estĂŁo agora na fase de ajustes tĂ©cnicos. Durante a visita do governo brasileiro ao JapĂŁo, tambĂ©m em março, foi confirmada a vinda de especialistas japoneses em saĂșde animal para avaliar o sistema do Brasil, um passo crucial para a abertura do mercado japonĂȘs Ă carne bovina e para a expansĂŁo do acesso da carne suĂna, atualmente restrito ao estado do ParanĂĄ. O secretĂĄrio de ComĂ©rcio e RelaçÔes Internacionais do Mapa destacou que a expectativa Ă© que a visita ocorra nos prĂłximos dois meses, aguardando apenas a confirmação das datas.
EstadĂŁo Agro
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ECONOMIA/INDICADORES
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DĂłlar cai a R$ 5,72 em dia de maior apetite a riscoÂ
Real tem segundo melhor desempenho frente ao dĂłlar, entre as 33 moedas mais lĂquidas acompanhadas pelo Valor, atrĂĄs apenas do peso argentinoÂ
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O dĂłlar Ă vista exibiu forte desvalorização frente ao real na terça-feira, em uma sessĂŁo marcada por maior busca por ativos de risco. Moedas de mercados emergentes (em especial da AmĂ©rica Latina) e ligadas a commodities apreciaram nesta sessĂŁo. Operadores entenderam que o movimento mais forte do real pode ter sido resultado de um acĂșmulo das dinĂąmicas de ontem com a de hoje, dado que na segunda-feira jĂĄ houve um enfraquecimento global do dĂłlar, mas o mercado local nĂŁo absorveu tal movimento porque estava fechado por conta do feriado de Tiradentes. No fim das negociaçÔes, o real tinha o segundo melhor desempenho frente ao dĂłlar, entre as 33 moedas mais lĂquidas acompanhadas pelo Valor, atrĂĄs apenas do peso argentino. Encerradas as negociaçÔes, o dĂłlar Ă vista fechou negociado em queda de 1,32%, cotado a R$ 5,7278, depois de ter encostado na mĂnima de R$ 5,7188 e batido na mĂĄxima de R$ 5,8015. JĂĄ o euro comercial exibia desvalorização de 0,90%, a R$ 6,5413. Perto do fechamento, o dĂłlar tambĂ©m recuava 0,95% contra o peso chileno, 0,46% ante o peso mexicano e 0,50% contra o rand sul-africano.
Valor EconĂŽmico
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Ibovespa retoma os 130 mil pontos com apoio da Vale e alta em Wall StreetÂ
Supostas declaraçÔes do secretĂĄrio do Tesouro americano, Scott Bessent, de que espera uma redução nas tensĂ”es comerciais entre EUA e China impulsionaram o apetite ao risco na terça-feiraÂ
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Em um dia de baixa liquidez e de maior apetite por risco nos mercados globais, o Ibovespa obteve suporte para avançar, impulsionado pela alta das açÔes da e de outras blue chips de bancos. O Ăndice encerrou com um avanço de 0,63%, aos 130.464 pontos, depois de oscilar entre os 128.726 pontos e os 130.877 pontos. O movimento local acompanhou a subida dos Ăndices americanos, que passaram por um dia de ajuste, depois do tombo da vĂ©spera. O Nasdaq fechou em alta de 2,71%; o Dow Jones teve ganhos de 2,66%; e o S&P 500 avançou 2,51%. Supostas declaraçÔes do secretĂĄrio do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, de que espera uma redução nas tensĂ”es entre os EUA e a China, classificando a guerra comercial travada entre ambos como âinsustentĂĄvelâ, potencializaram os ganhos em Wall Street e por aqui. A fala teria ocorrido em evento do J.P. Morgan. O dia tambĂ©m de foi de alta para as açÔes da Vale, que encerraram com ganhos de 1,78%, em linha com a subida do minĂ©rio de ferro em Dalian, que avançou 0,21%, devido Ă s expectativas de que novos estĂmulos Ă economia chinesa sejam anunciados ainda em abril. JĂĄ as açÔes da fecharam mistas: as ON recuaram 0,54%, enquanto as PN avançaram 0,23%. Segundo operadores, o movimento pode indicar que houve saĂda de estrangeiros. A resiliĂȘncia mostrada pelo Ibovespa ao longo do mĂȘs de abril tem chamado a atenção de especialistas. No acumulado do mĂȘs, o Ăndice apresenta ganho de 0,16%. O movimento ocorre mesmo em meio a uma saĂda de investidores estrangeiros da bolsa. No ano atĂ© a Ășltima quarta-feira (16), a categoria voltou a apresentar saldo negativo de recursos no segmento secundĂĄrio da (açÔes jĂĄ listadas), no valor de R$ 243 milhĂ”es. No mĂȘs, os saques chegam a R$ 10,88 bilhĂ”es. Ambos os dados sĂŁo da B3. O movimento pode ter sido potencializado pela maior aversĂŁo a risco nos mercados, em meio a ataques e crĂticas feitos pelo presidente americano, Donald Trump, ao chefe do Fed, Jerome Powell, e Ă independĂȘncia banco central americano. Questionar a autoridade de quem conduz a polĂtica monetĂĄria Ă© um comportamento normalmente visto em mercados emergentes, aponta o gestor multimercados da AMW (Asset Management Warren), Eduardo GrĂŒbler. âO que estamos vendo Ă© a redução de risco em todas as dimensĂ”es possĂveis. Isso justifica a saĂda de capital daqui, jĂĄ que o Brasil nĂŁo Ă© isolado do resto do mundoâ, acrescenta GrĂŒbler. Entre as maiores altas da sessĂŁo ficaram as açÔes da MRV, que subiram 8,26%, ampliando os ganhos pelo terceiro pregĂŁo seguido. JĂĄ entre as maiores baixas ficaram os papĂ©is da Embraer, que caĂram 3,45%. O volume financeiro do Ăndice na sessĂŁo foi de R$ 13,5 bilhĂ”es, abaixo da mĂ©dia diĂĄria registrada desde o começo do ano, que Ă© de R$ 16,6 bilhĂ”es. JĂĄ na B3, o giro financeiro bateu R$ 18,0 bilhĂ”es.
Valor EconĂŽmico
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Mercado reduz projeção de inflação neste ano e vĂȘ PIB mais alto em 2025 e 2026, mostra Focus
Analistas consultados pelo Banco Central reduziram sua projeção para a inflação neste ano, mantendo a expectativa para o nĂvel dos preços em 2026, enquanto elevaram as previsĂ”es para o crescimento da economia brasileira nos dois perĂodos, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na terça-feira.
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O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econĂŽmicos, mostrou que a expectativa para o IPCA Ă© de alta de 5,57% ao fim deste ano, abaixo da previsĂŁo de avanço de 5,65% na pesquisa anterior. Para 2026, a projeção para a inflação brasileira se manteve em 4,50%. O centro da meta perseguida pelo BC Ă© de 3%, com uma margem de tolerĂąncia de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda a previsĂŁo de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresça 2,00% neste ano, ligeiramente acima da projeção de expansĂŁo de 1,98% na semana anterior. Em 2026, a expectativa de crescimento subiu para 1,70%, de 1,61% anteriormente. Sobre a polĂtica monetĂĄria do Banco Central, houve manutenção na expectativa para a taxa bĂĄsica de juros neste ano e no prĂłximo. A mediana das projeçÔes para a Selic em 2025 Ă© de 15,00%, no que foi a 15ÂȘ semana consecutiva com essa expectativa, enquanto para 2026 a previsĂŁo Ă© de que a taxa atinja 12,50%. No momento, a Selic se encontra em 14,25% ao ano. O resultado vem na esteira de mais uma semana marcada por temores sobre uma recessĂŁo global provocada pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, com os mercados reagindo ao anĂșncio de tarifas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Trump anunciou a implementação de uma taxa mĂnima de 10% sobre todas as importaçÔes dos EUA em 2 de abril, com alguns paĂses recebendo tarifas mais altas devido ao seu desequilĂbrio comercial com a economia norte-americana. Uma semana depois, Trump interrompeu as taxas "recĂprocas" para a maioria dos paĂses, mantendo em vigor a tarifa universal de 10%, mas as tensĂ”es com a China, por outro lado, continuaram a escalar. ApĂłs trocas de retaliaçÔes Trump impĂŽs taxa de 145% sobre os produtos chineses, enquanto Pequim respondeu com uma tarifa de 125%. No Focus desta segunda houve ainda manutenção na expectativa para o preço do dĂłlar no final de 2025 em R$5,90 e queda da projeção para 2026 a R$5,96, de R$5,97 na semana anterior. A divisa norte-americana acumula queda ante o real de 6,02% neste ano, em movimento puxado por um processo de correção de preço, apĂłs sua disparada no fim do ano passado, e maior incerteza em relação aos planos tarifĂĄrios de Trump.
Reuters
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FMI reduz projeçÔes de crescimento do Brasil em 2025 e 2026 a 2%
O Fundo Monetårio Internacional reduziu as projeçÔes de crescimento do Brasil para 2,0% em 2025 e em 2026, de acordo com novas estimativas divulgadas na terça-feira. Em seu relatório Perspectiva EconÎmica Global, o FMI cortou a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 0,2 ponto percentual para ambos os anos em comparação com estimativas divulgadas em janeiro.
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As estimativas do FMI estĂŁo mais pessimistas do que as do governo, depois que o MinistĂ©rio da Fazenda projetou em março que o Brasil crescerĂĄ 2,3% neste ano e 2,5% em 2026. JĂĄ o Banco Central passou a ver que o PIB crescerĂĄ 1,9% este ano. O IBGE divulgarĂĄ os dados do PIB do primeiro trimestre deste ano em 30 de maio. Em 2024, a economia brasileira expandiu 3,4 segundo os dados do instituto. Analistas avaliam que uma produção agrĂcola forte darĂĄ sustentação Ă economia neste inĂcio de ano, mas que ela passarĂĄ a mostrar desaceleração gradual em meio a uma inflação ainda elevada e uma polĂtica monetĂĄria restritiva que afeta o crĂ©dito. Em relação Ă inflação, o FMI calcula que o aumento dos preços no Brasil ficarĂĄ em uma taxa mĂ©dia anual de 5,3% este ano e de 4,3% no prĂłximo. A meta oficial de inflação Ă© de 3% em 12 meses com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O FMI citou em seu relatĂłrio as medidas tarifĂĄrias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e as contramedidas de diversos paĂses como um "importante choque negativo ao crescimento". O Brasil recebeu a tarifa padrĂŁo norte-americana de 10%. O Fundo explicou que, "dada a complexidade e fluidez do atual momento, esse relatĂłrio apresenta uma 'projeção de referĂȘncia' com base em informaçÔes disponĂveis atĂ© 4 de abril de 2025 (incluindo as tarifas de 2 de abril e respostas iniciais)". O resultado previsto para a economia do Brasil este ano fica em linha com a projeção do FMI para a AmĂ©rica Latina e Caribe, apĂłs redução de 0,5 ponto percentual na conta para a regiĂŁo em relação a janeiro. Para 2026, o Fundo reduziu a estimativa de crescimento em 0,3 ponto, a 2,4%. As perspectivas para as Economias de Mercados Emergentes e em Desenvolvimento, das quais o Brasil faz parte, tambĂ©m foram reduzidas, em 0,5 ponto percentual para 2025 e em 0,4% para 2026. As contas agora sĂŁo respectivamente de expansĂŁo de 3,7% e 3,9% para o grupo. Isso se deveu a cortes significativos para os paĂses mais afetados pelas recentes medidas comerciais, como a China, cuja projeção agora Ă© de expansĂŁo de 4,0% neste e no prĂłximo ano, com cortes de 0,6 e 0,5 ponto percentual, respectivamente.
Reuters
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