O volume de negócios no mercado físico de boiada gorda foi praticamente nulo durante esta semana. O cenário já não apresentava dinâmica consistente de negócios, mas com a orientação do Mapa, em suspender produção de carne para China, elevaram as incertezas no setor. A forte especulação baixista ainda paira sobre os preços da arroba bovina, mas muitas plantas frigoríficas continuam afastadas das compras de gado e não sinalizar referência entre algumas regiões. O pecuarista, ainda tentar resistir à pressão, mas o momento é delicado em função dos altos custos, sobretudo com ração.
Em relação as exportações brasileiras de carne bovina, dados da Secretaria de Comercio Exterior (Secex) reportou que a média diária embarcada ficou em 4,57 mil toneladas no acumulada das três primeiras semanas de outubro, isso representa uma forte queda de 48,7% frente a média do mês anterior. A média diária teve uma queda de 43,8% frente a vista no mês de outubro do ano anterior. Logicamente, os dados refletem a ausência da China das compras.
Outro ponto de destaque é a queda no preço médio em dólar da tonelada exportada, a qual cedeu 8,9% frente ao valor praticado em setembro passado, embora ainda esteja 24,3% superior à média de outubro/2020. O Brasil tem a seu favor argumentos técnicos suficientes para demandar a retomada das exportações para a China, mas agentes do setor acredita que os fatores a manutenção do embargo são comerciais e não sanitários.
A fragilidade da demanda agregada pela proteína bovina segue prejudicando a dinâmica de negócios no mercado físico do boi gordo. Até então, o setor dispunha de forte exportação que compensava a inconsistência do consumo interno gerado pela crise econômica por causa da pandemia. O nível de abate bovino no Brasil vinha ensaiando recuperação a partir do segundo semestre de 2021 em função da forte demanda externa pela carne, encabeçada pela China e pela recuperação da economia brasileira com a reabertura das atividades, avanço da vacina contra a pandemia e as medidas do governo federal com relação aos programas de renda.
Nesta conta, o confinamento de animais cresceu mesmo diante dos elevados preços da ração, sobretudo milho e farelo de soja. A saída da China nesta dinâmica do mercado prejudica processos e gera prejuízos. A cadeia, como um todo, ainda espera algum repique de melhora no consumo interno com base nas expectativas de final de ano e abertura do comércio. Porém, qualquer sinal por parte da China também se torna importante nesta questão de curtíssimo prazo.
Fonte: A notícia tem como fonte a IHS Markit
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