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CLIPPING DO SINDICARNE Nº 88 DE 17 DE MARÇO DE 2022

Atualizado: 23 de mai. de 2022


Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná

Ano 2 | nº 88| 17 de março de 2022



NOTÍCIAS SETORIAIS – BRASIL


BOVINOS


Boi gordo: arroba perde força em SP, MS e MG

Cotação nas regiões paulistas recuou R$ 2 nesta quarta-feira, para R$ 340/@, a prazo, segundo a Scot Consultoria


Na comparação com o dia anterior (15/3), houve queda de R$ 2/@ nas cotações do boi e da vaca prontos para abate, agora negociados no mercado paulista em R$ 340/@ e R$ 298/@, respectivamente (valores brutos e a prazo). O valor da novilha gorda se manteve estável, a R$ 332/@, preço bruto e a prazo. Segundo a Scot, os negócios com o boi-China (abatido mais jovem, geralmente abatido com idade inferior a 30 meses) são fechados pelo valor máximo de R$ 345/@ em São Paulo, uma redução de R$ 5/@ em relação ao preço máximo registrado na semana passada. A consultoria IHS Markit observou, na quarta-feira, recuos pontuais nos preços da arroba em algumas praças do Mato Grosso do Sul e de Minas Gerais. Em Dourados (MS), o boi gordo caiu de R$ 315/@ para R$ 310/@, enquanto em Campo Grande (MS) saiu de R$ 317/@ para R$ 312/@. Na região de Belo Horizonte, de acordo com apuração da IHS Markit, o macho terminado recuou de R$ 307/@ para R$ 304/@. As regiões Norte e Nordeste, sobretudo nos Estados do Maranhão, Tocantins e Pará, ainda dispõem de ofertas razoáveis de gado gordo. No entanto, continua a consultoria, muitas indústrias brasileiras conseguiram alongar as suas escalas de abate nas últimas semanas, aproveitando o aumento de oferta de animais terminados nos balcões de negócios, após um período de valorizações no boi gordo. “As altas da arroba registradas na semana anterior garantiram bons volumes de animais terminados nos pátios dos frigoríficos do País”, afirma a IHS, acrescentando que as escalas de abate giram hoje entre 7 e 10 dias. No mercado atacadista, os cortes de traseiro registraram recuo na quarta-feira, segundo informa a IHS. A queda reflete a morosidade da demanda interna e, consequentemente, a elevação de estoques excedentes na rede de distribuição, sobretudo de cortes mais nobres (oriundo do traseiro). Cotações: PR-Maringá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); SP-Noroeste: boi a R$ 352/@ (prazo) vaca a R$ 305/@ (prazo); MS-Dourados: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); MS-C. Grande: boi a R$ 312/@ (prazo) vaca a R$ 287/@ (prazo); MT-Cáceres: boi a R$ 312/@ (prazo) vaca a R$ 290/@ (prazo); MT-Tangará: boi a R$ 312/@ (prazo) vaca a R$ 291/@ (prazo); MT-Cuiabá: boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 294/@ (à vista); MT-Colíder: boi a R$ 308/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista); GO-Goiânia: boi a R$ 315/@ (prazo) vaca R$ 295/@ (prazo); RS-Fronteira: boi a R$ 330/@ (à vista) vaca a R$ 310/@ (à vista); PA-Marabá: boi a R$ 288/@ (prazo) vaca a R$ 281/@ (prazo); PA-Paragominas: boi a R$ 296/@ (prazo) vaca a R$ 287/@ (prazo); TO-Araguaína: boi a R$ 295/@ (prazo) vaca a R$ 282/@ (prazo); TO-Gurupi: boi a R$ 290/@ (à vista) vaca a R$ 276/@ (à vista); RO-Cacoal: boi a R$ 294/@ (à vista) vaca a R$ 280/@ (à vista);

MA-Açailândia: boi a R$ 283/@ (à vista) vaca a R$ 264/@ (à vista).

PORTAL DBO


Abate de bovinos em MT cai 19% em fevereiro, exportação de carne é recorde

Os abates de bovinos em Mato Grosso, estado com o maior rebanho no Brasil, caíram 19% em fevereiro, na comparação com janeiro, segundo dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) divulgados em relatório do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea)


“Apesar da demanda aquecida, o principal fator balizador para esse movimento foi a escassez de animais prontos para o abate, com a engorda ainda sendo finalizada nos pastos”, disse o Imea. “Para o mês de março, há um número maior de lotes sendo entregues, visto que a engorda nos pastos iniciou mais cedo em 2021.” O maior declínio nos abates em fevereiro ocorreu para os machos, 27% abaixo do registrado em janeiro, a 183,62 mil cabeças abatidas.

Na categoria das fêmeas, a queda nos abates foi de 9%, a 348,32 mil cabeças. Já as exportações de carne bovina de Mato Grosso foram recorde para o mês de fevereiro, a 45,1 mil toneladas (eq. c.). Esse recorde foi influenciado pelas compras da China, que elevou as importações de carne bovina do estado em 75,2% ante janeiro. O Egito, segundo maior comprador, reduziu as compras em 52,1%. “Após o quarto bimestre de 2021 ter sido marcado por queda nos envios internacionais, o primeiro bimestre de 2022 começou mais aquecido, com o volume de 88,69 mil toneladas em equivalente carcaça exportadas no estado”, disse o Imea.

CARNETEC


SUÍNOS


Suínos: preços estáveis na quarta-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 109,00/R$ 116,00, assim como a carcaça especial, valendo R$ 8,40 o quilo/R$ 8,70 o quilo


Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (15), os preços ficaram inalterados em Minas Gerais, custando R$ 6,07/kg, e em Santa Catarina, com valor de R$ 5,44/kg. Houve queda de 0,75% no Rio Grande do Sul, atingindo R$ 5,30/kg, baixa de 0,56% no Paraná, alcançando R$ 5,33/kg, e de 0,33% em São Paulo, fechando em R$ 6,10/kg.

Cepea/Esalq


FRANGOS


Frango: preços em alta

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado ficou estável em R$ 7,20/kg, enquanto a ave na granja aumentou 1,69%, valendo R$ 6,00/kg.

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, enquanto Santa Catarina ficou estável em R$ 4,03/kg, assim como o Paraná, custando R$5,05/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (15), a ave congelada valorizou 1,41%, alcançando R$ 7,21/kg, enquanto o frango resfriado subiu 0,57%, fechando em R$ 7,11/kg.

Cepea/Esalq


CARNES


Abertura canadense pode trazer mercado mexicano

A abertura do mercado canadense para a carne bovina e suína do Brasil, anunciada em 14/03 pela Ministra da Agricultura Tereza Cristina durante sua missão ao país pode abrir também o mercado do México, agora o único país da América do Norte que impede a entrada da carne bovina brasileira


O setor acredita que os embarques para o Canadá comecem rapidamente porque os protocolos firmados dispensam a necessidade de inspeções sanitárias in loco, como ocorre, por exemplo, com a China. Do lado da indústria de suínos, também contemplada pela abertura do Canadá, as perspectivas são de que os embarques comecem a ser realizados a partir de maio, segundo o Diretor de Mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luis Rua. “A gente vai agora para SIAL Montreal, de 20 a 22 de abril com apoio da Apex, Ministério da Agricultura, Ministério das Relações Exteriores e estamos levando já quatro empresas. Algumas já tinham negócios em aves, outras nunca estiveram no mercado canadense, mas seguramente vai ser um ponto bastante importante de encontro para aqueles que não tiverem seus clientes estabelecidos de alguma forma estabelecer esse primeiro contato”, pontua Rua ao destacar que oito frigoríficos de Santa Catarina estariam prontos para atender os protocolos canadenses e iniciar a exportação para o país. “É um mercado de tarifa zero, o que dá competitividade ao Brasil. E a gente sabe dos problemas que os EUA vêm enfrentando em relação a abate e a dificuldade em conseguir pessoal, com a produção americana diminuindo. Então o Brasil, de alguma, forma deve ajudar a complementar a produção local canadense e pegar um espaço importante desse mercado”, informa Rua.

PECUARIA.COM


NOTÍCIAS SETORIAIS – PARANÁ


Líder em proteína animal, Paraná aumenta produção de frangos e suínos em 2021

No ano passado, o Estado foi o que mais abateu frangos, reforçando a liderança no setor, com 33,6% de participação nacional, o que representa 20,2 pontos percentuais acima de Santa Catarina, segundo colocado. Também houve crescimento expressivo na suinocultura, com abate de 786,36 mil cabeças a mais que em 2020


Nesse segmento, o Estado é o segundo colocado, com 20,3% de participação, atrás de Santa Catarina, com 28,4% do abate nacional. Em carne bovina, houve redução no abate em todo o País e o Paraná seguiu a tendência, com 238,96 mil cabeças a menos em comparação a 2020, queda de 16,1%. Os números divulgados na terça-feira (15/03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, somados carnes bovina, suína e de frango, o Paraná produziu 6,213 milhões de toneladas em 2021. O levantamento mostra ainda que o Estado está na segunda colocação em produção de ovos de galinha, com 9% de participação, atrás de São Paulo, que lidera com 27,7% da produção. Os laticínios que atuaram sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária captaram, em 2021, 25,08 bilhões de litros, queda de 2,2% sobre a quantidade do ano anterior. O Paraná tem 14% de participação, ficando atrás apenas de Minas Gerais, que produziu 24,7% do leite nacional. A pesquisa, realizada em granjas com mais de 10 mil aves, mostra que, no Brasil, foram abatidas 6,176 bilhões de cabeças de frango, o que representou aumento de 2,8% (+169,87 milhões) em relação a 2020, alcançando recorde da série histórica do IBGE iniciada em 1997. Em praticamente todos os estados foram observados números superiores aos praticados no ano anterior, com o destaque paranaense, que abateu 67,89 milhões de cabeças a mais (3,4% de crescimento), bem acima de Goiás, segundo colocado, com 47,10 milhões de cabeças. Em relação à produção de carne de frango, o aumento no Brasil foi de 6%, consolidando-se em mais de 14,6 bilhões de toneladas. No Paraná, o crescimento em produção de carne foi superior ao nacional, elevando-se em 8,1% sobre 2020. De janeiro a dezembro de 2021, o Estado produziu mais de 4,879 bilhões de toneladas. Em relação aos ovos de galinha, a produção nacional foi de 3,98 bilhões de dúzias, aumento de 0,2% em relação a 2020. Ainda que o porcentual seja baixo, foi registrado novo recorde na série histórica do IBGE. No Paraná, a produção de ovos em 2021 caiu 0,8% e fechou o ano com 358,2 milhões de dúzias, com o Estado mantendo a segunda colocação nacional. O levantamento do IBGE apresenta o abate de 52,97 milhões de cabeças de suínos, representando aumento de 7,3% (+3,61 milhões de cabeças) em relação a 2020. Também em suínos, houve crescimento em quase todos os Estados, uma tendência que se observa desde que o instituto iniciou a análise do setor em 1997. O Rio Grande do Sul liderou o abate, com o acréscimo de 909,57 mil cabeças, seguido por Santa Catarina, com 821,72 mil cabeças a mais que 2020. O Paraná ficou em terceira colocação em crescimento, com 786,36 mil cabeças a mais. O Estado fechou 2021 com 10,74 milhões de cabeças sendo abatidas. Em relação ao volume de carne suína produzida, o Paraná foi responsável por 1,025 milhão de toneladas, um aumento de 9% comparativamente a 2020. O Estado ficou atrás apenas de Santa Catarina, que produziu 1,403 milhão de toneladas. Já o Brasil alcançou a cifra de 4,890 milhões de toneladas de carne suína, volume 9% superior ao do ano anterior. Em abates bovinos, o Brasil teve em 2021 uma redução de 7,8% em relação a 2020, no segundo ano em que o desempenho é negativo. No Paraná, o número de cabeças bovinas abatidas em 2021 foi de pouco mais de 1,2 milhão, representando queda de 16% em relação ao ano anterior. Em volume de produção de carne, o Estado alcançou 308,7 mil toneladas, com redução de 14%. No Brasil, foram produzidas 7,408 milhões de toneladas de carne bovina, volume 5,3% menor que em 2020. Elas resultaram do abate de 27,5 milhões de cabeças, redução de 7,8% em relação ao ano anterior.

Agência de Notícias do Paraná


Leilão do Parque Nacional do Iguaçu prevê R$ 3,5 bilhões em melhorias para o turismo

Está marcado para terça-feira, dia 22, na B3, um dos principais leilões do ano – a concessão do Parque Nacional do Iguaçu


Ao que a coluna apurou, quem levar deverá investir mais de RS$ 3,5 bilhões em melhorias para turismo – são mais de 2 milhões de visitantes/ano – e apresentar planos de preservação da área. Os envelopes com propostas devem ser entregues até hoje, prevendo uma operação por 30 anos. Entre as melhorias, ampliar a infraestrutura, duplicar o total de visitantes e contratar mais brigadistas.

O ESTADO DE SÃO PAULO


Após ano positivo na produção industrial do PR, números recentes ligam o alerta

Indústria paranaense teve retração em relação a janeiro de 2021


Seguindo a tendência nacional, a produção industrial do Paraná encolheu 3,7% em janeiro de 2022, em comparação com o mesmo mês de 2021. No Brasil, a retração foi de 7,2%. Das 15 regiões analisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), só quatro cresceram: Mato Grosso (43%), Espírito Santo (5,4%), Rio de Janeiro (2,8%) e Goiás (2,1%). Em relação aos vizinhos do Sul, o Paraná ainda teve o melhor desempenho, visto que Santa Catarina registrou -9,7% e o Rio Grande do Sul, -6,3%. No acumulado dos últimos 12 meses, a indústria paranaense ainda apresenta crescimento, de 7,8%. É o terceiro melhor resultado, abaixo apenas de Santa Catarina (8,5%) e Minas Gerais (8,3%). O país teve alta de 3,1% no mesmo período. Segundo o economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Evânio Felippe, até agosto de 2021 o setor vinha em uma retomada forte, mas perdeu fôlego, apontando tendência de queda. “Isso se deve em parte à escassez e alta considerável nos insumos e matérias-primas para produção, que têm pressionado os custos das empresas e, consequentemente, desacelerado o ritmo de trabalho nas fábricas”, avalia. O cenário deve ficar ainda pior nos próximos meses. Embora a expectativa fosse melhor para 2022, com o controle da pandemia, e a retomada de serviços e comércios, o conflito no Leste Europeu deve ter reflexo nos custos e na produção. “A atividade industrial vai sofrer o impacto da alta no preço dos insumos no mercado internacional e vai ter que se adequar tanto em relação à escassez e problemas logísticos quanto a custos mais elevados para compra desses produtos", explicou Evânio Felippe. "Isso pode comprometer não só o ritmo de produção quanto a geração de empregos e os investimentos previstos no planejamento das empresas para este ano. O impacto deve ser sentido em outros segmentos da cadeia industrial”, analisa o economista. Com relação aos empregos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), em janeiro o saldo da indústria do Paraná foi positivo: 5.928 novas vagas - número inferior ao de São Paulo (20.385), Santa Catarina (12.842), Rio Grande do Sul (7.484). A marca paranaense é também bem inferior à do mesmo mês de 2021, quando foram abertos 8.987 postos de trabalho - o resultado é uma queda de 34%. Nos últimos 12 meses, foram 41.280 novos empregos no setor.

GAZETA DO POVO


Após dez anos, Adapar reajusta valores de taxas de fiscalização e serviços

Após dez anos de sua criação, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) comunicou que a partir desta quinta-feira (17) ocorre a primeira atualização dos valores de taxas de fiscalização e serviços prestados pelo órgão


Alguns estabelecimentos, explorações e atividades foram reclassificados, o que resultou, inclusive, na redução de valores de taxas, novas isenções e até cancelamentos, em especial para atividades laboratoriais. A Adapar foi criada em 20 de dezembro de 2011 para ser o órgão oficial de defesa agropecuária. É responsável pelos requisitos de manutenção do atual status sanitário e promoção das condições para que novos status sejam conquistados pelo Estado. A Lei Estadual nº 20.861, de 7 de dezembro de 2021, traz novos preceitos e passa a ter eficácia a partir desta quinta-feira (17). Além de estabelecer os novos valores, promove ajustes na Lei Estadual nº 17.044, de 30 de dezembro de 2011, que dispõe sobre Taxas de Fiscalização e Serviços. Uma das alterações é que as taxas de manutenção e renovação de registros, cadastros, habilitações, certificações, inscrições e credenciamentos passam a ter data única de vencimento em 30 de abril, observadas as periodicidades descritas nos anexos. Também foi acrescido um artigo que estabelece o cancelamento e arquivamento de pedidos de registros, cadastros, habilitações e certificações que, por inércia do interessado, pendente de documentação, ficarem sem movimentação por mais de 120 dias. Fica ainda restringido a 90 dias o prazo para o requerimento de restituição de valores de taxas indevidamente pagas.

Agência de Notícias do Paraná


ECONOMIA/INDICADORES


BC mantém aperto monetário e eleva Selic para 11,75%

O ritmo no aumento da taxa foi mais brando do que o adotado nas últimas três reuniões, quando a autoridade monetária promoveu elevações de 1,5 ponto percentual nos juros


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou na quarta-feira a taxa básica de juros em 1,00 ponto percentual, para 11,75% ao ano. Esta é a oitava alta consecutiva da Selic. Para a próxima reunião, Copom antevê outro ajuste da mesma magnitude. “O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da há 4 minutos inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária, diz o comunicado. A decisão da quarta veio em linha com a mediana das expectativas do mercado e dentro do sinalizado pela autoridade monetária no encontro anterior — na reunião de fevereiro, o BC indicou que reduziria o ritmo de aperto monetário, mas não especificou a magnitude dos próximos ajustes. Na ocasião, a Selic foi elevada em 1,5 ponto, para 10,75% ao ano. Em levantamento realizado pelo Valor com 93 instituições financeiras e consultorias, 82 esperavam que a Selic fosse elevada em 1 ponto percentual, para 11,75%. Nove casas projetavam aumento de 1,25 ponto, enquanto duas acreditavam que o comitê iria manter o ritmo de elevação dos juros em 1,5 ponto. O Copom se reúne novamente em 3 e 4 de maio.

VALOR ECONÔMICO


Dólar à vista fecha em queda de 1,29%, a R$5,0917

O dólar sofreu a maior queda em quase duas semanas na quarta-feira, voltando a ficar abaixo de 5,10 reais, com operadores vendendo a moeda depois de forte volatilidade logo após a primeira alta de juros nos Estados Unidos em três anos


As negociações aqui refletiram no fim do dia o rali de risco que impulsionou Wall Street e derrubou o dólar frente a uma cesta de moedas de países ricos e emergentes. As declarações do líder do banco central norte-americano (Fed), Jerome Powell, que falou em coletiva de imprensa após a decisão, geraram leituras diversas entre investidores, com teses de que Powell soou "dovish" (inclinado a menor aperto das condições monetárias) ao falar de riscos à economia, mas "hawkish" (duro com a inflação) ao indicar altas em todas as reuniões do Fomc neste ano. Um entendimento corrente é de que o Fed estaria contando com uma desaceleração da atividade para esfriar a alta dos preços --com o menor ritmo da economia causado pelas altas sequenciais de juros. Isso teria causado a reversão das curvas de juros nos EUA entre cinco e dez anos, um clássico sinal de recessão, o que, por tabela, prenunciaria cortes de taxa. Esse raciocínio teria derrubado o dólar após uma alta inicial e, ao mesmo tempo, impulsionado Wall Street. Aqui, a moeda à vista acabou fechando em queda de 1,29%, a 5,0917 reais. Lá fora, o índice do dólar contra uma cesta de divisas fortes chegou a cair quase 0,7% após subir 0,1% na máxima.

REUTERS


Ibovespa sobe 2% com apoio de NY após alta de juros nos EUA

O Ibovespa subiu 1,98%, a 111.112,43 pontos, após quatro baixas seguidas. O volume financeiro da sessão foi de 44,2 bilhões de reais, em dia de vencimento de opções de índice


O Fed, banco central norte-americano, subiu o juro em 0,25 ponto percentual nos EUA, para a faixa entre 0,25% e 0,50%, medida amplamente esperado pelo mercado. A decisão foi por 8 a 1 entre os membros do colegiado. A instituição projetou que sua taxa básica atingirá o intervalo de 1,75% a 2% até o fim do ano, o que indica no mínimo seis altas de 0,25pp. Além disso, o Fed afirmou que espera começar a reduzir seu balanço de quase 9 trilhões de dólares "em uma próxima reunião". Powell disse que os detalhes da redução do balanço podem ser finalizados na próxima reunião de política monetária, em maio, e afirmou que a economia do país está forte o suficiente para uma redução nas compras de ativos. Para Roberto Motta, chefe da mesa de derivativos da Genial, "Powell acalmou o mercado quando falou que a economia está forte o suficiente" para suportar o início do ciclo de alta de juros, após comunicado "mais duro" que o esperado quanto à inflação. O humor era positivo nos mercados já antes da decisão do Fed, diante da declaração do presidente ucraniano de que as negociações com a Rússia estão se tornando "mais realistas", enquanto o Ministro das Relações Exteriores russo afirmou que há "alguma esperança de compromisso".

REUTERS


Guerra pode pressionar PIB do agronegócio do Brasil em 2022, diz Cepea

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro tende a desacelerar ou até cair em 2022, quando comparado à alta de 8,36% registrada no ano passado, pressionado por custos de produção elevados pelos impactos da guerra na Ucrânia, estimou nesta quarta-feira o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) à Reuters


Em uma projeção preliminar, a pesquisadora da área de macroeconomia do Cepea Nicole Rennó disse que o PIB do setor pode cair de 4% a 6% no cenário mais pessimista, e subir até 5% na melhor perspectiva. “Esperamos um desempenho pior do PIB do agronegócio, mas lembrando que a base está muito alta… O que vai trazer grande desafio para o PIB é o cenário (que) está mais complicado por conta dos custos em alta”, disse. Ela afirmou que as despesas elevadas já atingiam o agro no ano passado. “E a situação foi agravada por conta dos fertilizantes, (com o conflito) da Rússia”, acrescentou. “Agora, os custos com fertilizantes, energia, combustíveis e, se a gente pensar na pecuária, preços dos grãos que devem continuar firmes, representam mais custos para o setor como um todo.” A especialista ainda destacou que a demanda doméstica tende a continuar fraca, fator que pesa sobre a pecuária. Embora as exportações sejam um importante impulsionador dos resultados do segmento de carnes, disse ela, a maior parcela da produção é destinada ao consumidor brasileiro. O ano de 2021 foi marcado por aumento de 8,36% no PIB, mensurado pelo Cepea em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Contudo, o avanço veio abaixo da expectativa de 9,37%, uma vez que a inflação deteriorou a medida de renda real do agronegócio. A quebra de safra de milho e resultados negativos na pecuária também limitaram o crescimento anual. Ainda assim, o agronegócio alcançou participação de 27,4% no PIB brasileiro, a maior desde 2004 –quando foi de 27,53%. Segundo o levantamento, o setor agrícola registrou alta de 15,88%, enquanto a pecuária recuou 8,95% no ano passado. Na pecuária, a queda teve como principal fator de pressão o forte aumento dos custos com insumos, seja dentro da porteira, na agroindústria ou nos agrosserviços do ramo. Além dos preços elevados de animais vivos, a quebra na segunda safra de grãos do ano passado elevou os custos com milho, matéria-prima utilizada na ração utilizada na pecuária. “Ademais, a menor produção de boi gordo também influenciou negativamente o PIB pecuário”, afirmou o Cepea. O Cepea também destacou que na agroindústria de carnes a relação entre faturamento e custos com insumos foi ainda mais desfavorável, diante das dificuldades de repasse das elevações das matérias-primas ao consumidor final devido a fragilização da demanda doméstica.

REUTERS


Ipea: Inflação acelera para todas as faixas de renda em fevereiro

A renda alta foi o que teve a maior inflação, com taxa de 1,07%


O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou ontem dados de fevereiro do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, que apontam para uma aceleração inflacionária para todas as faixas de renda. As famílias de renda alta registraram a maior aceleração inflacionária no período, passando de 0,34% em janeiro para 1,07% em fevereiro. Já o segmento que apresentou a menor taxa inflação em fevereiro foi o das famílias com renda média-baixa (0,93%). No acumulado em 12 meses, as famílias de renda muito baixa apresentam a maior alta inflacionária, cuja taxa de 10,9%, se mantém pouco superior à registrada pelas faixas de renda baixa e média-baixa (10,7% e 10,8%, respectivamente) e acima da faixa de renda alta (9,7%). A análise dos dados desagregados de fevereiro mostra que a alta do grupo ‘alimentos e bebidas’ foi a principal responsável pela pressão inflacionária das famílias de renda mais baixa (com renda domiciliar menor que R$ 1.808,79). Essa pressão é explicada pelos aumentos registrados nos cereais, farináceos e panificados, como feijão (9,4%), farinha de trigo (2,8%), biscoito (2,3%), macarrão (1,1%) e pão (1,0%). O forte crescimento dos preços dos alimentos in natura, especialmente da batata (23,5%), da cenoura (55,4%) e do repolho (25,7%), aliado a alta do café (2,5%) e leite (1,0%), ajudam a explicar esta contribuição altista para a inflação das famílias de menor renda. Enquanto isso, a pressão inflacionária para as famílias de renda mais alta veio dos reajustes 6,7% das mensalidades escolares e de 3,9% dos cursos extracurriculares que fizeram do grupo educação o maior foco inflacionário em fevereiro. Para o segmento de renda alta (com renda domiciliar maior que R$ 17.764,49) os reajustes de 3,8% do transporte escolar, de 2,2% do transporte por aplicativo e de 1,5% dos pacotes turísticos também representaram pontos de pressão. Entretanto, os efeitos desses aumentos foram atenuados por conta das deflações dos planos de saúde (-0,69%), das passagens aéreas (-5,0%), do etanol (-5,0%) e da gasolina (-0,47%). “Embora as principais altas estejam concentradas nos grupos alimentação e educação, houve um aumento de preços mais generalizado em fevereiro, tendo em vista que todos os grupos exerceram uma pressão altista em todos os segmentos de renda”, afirma a pesquisadora do Ipea Maria Andréia Parente Lameiras, autora do indicador mensal. A inflação acumulada em 12 meses também voltou a acelerar para todas as faixas de renda, com exceção das famílias de renda média e média alta. A maior alta no período está centrada na classe de renda muito baixa (10,9%), enquanto a menor é verificada no segmento de renda alta (9,7%). Os dados desagregados mostram que a maior pressão inflacionária nos últimos 12 meses para as famílias de renda mais baixa veio do grupo habitação. Esse impacto vem por conta dos reajustes de 28,1% das tarifas de energia elétrica e de 27,6% do gás de botijão. Já para as famílias de renda mais alta, a pressão está no grupo transportes, refletido pelos aumentos de 32,6% da gasolina, de 36,2% do etanol e de 27,7% do transporte por aplicativo. Além disso, as altas dos alimentos em domicílio, principalmente os reajustes de 8,6% das carnes, de 19,6% das aves e ovos, de 43,8% do açúcar e de 61,2% do café, também provocaram impactos altistas significativos sobre a inflação no período, sobretudo para as camadas de renda mais baixa.

IPEA


Setor de serviços do Brasil inicia o ano com perdas inesperadas em janeiro

O setor de serviços brasileiro iniciou 2022 com queda inesperada no volume em janeiro, após dois meses de fortes altas, mas permanece acima do patamar pré-pandemia


O volume do setor teve em janeiro recuo de 0,1% na comparação com dezembro, segundo os dados divulgados na quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado fica abaixo do ganho de 0,2% esperado em pesquisa da Reuters, depois de avanços de 1,7% em dezembro e 2,9% em novembro. Já em relação ao mesmo mês do ano anterior, o volume apresentou alta de 9,5%, ante expectativa de 9,3%. O resultado de janeiro deixou o setor 7,0% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, mas ainda 5,2% abaixo do pico da série, registrado em novembro de 2014. O avanço da vacinação contra a Covid-19 no país permitiu a retomada dos serviços com contato social, os mais afetados pela pandemia, embora a disseminação da variante Ômicron no início deste ano tenha apresentado desafios. O setor enfrenta ainda um cenário de redução da renda dos trabalhadores, em meio à inflação elevada no país, e de acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, ainda não é possível saber se a perda vista em janeiro seria um ponto de inflexão ou apenas uma tomada de fôlego. "Não sabemos o que vai ocorrer daqui para frente, mas o que dá para dizer é que o ritmo do setor de serviços está cada vez menor", avaliou Lobo, citando uma acomodação do setor. "Não dá para chamar janeiro de mês de inflexão dos serviços." "A Ômicron não parece ter sido a causa para essa queda. Talvez um nível de preços mais alto, menor renda e desemprego muito elevado", completou. Três das cinco atividades pesquisadas apresentaram retração no volume em janeiro, com destaque para a queda de 4,7% dos serviços de informação e comunicação, segundo mês consecutivo de perdas. Nessa atividade, o segmento de tecnologia da informação caiu 8,9%, contribuindo "decisivamente" para o resultado do setor de serviços no primeiro mês do ano, de acordo com Lobo. Também apresentaram quedas os serviços prestados às famílias (-1,4%), interrompendo nove meses seguidos de ganhos; e outros serviços (-1,1%). Os resultados positivos em janeiro foram registrados por transportes (1,4%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,6%). O índice de atividades turísticas, por sua vez, cresceu 1,1% em relação a dezembro, oitava taxa positiva nos últimos nove meses, acumulando ganho de 69,6%. Ainda assim, o segmento permanece 9,7% abaixo do patamar pré-pandemia.

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IGP-10 desacelera alta a 1,18% em março, mas reajuste de combustíveis deve pesar à frente

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) desacelerou a alta a 1,18% em março, depois de avançar 1,98% no mês anterior, sob influência do arrefecimento da inflação ao produtor, que ainda não sentiu o recente ajuste para cima nos preços domésticos dos combustíveis


O dado divulgado na quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) levou o índice acumulado em 12 meses a uma alta de 14,63%. Também ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 1,27%. "O reajuste dos combustíveis, subitem com peso destacado nos índices da família IGP, não influenciou o comportamento desta edição do IGP-10, cujo período de coleta foi encerrado no dia 10 de março", disse em nota André Braz, coordenador dos índices de preços. Na quinta-feira passada, dia 10, a Petrobras anunciou elevação dos preços do diesel em cerca de 25% em suas refinarias, além de alta de quase 19% da gasolina, na esteira dos ganhos nas cotações do petróleo no mercado internacional em função da guerra na Ucrânia. Sem contemplar ainda a alta dos preços domésticos desses produtos, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, subiu 1,44% em março depois de salto de 2,51% em fevereiro. "As principais fontes de pressão no IPA foram soja (7,32% para 8,75%), cuja cotação segue em elevação e, ovos (-0,12% para 20,62%), refletindo os efeitos sazonais próprios dessa época do ano", disse Braz. Para o consumidor a pressão aumentou, com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, acelerando a alta para 0,47% em março, de 0,39% no mês anterior. A principal colaboração para esse resultado partiu do grupo Alimentação, que acelerou a alta para 1,54% este mês, de 1,09% anteriormente. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez teve alta de 0,34% no período, depois de subir 0,61% em fevereiro.

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Alta de preços dos insumos faz PIB do agronegócio subir 8,3% em 2021

Setor respondeu por 27,4% do PIB brasileiro, a maior participação desde 2004, quando foi de 27,5%. O PIB da pecuária recuou 8,95%.


Apesar de uma desaceleração no segundo semestre, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), cresceu 8,36% em 2021. Em decorrência do bom desempenho do PIB agregado do agronegócio em 2021, o setor alcançou participação de 27,4% no PIB brasileiro, a maior desde 2004, quando foi de 27,5%. Os segmentos primário e de insumos se destacaram em 2021, com aumentos de 17,52% e 52,63%, respectivamente. O PIB também cresceu para os outros dois segmentos, 1,63% para a agroindústria e 2,56% para os agrosserviços. Dentre os ramos, enquanto o PIB do agrícola avançou 15,88% de 2020 para 2021, o PIB do pecuário recuou 8,95%. O crescimento do PIB do segmento primário agrícola decorreu, especialmente, do alto patamar real dos preços dos insumos, tendo em vista as expressivas quebras de produção para importantes culturas, devido ao clima desfavorável. O avanço da renda nesse segmento não foi ainda maior por conta do também expressivo incremento dos custos de produção. Esse crescimento refletiu, em grande medida, a alta importante dos preços de fertilizantes e de máquinas agrícolas. Porém, o aumento da produção nacional de fertilizantes, defensivos e máquinas agrícolas também impulsionou os resultados. De acordo com o Cepea, o fraco desempenho do ramo pecuário teve como principal fator de pressão o aumento expressivo dos custos com insumos, seja dentro da porteira, na agroindústria ou nos agrosserviços do ramo. No segmento primário, o PIB cresceu, mas com resultado bem modesto tendo em conta as fortes elevações dos preços dos animais vivos e do leite.

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